quinta-feira, 4 de junho de 2009

Nº 19

LEIAM!!
----- Original Message -----

SUPORTE
(Carvalho Branco)

Lembranças tantas
guardo em mim...

são como mantas
a aconchegar-me assim...

Como sombra
de um passado romântico,
tu ainda estás em mim...

O passado não me assombra...
Meu princípio quântico,
início e fim...

Infinitamente assim,
moto contínuo, permanente,
a vibrar em mim...
corpo, alma, mente...

Pleno e oco,
frágil e forte...

No topo, no toco...
Meu porto
na Vida, na morte...

Suporto?
... Suporte....

----- Original Message -----
Portal Vânia Moreira Diniz
http://www.vaniadiniz.pro.br
Texto da Semana
Colunistas do portal VMD que atualizaram suas páginas
Visitem nossos colunistas cujo trabalho muito nos orgulha. Sei que passarão momentos inesquecíveis
http://www.vaniadiniz.pro.br/COLUNAS.HTM
Lançamento da Escritora e Poeta Delasnieve Daspet em Paris
http://www.vaniadiniz.pro.br/espaco_ecos/divulgacao/lancamento_de_livro_em_paris.htm
Livros publicados da Escritora e poeta Cissa de Oliveira.
Uma sujeita esquisita - (Crônicas) e Girassóis ao meio-dia (Poesias)
http://www.vaniadiniz.pro.br/espaco_ecos/divulgacao/cissa_de_oliveira_fala_dos_lancamentos_de_seus_livros.htm

A Liberdade e a Mulher
Vânia Moreira Diniz

Os grandes movimentos de emancipação são extremamente radicais e foi isso que aconteceu com o grito de libertação da mulher. Na verdade quando ela começou a competir no mercado de trabalho o que essencialmente ansiava era a liberdade sexual que considerava o mais importante para ter a supremacia sobre o homem

Naquele momento a mulher achava que enfrentar o mundo era conquistar espaços nunca sonhados antes, principalmente quando surgiu o anticoncepcional, o passe de libertação para um caminho que ela ainda não sabia como seguir.

Nunca esquecerei de uma lutadora cujo trajeto não foi muito fácil. Tudo em sua vida demonstrava o quanto era liberada de preconceitos. Levava consigo, entretanto uma boa dose de frustrações de uma educação ainda preconceituosa. Esquecia-se talvez que a liberdade não se manifesta apenas no aspecto exterior, mas é exercida na vida diária interior com seus conceitos, idéias e principalmente na ânsia pela própria individualidade.

Liberdade não é fazer o que se quer porque nossos direitos acabam onde começa o do próximo. Mas ter discernimento suficiente e conseguir exercer essa conquista plasmada por vezes de forma tão sofrida. E saber usá-la. Nada é mais importante do que isso. Divisar um longo caminho, o horizonte à frente com sua luminosidade e passagens paralelas cuja opção depende principalmente do uso dessa liberdade que deve nos levar à integridade psíquica de uma maneira absolutamente natural.


Essa conquista é algo muito mais interior em nossa capacidade de sentir e ter consciência do que fazemos e sentimos do que aparente. A certeza do que vivemos, dos momentos mais decisivos sabendo que nós mesmos a plasmamos é como a confirmação de nossa própria identidade. Exercício de cidadania pessoal.


Quem possui a conquista da liberdade tem responsabilidades maiores e mais densas: Do amor, da generosidade, da compreensão, dos deveres para com o próximo e dos critérios de sua própria felicidade. Ela encerra uma dimensão incrível de aquisição integral e maravilhosa que nos faz sentir seres humanos na acepção da palavra.


Quando vejo um pássaro voando, fazendo o movimento diário de subir numa escalada de caminho conhecido, penso como seria inteiramente fascinante que pudéssemos sentir essa liberdade dos próprios passos inatingíveis. Mas saberíamos de fato o que fazer com esse dom? Ou faríamos circunvoluções sem nenhum sentindo e depois cansaríamos de procurar uma meta agradável? Não sei. Seria maravilhoso voar assim como o é a própria liberdade. Mas precisamos amá-la de uma forma a encontrar o nosso caminho verdadeiro, sem o qual nos sentiríamos impotentes para usá-la.


O Livre-arbítrio é tão importante como respirar. Sem ele não conseguiremos viver na acepção da palavra, mas carecemos “sentir” esse poder e compreender que a vida nos fornece um mundo que precisamos conhecer e reverenciar utilizando e fazendo do alvedrio a forma mais competente e insinuante do verdadeiro “viver”

Quando admiro a natureza, toda a força do universo, a magnitude de Deus e a energia que se desdobra de todos nós, o amor em variadas nuances, o vôo ilimitado, o horizonte dourado, a vivência da paixão intensa e fascinante, teremos que refletir que tudo isso é o primeiro grito no espaço infinito... A liberdade....A partir daí teremos o tempo inteiro que lutar pelos seus desdobramentos e estarmos preparados para recebê-la. Sentindo prazer e desenvolvendo nossas potencialidades para usufruí-la: Amando, vivendo, doando e encontrando aquele “rumo”. É assim que entendo a liberdade. É dessa forma que devemos procurá-la incessantemente.

Estamos chegando em um horizonte de compreensão de nossas verdadeiras necessidades mas insisto que a principal arma da mulher é sempre ter em mente que suas características verdadeiras de sedução e fascínio sempre serão as mais importantes para a conquista do mundo e vitória de sua luta contínua pela inclusão intrínseca numa sociedade ainda machista.

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From: Lúcio

De Bueno de Rivera ao Poetas del Mundo

Carlos Lúcio Gontijo

Bueno de Rivera, um dos grandes poetas de língua portuguesa e, por isso, merecidamente reverenciado em qualquer lugar onde o assunto seja a poesia maiúscula, é o maior dos seres humanos nascidos em Santo Antônio do Monte, cidade localizada no Centro-Oeste de Minas Gerais e da qual vim para Belo Horizonte a fim de dar prosseguimento aos meus estudos. Já cursava jornalismo quando procurei o poeta Bueno de Rivera, do qual muitos se lembram por causa do Guia Rivera, uma publicação que registrava o ponto e o trajeto dos ônibus coletivos que serviam aos bairros da capital mineira. Fui recebido com afeto pelo poeta de voz firme e marcante de locutor de rádio – uma atividade que também exerceu em sua vida – e, no final do encontro, saí com a promessa de um prefácio para o meu segundo livro de poemas (Leite e Lua), cujos originais com ele deixei.

