Cesar Augusto Ribeiro Moura
César Moura nasceu em Taubaté no ano de 1963.
Atualmente mora em Ferraz de Vasconcelos – SP
Motorista por profissão, mas é poeta com muita paixão,
Dedica-se muito as questões do existencialismo em seus textos,
Não tem formação catedrática, mas compensa pela ousadia de escrever
com muita inspiração sobre as várias formas em que enxerga a vida e o mundo.
Se diz sempre honrado por fazer parte de Poetas Del Mundo.
Ferraz de Vasconcelos – SP
cesar.amoura@yahoo.com.br
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Monólogo
Vejo-me só...
Sóbrio, sólido e estático.
Neste estado físico e carente
Que me faz tão dependente,
Às vezes frio... Outrora quente.
No fio da navalha me equilibro pra não cair,
No frio da destreza e a solidão.
E tão logo me veja são,
Adentro a vida de peito aberto
Rasgando o véu da minha loucura.
Apresento neste palco as verdades latentes
Diante dos olhos e de todas as lentes
Este monólogo...
E farei análogo por certa á razão,
Da desertificação que é viver na solidão.
A dissecação do ego fere o meu coração
Desfaço-me como areia
Empurrado pelo vento como poeira.
E toda a carência que vem do meu ser
É do amor que me faço querer...
Sinto o prazer nas paixões impossíveis,
E do apreço sem valor dos sonhos inatingíveis...
Então, olho para mim na forma que sou,
Sustentando o meu ser com todo o pudor
Sendo o mono,
Logo feito um holograma
Que ama e depende deste poder...
Vivo o amor.
Cesar Moura
Fada Madrinha
Eu gostaria de decifrar os códigos da vida
Para entender melhor os segredos desta paixão
Pois quando olho para você
Sinto uma alegria de tirar os pés do chão
Da boca deste homem
Provém o que está cheio o coração
Estou apaixonado por você
Minha fada madrinha
Você é uma princesa
É a minha rainha
És linda de se admirar
Sou um plebeu e não tenho riquezas a lhe oferecer
Tudo que lhe ofereço é o meu amor e apreço
Te amo ao te ver chegar
Te amo ao te ver passar
E para sempre desejo te amar
Não me envergonho do que sinto
Os bons sentimentos eu tenho que expressar
Fada madrinha, você conseguiu me enfeitiçar!
Autor: César Moura.
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Overdose
Já faz tempo
Que embarquei nesta viagem
Dopado neste pensamento
Ainda sinto vontade de voltar
Ao ponto de partida.
Mas a bagagem
Que me vicia
Escraviza minha vontade
Tirando vantagem do meu ser.
Esta dependência química
Que me alucina
Leva-me cada vez mais
A uma viagem sem rumo
Sumo dentro deste consumo abusivo
Destruindo minha alma
E um pouco da razão
Que me resta.
Às vezes tenho vergonha
De ser quem sou
Um drogado e delinqüente
Viciado e dependente
Mas me esquivo da mão
Estendida para me ajudar
Porque a loucura da brisa errada
É mais forte que a própria razão
E a overdose
Que procuro
Talvez seja o ponto final
Pra toda esta situação.
Cesar Moura
Errata
ResponderExcluirQuerem me ensinar o cruz credo,
Mas me dão a paz errado.
Tentam vender à mim o céu,
Porém me dão de troco o inferno.
Pensam em ser meu guia,
Entretanto não vejo exemplo em nada.
Atentam me separar em cota,
Assim um dia ninguém denota viver mais separado.
Querem me ensinar andar correto,
Mas o mundo sempre caminhou em passos tortos.
Me tratam como se eu fosse um louco,
Sem que aja lucidez em nada.
No fim parece estar tudo certo
Nas mãos de quem esta sempre errado...
A vida seguirá seu curso,
Mesmo que seja indiligente e mera discussão.
Cesar Moura
Labor
ResponderExcluirVida, querem apagar os meus sonhos,
O mundo se alimenta de planos...
Tentam consumir tu minha vida,
Mas luto por ti com labor.
Sigo o destino minha lida
Curando as chagas que apanho...
A vida é tudo que tenho,
Mas o mundo te quer consumida.
Trabalho em prol do amor,
D'um amor que nunca detenho...
Porque desenho em vão minha vida,
Porquanto recebo de soldo o labor.
Sonhos que se tornam feridas
Desgastados se foi sem vigor...
Resta na pele o suor, orvalho e rugas ao tempo,
Vivendo no crepúsculo nua a dor.
Vida, todo labor jubila meu nome;
Mesmo que o mundo conspire o fim...
Cesar Moura