sábado, 27 de junho de 2009

Nº 24



"DIVULGANDO POETAS DEL MUNDO"





Mandem seus poemas/escritos para o email da owner:
PoetasdelMundo_Brasil-owner@yahoogrupos.com.br




O adeus ao grande artista - letrista - humanista e as suas desditas.

Ben (tradução)
Michael Jackson
Ben, nós dois não precisamos mais procurar
Nós dois achamos o que estávamos procurando

Com um amigo para chamar de meu
Nunca estarei sozinho
E você, meu amigo, verá
Que tem um amigo em mim
Ben, você está sempre correndo aqui e ali
Você sente que não é querido em lugar algum
Se algum dia você olhar para trás

E não gostar do que você achar
Há algo que você deveria saber
Você tem um lugar para ir
Eu costumava dizer "eu" e "eu"

Agora é nós, agora é nós
Ben, a maioria das pessoas mandaria você embora
Eu não escuto uma palavra do que eles dizem
Eles não vêem você como eu vejo
Eu gostaria que eles tentassem
Tenho certeza de que eles pensariam novamente
Se eles tivessem um amigo como o Ben

Como o Ben...



Black Or White (tradução)
Michael Jackson
Composição: Michael Jackson

Preto ou Branco

Levei minha garota em uma balada de sábado
Cara, essa menina está com você?
Sim, nós um e a mesma pessoa
Agora eu acredito em milagres
E um milagre aconteceu esta noite
Mas, se você está pensando em minha garota
Não importa se você é preto ou branco

Eles publicaram minha mensagem no Saturday Sun
Eu tive que falar pra eles, eu não estou atrás de ninguém

E eu falei sobre igualdade
E é verdade, esteja você certo ou errado
Mas se você está pensando em minha garota
Não importa se você é preto ou branco

Eu estou cansado desse demônio
Eu estou cansado dessa coisa
Eu estou cansado desse negócio
Improviso quando a coisa fica preta
Eu não tenho medo do seu irmão
Eu não tenho medo de nenhum jornal
Eu não tenho medo de ninguém
Menina, quando a coisa fica feia

(L.T.B)
Proteção contra gangues, clubes e nações
Causando aflição nas relações humanas
É uma guerra de territórios numa escala global
Eu preferiria ouvir os dois lados dessa história...
Veja, não se trata de raças,
Apenas lugares, rostos,
De onde vem seu sangue, é onde fica o seu lugar
Eu já vi o brilhante ficar mais opaco
Eu não vou passar a minha vida sendo uma cor

Não me diga que concorda comigo
Quando eu te vi chutando poeira em meu olho
Mas, se você está pensando em minha garota
Não importa se você é preto ou branco

Eu disse, se você está pensando em ser minha garota
Não importa se você é preta ou branca

Eu disse, se você está pensando em ser meu irmão
Não importa se você é preto ou branco

Ooh, ooh!
Yea, yea, yea agora...
Ooh, ooh!
Yea, yea, yea agora...

É preto, é branco
É duro para todos sobreviver
É preto, é branco, whoo!

É preto, é branco
É duro para todos sobreviver
É preto, é branco, whoo!



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Michael Jackson nos deixou!





A vida possui muitos obstáculos principalmente para quem é distinguido pela cor da pele, em um país racista como era o povo norte-americano.

Michael Jackson veio de uma camada simplória da sociedade estadunidense, um dia seu pai decidiu formar um grupo de cantores que sacudiu a nação, rompendo parâmetros com aquela ginga diferente a qual chamou atenção do mundo inteiro, os “Jacksons Five”, onde o caçula Michael foi o último a ser incorporado ao clã, ajudando a sacramentar a imagem do grupo, com um sucesso retumbante.

Uma pessoa premiada com o dom da voz e da dança, apesar de sofrer muitas agressões paternas, conquistou toda Terra e quem sabe até extra-terrestres.

O grande problema é que ele nunca se aceitou, lutava contra a sua identidade, com inúmeras cirurgias, casos amorosos com crianças que visitavam a “Terra do Nunca” como era chamada a sua fazenda, onde havia grandes parques de diversões.

Depois de inúmeros processos judiciais e malversação financeira, o nosso astro caiu no ostracismo, apesar de suas obras de arte ficarem permeando a eternidade.

Justamente quando tentava retomar a sua carreira, aos cinqüenta anos, sofre um repentino infarto e deixa toda uma população terrena consternada.

Michael Jackson é mais um dos “imortais” “sobre-humanos” que tem o dom de criar legião de fãs, no entanto tropeça em fraquezas humanas, na eterna procura do sonho inalcançável, que em algum lugar do tempo, se perdeu e nunca mais conseguiu se achar...







Marcelo de Oliveira Souza

marceloosouzasom@hotmail.com

Salvador Bahia Brasil

Visite meu BLOG!
http://marceloescritor.blig.ig.com.br



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Eu também morri um pouco com Michael Jackson



...Um pouco da minha história se foi com ele. Cada época da minha vida foi embalada por algum sucesso dele, fosse ainda com o Jackson Five, ou já como o fenômeno Michael. Mais um ídolo me deixa com essa estranha sensação de perda, de apagamento da minha própria história, lenta e gradual...

Leia o texto, na íntegra, clicando em:

http://www.lilianmaial.com/blog.php?idb=18132



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MJackson, o gênio que alegrou minha adolescência

Que digam da pele
que julguem seus gostos
que até riam dele
mas não olvidem seus passos

seu carisma, suas fantasias
que contaminaram milhões
deleitando-se na música
imitando seus steps

importando-se com sua saúde
Ainda se não der pra entender,
apenas dancem, cantem e cativem

com alegria, a juventude mundial
numa época, sem igual
e façam melhor que ele!

Tania Montandon



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PARTIR...

Elen de Moraes


Homenagem a Michael Jackson



Partir...
Romper amarras
em busca de horizontes impensados...
Perseguir ilusões temerárias,
viajar pelos sonhos postergados
das terras do nunca... imaginárias.

Partir...
Libertar-se dos grilhões
e dos fantasmas... Dos medos passados!
Sondar, dos mistérios, os calabouços,
vaguear por lugares encantados,
esquadrinhar, de outras esferas, os arcabouços.

Partir...
Vestir-se de escolhas
e abrir par em par, da alma, as escotilhas,
com destemor pelo desconhecido.
Navegar, peito aberto, sulcando armadilhas.
Jogar no limbo o que foi preterido.

Partir...
Despir-se de controles,
descerrar um a um, do futuro,
os finos véus que encobriam esperanças.
Trazer à luz o que estava obscuro.
Desvencilhar-se de tantas cobranças...

Partir...
Adormecer com a verdade
e acordar nos labirintos da certeza...
Cingir-se com o manto da liberdade,
dar novas cores, fantasia e beleza
ao pacote da áspera realidade.

Partir...
Palmilhar estradas
e encharcar os pés no pântano do tempo...
Tempo apressado que o presente invade.
Tempo liberto de todo sofrimento...
Tempo que se dilui no rasto da saudade...



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BOM DIA MICHAEL JACKSON
(pois onde você está deve ser sempre dia ensolarado)
Penhah Castro

Hoje vim do fundo do meu ser
dizer do meu sentir, do meu querer,
do que meu coração quer dizer
do ser humano que foi VOCÊ!
De onde você estiver, aceite o meu carinho
o meu amor de irmã,
o meu respeito de ser humano
em busca do seu aperfeiçoamento!

Sabe, Michael, eu aprendi
que nem Deus vai nos julgar
Nossas qualidades e erros
no infinito,
vão somente AVALIAR!
Sei também que na vida
Semelhante atrai semelhante
e, todos os que o seguiram
buscavam o que haviam perdido....
Perderam uma criança linda
que habita qualquer um de nós
que muitas vezes escorraçadas
perdem o rumo da sua estrada...

