sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Nº. 36


"DIVULGANDO POETAS DEL MUNDO"
http://delasnievedaspetdivulgapoetasdelmundo.blogspot.com/
CADASTREM-SE!



DIVULGANDO - nº 36
LEIAM!!
Manifesto Universal dos Poetas Del Mundo


Mandem seus poemas/escritos para o email da owner:brppoetasdelmundobrasil@gmail.com
NÃO ESQUEÇA DE COLOCAR O LINK DE TUA PÁGINA EM POETAS DEL MUNDO
Carta aos Poetas Del Mundo,
Os Poetas del Mundo através do empenho de João Carlos Luz Cônsul do Estado do Rio de Janeiro dos Poetas Del Mundo vem acompanhando e participando dos encontros das Políticas Públicas destinadas a Cultura no Estado do Rio de Janeiro lutando pela Poesia na Agenda Cultural , sua participação tem sido assídua e imbatível , eu, enquanto Cônsul de Copacabana dos Poetas Del Mundo e Companheira de João Carlos Luz , portanto também consulesa do Estado do Rio de Janeiro gostaria de destacar seu trabalho sempre em nome do Movimento e Rede dos Poetas Del Mundo e claro pelo seu comprometimento como Poeta , Jornalista , Ativista Cultural, Designer e Artista Plástico desde os Anos 70, João Carlos Luz merece o reconhecimento pelo seus constantes informes a Embaixadora dos poetas Del Mundo Deslanieve de todo assunto que porventura venha mencionar os Poetas Del Mundo, abrindo espaço para a amplitude e sempre para a dignidade da proposta que o Manifesto dos Poetas del Mundo nos faz refletir e seguir.
Acompanho o dia a dia do poeta João Carlos Luz até porque temos trabalhos comuns com a cultura, Educação, Direitos Humanos, Saúde e Arte e o que posso afirmar a todos que estão apoiando seus empenhos e desdobramentos junto a Poesia e a Cultura é que a seriedade é total e o desejo de disseminar os Poetas del Mundo é uma tônica forte de seus trabalhos, por tudo isso é que emocionadamente venho a escrever para todos os que apóiam e também igualmente tratam com seriedade a Poesia e seus Desdobramentos na Cultura e na Sociedade.
Atenciosamente, a todos Poetas
Gabriella Rangel Luz -Gabi Luz-Cônsul dos Poetas Del Mundo em Copacabana e Consulesa do Estado do Rio de Janeiro. Oficina de Poesia Corpo & Palavra e Projeto Social Naturança- Poeisa e Direitos Humanos para Crianças.
_ ainda somos ,os bobos da corte do português que nos pariu..._

vozes ecoam , peitos estufam-se, passistas sambam pela avenida, a cuíca repica nas comunidades ( morros), até mesmo o bêbado lá do planalto se vangloria, porque “somos o povo mais feliz do planeta”.
macabra essa nossa felicidade porque editada em retratos fúnebres, de um povo que agoniza dia a dia, porque vivemos a morte em efígie escrita nas letras do sangue de nossos irmãos, amigos, filhos, respingado em nossas almas, já vencidas.
ainda assim há quem acredite em tal apologia, seja por olhares cegos, seja pela alienação, ou porque a dor mora ao lado, ainda não sabe ou esqueceu de seus endereços, e assim como o louco da corte, perdem vistas da realidade, olhos embaçados por destilados e fermentados, e seguem etilicamente felizes.
somos felizes por que:
- a guerra urbana, do oiapoque ao chui, se agiganta a cada dia?
- as estáticas de inocentes assassinados batem a média diária de 40 vítimas dia?
- as balas perdidas rasgam nossos céus, nossos homens, mulheres, jovens, crianças , nossas casas , nossas vidas?
- aos nossos recém nascidos, seja pela falta de leitos nas unidades neonatais, ou por infecções hospitalares, lhes é negado o direito de existir?
-eloas, grabielas, gustavos, cleides.. dia sim outro também são assassinados por balas perdidas (?)?
-nas portas dos hospitais, avolumam-se a cada hora gente de toda parte, morrendo à mingua, enquanto espera por um atendimento que ,se chega, já é tardio?
-as lucianas, albertos, edsons, mários e marias, alvos de policiais x traficantes, ficarão inertes por tetraplegia enquanto durarem seus dias?
- o armamento dos bandidos é de primeira linha, com alcance de até 700 metros, e porque lhes apetece mostrar poder, derrubam helicópteros da policia?
-emprestamos dinheiro ao FMI, que nos sugou ,espremeu e cortou nossa garganta durante décadas?
- a copa do mundo e as olimpíadas virão para terras brasilis, e pelos gastos de 30 milhões com infraestruturas, que se tornarão elefantes brancos (tais como as do pan), desviando verbas da saúde e da educação?
- somos governados (seja por nossa omissão ou ignorância mesmo) por eficientes quadrilhas?
- nossos aposentados receberam 3% de reajuste?
- o turismo sexual alimenta os cofres de nossos empresários, cada vez mais, ano após ano?
- os pedófilos acham o brasil uma maravilha?
- a Amazônia continua a ser destruída, apesar da média-mídia, das cristianes torlonis , e dos ambientalistas de ocasião ?
- a violência contra a mulher e contra o menor, as invasões urbanas, a violência policial, os altos índices de acidentes com vítimas fatais, no trânsito, rebeliões de presos, é o filme brasileiro com maior índice de bilheteria?
por tantas outras razões similares ,que poderiam aqui ser descritas, é que somos felizes?
eu não!
vivemos em estado de agonia, nossos pobres cada vez mais pobres, nossos miseráveis estão ai pelas vielas, becos e ruas, o iraque é aqui, estamos diante os números de uma guerra civil, e eles são obscenos.
por tudo isso, esse soco na boca do estômago da cidadania e da democracia.
mas o louco do planalto continua voando pelos ares do mundo a expelir insanidades, a destilar mentiras.
nós-povo brasileiro, continuamos de olhos vendados, ávidos por espelhinhos, bugigangas e apitos, porque ainda somos, os mesmos bobos da corte do português que nos pariu...apesar dessa sofrida e amarga vida severina!
nanamerij
outubro/2009

























