Passados alguns dias, recebi um telefonema dizendo que o prefácio estava pronto e que eu poderia buscá-lo. Bueno de Rivera me recebeu, mais uma vez, com alegria e clara satisfação no rosto, afirmando-me que sua alma estava em festa por estar diante de um poeta com origem em sua terra. Falou-me de meu potencial e aconselhou-me a lapidar o dom com que havia nascido, pois se eu não encontrasse o meu estilo, não importando se bom ou ruim, eu seria apenas mais um poeta neste mundo. E comparou: “é mais ou menos como um bom arquiteto que não ousa traçado novo e seu”.

O certo é que saí dali disposto a editar meu “Leite e Lua”, mas a iniciar a busca de uma maneira de expressar com alguma característica literária que fosse minha. Era o ano de 1977 e eu só voltei a editar em 1987 (Cio de Vento), depois de debruçar nas janelas da procura de uma forma de escrever que tivesse um jeito que fosse meu. Durante todo aquele tempo, soavam aos meus ouvidos os conselhos de Rivera: “Vá escrevendo, fazendo sua carreira literária e, quando deparar com livro seu nas prateleiras de algum sebo, você poderá se considerar, no mínimo, vitorioso”.

Hoje, digito meu nome no Google e me deparo com livros de minha autoria expostos em sebos e me recordo do incomparável poeta Bueno de Rivera. Como é duro o exercício da arte de escrever no Brasil, onde a lei de incentivo à cultura fica na dependência final dos humores do setor empresarial e onde os custos gráficos são verdadeiro desplante. Aqui, o autor paga para editar e, se vai remeter, em gesto de doação e idealismo, um exemplar de seu livro pelo Correio, ele não encontra qualquer benefício à sua disposição. Ou seja, paga por sua vocação de forma literalmente injusta.

A poesia só caminha em solo brasileiro graças ao apoio de pessoas e entidades sensíveis, que compreendem a sua importância na sensibilização da sociedade, que quanto menos despoetizada mais violenta se nos apresenta. Há algum tempo, fui convidado por Sandra Fayad, poeta e escritora residente em Brasília, a integrar o movimento internacional “Poetas del Mundo”. E, dessa forma, tive contato com a poetiza Clevane Pessoa, uma das líderes, em Minas Gerais, da entidade que mantém um gigantesco e prestigiado site no ar, com poetas de todas as regiões do planeta Terra. Clevane, além de estar à frente do comando do movimento, recebendo com extremo senso de igualdade a todos que a procuram, põe-se à frente do evento “Paz e Poesia”, que, pelo segundo ano consecutivo, em Belo Horizonte, inundou a Feira de Artesanato e a avenida Afonso Pena de poemas e livros, que são entregues aos feirantes, num trabalho de cunho cultural que devia merecer a cobertura da mídia mineira tão provincianamente dadivosa quando se trata de iniciativa apresentada por gente de outras plagas.

Acredito que, se Deus carrega o Universo nos braços, a poesia Ele leva em Suas mãos. Por isso, creio também que todos aqueles, que – como a poetisa Clevane – se dedicam à divulgação da arte poética aliviam o peso depositado nas mãos de Deus e, ao mesmo tempo, enchem de esperança o espírito de escultores e artífices da palavra como o poeta santo-antoniense Bueno de Rivera.

Carlos Lúcio Gontijo

www.carlosluciogontijo.jor.br


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From: Nadir Silveira Dias

POETAS DEL MUNDO EM PARIS

* Nadir Silveira Dias

Entre os dias 7 e 14 de maio deste belo ano de 2009 encontraram-se em Paris vários Poetas del Mundo. A razão principal dentre todas as outras que objetivam a Paz, a preservação do Planeta, a não-violência e o estrito cuidado com a água potável que a cada dia mais escasseia no Planeta, foi a premiação da Academia de Artes, Ciências e Letras de Paris (Société Académique des Arts, Sciences et Lettres de Paris) fundada em 1915 e coroada pela Academia Francesa.

O grande dia foi no dia 10 de maio – Dia das Mães – e também o dia em luziram na Cidade Luz todos os Premiados, cada um em particular, e, modo especial, a comitiva brasileira composta de quarenta e quatro (44) integrantes entre os Laureados de 2009 do 94º Aniversário da “Arts - Sciences -Lettres Société Academique d’Education et d’Encouragement”, brilhando em exponencial e auferindo o grande valor histórico, artístico, literário e cultural dessa magna cidade, berço e luzeiro das grandes conquistas da humanidade.

Engalanamo-nos com a Solenidade no Pavillon Dauphine, da Université Paris XVI, na Place du Marechal de Lattre de Tassigny, próxima ao famoso Arco do Triunfo, bem como confraternizamos com inúmeros irmãos brasileiros, de irmãos de Paris e da comunidade européia.

Fomos recepcionados pela Embaixadora de Poetas del Mundo da França, a Jornalista, Escritora e Poetisa Diva Pavesi, que a tudo conduziu, inclusive no lançamento de livros de escritoras brasileiras, e exposições de escultores e pintores brasileiros, tudo com o fulgor e a disciplina da Terra Luz.

A nós, particularmente, esperava-nos no Aeroporto Charles de Gaulle o combativo Poeta del Mundo da nossa querida Noiva do Mar – a cidade de Rio Grande – porto marítimo do extremo Sul do Brasil, há muito radicado na Suécia, e Cônsul de Poetas del Mundo na cidade de Lund, o atuante Juiz Guilem Rodrigues da Silva, um luzeiro brasileiro na fria Suécia desde o quase longínquo ano de 1966.

Dentre nós, os Laureados de 2009, destaco a escritora Beatriz Rosa Dutra, integrante da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves, de Porto Alegre, Acadêmica Correspondente no Rio de Janeiro, premiada com o Diploma de Médaille de Vermeil, igualmente como o signatário desta matéria.

A solenidade na Academia transcorreu em dois momentos: Às 14 horas a entrega das insígnias para os Laureados 2009 com belíssima recepção, tendo a parte Oficial ficado a cargo de Jacqueline Vermere, Présidente Générale, a Leitura da Lista de Premiados a cargo de Jean-Paul de Bernis, Vice-Président, a Parte Artística a cargo de Eric Lochu, Commissaire Général aux Fêtes, e a Parte Musical a Le Colonel Jacques de Kuyper, vous présente L’Orchestre des Sapeurs Pompiers des Yvelines, sob direção de Jean-Louis Delage, e à noite o Jantar de Gala com muito glamour e garbo.