Permita-me chamá-lo " meu amigo"
porque hoje falo de alma para alma...
Você sempre buscou o pequeno Michael
que foi arrancado da sua identidade
e, foi forçado a produzir
aquilo que custou sua vida...
Uma vida de busca de si mesmo...
Todos nós estamos nesta busca
Uns tem mais estrutura,
mais conhecimento,
e, podem lutar,
para nunca deixar matar
esta criancinha linda
que é toda a nossa EMOÇÃO...

Muitos pensam que ser adulto é ser racional...
Ser adulto e equilibrado
é ter seu racional e emocional
atuando lado a lado...
Ah! Menino Michael eu também aprendi
a sempre no melhor de cada um investir...
Seus desafios eram somente seus!
Mas suas qualidades você NOS deu...
Você nos encantou com sua voz...
Você dançou lindamente
imortalizando o "moonwalk",
deslizando os pés andando para trás.
E, eu que fui bailarina,
sei o quanto de empenho e luta,
custa
para mostrar suavemente sua performance,
Lindamente,
Perfeitamente,
Graciosamente,
como se fora um bonequinho,
encantando minha criancinha,
que te agradece agora comovida...
Aprendi a conhecer
o lado melhor de você...

Sempre vale VIVER uma vida,
porque freqüentamos uma escola sem igual...
Onde todos somos estudantes,
sem diploma declarado,
mas seremos bem avaliadas
pelo que aprendemos,
doamos,
perdoamos,
aceitamos,
agradecemos...

Passamos de ano quando somos solidários,
companheiros, generosos, caridosos...
Quando sentimos compaixão
e, quando amamos á nós mesmos de montão,
porque somente assim
poderemos saber a medida de amar,
sem julgar,
com alto grau de compreensão
nosso amado irmão...

Adeus Michael Jackson...
Adeus a esta criancinha que sempre brilhou
ao que sempre buscou
nas coreografias que a vida te ensinou...


--


Alicerce...


Que alicerce tendes para construir

Quando a tempestade a ti chegar?

Quando teu coração vais abrir

Para que possas em verdade amar?



Se no inverno da tua vida estás,

Procuras fazer as obras da tua salvação,

Não semeies jamais intrigas ao teu redor,

Plante paz e preste ainda mais atenção...



Ponderes mais as palavras,

Respeite e ame aos que te rodeiam,

Podes hoje a ti mesmo vencer?

O orgulho e a vaidade, nos afastam dos reais objetivos...



Tendes compaixão,não deixes nunca de confortar,

Usa a ternura e a caridade em primeiro lugar,

Com paciência e amor segue teu caminho,

Luta,luta muito até a tua vida terminar...



Sandra Galante.

Piracicaba-SP





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Brincando de poetar

Quatro estrelas
no céu
cinco letras
um pincel
fada,verso
borboletas
assim faço
meu cantar
Feito brinquedo
encantado,
minha rima
é poetar!

Walnélia Corrêa Pederneiras


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Aceitação

Vânia Moreira Diniz



Entrei no subsolo e encontrei as gavetas vazias.Andei por cada lugar e o vazio persistia. Culpa de minha displicência em desprezar o conteúdo necessário para que pudesse fazer um acervo de material para a vida que ora transcorre célere e com urgentes necessidades de conclusões .

Ando sem destino, não sabendo onde estarei em breve e se pude realmente captar o sentido de minha presença em vários registros que fiz em torno de minha alma.

Nessa conclusão exulto porque aprendi a amar profundamente, silenciar em horas precisas e encontro a paz apenas verdadeiramente nesse momento em que o aprendizado e a vivência me encaminham para o verdadeiro sentido da felicidade, sem narcisismos ou certezas incoerentes e agradecendo o mistério que pude desvendar em minhas reflexões por vezes incoerentes mas muito proveitosas.

Resta-me descobrir para onde vou e que caminho trilharei. Momento de aceitação.

Vânia Moreira Diniz



Sensação Imortal
Por Vânia Moreira Diniz
Ela nasceu preciosa. Andou por caminhos diversos, sentiu e alegrou-se ao entender que poderia espalhar alegrias ou tristezas e foi procurando em cada canto uma história. Quedava-se admirada nos momentos que sentia a presença de uma vida, de um acontecimento e se recolhia crepuscular quando entendia ocultas conclusões.

Chorava emocionada ao perceber que experimentava a vida ainda mais conscientemente do que fora testemunha, e espalhava os símbolos no papel, os mesmos símbolos que a ligariam a quem fosse testemunha de seus sentimentos.

Era intensa e apaixonada, compreendia as palavras que saltavam de sua alma para os dedos de alguém e continuava seu percurso com a mesma fé, procurando incessantemente a transmissão do que a sufocava.

Vivia na mente e no coração de muita gente, sem preferências, com mais fé naqueles que se esforçavam e faziam questão de sua influência. Muitas vezes era pessimista, outras tão delirante que aguardava alguém saltitante e arrebatador para que pudesse se aninhar em suas frases.

Vivia em becos, alamedas e esquinas, nos lares humildes ou portentosos com pessoas iluminadas, gentis ou incompreensíveis e com todas sentia a força de sua ternura em instantes difíceis ou nas horas de decisões imutáveis.

A emoção era seu instrumento mais usado, a imaginação fertilizava a ponto de não se tranqüilizar se não pudesse derramar o húmus de sua alma em efervescência. E quando chegava, a força de sua observação transluzia nos olhar da pessoas, principalmente grandes artistas, escritores ou pintores ou os representantes da arte.

Poucas vezes se sentia recolhida em obstáculos, mas quando isso ocorria, uma opressão dominava, porém logo sentia a necessidade da sua presença no coração de alguém. Caminhava então certa de seu dom, sonhando, envolvida em mil pensamentos que pululavam indiscretos de seu interior para penetrar os anseios de seus protegidos tão numerosos quanto confiantes.

Obserrvava a crianças, brincadeiras infantis que captava pressurosa em divulgar ou os adultos , homens e mulheres a demonstrarem seu amor ou sua raiva e correndo se aninhava nos braços do melhores contadores de história enriquecida com a força que lhes transmitia.

Era alegre e sabia absorver os passos harmoniosos de uma dança, o conteúdo da letra de músicas transbordantes de ritmos e ao mesmo tempo chorar na cadência dos soluços de alguém que desabafava suas tristezas.

Era espontânea, profundamente sensível e sensual, eternamente em movimento, constantemente recebendo os fluidos de qualquer ocorrência que temperava com seu fascinante espírito.

E quando o mundo um dia mudar continuará a ser a mesma, ininterruptamente jovem e sedutora, atraente e vívida, meiga e forte. Seu nome é INSPIRAÇÃO.

Vânia Moreira Diniz







Junho

Vânia Moreira Diniz



O Mês de junho sempre foi um dos mais eletrizantes de minha vida. Estávamos ali no meio do ano, quase em férias, os fogos estourando, principalmente à noite, quando todos se reuniam para comemorar cada dia daquele período. Meu pai nascera em junho no mesmo dia da comemoração tradicional e essa festa deixava em meu coração uma alegria irresistível porque tudo era regozijo nessa época distante, mas sempre muito nítida.

Os fogos eram os mais variados e subiam pelo céu azul de Copacabana fazendo rabiscos diversos e formando figuras as mais fascinantes. Quando fixava os pontos já indistintos que se evaporavam no firmamento e submergiam no infinito experimentava uma sensação estranha de que tudo se perdera no nada. E que as imagens de fogo tinham descansado no meio das estrelas.