QUE SAUDADES!!!

Que Saudades!

Que saudades suas é esta?
Não é uma saudade qualquer,
mexe com meus sentidos
faz de mim o que quer.
Quando sem tí eu ficar
quero por perto estar,
sabedor que a distância
é pequena,tenho a calma, por dentro,
pois sei que a qualquer momento
posso a saudade, matar.
Saudades assim é tortura
que machuca até a razão,
fica-se perdido no mundo,
inquieta-se ,a cada segundo,
judia da gente, por dentro
aperta, e muito o coração
(Roldão Aires)
VIVES EM MIM


Vives em mim,
te sinto, como
se parte minha
fosses.
Teus sentimentos
fizeram brotar o querer,
que por tí tenho.
Aonde vou, esse querer
me acompanha.
Cresce dentro de mim
como se gerado fosse.
É um sonho constante
saber que teu querer,
igual ao meu é.
Fusão linda de dois amores,
em um só amor.
Dois corações batendo,
vivendo, rindo sentindo,
cada dia, cada hora,
cada momento.
Roldão Aires

d´arte abstrata...em perspectiva
certa tarde curva...leve o vento
calma a chuva...
belo plano pra tela plana
o"tempo" faz o fundo em tons do cinza
e em segundo plano semi definida
grande mancha em tons do rosa forte
ao quase branco...
veda seu verde suporte de ramas
em primeiro plano...eu...indefinida
traço vertical...em abstração...
...sem perspectivas...
helenarmond
outubro zero nove



flash back
ou se preferir
vice versa / contrario
um tiro na testa
sem alternativa
possivel
um negro morto em praça
possivel
urros de quem registra e anuncia e se repete
e se repete e se repete em orgasmos
possiveis
o assaltante termina a jornada
de assaltos e arrombamentos
possiveis
nascido em meio promíscuo
num barraco de tábuas e vãos
selados com papelão
entre fome incesto falta de banho
tem as doenças de infancia
sarampo gripe dores quaisquer
com o único recurso dos:ácidos salicilicos
aquela coisa chamada aspirina
que lhe destroi os calcários ossos e dentes
e passa pobre de calcio a perda da dentição
impossivel
a identidade... passa a desejar " marcas"
possíveis,,,e ele rouba e mata
se possível
mas morre com um tiro na testa
e a platéia envia aplausos e desejos mórbidos
ao cara que repete e repete e repete
e deseja...entusiasmado
que o mundo será mais tranquilo
com um ladrão a menos...
repetindo e repetindo sem pena

comemorando... um valer !
um tiro na testa
AMÉM
diz o Datena

Evoluindo
Vera Hellena
Existe outra frequência
Tenha paciência
Entre na cadência
Sem independência
Um processo
Todos tem acesso
Deixe o excesso
Entre no progresso
Um envolvimento
De alto conhecimento
Que muda a todo momento
Com grande intento
Uma nova realidade
Com autenticidade
Uma necessidade
Para a sociedade
Minha Mãe
Tanta meiguice havia em tua face querida de mulher altaneira
Vivera em meus dias como o ar que respiro
Bem sabes que serás para sempre querida
Sua bondade seu carinho pureza de coração
Nunca vi nada igual neste mundo
Em tua simplicidade aprendi a amar
Sabia como ninguém se doar sem pedir nada em troca
Quisera eu acreditar que teremos outra chance de encontro
Olharei em teus olhos e direi com sinceridade
Tu és meu amor verdadeiro e para sempre querida.
Aida M. Domingos


AMOR ADORMECIDO

Neida Rocha

Amo-te em silêncio.
Os limites do meu amor
são próximos da realidade.
Deixo o amor adormecido
porque tenho noção
da sua não concretude.
Busco o passado
e percebo
o quão distante estás.
Vivo o presente e adio o amor
para daqui a pouco.