Na mesma oportunidade, em avant-première na Academia, Delasnieve Miranda Daspet de Souza, Embaixadora de Poetas del Mundo para o Brasil e Sub-Secretária Geral para as Américas, apresentou o seu livro “De Liberté em Liber”, traduzido do português por Marc Galan et Athanase Vantchev de Thracy, bem como nas demais solenidades durante esta bela semana, tendo inclusive sido entrevistada pelo Jornal Le Figaro e concedido entrevista para a Televisão Portuguesa, com a qual também fui agraciado pela apresentadora do Programa, Diva Pavesi.

Não tivemos a oportunidade de visitar todas as atrações. Porém, não deixamos de ver e estar na Place de Trocadéro, na Torre Eiffel, na Notre Dame, passear no Bateaux-Mouches e estar na Champs-Elysées, passeando ou confraternizando diante de um cheiroso café ou de uma gostosa sopa de cebola (soupe à l’ognon).

Como chegamos na manhã do dia 8 de Maio, Feriado Nacional, o Dia dos Veteranos, à tarde ainda confraternizamos no Arco do Triunfo com inúmeros integrantes do Desfile que mais tarde assistimos na Avenida Champs-Elysées, em direção ao Arco onde estivéramos no início da tarde.

Reunimo-nos ainda com Domicio Coutinho, Presidente da Brazilian Endowment for the Arts, Biblioteca Brasileira em New York, e com Rei Berroa, PhD, da George Mason University, Virginia, Estados Unidos da América, a quem também agradecemos pelo especial convívio.

Paris é um Museu a Céu Aberto!!! Haveremos de voltar!!!

Matéria composta para a Embaixadora para o Brasil e Sub-Secretária Geral para as Américas, Delasnieve Daspet, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, em 21 de maio de 2009 às 16h04min.

*Jurista, Escritor e Poeta – nadirsdias@yahoo.com.br

Cônsul de Poetas del Mundo do Estado do Rio Grande do Sul

http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=2177


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PENSE EM MIM

Quando fechar os olhos pense em mim...
lembre-se das pequenas coisas,
dos pequenos gestos,
das poucas palavras,
dos doces momentos.
Sinta a emoção que sentimos
ao nos encontrar,
o tremor ao nos tocar,
da ânsia de nos beijar.
Recorde como foi conter
nossos impetuosos desejos
nossa vontade de nos abraçar.
Quando fechar os olhos
lembre-se de nosso maior segredo,
nossos melhores pensamentos...
descanse mansamente e
sonhe que nosso momento é eterno.
Nossa paixão é para sempre
mesmo que no amanhã
nós não mais existamos.

Kedma O’liver
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=4003

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RODELAS, FOI A SAUDADE QUE ME TROUXE AQUI.

(CAPÍTULO DO ROMANCE “A COLONIZAÇÃO E O MASSACRE”).

Estamos no ano de 2006. Cristóvão de volta ao Rio São Francisco. Parada inicial, Rodelas. Coincide sua presença com o dia da última novena da festa de São João de Rodelas. Ouviu histórias e lendas, impressionou-se. Ficou mais uns dias. Queria conhecer não só a festa. Também as peculiaridades locais, os costumes da gente, o ambiente.

Admiram-lhe a simplicidade e a beleza da gente, o folclore. Ao cabo da festa fez este registro em suas anotações de viagem:

"Rodelas, foi a saudade que me trouxe aqui”, as pessoas diziam ao abraçar-se – gente dali, que residia fora. O São João de Rodelas é um espetáculo no qual se vê de tudo. Começa pelo fato de que todo mundo é parente de todo mundo. Inclusive o índio. O africano também. População pequena no início da colonização. Meia dúzia de colonizadores brancos, dois ou três escravos. O habitante primitivo, só este em maior quantidade. As três raças se cruzaram no correr dos séculos. Parece que todas as pessoas têm o mesmo sangue. O branco puro, do tipo alaranjado português, quase não se vê. O pretinho, preto retinto, não se faz presente. E o índio sem cruzamento, é raríssimo. Cara larga, cabelos pretos na mais avançada idade, finíssimos, o nariz chato, alargado, onde está o nativo cariri?

Ia-me referindo ao cruzamento das raças e ao espetáculo, só o que interessa aqui. Prevalece, de ponta a ponta, o moreno, do claro ao escuro e o mulato. Raça de heróis do sertão catingueiro. Lá está um casal rolando na pista de dança. Mulata ela, ele moreno aclarado. Grudadas as pernas, ela mostra a bunda num Jean coladinho. E balança pra lá e pra cá. Dá para entender que comanda a parte. Rodam danadamente, rodopiam e rodopiam bem, rodopiam belezamente. Muitas morenas e mulatas entram na pista. Adiante um negro. Só um. Muito preto, cabelos brancos, o largo bigode, vestindo um terno branco, usa gravata vermelha. Só ele de roupa branca e só ele de gravata em toda a festa. E parece dançar valsa, sem se incomodar com o compasso de samba. Sabe transformar música de samba ou frevo em valsa. Uma coisa extraordinária. Gente branca não aparece na pista de dança. Só sentada chupando a sua lourinha.

Na mesa ao lado da minha, dois padres. O pároco local e o de São Pedro da Aldeia, convidado para concelebrar naquela noite. Já fizeram a concelebração da igreja. Agora é a confraternização da lourinha e das mulatas. De fato, enquanto os dois bebem sentados, duas mulatas fornidas, estão em pé, ao lado, cada qual com o seu copo. - Vidona, sopro intimamente. Levanto-me e me dirijo aos vigários. Os dois são jesuítas.

- Boa noite, padres - cumprimentei. Vidona, bonita festa, não padres!

Deu para notar que eles se assustaram e ficaram visivelmente constrangidos com os cumprimentos naqueles termos – vidona – e torceram o rabo dos olhos para as duas mulatas, cada qual com o seu copo de cerveja, em pé ao lado deles.