As noites de junho eram frias e belas e mesmo naquela rua barulhenta e entre muitas pessoas que visitavam a minha casa eu sentia uma estranha paz.

E as quadrilhas improvisadas, as comidas típicas e o quentão característico daquele dia esquentavam o corpo e aqueciam de ternura o coração.

Ainda havia lugar para essa sensação e parece que tudo se foi com o tempo que passou, levando-nos o direito da tranqüilidade, confiança, certeza da solidariedade e verdadeira bondade.

Dia 24 vem chegando nessa madrugada e já ouço barulho lá longe abafado e pergunto-me com dor no coração se são os fogos comemorativos ou algum tiro perdido de disputas, brigas ou inconseqüência.

Nunca poderia esquecer as festas no fluminense, fantasias estilizadas, a doçura do ambiente, a alegria expressa em cada rosto, animação que ia até pela manhã e cujo final nos entristecia.

A tecnologia foi tomando conta do mundo inteiro, hoje nos comunicamos com o outro lado do universo e podemos receber uma resposta a uma mensagem em poucos segundos, talvez seja difícil o encontro personalizado, olhos nos olhos, mãos dadas passando o calor do sentimento e as repetidas reuniões das pessoas amigas.

Hoje é dia de São João e de qualquer forma, vemos crianças animadas, esperando o grande dia e se divertindo como a claridade dos fogos do outro lado da cidade. Crianças mais amadurecidas pelas cenas de violência que presenciam, e menos lépidas pelos divertimentos sem a correria e brincadeiras de outros tempos porque o controle remoto as espera para se divertirem comodamente.

Na verdade o espírito de São João, data sempre esperada e curtida continua a fazer seus efeitos em todas as pessoas especialmente nos pequenos. Voltamos aos tempos de infância e adolescência, tentamos esquecer os últimos acontecimentos e usufruímos aquele prazer ao ar livre, sentindo a sonora risada de todos e perguntando-nos se não é ali que buscamos a energia e animação, cada vez mais longe e tão necessária à manutenção da vida e da felicidade.

São João é uma festa típica brasileira, que por mais que os anos passem e mentalidades mudem não esqueceremos o prazer de vivê-la com intensidade. As danças, as músicas reinventando o interior do país, onde se divertem todos em deleite, unidos esquecidos de quase tudo que não seja aquele momento. Esse é o verdadeiro encanto de Junho vivido especialmente no dia de são João de divertimentos lúdicos inesquecíveis.

Vânia Moreira Diniz
24-06-2009

http://www.vaniadiniz.pro.br
http://www.vaniadiniz.pro.br/espaco_ecos/default_ecos.html
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=3889


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Te olhar
(Jorge Luz Vargas)


Foi bom te rever, sentados eu e você
Te olhando nos olhos, relembrando um viver
Me contive ao extremo pra não declarar
Mais uma vez o amor que sinto em meu ser

Te olhando chorei, sem você perceber
É que o coração aprendeu a chorar e se esconder
Chorei de alegria, chorei de prazer
Chorei por te imaginar, feliz em me ver

Lembrei dos momentos que retratam poesia
Do primeiro encontro que aconteceu naquele dia
Um beijo roubei, sem você perceber
Não foi um beijo dado, daqueles molhados
Hoje foi um beijo sublime, foi beijo sonhado

Mas não consegui o que o coração quis dizer
Não deixei sair de mim e chegar até você
Mas a alma tocada, pela emoção sentida
Foi no abraço que dei e falei, na hora da despedida

Você não notou, nem ao menos escutou
É que falei com meu coração baixinho pro seu
Ele, eu tenho certeza, sabe que o meu é seu
Por isso ele guardou, meu coração dentro do teu
Você é um presente que Deus me deu

Mas não disse nada
Mesmo querendo dizer
Achei melhor ficar assim...
Sonhei que estava sonhando
Que no sonho pedia
Por favor volta pra mim

A resposta meu coração já sabia
Que não será nessa passagem
E que você iria dizer
Me desculpe poeta, eu não poder escolher

Foi bom te olhar
E sonhando de sonhar
Que um dia quem sabe
A gente possa novamente
Se olhar




--


Há um tempão fora da NET,

com um vírus de lascar,

aí chegou Ademar

armado de canivete.

Mas bastou um só bofete

que ele deu com valentia,

tô a partir deste dia

“internetado” de novo,

interagindo com o povo

a serviço da poesia...


Um grande "Trovabraço"


"MAIS CEDO" OU TARDE EU VOLTARIA





--


há maneiras de cantar

dado de dom divino

ou afim ao desafino...



se comparado ao tato

direito a aspereza do agave...

da raiz...a um tapete...



é-terno o canto araponga

aos quatro cantos do mundo...

ressoa bigorna no ferro



há poemas arapongas

a desdobrar no vazio

perdas de dias em linhas...



poemas... poemas meus...

só mesmo na intimidade

se cargas ao mar...marecídio



araponga em sons de vidros

quebrados... regionalismos

tento um canto e...duvido



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helenarmond





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O bálsamo da literatura semeada



Carlos Lúcio Gontijo



Dia 20 de junho de 2009, na Associação Mineira de Imprensa (AMI), presidida por Wilson Miranda, fomos premiados com o lançamento de dois livros de nossa autoria (o romance JARDIM DE CORPOS e a obra infantil DUDUCHA E O CD DE MORTADELA). Deparamo-nos, na fila de autógrafos, com viúvas, filhos e filhas de leitores que sempre nos acompanharam, mas partiram para o “andar de cima”, dando-nos o sinal caloroso de que a nossa literatura andou, caminhou, seguiu em frente e cumpriu, ao longo dos anos, o seu destino de desaguar no coração e na mente das pessoas. Ou seja, a obra literária semeada já possuía herdeiros!

A maneira espiritualizada e metafórica com que nos expressamos achou, no público presente ao evento, o apropriado horizonte de luz que buscava e, ao sermos contemplados com uma homenagem pela qual jamais esperávamos, encontramos na fala da poeta Clevane Pessoa um berço, um afago que, sob a cantoria afinada de Lenna Santos e Isabella – uma garota de cabelos claros que interpretou “Como é grande o meu amor por você” (de Roberto e Erasmo Carlos) feito um anjo saído sei lá de onde nestes tempos de tanta insensibilidade –, se transformou em conforto, um bálsamo para seguirmos adiante.

Clevane Pessoa encantou a platéia com o seu jeito simples e extremamente poético, predicado de quem, mais que entender de versos, os sente e os grafa na alma. Quem não a conhecia ficou admirado com o feixe de claridade que se lhe apresentava graciosamente e por inteiro, enquanto da nossa parte nos entregávamos lisonjeados e certos de que o nosso esforço tinha (e tem) razão e significado.

Do nosso indelével jornal DIÁRIO DA TARDE, vislumbrávamos muitos companheiros de convivência fraterna, circundados por figuras expoentes como o conhecido jornalista Hélio Fraga, o ex-secretário de governo do Estado de Minas Gerais, José Ulisses de Oliveira, escritores e poetas como Fátima Oliveira, Antônio Fonseca, Therezinha Casasanta, Brígida Selene, Regina Morelo, João Silva de Souza, Harildo Norberto Ferreira, Luiz Cláudio, Bilá Bernardes (que declamou nosso poema Sangue Montense), Rosângela Brasil Gontijo, Antônio Carlos Dayrell e tantos outros, em meio a um punhado de gente de Santo Antônio do Monte, como Marlúcia e Magela Batista, Adílson e Ana Batista, Luís Fernando, Osvaldo Veneroso, Maria Helena Castro etc.