CENTAURO

A NATUREZA MITOLÓGICA BRINCOU...
SERES ESPECIAIS E SEMIDEUSES CRIOU...
PÉGASUS... MINOTAUROS...UNICÓRNIOS.
DOS DEUSES DO OLIMPO NASCEU O CENTAURO
SER EXTRAORDINÁRIO, PODEROSO, VELOZ
DORSO HUMANO- BELO HOMEM!
CORPO ANIMAL - POSSANTE CAVALO!
ASSIM QUIS A NATUREZA
HOMEM CAVALO - CAVALO HOMEM
SER IMPONENTE, DUO, FENOMENAL!
CAVALGA PELAS MATAS BUSCANDO OUTRO SER
QUE SEJA PARA ELE ALEGRIA E REFRIGÉRIO
NÃO QUER PARA SI O ESTIGMA DA VIOLÊNCIA E DO PERIGO...
QUER SER HOMEM E AMAR
QUER A FÊMEA PARA COM ELE CAVALGAR...
ONDE, CENTAURO?
COMO, CENTAURO?
BUSQUE CENTAURO...
ENCONTRE-A E LEVE-A
EM SEU FORTE DORSO
PARA AS ÍGNEAS TERRAS DO ALÉM-MAR...
(THERA LOBO - 28/05/2009)
www.poetasdelmundo.com/verinfo_america.asp?ID5904






Onde Encontrar a Paz?

Um minuto de Silêncio, em homenagem e solidariedade aos que, por algum motivo, sofrem.
Seja por caminhos certos, ou errados.
Não podemos definir o nosso futuro, por que a Vida, não se define.
Apenas tentamos melhorar, a cada dia, a cada passo, por todos os caminhos
que passamos, e além, tentamos doar o melhor de nós.

Mais um ano, vivemos mais pessoas nasceram muitos morreram. Uns conseguiram chegar ao pódio,
outros, viveram grandes decepções. A maioria sonhou.
É este sonho infinito, de uma determinação incansável, que faz o sonhar tão intenso ao ponto de tornar
realidade, até mesmo as nossas ficções.

Continue sonhando. Seus dias de realizações podem estar mais próximos do que possa imaginar.
Não deixe o desânimo tomar conta do teu Ser. Lute! Não com espadas que tiram vidas e jorram sangue,
e sim, na qualidade de Ser Humano. Erga essa espada, se propõe a esta condição.

Somente consegue-se a Paz, se nela acreditamos. Somente se consegue vencer, se praticamos o Bem.
Não julgue, não seja preconceituoso. Nunca diga: "Isso não vai dar certo".

A palavra é negativa, e a Palavra tem força. Não temos domínio sobre nossa mente, mas podemos
controlar o pensamento, através dos nossos atos. Podemos decidir os atos que vamos cometer,
sobre tudo o que a nossa mente produz. É este controle emocional que gera todas as causas.

Nós podemos até pensar, mas, nunca falar tudo e agir segundo a nossa mente.
Nossa capacidade de pensar vai muito além, do que um Ser Humano pode praticar. A força do pensamento
é o bem e o mal que habita em nós Racionais. Temos que educar o nosso pensamento para o que é
Bom e Divino. Temos que lutar contra os pensamentos ruins para que possamos nos libertar dos nossos
medos e das nossas atitudes impensadas.

Lembre-se! A felicidade está dentro do seu coração. Não tente buscá-la por caminhos incertos e duvidosos.
Caminhos tortos e estranhos aos seus olhos. Tente andar no CAMINHO DA LUZ.

Você vai encontrar este caminho. Não será dentro de uma igreja, nem tão pouco na casa do seu irmão.
Não acharás a Luz na tua conta bancária, muito menos nas suas vestes das melhores marcas.
Esta Luz está em seu coração. Faça-A Brilhar sobre sua Vida, com este mesmo corpo,
com o mesmo coração por onde nasceu, um dia, esta Luz.
Lute pela Paz, sempre!
Branca Tirollo