- Padres – continuei, vendo os senhores festejar me lembrei do célebre colonizador/curraleiro Domingos Sertão. Andei pesquisando sobre ele nestes dias. O cara trabalhou bravamente. Morreu aos 97 anos. Não teve filhos, nenhum herdeiro legal. Quando foi aberto seu testamento, encontrou-se que deixava como herdeira universal, sua alma. Quis que esta subisse ao céu sem problemas. Passou todos os bens aos jesuítas - 40 currais com 40.000 cabeças de gado, desde que a Ordem assumisse o compromisso de fazer celebrar, por todos os seus padres no mundo inteiro, três missas por mês cada um destes, em sufrágio da herdeira universal - sua alma e todos os irmãos, por igual modo, rezassem cada um três ofícios, até o fim do mundo. Os jesuítas aceitaram o oferecimento, assinando o termo o Geral da Ordem.

Aí parei, respirei, e fiz o arremate:

- Como o mundo ainda não se acabou e a ordem dos jesuítas, ainda existe, essas missas e esses ofícios devem estar sendo rezados?

O padre de São Pedro da Aldeia abriu os braços e concordou:

- Pois é, o senhor diz uma verdade histórica. Ainda hoje rezamos pela alma do benfeitor Domingos Afonso Sertão. Agora, agora mesmo acabamos de lembrar seu nome na missa, o senhor não ouviu?

O espetáculo do São João rodelense começa na igreja, à hora da novena. O Benito Marculino e as moças do coro. O Benito uma figura extraordinária. É o coordenador e a alma da festa. Ninguém a faria igual. Mais que isso. É a alma da prefeitura local. Assessor para assuntos culturais vem, de muitos anos, naquela função, passando tranquilamente de administração para administração. É um homem de cabelos brancos, por volta dos sessenta anos, que começou moço e lá está realizando as mesmas tarefas. Comanda mais do que o prefeito. Mais do que o vice até, este que é maior que o chefe do executivo. O vice é outra figura! Alto funcionário do Tribunal de Contas Brasiliense, cargo a que o levou o conselheiro Pateta murmura-se o receio do administrador, de que ele prepare lá em cima sua caveira. Certinho, certinho ninguém anda nunca. Daí o receio.

Ia dizendo que o espetáculo começa na igreja. O Benito, sapato de salto alto, taxas de metal no solado, vai do coro, ao lado do altar, à porta de igreja duas, três, quatro vezes, ploc, ploc, ploc, ploc. No coro as moças do canto e das orações musicadas. À porta da igreja, do lado de fora, o pessoal da entrega das oferendas e da bíblia. Orienta este, orienta aquele, o Benito vai e volta - ploc, ploc, ploc, ploc. Chega à hora das orações. A Socorrito, segunda alma de tudo, vestida numa vistosa paramenta de Nossa Senhora dos Milagres, sobe ao microfone e lê. Lê bonito, comoventemente a oração. Uma outra do coro que não se identifica bem, lê a oração dos apelos. Vem afinal o Benito e faz o elogio de São João, da festa, do prefeito. Ah sim, do prefeito, pois não. E do vice também. Uma perfeita e bem feita oração à grandeza do administrador. A Socorrito entra segunda vez para fazer a apologia da fidelidade e da honestidade no serviço público.

Agora entra o padre para o intróito. Inicia: "introíbo et Altaire Dei". Aí vai intercalando missa e novena. A certa altura é a elevação das bandeiras. A Bandeira do Brasil vai içada pelo Vice. A bandeira da Bahia pelo único ex-prefeito vivo. A Bandeira de Rodelas pelo prefeito. Muito bonito. Por aí assim, nessa homenagem à pátria, ao estado e ao município, o padre, do lado de dentro do altar, grita ao microfone: viva São João! O povo em coro - Viva São João! - Vivam os visitantes! - Vivam os visitantes! Viva a esse, viva a aquele... Um gaiato grita a toda voz do meio da igreja - Viiiiva Rodeeelas! E o povo se entusiasma e responde vibrante - viiiivaaa! O padre surpreendido pela intervenção, meio pasmado repete: - Viva Rodelas. O povo, agora, cheio de brio, confirma um sonante viva Rodelas.

Terminada a missa/novena, daí mesmo as pessoas saem para a quadra de esporte Dr.João Soares, aonde se desenrola a festa propriamente dita, isto é: o beber e comer, dançar, esbanjar alegria. Uma coisa extraordinária. Mais belo que isso, dizem os locais, só o carnaval de Salvador no circuito Farol da Barra/Ondina. A partir da igreja, seguindo no sentido da quadra e nesta internamente, as bandeirolas pendentes, lá no alto, balançando ao vento. Uma fartura de cores: verde, amarelo, vermelho, azul...

À entrada da praça, o painel memorizando a antiga cidade, que a Barragem de Itaparica engoliu. Bonito trabalho, boa reprodução. Reconhecem-se as casas da velha cidade, a ponto de elevar o dedo - essa é a casa de tio Né Justino, essa a de Sinharinha, a casa de Honorina, o sobrado da escola de Dulcina... No interior da praça as barracas espalhadas dos dois lados em toda a extensão. Primeiro as de comida. Tem de tudo: milho assado, milho cozido, pamonha, canjica, pipoca... Quanta pipoca! E o caldo de mocotó! Uma gostosura para quem está bebaço. O pessoal chama “caldo a Tõe de Euclides”. A carne de bode no espetinho. Um sal... Esta é chamada “carne a negro Otacílio”. Vêm a seguir as barracas da cervejinha. Como o pessoal gosta da loira! Repita-se o dito local: Só no circuito Farol da Barra/Ondina, no Carnaval de Salvador, se vê festa de rua maior que esta. Como bebe a moçada!

O dia 24. A procissão, a missa campal. Os bancos da igreja postos do lado de fora, no pátio em frente à nave. Vem o bispo diocesano na sua paramenta solene. Segue à frente da procissão e puxa as orações. Muitos benditos, orações cantadas. O hino do São João Glorioso. Bela e emocionante a procissão. Quando se aproxima da igreja, o povo larga a fila e corre a se sentar, cada qual buscando o espaço que não dá para todos. E começa a missa cantada pelo bispo acolitado pelo pároco. As mesmas orações, as mesmas louvações, os mesmos aplausos. Já agora, na hora dos vivas, o padre, atento à lembrança do gaiato, grita um viva a Rodelas. O povo aplaude.