Enfim, ao lado de minha família, do velho pai José Carlos Gontijo e de amigos leitores, deixamos desaguar mais um trabalho literário, completando treze obras, sobre as quais o tempo, em alguma ocasião, cuidará de debruçar seus olhos. No mais, fiquem com o lamento sem tristeza da poeta Clevane Pessoa, que tão bem traduz a nossa luta no poema A Essência dos Poetas: “O poeta escreve sobre seus sentires/ e sobre os sentimentos alheios./Sussurra ou brada, conforme a acontecência,/ mas é sempre emissário da quintessência/ que muitas vezes/ nessa Terra não encontra lugar...

Carlos Lúcio Gontijo

www.carlosluciogontijo.jor.br





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Chique funeral



Dia nublado

Frio aconchego

Noite sem dormir

Hora marcada



Respeito pelo morto

Mãos cruzadas no peito

Terno preto só para o momento

Os papéis estavam no banco



Palavras em grupos

Homens de túnica e chapéu

Mulheres de véus

Vestes escuras como a noite



Caminhando lentos sob neve

Gelo no ar

Vapores de bocas

Hora da chegada



Saindo em duplas

Mulheres com mulheres

Homens com homens

Palavras baixas de sono



Caminhando pela alameda

Corredores de árvores

Folhas úmidas caindo

Choro não se via



Luvas pretas nas mãos

O terço tirado lá no fundo

Vozes tristes respondiam

A reza triste no ar



Chegando na lápide

Granito escuro como a dor

Lembranças lembradas

Pétalas jogadas



O padre rezou a última oração

Fez prece aos presentes

Pediu perdão aos pecados

Desejou paz no céu ao espírito



Lágrimas frias caíram

A viúva amparada por beatas

Lágrimas que não molham

Os lenços de linho branco



Dia frio e nublado

Quase noite de dia

Sem o barulho das máquinas

As fábricas ficaram de luto


J.Hilton

http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=5170










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NUVENS





HÁ NUVENS TOLDANDO O ESPAÇO INFINDO

NUVENS BRANCAS, ESCURAS, MEIO-TOM.

UM PANORAMA ATERRADOR E LINDO

QUANDO CASADO DA MARULHA AO SOM.



HÁ ALTAS, LEVES, DAS LONJURAS VINDO,

OUTRAS,PESADAS, SOBRE O MAR – QUE BOM!...

JÁ VAI CHOVER, A NATUREZA RINDO...

MESMO PAREÇA CHORO, É UM DOM.





NIMBUS,ESTRATOS, CUMULUS , CIRRUS,

DERRAMAM SOBRE NÓS OS SEUS ESPIRROS

COMO QUE CHORANDO A SUA DOR.



ME VEJO ALEGRE,AQUI, SOB AS FUMAÇAS,

E VOU SORVENDO DO MEU VINHO AS TAÇAS

LEMBRANDO,EMBRIAGADO,O MEU AMOR.







Ernane N.A.Gusmão 04.06.09






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Enquanto pessoas se esforçam para manter a segregação e o ódio, crianças estão morrendo de fome em todos os lugares do mundo.



Enquanto pessoas se esforçam com todo o ar de seus pulmões apregoando que suas religiões são melhores do que a de outros, jovens estão sendo consumidos pelas drogas em todos os lugares do mundo.



Enquanto lideres judeus dirigem seu ódio com toda a força incentivando a matança em territórios palestinos, velhos estão morrendo vitimas de suas balas feitas de intolerância e racismo.



Enquanto lideres muçulmanos incentivam e permitem o surgimento de homens e mulheres bombas, seus próprios filhos estão morrendo, feitos de escudos humanos por homens cujo ódio é mais forte do que suas almas.



Enquanto traficantes embalam suas drogas alimentando suas ganâncias e desejo pelo dinheiro, as balas da policia matam crianças, jovens e velhos em todos os lugares do mundo.



Enquanto a religião se fortalece alimentada pelo medo criado pela má interpretação de textos sagrados por homens que o mundo desejam dominar, o planeta morre, as crianças morrem os jovens o os velhos morrem em todos os lugares do mundo.



Enquanto alguns batem no peito apregoando serem os donos da verdade que na verdade é infinita, mulheres são estupradas por homens-demônios mantidos em liberdade por lideres que manipulam a verdade fazendo dela uma inverdade para crianças que somente dor terão no mundo, frutos da violência dos homens-demônios os quais o braço da justiça não pode alcançar.



Enquanto eu escrevo, crianças, jovens e velhos estão morrendo em todos os lugares do mundo, mas minha esperança se mantém nestas palavras que encontrarão abrigo nas câmaras dos corações que buscam a infinita verdade para fazer dela a vida para crianças que neste momento nascem no mundo, jovens resgatados das drogas e velhos cuja sabedoria poderá ser compartilhada com os que agora nascem em algum lugar da terra.



Enquanto...









Misha´El Yehudáh – Místico & Poeta Hebreu




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Paz na terra


Candy Saad

Um sentimento
Um estado de espírito
Que devemos vigiar
A paz vem de dentro para fora
Se verdadeiramente assim for
não se capta a energia nociva.
As injustiças sociais que não podemos evitar,
são cometidas por dirigentes sem paz interior.
Sem luz na alma cometem tantos males...
Tantas diferenças sociais,
preconceitos, fome e dores...
São cegos!
Só enxergam o materialismo,
As vantagens...
Ao sofrimento são insensíveis!
Por eles devemos orar,
Para que justiça seja feita...
Pedir a Deus que se cumpra suas promessas;
De paz na terra aos homens de boa vontade.

Publicado no Recanto das Letras em 21/06/2009
Código do texto: T1659960


Em espanhol

Paz en la tierra

Un sentido
Un estado de ánimo
Hay que vigilar
La paz viene de dentro de
Si es verdad
capta la energía no es perjudicial.
La injusticia social que no podemos evitar,
son cometidos por los dirigentes sin paz interior.
Sin luz en el alma cometer muchos males ...
Tantas diferencias sociales,
perjuicio, el hambre y el dolor ...
Están ciegos!
Sólo ver el materialismo,
Los beneficios ...
Son insensibles a los sufrimientos!
Deben rezar,
¿Qué se haga justicia ...
Pídale a Dios que cumple sus promesas;
De la paz en la tierra a los hombres de buena voluntad.

Em francês

Paix sur la terre

Un sentiment
Un état d'esprit
Nous devons surveiller
La paix vient de l'intérieur
Si elle est vraiment
capte l'énergie n'est pas dangereux.
L'injustice sociale que nous ne pouvons pas éviter,
sont commis par des dirigeants sans la paix intérieure.
Pas de lumière dans l'âme commettre de nombreux maux ...
Tant de différences sociales,
les préjugés, la faim et la douleur ...
Sont aveugles!
Il suffit de voir le matérialisme,
Les avantages ...
Sont insensibles à la souffrance!
Il faut prier,
Que justice soit faite ...
Demandez à Dieu, qui remplit ses promesses;
De la paix sur la terre aux hommes de bonne volonté.


Em Inglês

Peace on earth

A sense
A state of mind
We must monitor
Peace comes from within
If it is truly
captures the energy is not harmful.
The social injustice that we can not avoid,
are committed by leaders without inner peace.
No light in the soul commit many evils ...
So many social differences,
prejudice, hunger and pain ...
Are blind!
Just see the materialism,
The benefits ...
Are insensitive to the suffering!
They should pray,
What justice is done ...
Ask God that fulfills its promises;
Of peace on earth to men of goodwill.




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LIÇÃO DE POESIA



* Irene Zanette de Castañeda.