A função do Poeta
A função do poeta, acima de nada, é tudo:
escrever, cantar a vida, vivenciar o amor.
Paladino da paz, testemunho da força
e desígnio da palavra, cabe ao poeta dizer
até no silêncio das entrelinhas dos versos.
A função do poeta é ser gente,
agente daquilo em que crê, agente
do que pensa, sente, vive e que
regozija com tudo que enseje vida
vida em sua maior e melhor essência.
Ainda que compreenda a causa da dor
a repudia, se ela a vida venha desmerecer.
.
Até por linhas tortas o poeta
pode o certo dizer: tudo dele depende
dar vida, som e cor à mensagem,
grito silente de um surdo sem luz,
som multicor de um cego sem sonhos.
Função de poeta: intérprete dos deuses
na contradição das mensagens.
O poeta pode e deve ser veículo
de esperança, de paz entre os animais,
ainda os que, entre si, se qualifiquem humanos.
Pela poesia presente na vida, no espaço
apreendida nos versos e entre eles
pelo poeta, na imensidão sideral
ascende e acende o belo da vida.
Fazer poesia é não função do poeta.
A poesia, nata, inata, grata, grassa
com graça aquém, além e alhures.
O fazer poesia é função dos deuses
da criação, da mãe natureza.
O poeta faz o poema ao captar a poesia
disponível a toda criatura, mas só apreendida
na perspicaz sensibilidade do poeta.
O poeta quando no forte de seu poetar
intérprete se torna das incógnitas mensagens
que ao largo passam do pobre mortal.
Cabe ao poeta, e mais a ele cabe
pelas palavras ou pelo silêncio entre elas
dizer do amor, da esperança, da vida
verdade da inclusão dos seres entre os seres.
Intérprete do ser, do vir a ser, poeta-profeta
eis a função de quem poeta se fez.
Daí imortal ser o poeta pelo fruto, o converter
de poesia em poema, deleite de almas
viajoras de prados, matas, cerrados,
desertos e vales, toda cercania. José Faria Nunes
Cônsul para o Estado de Goiás
Poema feito a propósito do Encontro de São Paulo.



















































UM SONHO DE PAZ E PROGRESSO
Luíza Benício
Sonhei com uma nação fortalecida
num esforço em que todos tão amados
construiram a PAZ tão decididos
se esforçando com todos irmanados!
Numa vida por Deus abençoados!
todos juntos num grande multirão
empreenderam todos irmanados,
melhorar os rumos da Nação!
Seus esforços foram recompensados
conseguem preparar os cidadãos
trabalhando então mais capacitados!
Que na sua profissão valorizados
Ao País ajudarão a crescer
Trabalhando com muito mais prazer!
DIGNIDADE
Luiza Benício
Porque não posso falar o que sinto?
Meu coração é quem dita meus versos
Quero ser livre como os passarinhos
Que escolhem o lugar para seus ninhos!
Quero reclamar daquilo que não gosto
que sinto ser contra meus princípios
Que não é bom para mim nem p'ro meu povo
que desvirtua e causa desarmonia!
As Leis são falhas, e sequer cumpridas
mem todos sabem o que é certo ou errado...
Agem pelo instinto e quase sempre tortas
Suas idéias que de pedaços nascidas,
são copiadas e porisso tão inúteis
Não chegam a causar Dignidade!

POR QUE ESCREVEMOS?
Isabel C. S. Vargas
Muitas pessoas têm facilidade para colocar no papel suas idéias. Outras, nem tanto. Há ainda as que não acham necessário fazê-lo, embora tenham aptidão para tal.
Inúmeras pessoas têm o hábito de escrever. Os diários da época de adolescência,
caracterizam o início de um hábito que por vezes perdura até a idade adulta. Entretanto, quem se atreve a tornar isto público, não são tantas assim. Há o temor da crítica, da exposição e até das diferentes interpretações que nossas palavras podem suscitar.Entretanto, depois que começamos a fazê-lo, o temor inicial desaparece e as palavras vão fluindo com mais segurança.
Há quem possa escrever para ter reconhecimento, mas há quem tenha encontrado a sua maneira de se expressar, de se posicionar no mundo, de passar experiências vividas, de externar sentimentos, opiniões, posicionamentos que poderão até auxiliar outras pessoas que vivam situações semelhantes, que se identifiquem com as colocações, ou que muitas vezes necessitem de uma palavra que as façam ter coragem de empreender uma nova tarefa, uma mudança e até mesmo perceberem que todos temos dificuldades, dúvidas, inseguranças.
Muitas vezes nos reconhecemos através do que percebemos no outro. Podemos gostar ou não. Geralmente quando não gostamos de algo que percebemos, temos oportunidade de nos questionarmos e corrigir aquilo em nós mesmos, assim nos aperfeiçoamos, crescemos e melhoramos os nossos relacionamentos.
Creio que nossas imperfeições nos dão a dimensão de nossa humanidade, de quanto temos que aprender, mas que podemos melhorar a cada dia, buscando sempre aperfeiçoamento espiritual.
Ao escrevermos, colocamos nossas idéias em ordem, vemos com mais clareza determinadas situações, compreendemos melhor determinados sentimentos, produzindo até mesmo um efeito mágico, fazendo certas dificuldades ou temores sumirem à medida que os escrevemos e nos defrontamos com eles.
È também uma forma de chegar aos mais diferentes tipos de pessoas, permitindo que possamos nos identificar, independente de posição social, credo, raça, idade ou sexo.
Conseguimos perceber que vivenciamos situações idênticas, mas reagimos de maneira diferente, levando em conta nossas experiências, nossas convicções, nossa maneira de ser, Temos a chance de perceber que mesmos acontecimentos tem efeitos diferentes nas pessoas e a maneira como os encaramos e a eles reagimos é que vai fazer a diferença. Uns se deixam aniquilar, outros encontram forças para recomeçar mais fortalecidos.
Creio que ao escrever, empreendemos uma viagem para dentro de nós mesmos, dando-nos a possibilidade de entender que a felicidade está no bom uso que fazemos daquilo que temos e que a real importância de escrever é conseguir tocar o coração das pessoas.
Ahhh! Eu, poeta!
Eu - poeta - amo densamente,
beijo, perdidamente,
entrego-me, loucamente...
Nada me é pequeno,
pois, vejo muito, em pouco!
Da alegria à amargura,
tudo é encanto ou drama em excesso!
Ser apaixonado - temo a morte livre,
pela simples ausência do viver
e, tremo, ao amor que não é livre,
- simplesmente -
por medo tolo de sofrer...
A mim - poeta - nada, em nada,
permanece no meio,
pois tudo é início ou fim!
Ignoro o Ódio e temo o Amor,
porque ornada de poesia
perpetro a palavra em ilusão,
ou um verso em flor;
porque, somente poeta,
faço do adeus uma saudade,
ou um desejo de morrer.
Passarinho forro - cobiço voar,
pelo simples sonho de ser livre
e, rejeito a prisão, que não seja,
- unicamente -
a dos braços da pessoa amada...
Eu - poeta-sonho - sofro!
Eu - poeta-razão - morro!
Sou completude insana!
Pelo engano de cobiçar o céu,
em sua plenitude,
rejeito-o, pela metade!
Por não dominar a arte
de ser um a dois,
escolho a solitude!
E, se, nessa busca, egoística,
desentendo a flor-mulher
que em mim habita,
por inteiro - despetalo -
mas, sugo a seiva nutriz
da verde cor do meu olhar
e, por inteiro - refloresço -
em meus poemas...
Perdoa, se penso e te amo!
Perdoa... mas sou poeta!
Sílvia Mota - "Poeta do Amor e da Paz"
Universo feminino