A festa vai acabar-se. Depois da missa uma pessoa oferece à venda as camisas da recordação. O pessoal corre cada qual a pegar a sua: "Rodelas, foi a saudade que me trouxe aqui". De fato, quando é São João a saudade bate. E vem gente de Salvador e de Recife, do Rio e de São Paulo, até de Londrina, no Paraná. De Porto Xavier, no Rio Grande do Sul, aqui estou eu... Gente de Senhor do Bonfim e Campo Formoso, de Juazeiro e Petrolina, de Paulo Afonso, de Belém do São Francisco... De todo lugar. Todo mundo é parente de todo mundo, sangue dos desbravadores do século XVII cruzando-se e recruzando com o negro e o nativo. E todo mundo vem matar a saudade. Não chegam as camisas para todos. É realmente a saudade batendo no coração daquela gente.

Dia 25 de manhã a despedida dos que vieram de fora. – “Até o próximo São João! Não vai faltar, em primo" - “Até o próximo São João, primo. Garanto que não falto, é a saudades que nos trás aqui".

* * *

Afinal chega o dia do retorno aos seus pagos. Tinha material bastante para iniciar o idealizado trabalho de resgate de seu passado. Buscaria mais no futuro. Ao descer do avião em Santa Rosa, foi recebido com regozijo, diria melhor, com euforia pelos amigos, felizes do seu retorno nas andanças no Nordeste. Estava-se na última semana da grande festa universal, que é a copa - campeonato mundial de futebol. Para começo de farra uma recepção no clube recreativo de sua comunidade, no Bairro Luiza Alves. Um conjunto local brilhando no palco. A apresentação da festa e distribuição dos brindes a cargo da bela e simpática radialista Elizabeth - rainha do rádio local. Foi levado a sentar-se à mesa do casal Bruno Alves, ele irmão da Luiza Alves. Presentes aí a filha do casal, poetisa Adriana, um seu irmão menor e a professora Maria Izabel. Um jantar puxado a vinho e muita cerveja, serviço a cargo do mestre Emanuel Elesbão. Ao ser apresentado ao senhor Bruno, este, sabendo de sua viagem, pergunta:

- Está vindo da Bahia? - Ouvindo a confirmação, vai adiante:

- Por acaso está interessado no cultivo da soja? Foi ver Barreiras?

- Não, meu interesse é outro, sou pesquisador e estive colhendo informações sobre um ramo dos meus antepassados, que veio da terra baiana.

- Aaah! Pensei. Os nossos cultores de soja, apesar das ótimas terras de Santa Rosa estão de rota batida para esse lugar – Barreiras. As terras são tão boas quanto as nossas e têm um custo de menos de metade. Estou em negociação com uma gleba por lá e conforme a resposta vou ver isso.

Dia seguinte outra festa, agora da - CAPOLAT SANTA-R0SA, comandada pela presidente Maria Izabel, no seu jeito especial de menina moça escondida nos quarenta anos. Cristóvão estava patrono da festa e recebeu um bonito troféu. Distribuição de troféus aos premiados no recente concurso de poesia, declamação e canto, lançamento da coletânea com os poemas premiados no concurso e trabalhos dos acadêmicos. Uma belíssima representação teatral supervisionada pela coordenadora do grupo de teatro local, a simpática atriz Maria Inez. Muito bonito. Aqui a apresentação e o protocolo estiveram a cargo da chefa do cerimonial, vice-presidentes da CAPOLAT, Luíza Alves. Ao seu lado a presidente Maria Izabel exibindo o sorriso de alegria e orgulho, comandou a distribuição dos prêmios e troféus. Um brilho a que não faltou a presença da TV Globo filmando a solenidade, entrevistando os premiados, a presidente e o homenageado. Para fechar a festa um jantar oferecido por Cristóvão aos intelectuais, aos premiados no concurso literário e aos seus amigos da Comunidade Luiza Alves. A Luíza irradiando simpatia.

A beleza e a grandiosidade nunca vistas em Santa Rosa, talvez em nenhum lugar deste país de Deus, foram no dia seguinte. Último jogo do campeonato mundial. Para o Brasil, se vitorioso seria o tetra. E deu que encontrou pela frente justamente outro tri campeão, a Itália. Feriado nacional. O país inteiro em suspense. Dois duros tricampeões na disputada do tetra. Telões de TV em pontos estratégicos da cidade de Santa Rosa, o povo indo e vindo, todo mundo impaciente, todo mundo conversando, conjeturado, palpitando sobre os gols da vitória. A vitória, essa era certa. Na boca do povo, unanimemente, era certa. A diferença estava no palpite. Dois a três, dois a zero, um a zero... Telões de TV espalhados na cidade. Uma razão simples – o futebol é a festa do povo, sua distração maior. Outra razão, esta especialíssima: Era a copa mundial e no arco estava o santa-rosense Taffarel - orgulho do Brasil, glória da cidade da Xuxa.

E foi duro realmente. O jogo trancado dos dois lados, todo mundo marcando todo mundo. Esgotado o tempo estava-se zero a zero. Iam para a decisão dos pênaltis. O Brasil furou o goleiro italiano três vezes e deixou a bola passar duas vezes. Três a dois. Agora a última e decisiva jogada. Empatando ir-se-ia para o sorteio. Nas arquibancadas de Rose Bowl, Pasadena, a torcida, aliás, o povão da torcida dá berros, urros de ensurdecer o mundo. No Brasil, em frente à televisão cada um em sua casa, os gritos soam histéricos, puxados a cerveja. Nas ruas de Santa Rosa, em frente aos telões, aí sim, é que é entusiasmo. O povo vibra e caminha impaciente de um lado para o outro, cada um com sua latinha na mão. Só se ouve um nome Taffarel. Todos atribuem a ele o título de figura maior da seleção. E é mesmo. Suas mãos e pernas prendem a bola com a facilidade e a segurança, a tranqüilidade do goleiro maior do mundo, fato conhecido no Brasil inteiro, em todo o orbe, aliás.

Dono da pelota um homenzarrão importado sabe-se lá de onde. Taffarel posicionado no meio do arco. Do alto falante de onde irradia o jogo, Galvão dá o berro de alerta:

- Aí Taffarel, esta é sua! Segura! Sua será a vitória! Segura, Taffarel, segura essa, o Brasil depende de suas mãos, de seu pulso de menino gaúcho!

O homenzarrão da bola, olho em Taffarel como se pretendesse hipnotizar, faz gestos de lançar e não lança. Um gesto, mais um gesto, mais outro... A pelota vem com a força de um bólido para a esquerda. Taffarel inclina-se para o seu lado e num vôo rápido, segura-a com as duas mãos, cai e se levanta rápido. Bravo, heróico, vivo como um semideus, a bola segura pelas duas mãos, ergue-se para o alto com os braços elevados na atitude mais bela do atleta. O árbitro apita. Estava concluído o jogo, o Brasil tetra campeão. Os craques brasileiros abraçam-se chorando, enquanto Galvão grita histérica e repetidamente: Viva Taffarel! Viva Taffarel! Viva Taffarel! Taffarel! Taffarel Taffarel!... Vêm, todos os jogadores, de braços dados para o abraço do arqueiro. Todos choram e riem ao mesmo tempo bradando:

- Brasil! Brasil! Brasiiil! Ililil...