Os pequenos estavam ansiosos. Pela primeira vez, ouviam falar de poesia. Acotuvelavam-se deliciosamente. Curiosidade. Duas eram as convidadas a falar sobre o tema. Uma devoradora de teorias. A outra admiradora e vivenciadora das belezas da vida. Aquela, especialista em termos eruditos no mais alto estilo, bem dotada de belas teorias disse aos pequenos: “ A palavra poesia vem do grego: poiesis e significa ação de fazer, criar alguma coisa. Inicialmente ligava-se à idéia de mimésis...”. Leu poemas de vários poetas famosos. Analisou-os com a mais perfeita didática. Utilizou-se de instrumentos da mais alta tecnologia para ilustrar belos poemas.Magníficos autores. Os pequenos ficaram estupefatos com o alto nível da jovem mestra. A lição fez seguidores fiéis.

A outra, sem palavras, olhou para os pequenos. Sua ingenuidade teórica a assustava diante da sabedoria da colega. Precisava mostrar aos pequenos uma lição de poesia. Não pensou duas vezes. Olhou para os seus olhos sedentos e deixou seu coração falar. Suas palavras começaram a ser enunciadas lentamente. Tão suaves! Pareciam estar voando, pairando na natureza. Pareciam vidas em ebulição silenciosa.

Há milhares de anos, na Idade do Ouro, o planeta era pura poesia. O universo planetário se dourava todos os dias. Primeiro, a Aurora vinha de mansinho anunciando o Sol. Ele chegava com todo seu esplendor e poder. Esbanjava seus raios quentes. O orvalho derretia-se na presença do grande iluminador. Sua conversa com a natureza terrena era um desenho amistoso. Mandava seus fios de ouro inclinados, translúcidos e saudáveis para enverdecer a Terra desejosa de sua presença, todos os dias. Aquecia os homens e animais no frio. Era bom, saudável e todos gostavam de vê-lo de senti-lo na pele. Mostrava-se um deus na sua plenitude. Decidia sobre a vida e a morte na hora certa. Ele brilhava. Vencia as geleiras temidas. Afastava a neve no primeiro raio. Tudo era harmonia na terra. A vida chegava. A vida se ia. A vida renascia. Era Perséfone visitando a mãe Terra, numa eterna primavera. Tudo no seu tempo certo. O homem era integrante dessa natureza Despertava com a claridade solar. Levantava-se, fazia seu destino com seus pés e suas mãos. Olhava para a natureza e tudo era poesia. O pinheiro ainda estava de pé. Dava sombra à terra fresca e úmida. Dava húmus e a conservava fértil. O pontiagudo e altivo oferecia sombra aos passantes. Em qualquer lugar nascia uma planta. Uma árvore. Uma vida. A vegetação dominava a terra inteira. As árvores estavam ora verdes, ora floridas e perfumadas. Abraçavam-se. Entoavam hinos de amor sem saudade. Nasciam. Eram verdes. Davam flores e frutos sem o trabalho do homem. Nada de canavial. Só florestas. Florestas. Muitas florestas. Elas escondiam tesouros de vida incalculáveis. Ah! Mas eram doces os frutos da Terra! Sem química. Sem preço. Sem genoma. Sem transgênicos. Morangos. Amoras. Araçás. Alimentavam os pássaros das alturas e os bichos rasteiros. Havia alimento para todos. O homem comia bem. Vivia bem. Era feliz. As abelhas contentes em círculos recolhiam o néctar para fazerem o mel. Ah! o néctar! O néctar também era dos homens. Adoçava a boca e a vida dos homens. A primavera era eterna. Vivia-se a primavera na alma. No coração. Ela enfeitava o universo com suas flores coloridas e suas borboletas azuis. Verdes. Amarelas. O retorno era benfazejo. Recebiam-se graciosamente as benesses do alimento saudável. Nas árvores, os pássaros cantavam a melodia da liberdade. O mel dourado da azinheira adoçava a boca de todos os amores. Não havia fome. Não havia sede. O rio corria mansamente, limpidamente, matando a sede de todos os seres vivos. Os peixes dançavam sob a sinfonia das águas. Saíam com doçura das profundezas e vinham dizer bom –dia ao SOL. O dia nascia devagar. O dia andava devagar. O Sol avançava devagar. Impunha-se suavemente. Espreguiçava-se devagar a natureza inteira.Não havia leis.Leis?Não havia injustiça. A paz era docemente venerada. Balançava-se o ramo verde na oliveira. Não se cortava o pinheiro para fazer árvore de natal. Não se transportavam madeiras para o outro lado do rio. As madeireiras ainda não tinham sido criadas. A natureza inteira era uma árvore natalina. Com suas folhas verdes. Com suas flores coloridas e perfumadas. Com seus frutos sempre doces. O homem não conhecia a ganância e o lucro fácil. A honestidade acompanhava a Boa Fé. De mãos dadas caminhavam espalhando o doce encanto da harmonia. Castigo? Medo? A segurança seguia o homem num laço amigo. Guerra? Capacetes? Espadas? Soldados? Não havia sangue correndo em vão para mostrar o poder da força bruta. Para mostrar o poder militar. Para mostrar o poder político. Para mostrar o poder econômico. O sangue era o vigor de corpos fortes. A beleza do corpo era natural. Futuro? Globalização? Tecnologia? Ah! Ah!.Ah! Riam os deuses de todos os povos. Um dia os homens ocuparão o lugar dos deuses. O caos será instalado. Até onde irá a irreverência humana? A insanidade humana? A insensibilidade humana? O fim do humano do homem? Ficará frio. Virará máquina. Ah, mas isso é só futuro. Só futuro. Futuro. A tranqüilidade reinava plena na Idade do ouro. Não era necessário o seguro de vida para fingir assegurar a vida. O homem não temia a morte. Tudo era natural. A terra era imune ao arado, símbolo da primeira revolução tecnológica, com suas lâminas envenenadas, cortantes e ferinas. O arado não fazia a terra chorar. Gemer pela insanidade gritante do homúnculo em decadência. Ganância. Individualismo. O céu também não chorava. Não se vingava com tempestades. Não se vingava com furacões. O sol não se vingava com seus raios cegos e ultra-violetas. O mar não se vingava com maremotos. Não se vingava com Tsunâmis. Os rios não se vingam com enchentes malfazejas. Com a água envenenada. Iodada. A terra também não se vingava com terremotos. Não se vingava com vulcões. Não se vingava com a esterilidade. Com a seca onde a terra fora cultivada. Seca. Morte. E o homem não tinha medo. Medo? Nenhum medo. O homem sentia-se bem. Era feliz. Amava. A natureza humana se pautava somente pelo amor. Ele sempre renascia. Crescia nos corações. Como era doce o amor! Não havia paixão. Sentimento passageiro. Puro tremor sedento da carne. Ficar! O amor era tudo. Tudo. Era um redemoinho de almas encantadas. Era um sorriso mágico no olhar inocente. Um abraço terno e forte. Um afago na cabeça tranqüila. Uma carícia nas mãos sempre dadas. Era eterno. Sublime. Leal. Fiel. Generoso. Os homens se amavam ternamente. Viviam em eternos abraços. Os pais amavam os filhos. Os filhos amavam os pais. O respeito ao outro era natural. Cada instante era abençoado pelo amor, o encanto do mundo. E o homem sabia cantar uma canção de amor. E era bela. Ele sentia o perfume das coisas. Em nome do amor, os Zéfiros suaves acariciavam a pele dos amantes e dos amados. Os ventos violentos estavam trancados nas cavernas do futuro. O mundo era carregado de sentido. A vida era carregada de sentido. O homem sentia-se vivo, e a existência não era passageira. Tudo era útil e agradável. A liberdade fazia ninho seguro. Os sonhos eram tímidos. Sem complexos. O homem e a natureza rezavam a mesma oração. Interagiam pacificamente. Enfim, esse mundo era visto pelo olhar de um deus e compreendido pela mente dos mortais.