És pequeno grão, mas és grande em idéia
És mais que oceano
És a própria... Faz maravilhas
És imensidão...
És mansidão
És singular...
Plural sem fim
És início, meio e fim...
És colosso...
És verbo, advérbio e também substantivo abstrato, não o vejo, mas o sinto
És simples mais que colossal...
Não posso tocá-la, mas posso senti-la
Vejo a alma e me acalmo
És alfa, Omega...
Mas de carne e osso
Sinto a presença, também vejo esperança
Mas sei que posso tocar, no pensamento e na alma
És átomo/ cosmo/ abissal
Raimundo Bertuleza
Poty – 08/10/2009

POESIA...

A poesia:
é como o vento,
soprando pelas quebradas,
vem levantando pó...
Depois, desconsidera,
Simplesmente vai-se embora
E órfãos ficamos nós...
Porém, quando nos toca,
fresca brisa de verão,
Toca n’alma,
mexe co’a vida
e traz paz ao coração...
É menina que não é menina,
tem caprichos de mulher:
Nos acolhe,
Apascenta,
Ama,
Desmama,
Enjeita,
Espanta,
Encanta,
Enfim,
Faz o que quer...
Diogo Corrêa
Talvez
(Eron)
Talvez eu não seja o alvo, a meta pretendida,
como sua mente desenhou pra ter um grande amor...
Mas, se não sou pleno, que seja a fração que em sua vida
em algum momento a aqueceu com seu calor!
Talvez... é palavra que não tem força de "sim" , de "não",
tem uma porta estreita chamada "Porta da Esperança",
diante da qual deposito toda a minha confiança
de ser agraciado com um "sim" meu pobre coração !
O dito popular me diz que "quem espera alcança",
por isso me planto diante da "Porta da Esperança",
desafiando no combate as armas dos cansaços!
Aguardo... que chegue a hora deste acontecimento,
Para que ponha fim à espera do feliz momento,
em que possa tê-la finalmente nos meus braços...
Queridos poetas,

Qual o motivo que me leva a escrever estas linhas?

Simples texto, mas repleto de agradecimento, escrevo à querida Poeta e Embaixadora da Paz, Delasnieve Miranda Daspet de Souza, que assina o poema intitulado “Escola de Paz”, na certeza de que sua missão, como Guerreira da Paz e Mensageira de uma Nova Era, através da Poesia, alcançará o coração gentil e precioso do Sr. Daisaku Ikeda, pois, como demonstrarei, numa breve síntese, aos que desconhecem - a Paz, a Cultura e a Educação, num âmbito global - dignificam o âmago do Movimento da Soka Gakkai Internacional, liderado pelo nobre Humanista.

Recomendo que cada um de nós - os Poetas Del Mundo – deixemos o pensamento bailar, para escrevermos um poema a respeito da PAZ e que a união das nossas vozes – através da Poesia – possa difundir-se e chegar às mãos do Sr. Daisaku Ikeda, como um Manifesto em Prol da Paz Mundial. Sob esta forma majestosa, que somente pertence aos poetas – unidos sob um mesmo lema – o poema “Escola de Paz” adquirirá mais força do que a beleza que enverga.

