segunda-feira, 21 de maio de 2012

MEMBRO: MÁRCIA SANCHEZ LUZ

 
 
MÁRCIA SANCHEZ LUZ
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Natural de São Paulo, capital, Márcia formou-se em Literatura Inglesa e Francesa. É escritora (poesia e prosa), pedagoga e tradutora de Inglês e Francês. Iniciou sua vida profissional como tradutora e redatora, tanto de manuais técnicos como de normas de documentação e projetos na área de Informática. É autora de diversos trabalhos de tradução e versão técnica nas áreas de alimentos, refrigeração e informática. Na área de Psicologia, desenvolveu um trabalho voluntário com crianças limítrofes.
Escreve poesias desde os nove anos de idade, sempre se mantendo, por opção, no anonimato. Atualmente vive no interior de São Paulo, onde continua com seu trabalho de tradução, além de ministrar aulas de Inglês e Francês.
Em novembro de 2006 decidiu que chegara a hora de partilhar relatos de suas vivências, até então interiorizadas.
Membro da Academia de Letras do Brasil.
Cônsul Poetas del Mundo - http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=3759
Verbete na Enciclopédia Escritores Brasileiros da Real Academia de Letras.
Livros editados: Quero-te ao som do silêncio! (2010)
Porões Duendes (2008)
No Verde dos Teus Olhos (2007)
Antologias: Saciedade dos Poetas Vivos digital, volumes 4 , 9 e 12 em Blocos Online, onde tem suas páginas individuais de poesia e prosa.
Trovas premiadas e publicadas na Antologia "Projeto de Trovas para uma Vida Melhor" (UBT).
Antologia de Natal, em Blocos Online (2009)
1ª Antologia Poética Contemporânea (Editora Protexto, 2010)
Seus espaços na web:
http://poemasdemarciasanchezluz.blogspot.com
http://marciasl2001.blogspot.com
http://marciasanchezluz.blogspot.com

ARARAS - SP  -  marciasl2001@yahoo.com.br
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Segredos de beija-flor
 © Márcia Sanchez Luz

Um beija-flor pousou em meus cabelos
e me contou segredos de outras terras.
Falou dos mares, rios e das serras,
dos seres mágicos, frugais modelos

do que é ser puro, do que é ter desvelo
pelo universo, pela biosfera.
Em nosso orbe a vida já se ulcera
e dele conhecemos o novelo,

o trágico final que se apresenta
e delineia a era que virá.
A natureza avisa mas se isenta

se não olharmos todos seus sinais!
Um beija-flor pousou em meus cabelos
e me cobriu de beijos musicais...

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Cantiga para aliviar a dor
 © Márcia Sanchez Luz

Teu sofrimento dói em mim também,
mas teu sorriso me faz rir da vida,
ter esperança que há de haver saída
para a tristeza que nos faz reféns

de nossos pares que por vezes nem
nos olham com os olhos de acolhida
que tanto precisamos. É dorida
a falta do carinho de outro alguém!

Cuido de ti, prometo que não vais
sofrer de solidão, chorar de dor
nem quando a morte der os seus sinais.

De solidão, eu nunca vou deixar
sentires frio, sob o cobertor:
sempre estarei aqui pra te afagar.
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Colheita
 © Márcia Sanchez Luz

Andei por sóis distantes e vazios,
atrás do vento que pudesse ter
a explicação de tanto anoitecer
sem ti para acalmar-me os arrepios.

Vaguei por entre ausências, dias frios,
atrás da brisa morna a percorrer
meu corpo sem teu corpo, sem prazer,
mas nada! Achei somente parcos rios

de prantos que deixei pelo caminho.
E tantas lágrimas me vi bebendo
(como a tentar desafogar a dor)

durante a minha estada sem carinho!
Agora eu sigo em frente e me transcendo
na vida, seja ela como for.

4 comentários:

  1. Lindos sonetos.
    Que este beija flor, não largue as madeixas da tua inspiração Márcia,pois tu brilhas até no nome.Paz contigo e Deus no coração sempre,
    Carlos Silva - poeta cantador.

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  2. Um prazer enorme ler e reler seus poemas, parabens!!!!
    Beijabrações
    www.luizalbertomachado.com.br

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  3. PARA UM PAI, QUE É MEU SONETO VIVO

    © Márcia Sanchez Luz


    Meu pai, o teu carinho é sempre alento
    para que eu creia um pouco mais na vida,
    no humano ser que neste mundo habita
    e tantas coisas faz sem cabimento.

    Nunca te faltam sábios argumentos
    para deixar-me calma, quando aflita,
    me perco em meio à dor de uma ferida
    que insiste em maltratar meu pensamento.

    E quando chega o medo a ti recorro
    (com teus conselhos sinto-me amparada)
    para guiar-me os passos intrincados

    na trilha solitária que percorro.
    Hoje o que peço, pai, é quase nada:
    deixa eu te ter pra sempre do meu lado!

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