Do alto-falante Galvão repete: - Brasil! Brasil! Brasil!

As arquibancadas não vêem abaixo porque são construídas a concreto armado. A gritaria é uma loucura. Uns gritam de satisfação, muitos de desgosto urram. No Brasil - em todo este rincão de Deus, em toda sua imensidão, diga-se melhor, o foguete explode e o povo sai às ruas em carnaval.

Santa Rosa, em um primeiro momento parou silenciosa pasmada, hipnotizada. Em seguida, como se acordasse de um pesadelo explodiu em uma gritaria de ruas loucas. Não ficou ninguém em casa, ninguém. Os poetas, o prefeito, os vereadores, os diretores de escolas e professores, o povo somado. Da gente mais simples a mais responsável, até os policiais dançando, pulando pelas ruas aos berros como irmãos siameses: - Brasil! Brasil! Brasil! Taffarel! Taffarel! Taffarel!

Não era o ídolo apenas, naquele momento tinha a dimensão de um deus. Não somente em Santa Rosa, no Brasil inteiro.



----- Original Message -----

Eu ainda sinto o cheiro! Das mãos que me afagou

Mamãe você estar no céu!

Com os anjos canta louvou...

Mas na terra sinto o cheiro!

E nas comidas o sabor...

De tudo que preparavas,

Aos teus filhos alimentavas!

Com carinho e muito amor.

Das tuas mãos carinhosas!

Que tanto nos afagou...

Ainda sinto o perfume,

Que em mim você botou!

Lembro os cabelos macios,

Que eu puxava os fios...

Quando mudavam a cor.

Na casa onde morávamos,

Ainda existe a panelas...

Em um canto pendurado,

Não brilha mais como era...

Porque quando tu lavavas,

Num espelho transformava!

Eu via meu rosto nelas.

Na sala está na parede!

Um retrato envelhecido...

Com teu rosto sorridente!

Mas eu vejo entristecido,

Procuro ali um cantinho...

Fico chorando baixinho!

Com meu coração ferido.

Na casa tudo é silêncio!

Não mais se houve a canção...

Que aos domingos cantavas!

Preparando a refeição,

Com a tua voz sonora...

Que eu guardo na memória,

Eu quem fazia o refrão!

À noitinha tu botavas...

Nós quatro para rezar!

Todos ainda pequenos,

Traquinos a te perturbar...

Em nós tu davas tapinhas,

Mas ao fim da ladainha!

Pra quarto ia chorar.

Tu choravas por amor...

Com pena porque bateu,

Com tuas mãos carinhosas!

Em quem desobedeceu,

Mas na tua consciência!

Julgavas ser imprudência...

Bater num filho que é seu.

Logo pela manhãzinha,

Estavas a preparar...

Uma comida quentinha!

Para nos alimentar,

Pra nos levar pra escola...

Levavas até as sacolas!

Pra peso nós não pegar.

Assim foi a tua vida,

Lutou pra nos ensinar...

Pra sermos obediente!

E na vida prosperar...

Foste à escola da vida!

Mas com a tua partida...

Não temos mãe para amar.

Não amamos fisicamente!

Amamos com o coração,

Mamãe você estar ausente...

Mas nós ouvimos à canção!

Quando no quarto cantavas,

Cada um tu abraçavas...

Quando pedíamos a benção...!

//anízio

//Recanto

//Santos

Campina Grande, 27/04/2007.


----- Original Message -----

TERRA DE SONHO

Héctor José Corredor Cuervo

Terra maravilhosa e de riqueza
criada por meu Deus qual paraíso,
para que tenha paz sem a pobreza
o loiro, o negro, o índio e o mestiço.

Pátria do carnaval e do samba,
onde brilha com sol a fantasia
para mostrar ao mundo nova cara,
embriagada de amor e de alegria.

País feraz, romance lavrador
onde alumiam luzeiros no alvorada
onde sente carinhos o morador
com beijos de paixão em corpo e alma.

Em exóticas selvas com beleza
dorme o ferro, o diamante e o ouro,
em espera do homem com grandeza
a que acorde com o clarín sonoro.

De ondas brancas que golpeiam ribeiras,
saem sereias a gozar do sol
que luzem com ritmo de palmeiras
qual o precioso bronze num crisol.

Da meseta de região andina
brotam fontes qual sistema nervoso
as que levam o água cristalina
ao Amazonas, rio caudaloso.

Oh, terra grata do golfinho rosado!
que atrapa com afeto ao visitante,
eu quisera lutar como um soldado
e morrer pela união num instante!


A la patria no le pido nada, tan solo quiero seguir sirviendo con honor y honestidad hasta la muerte
Héctor José Corredor Cuervo

Consul de Poetas del Mundo en Bogotá.
Miembro de la Red Mundial de Escritores en Español - REMES
Miembro de la Sociedad Internacional de Escritores - SOINES
Miembrode la Sociedad Internacional de Escritores - SIE.
Miembro de la Unión Hispanoamericana de Escrritores -UHE
Miembro de la Sociedad Internacional de Poetas, Escritores y Artistas - SIPEA
Miembro Correspondiente de la Unión Brasilera de Trovadores en Colombia -UBT
Vicepresidente Honorario de la Fundación Algo por Colombia.
Miembro del Centro Poético Colombiano
Ex regente de la Tertulia Cultural de Acore.
Administrador del Grupo Poético Colombia Poesía Canta


----- Original Message -----
LINDA AMIZADE
(Eron)
Ter uma amizade saudável como a sua,
É louvá-la agora... e pela eternidade!
Amizade que se fortaleza na saudade,
Que, mesmo distante, firme e forte continua!
Amizade edificada com cimento de lealdade,
Com colunas de ferro à prova de Sansão...
Com jardins coloridos de flores que estão
Desabrochando nos cachos da sinceridade!
Ser seu amigo, “comadre”, só me dá prazer,
Bem maior que o arrebol do anoitecer,
No horizonte de minha extensa vida...
Seja lá em que estrada eu tenha de seguir,
Nos caminhos que andarei, no meu porvir
Lembrarei desta amizade tão querida !
----------------------------------
Música: Tullips from Armsterdam
evf/21.05.09



----- Original Message -----

Todo va callando…

Ninfa Duarte

La bruma cayó sobre mi piel

pintándola de un leve azul cambiante;

la tarde gris pesa sobre mis hombros

y el silencio de espera se hace tarde…

muy tarde…

poniendo nieves sobre mi cabellera,

mientras se desliza entre mis dedos

la oración que aprendí de niña…

La niebla del tiempo cubrió mi rostro

contagiándole insolente un vaho de sudor,

impregnándola de nostalgia y una vaga timidez

que guardaba en mis adentros por inercia.