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O Sr. Daisaku Ikeda nasceu em Tóquio, Japão, em 2 de janeiro de 1928. Pacifista, filósofo, poeta laureado e escritor com obras traduzidas para mais de vinte idiomas, é sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 1992, ocupando a cadeira de nº 14. Formado pela Escola Superior Fuji na área de Economia criou e conduz a Associação Soka Gakkai Internacional (SGI), uma das maiores organizações não governamentais das Nações Unidas (ONU), com mais de 12 milhões de associados em 190 países e territórios. A essência desta organização fundamenta-se no pensamento essencial de que: "A grandiosa Revolução Humana de uma única pessoa irá um dia impulsionar a mudança total do destino de um país e, além disso, será capaz de transformar o destino de toda a humanidade."

Através desta teoria, cada ser humano é capaz de concretizar sua “revolução humana”, ao ponto de exteriorizar a sabedoria que lhe é inerente, no afã de entender a afinidade que o une ao meio no qual se insere. Alcançado este estado de vida, os faróis do bom senso lhe permitirão discernir as veredas para a mutação do seu próprio destino. Mas, para muito além dessa visão individual, ao homem sábio, cabe a honra suprema de contribuir para a criação de um mundo pacífico. Historicamente, esta filosófica visão, origina-se nos ensinamentos do Buda Sakyamuni, fundador do budismo.

No entanto, não se sustenta somente numa teoria pura ou em pensamentos filosóficos adornados, tão somente, pelos dotes extraordinários da reflexão humana, o nascimento dessa organização. Desde 1960, época do seu nascimento, a SGI promove inúmeras exposições, intercâmbios com universidades e museus, entre outras atividades, nas diversas áreas do conhecimento, sempre a propor o desenvolvimento do ser humano através da Paz, da Cultura e da Educação.

A SGI é oficialmente registrada como organização não-governamental (ONG) no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), no Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), no Departamento de Informações Públicas das Nações Unidas (UNDPI), na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e, também, apresenta-se como membro da Federação Mundial das Associações das Nações Unidas (WFUNA).

Convicto de que um movimento popular centrado nas Nações Unidas é a pedra de toque que transformará o mundo atual, onde prevalecem a desunião e a hostilidade - num mundo de coexistência pacífica - o Sr. Daisaku Ikeda fundou diversas instituições educacionais e culturais, entre estas a Escola Soka (do nível pré-escolar ao universitário), a Associação de Concertos Min-On, o Instituto de Filosofia Oriental e o Museu de Arte Fuji de Tóquio.

Em solo brasileiro - como representante da SGI - num esforço conjunto e harmonioso dos seus membros, a Associação Brasil Soka Gakkai Internacional (BSGI) promove a aproximação da Universidade Soka, do Japão, com instituições educacionais do nosso país, no afã de estimular o intercâmbio acadêmico entre os alunos. Nesse passo, realizaram-se doações de livros às universidades brasileiras, encontros entre reitores e acadêmicos e estímulo ao incremento de investigações ecológicas direcionadas à preservação do meio ambiente.

Implantado no Brasil desde 1994, o Projeto Makiguti em Ação, fundamenta-se na Teoria Educacional de Tsunesaburo Makiguti - filósofo e educador japonês e primeiro presidente da Soka Gakkai - de que a criança deve ser integralmente feliz enquanto estuda. Em 2008, anunciava-se sua prática em cerca de 241 escolas da rede pública estadual e municipal do país. O revolucionário modelo vislumbra despertar e resgatar as potenciais habilidades dos educadores, no sentido de que desenvolvam uma educação humanística com vistas à criação de valores. Para o sucesso desse empreendimento, a Coordenadoria Educacional da BSGI, por meio do Departamento de Pesquisas e Desenvolvimento das Ciências da Educação (DEPEDUC), realiza diversas palestras sem vínculo político, religioso ou financeiro, de conscientização aos educadores, para que possam desenvolver suas capacidades humanísticas. Informações a esse respeito pode-se ler a partir do link: http://www.bsgi.org.br/educacao_coordeducacional_educador.htm

Desde 1983, o Sr. Ikeda apresenta às organizações da ONU propostas anuais de paz, escritos de alto jaez humanístico, que podem ser conhecidos a partir do link: http://www.bsgi.org.br/paz_conceitos.htm

Em 15 de março de 2008, o Sr. Ikeda fundou o Jardim-de-Infância Soka Felicidade, aberto em Dongjak-gu, em Seul, na Coréia do Sul. A cerimônia foi mimoseada pela presença dos primeiros 134 alunos, seus pais e convidados, além do diretor da escola, Bark Seung-ha e seus professores.

Inúmeras são as atividades e, do mesmo quilate, os resultados alcançados pelo Sr. Daisaku Ikeda e os associados à Sokka Gakkai. O sucesso da organização reside no pensamento, em uníssono, dos membros - seja no âmbito nacional ou internacional – de que o desenvolvimento individual da consciência humana deve-se realizar em prol da Paz Mundial. Nesta seara, a BSGI promove reuniões entre seus associados, com a finalidade de repartição do conhecimento; além de visitas familiares, sob o objetivo de incentivo mútuo. Essas atividades, sempre vinculados ao desejo de que cada membro consiga ultrapassar as vicissitudes da vida diária, sucedem-se nos núcleos de bairros e também nos grupos e departamentos das Coordenadorias Educacional e Cultural.