Assim terminou a segunda lição de poesia. Os pequenos não aplaudiram. Abraçaram fervorosamente a mocinha ingênua.





Professora de Literatura da UFSCar.



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EU QUERIA VOLTAR NO TEMPO...

Jandyra Adami

Eu queria voltar no tempo.
Qualquer dia...qualquer hora.
Viver o que não vivi.
Ser mais feliz do que fui
Queria aproveitar os momentos.
Ter e dar alegria em abundância
Ser mais otimista e alegre.
Saber encarar meus 20 anos
com a felicidade e o charme que tinha,
para desfilar em todas as passarelas.
Vibrar mais com os aplausos...
Acreditar que era bonita e aceitar os galanteios com prazer...
Queria ter meus 11 anos, quando recebi Jesus pela primeira vez
em meu coraçãozinho tão puro.
Aproveitar bem a presença de meu pai,
antes de sua partida quando eu tinha só 10 anos.
Voltar à infância, naquela pureza de meu tempo.
Cantar, dançar, com meu pai ao piano.
Fazer tudo que fazia, com a família reunida.
Cabelos cacheados, olhos bem verdes...
Linda menina eu era...
Voltar para os braços da mamãe e de todos.
Ser aquele bebê bonito que todos amavam.
Alimentar-me com o leite materno, mais puro e cheio de amor,
amor de mãe que é o maior que existe.
Queria depois, voltar ao útero materno,
lugar mais protegido que tem o ser humano.
E, finalmente, queria ser o orgasmo de um casal apaixonado,
pois eu fui feita com muito amor...
O verdadeiro amor de duas pessoas
que viveram somente uma para a outra:
Meu pai e minha mãe...
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=5656




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O Tempo e o Espaço


Carlos Conrado


Quando a celebre Hora foi criada

O Espaço solitário assim vivia

No desgosto farto de madrugadas

O senhor Deus na insônia movia

Passos intervalados e pouco ritmados,

Escalados os Segundos, pareciam

Loucos soldados sofrendo guiados

Com o poderoso general Fantasia...

Nas tumbas que agora jazem,

Os pobres Segundos suicidas

Em apelativas canções de silêncio,

Contemplam o renascimento do Tempo

Com a fantástica matéria da Hora...

Eis que num estranho contentamento,

O Espaço que sempre chora

Engana a Chuva e o Vento,

Numa voz profana que incomoda...







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EU... MORRO


Eu que não fui planejada

nasci marginalizada

de forma desordenada.

Onde ande quem me vê,

o que vê... Não quer ter

mim tem porque convém.

Sou por designação favelada

mal cheirosa, desarrumada,

em mim vidas empilhadas.

Sou resto do que não quiseram...

Não prestava pra mim trouxeram

e assim feia me fiz ou me fizeram.

Tenho valores mas sou estorvo,

Em mim muitas vidas... Eu morro

e todos os dias um pouco eu morro.

Iza Mota




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Parei...respirei...
Pensei...
Tenho que ir
Por que não?
E vou...
Vou com tudo
Pagando para ver
Sem medo...sem receio...
Sem saber o que vai acontecer...
Com alegria...amor e confiança
Sem tristeza...medo...e insegurança
O que acontecerá?
Não sei...
ainda não cheguei...
Depois vocês irão saber...

Marly Caldas



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O amor no verso delas



Texto: *Alcione Sortica

Fotos: Ivone Sortica



O sarau poético teve por local a Livraria Saraiva, no Shopping Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Aconteceu no dia 4 de junho de 2009, com apresentação da declamadora Telma Scherer, mais um jovem talento dedicado às letras, numa época em que a cultura luta por espaços, num mundo tão carente de bons momentos. O tema, poemas de amor, numa ótica feminina, embasado nas criações de Safo - da Ilha de Lesbos, Sylvia Plath, Adélia Prado e Ana Cristina César, era atentamente absorvido por seleta platéia, cercada de paredes coloridas de livros.

Conforme ia dissertando sobre o assunto, Telma declamava poemas de mulheres que marcaram época, gravando, através das páginas dos livros e da vida, a luta contra a discriminação e a procura da liberdade e do tão almejado lugar ao sol.

O sarau foi prestigiado pelo Cônsul de Auxiliadora/Porto Alegre, o escritor e poeta gaúcho Alcione Sortica, integrante do Movimento Poetas Del Mundo, sempre atento aos eventos ligadas à literatura e cultura em geral.





*Cônsul de Auxiliadora – Porto Alegre/RS,

do Movimento Poetas Del Mundo

http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=2223

escritor.sortica@portoweb.com.br




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Por que negar?
Lizete Abrahão


Mudez na boca, e um canto é encerrado,
Cegueira feito pedra, breu na lua,
Silêncio em gotas, noites caem na rua,
Chovem as horas num rito molhado.

Cativas de um poeta que não crê
Em um amor de rimas verdadeiras,
Estrelas pousam no que o sonho vê
Sobre os espelhos que correm sem beiras.

Cantor, acorda! É hora de afagos,
Canções de amor, de barcos velejando!
(Na lua, um fugir de adeuses vagos)
Nasce, poema! Mesmo sem um quando,

Pois, se um eco morder o pé da musa,
Não adianta negares, os sons vazam
Pelas pontas dos dedos e se cravam
No teu verso. Ouve, a música te acusa!

Vês? A boca muda se dispõe ao canto,
Teus olhos vêem mais do que lamentas,
O céu pinta teus versos de acalanto,
Tempo é silêncio das horas que inventas.

Na pauta, embora negues, há uma rima,
À espera de nascer a flor do inverno.
Não negues! É magia o que te anima,
Pondo nas tuas mãos o verbo eterno.

--


Inspiração
Hilda Persiani


Queria escrever uma poesia,
Mas quanto mais me esforçava
E quanto mais eu queria,
A inspiração me faltava.

Resolvi saudar o inverno
Que acabou de chegar,
Para muitos é um inferno,
Mas consegue se valorizar...

O inverno, há quem diga,
Também tem seu lado bom:
Quer coisa melhor na vida
Que ibernar, ouvindo um Som?

Além de mudar as paisagens,
Traz também outras vantagens,
Como degustar queijos e vinhos ...

E deixar toda moça bonita
Ficar muito mais catita
Num elegante terninho !...

--


MOMENTOS

Primeiro dia de sete
e o deixar-se estar inteiro
a meio fruir-se do clima
como ele for
e mais o odor,
o sabão, o sabonete,
a pasta, o molho,
o vinho
o sabor,
a alma sempre sorrindo!
O mergulhar nos eflúvios,
o torpor...
imune...
isento...

O tempo...
Nao dá para parar o sol
carregando sua luz
para traz do mundo...
lá longe!
Mais um pouco
e não mais será hoje
...e acabou-se o domingo!

Eme Paiva


--


SUPLÍCIO DE AMAR!


Theca Angel



Ah! estes silêncios
que escorregando noite à fora
trazem lembranças...

A quietude invade cada canto...
A sala...nosso recanto...o quarto...!
Pela casa ressoam meus passos...
Traços de incontáveis percalços...!

Os olhos fixam-se estáticos
nas sombras que pela janela
invadem a penumbra...
As mãos acariciam aquele mesmo leito
onde tantas vezes o amor se fez presente!

Sons que ecoavam pelas madrugadas
hoje estão quietos...As vozes caladas...
As lágrimas enxutas...
O coração bate em ritmo descompassado...
Os pensamentos por um turbilhão de emoções...
tomado!