Ya no escucho el suspiro de la brisa nocturna,

ni el quejido del destino remiso,

ni el vacío ausente del silencio en mi raíz…

Todo va callando en mi entorno,

sólo un mudo recuerdo alimenta mi memoria;

... es tu imagen que muere conmigo...


----- Original Message -----

escrevinhaduras

Rascunhos de Wallimann Wolff


foi...

foi o sonho de uma vida
a frase mais brega já dita

foi o fim
que não se quer dizer
nem ver
o fim que não quer ser

o fim do quarto-sala-cozinha
o fim do duas peças e banheiro
o fim de dormir abraçado o dia inteiro
e construir futuro em devaneio

é o armário vazio
é o monte de roupa que não se quer lavar
é a poeira cobrindo tudo
é a fome que não quer se alimentar

o coração que quer virar pasto
nascer em ramas
cobrir tudo de mato
p’ra se esquecer de tudo

eu nasci torto
por isso
sou de amar
assim
desse jeito torto

e eu só queria
de você um abraço
você queria de mim
uma carreira
o sucesso
o status
uma vida
certinha
direita
essas coisas
onde não se encaixa
gente como eu
torto

você era minha alegria
me chamar de amor
meu maior título
hoje
é ferida aberta
no meu peito
se soprar
dói...


Dúvida

a dúvida
é a mãe de todos nós
deusa-maior
quem pode falar
do que eu sei

todas minhas dúvidas
são quem pode te responder
melhor
quem
o que eu sou



caminhar

(ele)
atravessa a rua
pisando plantações
girassóis incrustados no asfalto
campos de trigo
centeio
semeia sonhos nos passos

e eu
quero uma bomba
bomba atômica
de fazer praias desertas
estradas vazias
montanhas serenas
mansos regaços
suaves riachos

(e)
viajo
pendurado
nas brisas linguadas
sopradas por nuvens
infindas
algodoadas
insanas nuvens
me perco e me acho



ad’ pro Berh

chora mudo
plantador de cadáveres

ou se sente
ou se existe
e de tanto existir
deixei de ser

destarte
liberto-me agora
do meu existir
entre o mundo
entre os vocês
para assim poder eu ser

do sangue banhado
da boca lavrada à verdade
chora
teu lábio silente lancinante

vou escrever a frase que te cala
menor
mais curta que palavra
saída fácil
parida pejada
com o peso de muitos anos
mais anos que tenho eu
que teríamos nós todos

pranteia a máxima hodierna
tema de mim que sou passado
trespassado de muitas eras
clamado em bastantes vozes
em axiomas solfejado

ser
recorrente de incestos arcaicos
monstro pútrido de ti
com tua própria torpidez
chora mudo
plantador de cadáveres

teu palanque
teu palco
teu púlpito
teu circo
teu gabinete
presidente
prefeito
vassalo da vilania
bastardo do profundo hades
depois do tiro
o chute
o cuspe

pastor de misérias
sucerano da perfídia
caminhante maldito
ministrador de ilusões ofuscantes
inebriantes
ladrão da cidadania
usurpador da honra
chora
mudo
arrasta-te aos teus
à vergonha do teu nome
rasteja
aos descendentes da tua carne
o asco verminoso
que esparge teu caráter

pra longe
pra fora
distante
recua
aborto ensangüentado
polução da escuridão

e então
paladino da fome
arauto da miséria
roubador de viúvas
matador de órfãos
destruidor de famílias
parasita da pobreza do povo
fabricante de pesadelos
tirano solitário
descanso do cetro
de ouro das máfias
laranja de quadrilhas
enforca-te a ti mesmo
na coroa de ouropel

teu fim nasceu antes de ti
chora mudo
cala-te
esmagado sob os pés do teu destino

a ti devolvemos teu mal
como de ti saiu
volta a ti teu veneno
pois não te é dado nos atingir
aqui
temos parte com o bem
com o santo de nossos pais
do nosso Pai
AMÉM

NOTAS - NOTÍCIAS - ACONTECIMENTOS
----- Original Message -----
From: Sueli Zane
O site começou a funcionar no sábado.
VISITEM
Sueli Zane

----- Original Message -----
OFICINA
referência em poesia desde 1985
ROTEIRO DA POESIA
site referendado pela UNESCO
maio de 2009

SALÃO POÉTICO DA AABB - ocorrerá às 16h, no dia 31 de maio de 2009, no Salão Margarida, da Associação Atlética Banco do Brasil, Av. Borges de Medeiros, 829, Lagoa, Rio/RJ. Coordenação de Eurídice Hespanhol (apperjiana), Regina Gonzales, Evelyn Esteves e Marcelo Ottoni. Para inscrições ou informações os telefones são: (21) 2274-4722, Biblioteca do Clube ou (21) 9999-6497, ou email: ehm.pessoa@gmail.com.