Atenciosamente,
Sílvia Mota – “Poeta do Amor e da Paz”
Cônsul dos Poetas Del Mundo para Cabo Frio.
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=5615

Do Filho O Que Perdi
Não foi o crack a mão covarde nem
O rosto, desesperado, o golpe que sofri.
Ruiu à minha porta os motivos consumidos,
Todos à espera de que se fizesse algo,
Qualquer coisa, a tempo de salvar o meu menino,
Aquele frágil monumento que não fiz crescer.
Apontam-se os fatos de triste memória,
Abrindo-se as páginas dos corações perdidos,
Mas as resenhas não trazem nenhum alento,
Qualquer sopro de alívio ao tormento da ilusão,
De que poderia ter sido melhor o caminho,
Enquanto enfrento a culpa cruel que me abate.
Hoje, penso que o amanhã poderia ser ontem,
Porque as lágrimas restariam ausentes e
Nenhum vestígio denunciaria o meu olhar,
Tampouco o esgar sofrido da minha boca.
As horas, as tantas que usei para a poesia,
Não dividem comigo os abraços da cumplicidade.
Estou só e o meu perdão é o meu pão,
A hóstia sagrada, símbolo da obra maior,
Da história que já me resgatara da morte,
Ainda que jamais soubera o que haveria
Por trás das sombras, nos lugares vazios,
Quando tudo estava em silêncio e nada se via.
Daladier Carlos
27 outubro, 2009
A Poesia Não Serve Para Nada?
Esta é uma citação gélida e desnudante,
Quando se pensa que se quer, talvez
Não a morte da ousadia, este algo tornado livre e rotulante,
Também figura desmedida de corações, quem sabe,
Livres, se puderem, das armadilhas da existência,
Porque apenas deste modo nada fará mais sentido.
Quem são aqueles a imaginarem escolhas impunes?
Solitários ou fartos do próximo e do seu alheio, conjecturam
As exatas palavras, servindo para lavar as próprias almas,
Mas sem propor, a mim, a nós outros, sentirmo-nos cúmplices,
Cambiantes, embora, do gosto ou do desgosto perpetrado,
Porque penso que não surgimos da mesma fonte poética.
Que se quer ao afirmar que a poesia não serve para nada?
Constituir um território semântico impossível de ser lido,
De maneira a estarmos todos imersos na própria cegueira?
Se admito que qualquer coisa tem um significado típico de si,
Haverá, ao menos, um instante de realismo, ainda que,
Sem claro contexto, vá ocupar certo lugar, levar algum sinal.
Qual, finalmente, a razão última de usarmos as forças mágicas,
Capazes de fazer saltar-nos o coração, com risos ou prantos,
Ao corrermos com o tempo e desejarmos salvar o que é nosso?
É possível que tal afirmação não seja lá de todo em vão,
Além do mal ou do bem que cada um de nós pode operar.
Então,ínútil insistir que a poesia não serve para nada!
Daladier Carlos
18 outubro, 2009

De maneira nua e crua, tomei ciência de que meu amigo poeta é o protagonista de um drama familiar indescritível. Vi o noticiário do pai que entregou o próprio filho à polícia, pela morte da namorada, durante surto de crack. E era o Luiz Fernando Prôa...

Aí está a crônica sobre esse triste episódio, no meu site:
Meu carinho a todos,
Lílian Maial
QUEM SABE, UM DIA... (07/08/2005)
Adilvo Mazzini
Dourados - MS
Quem sabe, um dia,
Não veja a poesia
Que de mim exalou...
Pode ser uma quimera,
Mas, por Deus, eu não quisera
Vê-la solta, ao léu,
Buscando outro céu
Que bem longe apontou..
Queria tê-la por inteiro,
Ainda que fosse por primeiro,
No teu céu, de encontro ao meu.
Quem sabe, um dia,
Não tenha a alegria
Que em mim se implantou
Por senti-la por inteiro,
Como meu dom primeiro
Que em mim aflorou.
Quem sabe, um dia,
Não beba da poesia
Que em mim provocou
Um gostoso cheiro de terra,
Que outro então não era,
Se não um cheiro todo teu
E que é também um cheiro meu.
Esta poesia, que me tomou,
E tomou-te, por inteiro,
Como dádiva primeira,
Como um manto e um véu
Totalmente nos envolveu.
Esta poesia não é só minha;
Sendo minha, ela é tua.
Percorremos a mesma rua,
Buscamos o mesmo ninho...
Quem sabe, um dia...
SE...
LianeNiremberg
Se palavras te acarinhassem o sentir...
Pediria benção ao poeta
E em versos improvisados
Cantaria todas melodias
Num só poema de alegria
Fazendo-te saber da ternura
Que em mim tu fizeste ressurgir
Ah! Daria-te o sorriso mais criança
Teceria um tapete transparente
Bordado com estrelas cintilantes
Rios e mares d'esperança
A lua eu alcançaria
Só pra te ver sorrir
Mas se em palavras
Eu não precisasse alcançar-te
Desse meu tímido silêncio
Tu saberias
Tudo que meu coração sente
Pois quem ama sabe bem
Dos porquês...
Tanto faz parte da gente


“Dia do Médico – o que há para comemorar?”