E o peito mal segura
um intruso receio de não mais te encontrar
solta o grito dolorido, entrecortado...
Suplício de amar...!
Ilusão do amor ter encontrado?

Sussurros ainda deslizam pelas calçadas
ao encontro dos raios do luar...!
Minha imagem nua...reflete-se no espelho...
Um soluço escapa do peito...

E a recordação crua desaba sobre mim
traçando como se fora um cinzel
teu rosto...O contorno de teu corpo...
Da transparência da noite, fazendo papel...!

Um sopro de vento agita as cortinas.
Seriam teus suspiros tocando-me a pele, ou...
Tuas mãos deslizando seguras e leves
por meus precipícios e colinas...?

Tua voz traça delírios em forma de canção...?
Jaz em minha alma abatida, a emoção...!
Onde estás...como estás...?
Não creio
que te satisfaçam teus anseios...!

Um juramento foi gravado em mágicas palavras
numa noite como esta...Há tempos passados!
Como testemunha...
Somente o manto negro por estrelas salpicado...

Teu canto mágico envolve-me e sonho acordada
Seria teu hálito suave a acariciar-me a nuca...
Ou uma brisa tépida trazendo-te até mim
Como se nunca nos tivéssemos separado...

Nítido, o doloroso contato
com a realidade de lençóis frios...
Percorrem-me, à tuas lembranças...
Arrepios...!

As mãos tentam diminuir a distância
perdendo-se na escuridão...vazias...
O corpo cede aos desejos...À vontade de teus beijos...
Do teu contato...De teu peso sobre mim
na eterna dança louca...
do nosso amor sem fim...!


--



Sonhos de Menina



Nos dias vividos com o seu amor...

Imaginado...Achava que poderia...

Atravessar todos os caminhos.

Lindos...Tenebrosos...Terríveis...Maravilhosos...

Não importaria...Desde que em seus olhos...

No seu pensar...E em suas mãos...

Eu tivesse muitos carinhos.



Imaginava a estrada florida...Poderia ter espinhos...

Mas nada...Nada...Atrapalharia...

O brilho que em meu coração...

Entorpecido de amor...Por você...Sentia.

Era maravilhoso imaginar...

Que juntos envelheceríamos...

Cuidando de nossos filhos...

Mais tarde de nossos netos...E assim...

Muito mais completos nos sentiríamos.



Seria como no findar da tarde...

Que mesmo sabendo que ficará escuro...

Tem a mais rica beleza.

O céu tingido de vermelho recebe a luz...

Prata do brilho da lua e das estrelas.

E completando a matiz perfeita...

O brilho amarelado das luzes é como ouro...

Findando tudo com muita nobreza.



Era a vida perfeita...Amor...

O meu primeiro amor...Para toda vida.

Onde todas as histórias vividas...

Teria seu troféu de ouro...

Coroando as emoções de nossas vidas.

Porém...O tempo futuro desfez-se no presente...

E a solidão daquela partida...

Permanece instalada no peito...

Vendo os sonhos juntos acontecerem...

Mas numa vida dividida.



Breves encontros...Festas sem sentido...

Cada qual no seu lado...Vendo tudo acontecer...

Numa vida, quase juntos...Quase feliz...

Porém...Com o coração partido.

Cheio de lembranças...

Que fazem cair lágrimas pelo rosto...

Mulher...Quase criança...Sabendo ser em vão...

Pois não aplacam o desgosto...

E nem acalmam o coração...

Apesar dos anos e anos se passarem...

Tornando o corpo fresco e juvenil...

Em um de meia idade...

Com o coração quase velho e cansado...

Mas...Que ainda continua sonhando...

Sem ser nada senil...

Como uma rosa em botão.

Que espera se abrir...

Para inundar de beleza...

O jardim do coração.





Por Ruthy Neves


--


Agora

Nelim Monti


Escrevo, escrevo agora...
Afagada pelas águas do tempo
Não é brinquedo estar morto
e continuar escrevendo...

Fico quieta pensando, as coisas
que aconteceram...
Não aqui e agora.
Mas num tempo já bem fora.

Eu agora viva...
Escrevendo sobre o que passou...
Sobre o que vivi, sobre
os amores e suas dores.
Olhando sua foto sobre a mesa
Me perco em devaneios
Este seu sorriso que é todo
o meu enleio...
Era o mesmo de outrora?
Ou apenas de agora!



--


REFÉM DE UM CORAÇÃO!
Nídia Vargas Potsch



Com a sensibilidade aflorando
derramada pelos poros
de minh´alma
vivo, respiro e antevejo
as longas horas que passam
mornas, sem graça, apesar de ...

O Tempo flui, anda depressa
e a solidão me faz sua refém.
Quase enlouquecida
volto meu pensamento
a você, querido meu,
sentindo seu doce carinho
a me dizer: acalma-te!
Olho as horas por olhar ...
Plena madrugada.

Bate Relógio da Vida,
Coração das horas aflitas!


--




Manter a Paz é não buscar culpados, mas soluções
Embaixador Celito Medeiros - Brasil

Algumas pessoas fazem isto através das intenções
Outros usam como meio as suas religiões
Todos nós precisamos de ações
Para encontrarmos soluções

Não podemos ter liberdade se existir opressão
Não existirá a dignidade humana com domínio
Não sobreviveremos sem atenção às crianças
Não seremos felizes se existirem os infelizes!

Alimento, educação, saúde, moradia e segurança
São fundamentais para haver direitos humanos
A saúde mental é base para o exercício da ética
Corpo, mente e espírito nesta família universal


Maintenir la paix et ne pas coupable, mais des solutions
Ambassadeur Celito Medeiros - Brésil

Certaines personnes font à travers les intentions
D'autres utilisent les religions comme un moyen
Tous nous avons besoin d'action
Pour trouver des solutions

Nous ne pouvons pas avoir la liberté s'il ya oppression
Ne pas exister à l'égard de la dignité humaine
De ne pas survivre sans attention particulière aux enfants
Nous ne serons pas heureux si il est malheureux!

L'alimentation, de l'éducation, la santé, de logement et de la sécurité
En effet, il ya des droits humains fondamentaux
La santé mentale est à la base de l'exercice de l'éthique
Le corps et l'esprit dans cette famille universelle


Keep the peace and not get guilty, but solutions
Ambassadeur Celito Medeiros - Brazil

Some people make it through the intentions
Others use their religions as a means
All we need action
To find solutions

We can not have freedom if there is oppression
Not exist with respect to human dignity
Not survive without attention to children
We will not be happy if there is the unfortunate!

Food, education, health, housing and security
For there are fundamental human rights
Mental health is the basis for the exercise of ethics
Body, mind and spirit in this universal family






Mantener la paz y no culpables, sino soluciones
Ambassadeur Celito Medeiros - Brasil

Algunas personas se hacen a través de las intenciones
Otros usan su religión como un medio
Todo lo que necesitamos acción
Para encontrar soluciones

No podemos tener la libertad si existe la opresión
No existen con respecto a la dignidad humana
No sobrevivirían sin atención a los niños
No vamos a ser felices si es el lamentable!

La alimentación, la educación, la salud, la vivienda y la seguridad
Hay para los derechos humanos fundamentales
La salud mental es la base para el ejercicio de la ética
Cuerpo, la mente y el espíritu de esta familia universal


--


Brilho dos Meus Olhos

LuliCoutinho



Eu os percebi diferentes
Com brilhos incandescentes
Numa doce ilusão aos pares
São anjos perfumando os ares

E este meu amor sagrado
Onde o tenho ao meu lado
Formou um arco-íris de amor
Protegido pelo grande mentor

E ele nos guia ao paraíso
Leva-nos a magia de um abrigo
Onde nosso amor sendo velado
Alcança um poder imaculado

E o brilho dos meus olhos
Irradia cores infindas de abrolhos
Circunda os corpos com emoção
Reflete em acordes nossa oração


--


MEU HOMEM...