CLUBE DOS POETAS DA ILHA DO GOVERNADOR - 2ª e última quarta-feira do mês, a partir das 20h, entrada franca, Lona Cultural Municipal Renato Russo, no Parque Poeta Manuel Bandeira s/n, Rio/RJ. Coordenação: Marcelo Mendes. Poetas, compositores, músicos se apresentam. Acesse http://clubedospoetasdailhadogov.blogspot.com:80/ Informações pelo tel: (21) 9853-4556 ou e-mail:marcelo.mendess@gmail.com

FESTIVAL DE POESIA FALADA DE VARGINHA 2009 - até 3 poemas inéditos. Prêmios em dinheiro. Existe taxa de inscrição. Enviar para Rua Ivan de Souza, 35, Jardim Bela, Varginha/MG, 37014-750. Encerramento dia 20 de junho de 2009, às 9h, com apresentação dos poemas, no Teatro Marista Mestrinho, inscriões até 22 de maio de 2009. Mais informações: (35) 3222-9016 (Lindon Lopes, Tadeu Terra ou Marcos Misael) ou e-mail:festivaldepoesia@yahoo.com.br

QUARTAS LITERÁRIAS - Local: Centro de Cultura Luiz Freire, Rua 27 de janeiro, 181 - Carmo, Olinda/PE, Livraria Nobel. Toda última quarta-feira do mês com poesia, música, dança, palestras. O evento é coordenado e organizado por Silvana Menezes. Horario: 18:30 às 21h. Contatos pelo e-mail: silvanamenezes@cclf.org.br ou telefone: (81) 3301-5241.
Visite a APPERJ e não perca o II FESTIVAL DE POESIA FALADA DO RIO DE JANEIRO (PRÊMIO FRANCISCO IGREJA) / APPERJ - APPERJ convida poetas ao festival. Inscrições até 15 de agosto de 2009. Encerramento e premiação, a partir das 17h, 28 de setembro no Auditório Machado de Assis, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Existe taxa de inscrição e prêmio em dinheiro. Acesse www.apperj.com.br ou apperj@apperj.com.br para mais informações
Participe da XIV Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, no estande da OFICINA, pergunte como.
Coletânea poética Aconteceu em setembro , a ser lançada durante a XIV Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, publique o seu poema.
Faça seu livro conosco, mínimo de 10 exemplares, projeto livro por demanda.

Original Message -----
BLOG " CANTARES DE AMÉRICA"


Estimados amigos:

Me permito invitarles a que entren a mi Blog " Cantares de América" en el cual pretendo hacer un homenaje a todos los pueblos hispanoamericanos con el fin de establecer vínculos de amistad y de unión. Me agradaría que hicieran un comentario al respecto en el Blog e invitaran a los demás amigos a visitarle.
http://cantaresdeamerica.blogspot.com/

----- Original Message -----
From: Bilá
] Blog para MG Poetas del Mundo



Este é mais um endereço onde encontrar informações e fotos sobre eventos de Poetas del Mundo - MG
Abraços a todos!
Bilá Bernardes

Maria Angélica Bernardes

----- Original Message -----

PARTICIPAÇÃO POÉTICA DOS POETAS DEL MUNDO - RIO DE JANEIRO

--
A Nazaré da Farinhas

Cada cabeça uma sentença
Cada planeta uma existência
Então:

Meu avô por parte de mãe era negro
Minha avó era india
Meu avô por parte de pai era Europeu
Minha avó... nunca soube a cor que tinha

É prosa com pirão
É poesia com farinha
Isso são histórias de quem vem lááááá da Bahia


João Carlos Luz
Cônsul Poetas del Mundo para o Rio de Janeiro
Pontão de Cultura do CIRCUITO UNIVERSITÁRIO DE CULTURA E ARTE - CUCA/RIO
http://www.projetoeuclides.iltc.br/
Curso de Extensão Projeto 100 anos sem Euclides - UFRJ - Professora Anabelle Loivos.
Curso de LABORATÓRIO DE CULTURA DIGITAL - Escola de Comunicação da ECO - Pontão de Cultura da UFRJ.


----- Original Message -----

Inscrições: de 08 de junho a 30 de julho

Regulamento:
Blog:
www.concursopoesiasarcadia.blogspot.com


----- Original Message -----
From: "Salete Maria" <saletemaria@oi.com.br>

Caros amigos,
vejam a entrevista que concedi ao blog UM OUTRO OLHAR...

http://www.umoutroolhar.com.br/entrevistas_cordelirando.htm

DIVULGANDO MINHA PRODUÇAO
BJS
SALETE MARIA

----- Original Message -----

Poesia e Paz 2009

(Poesia, paz, amizade, cultura, solidariedade...)

A segunda edição do Poesia e Paz aconteceu no último domingo, dia 17 de maio. Os poetas se concentraram no Mercado das Flores, todos devidamente vestidos de branco. Mas, ali mesmo, o branco foi ganhando cor, letras, poesia! Uns escrevendo nos outros, unindo a poesia e a paz.

Dali partiram em passeata pelas ruas da Av. Afonso Pena, em meio a diversidade da Feira Hippie e guiados pelo alegre e contagiante “Boi Rosado”.

A caminhada seguiu até o centro da Feira, na altura da Av. Álvares Cabral, aonde os poetas se “muniram” com mais de 1.000 livros e partiram para distribuir para todos os feirantes. Em troca, receberem sorrisos, agradecimentos e com certeza muita paz.

Já com muita poesia e paz espalhada, os poetas continuaram a caminhada até se encontrarem com dois grandes mestres, Carlos Drummond e Pedro Nava. Tiraram várias fotos, trocaram versos e plantaram flores de papel.

Todos prosseguiram até a Associação Mineira de Imprensa, na Rua da Bahia. Ali os versos ganharam vida... Vários poetas subiram ao palco e declamaram, interpretaram e viveram sua arte. Além disso, várias instituições e entidades foram agraciadas com o trófeu do Poesia e Paz, um lindo protótipo de uma pomba estilizada, feita por Antônio Carlos Dayrell. Clevane Pessoa, idealizadora do Projeto, entregou a cada um a pomba da paz e também a recebeu, com todo o merecimento.

Para finalizar, todos compartilharam um delicioso feijão tropeiro, regado com muita poesia, cultura e paz.

EVENTOS

Convite

3º Encontro de Poetas Del Mundo

De 31/07 a 02 /08/09

Blumenau - SC

Sexta-feira – 31 de Julho de 2009

20:00h : Jantar dos Poetas Del Mundo

Sábado – 1º de Agosto

Manhã: livre

Tarde: 13:30h - Reunião preparatória para o Congresso de 2010

Noite: Evento Multicultural no Teatro Carlos Gomes, como convidados.

Domingo – 2 de Agosto

Manhã – Encerramento dos trabalhos

Tarde livre para passeio ou visita a Pomerode ( as melhores tortas e doces)

Noite : Evento Multicultural no Teatro Carlos Gomes, como convidados.

Blumenau, de braços abertos, mais uma vez espera por vocês!

Um abraço,

Terezinha Manczak

manczak@terra.com.br

47 33371867

47 84024233

BLUMENAU - SANTA CATARINA - CONGRESSO EM 2010.
Terezinha Manczak - Cônsul de Poetas del Mundo no Estado de Santa Catarina - manczak@terra.com.br
Visitem:

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