A medicina – arte que abraçamos – avança
De forma inexorável, em conquistas e inovações tecnológicas
Na descoberta de novos procedimentos e terapêuticas
No decifrar do código da vida – o genoma

Com tanto progresso e desenvolvimento
Alcançados ao longo de séculos desde a anatomia de Galeno
O médico – figura que ainda goza de respeitabilidade na sociedade
(Cujos pleitos pelo Estado são ignorados,
Os salários são cronicamente aviltados,
Pelos seguros e planos de “saúde” explorados,
E pelas mazelas do sistema são sistematicamente responsabilizados.)
Paradoxalmente, exerce sua arte no limite da sua dignidade.

Sequer o ato médico tem a sua regulamentação em lei definida
Tampouco o esforço hercúleo de cuidar do bem mais precioso – a saúde
Tem a retribuição justa do seu trabalho em prol da vida
Médicos, de cuidadores passam a merecer cuidados da sociedade
(Que muitas vezes os vêem como saudáveis
Portadores de condições de saúde invejáveis
Não podendo sequer dar-se ao luxo de um descanso
Ou, de precisarem faltar ao ofício, por imprevisível adoecimento.)

Males omitidos, negados (ou sequer admitidos) pelos próprios médicos
Como o crônico estresse, as longas jornadas sem pausas, sem lazer ou ócios
O escasso tempo para se atualizar, assistir pacientes e tomar decisões
As oscilações do humor – ansiedade, depressão – as frustrações

Tornam a pessoa do médico especialmente frágil
(apesar da postura eivada de mitos e crenças equivocados de certa “imunidade”
que lhes seria conferida pela “Divindade”)
A buscar compensações para o combalido corpo-mente, em busca da alteridade
As dependências têm assim campo para se estabelecerem nesta vulnerabilidade
Por isso, estejamos atentos a cuidar de nós próprios e buscar ajuda de forma ágil...

Que haja um Dia da Saúde do Médico,
Quem cuida precisa ter (auto) cuidado...
Infelizmente, este é um tema por demais relegado
Urge, precisamos deste olhar sobre nosso próprio comportamento!
(Afinal somos modelo de comportamento!).
Alberto José de Araújo, poeta e médico humanista.


De Anoitecer com Poesia
Vilma Duarte
Banhada de pôr-do-sol, sinto esquentar-me o corpo com as emoções de poeta.
Enfeito-me vaidosa com o ouro, que o rei deixou no caminho.
Pulseiro braços com estrelinhas primeiras, perfumo-me com fluidos etéreos, danço descalça nas nuvens enquanto a lua não vem.
Agora, o céu acende a fogueira do poeta, com os raios do luar.
Abraçada com a noite, deixo o mundo para os homens, que trancam o espetáculo de fora do coração.
Sempre quis que a bela noite me confidenciasse segredos, de tudo que ela vê.
Ora com seus olhos de lua, por trás das lágrimas da chuva, ou na escuridão que é milagre, e nada lhe esconde na insônia.
Noite não dorme nunca, e é a manhã quem acorda, bocejando preguiçosa.
Noite sabe de tudo, mas não tem um confidente.
As notívagas companheiras ignoram-lhe a solidão.
Estrelas só lhes piscam, ocupadas no brilhar.
O sol corre dela, e esconde-se. Seria caso de amor sem esperança e perdão?
A lua cheia de fases quer apenas ser inteira, na plenitude da graça.
Na cumplicidade de amigas descobrimos empatias.
A noite gosta de mim e eu morro de amores por ela.
Silenciosa e fiel aperta-me no doce abraço.
Nem tão sã cumplicidade abre-lhe a boca de noite.
Como contar os segredos de quem a fez guardiã.
Somos duas solitárias irmanadas em poesia.
Pergunto-lhe então se eu posso, abrir a boca de poeta.
Ela acena que sim, na cadência do vento frio, sorrindo com boca de noite, mostrando dentes de estrelas.
E me perco a matutar...
Será que noite silencia por gosto ou nasceu muda de criação?
Sinto-a ensimesmar divertida.
Ah! Indagações de poetas...
- Noite, amiga fiel. Já viu gente assim?
Não ama ninguém de paixão, ama os alguéns desse mundo, e nem tem raiva de ninguém?
Ela olhou-me espantada com aqueles olhos de lua.
Então, vi a estrela cadente escrever com o seu rastro, seu recado lindo de lua.
----- Original Message -----
From: Marina


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