Iza Mota





Meu homem é assim...

Parte de um todo



É sonho, fantasia, desejo estranho.



É o quadro que pinto

É a emoção que sinto.



Meu homem...

Não é santo, nem demônio

É da realidade o meu sonho.



É...

Meu homem

Meu menino



O dono dos meus segredos

O senhor dos meus desejos.



Meu homem é o

Tema dos meus poemas

Senhor dos meus dilemas



Você meu homem

É único, verdadeiro



É quem me conhece sem pudor

É quem me tem a seu dispor



Você é assim...

Meu homem

... Meu amor.



--






Porque te amo!

Tânia Ailene





Amo com um mundo de sensações

que explode na lágrima que rola ao te ver

que conspira de desejo e prazer

mesmo se disser que não te amo... Engano-te.

Sofro tua ausência, teu toque, teus beijos,

que por impulso me tomas,

acalenta meus medos,

chora de emoção ao me ter.

Murmura amor ao meu ouvido,

declarando ao mundo

com sorriso teu amor...

Falar do que sinto por ti:

É sentir que faltam palavras

coração acelera, um sorriso brota,

meu corpo treme,

uma saudade se apossa,

é fundamental ao meu viver

sonhar, ter e estar com você...

Porque te amo!




--


AH ESSE SEU OLHAR!


(José S. Santos)
Goiânia - GO


Vaza uma luz nos olhos seus
Que atravessa pântanos e vales
Passa uma mensagem, sem que fales
Nada que chegue aos ouvidos meus.

Mas meu coração entende tudo
O que meu olhar visa em seus olhos
Sem dificuldades, sem abrolhos,
Posso captar, mesmo que mudo,

Este seu sinal, de luz somente,
Que ilumina minha escuridão
E me faz ficar feliz, contente
Como um passarinho solto à mão.



Voce merece uma poesia
que fale de amor, de carinho, de vida,
que possa envolver o seu mundo
em doces lembranças jamais esquecidas.
Voce merece uma poesia
que possa enfeitar o seu viver,
que fale de pequenas coisas
importantes ao seu ver.
Voce merece uma poesia
tão bela, tão suave, tão pura,
que traga para a sua alma,
toda a beleza da ternura.
Voce merece uma poesia!
Pudera fosse eu a fazê-la!
Entregaria junto a ela,
o céu, a lua e as estrelas



--


ESTIGMA

Delasnieve Daspet


Ser pobre
Sempre foi um estigma.
Houve momentos - e ainda há -
em que a pobreza material
Foi e é banalizada pela sociedade!

Pobre é bandido! - Se diz!...
Não é, não!
Miseráveis sofrem a miséria
Que lhes é imposta
Por uma sociedade injusta,
Sem leis,
Sem verdades!

Pra que miséria maior
Que essa chaga política
Que abrigamos?
Eles vivem a miséria moral
E nós - a desdita de aturá-los!

Vivemos em estado de perplexidade
Das cobranças que nos fazemos!
De que honra falar?
Em qual verdade investiremos?
A cada gesto impune
Se destrói a ilusão que nasce!

Por que temos de carregar
Este estigma?!
Este sinal infamante
Que nos foi legado pela história
De sermos um povo bom, passivo e corrupto?!

Vamos sair da miséria moral
Em que chafurdamos no dia a dia.
E que o nosso estigma seja
Receber o pólen que fecunda
A flor da esperança!

A oportunidade nos é dada....
Obrigue-se a extirpar as chagas,
Exerça teu direito!
*DD_ 17- 02 -2002
Campo Grande MS


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NOTAS - NOTÍCIAS - ACONTECIMENTOS


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Joâo Justiniano (joaojustiniano@terra.com.br) quer convidar você a ler o post http://joaojustiniano.blog.terra.com.br/amplia_se_o_espaco_de_cultura_em_rodelas no blog JOÃO JUSTINIANO DA FONSECA.



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PROJETO NATURANÇA

Direitos Humanos e Educação e criança.

NATUREZA*POESIA*MOVIMENTO*LIVRO

COORDENAÇÃO GERAL E PEDAGÓGICA:

GABRIELLA RANGEL LUZ

COORDENAÇÃO POÉTICA, ARTÍSTICA E GRÁFICA:

JOÃO CARLOS LUZ

COORDENAÇÃO LITERÁRIA E PROGRAMAÇÃO CULTURAL:

RICARDO WALTER Apoio:Rubens-Praça

Rede Poetas Del Mundo

Editora: por Ricardo Walter

Venha brincar e ler poesia!!! LOCAL:PRAÇA SÃO SALVADOR-Flamengo

BARRACA DO PROJETO NATURANÇA PRÓXIMO AO PARQUE INFANTIL

DIA: 28 DE JUNHO ÁS 1Oh e às 14h

ATENÇÃO: NUBLADO TEM!!, MAS... SE CHOVER NO DIA 28/06 FICA TRANSFERIDO PARA O PRÓXIMNO DOMINGO DIA 05/07 SINTA-SE CONVIDADO ATÉ!!.




--


verifiquem as atualizações da galeria dos poetas da Geração 80:

http://geracao80.nafoto.net

Aproveitem para ler a antologia dos meus poemas em

http://ciceromelo.blogspot.com


Um grande abraço.


Cicero Melo

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Boas Novas!

Gostaria de falar sobre o Festival de Inverno Marcelo Torca em http://festivaldeinvernomarcelotorca.blogspot.com onde há espaço para exposição de poesias. Este evento acontecerá em Pauliceia, SP, Brasil em 03 de julho de 2009, às 20:00 horas. Convido a poeta a participar, se não for possível ao vivo, ao menos com a contibução de 3 poesias onde serão expostas neste evento.

Grato.
Marcelo Torca.
www.marcelotorca.com

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Projeto Viva e Reviva Santa Cruz
Site atualizado. Visite. Conheça nosso BaZAR Virtual: Arte com Arte BaZar
Visite, comente. Cadastre no site.Veja videos, fotos. Conheça um pedacinho da história de Goiás.
Ainda conservamos a brejeirirce, o aconchego da cidade interiorana.Nossas festas trazem a simplicidade, embora para nósseja um glamour, porque é assim que somos: simples e ao mesmo tempo galomourosos.
Então, dê uma passadinha pelo site www.santacruzdegoias.net ou www.santacruzdegoias.com Comente tá, isso nos ajudará a melhorar cada dia mais.
Desde já lhe agradeço!
Fátima Paraguassú




www.santacruzdegoias.net

--


Espero sua visita em meu novo blog, o Repercussão Literária .
Você pode estar lá, mas é preciso conferir!

Com carinho

Márcia
--




Se você ainda não se inscreveu...

Faltam apenas 7 dias para o encerramento

das inscrições

V Belô Poético – Encontro Nacional de Poesia de Belo Horizonte

Acesse o site: www.belopoetico.com

e faça sua inscrição.





Vide Bula



Poesia é:

cor e ação

é rim

mas

também razão

é o ar que se respira

dizia Arnaldo

num canto de um quarto

de ofício qualquer:

Pois é!



(Rogério Salgado & Virgilene Araújo)





--



Olá amigos

vem aí o primeiro livro de poemas para crianças de dalila balekjian




muito obrigada
saudações poéticas
dalila balekjian
http://dalilabalekjian.ning.com

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