sexta-feira, 5 de março de 2010

Nº 45 - DIVULGANDO



Essa (mulher) sou eu...

Lavando a louça
Olhando pela janela
E rezando para o filho
Que está na estrada.
As luvas amarelas
Enchem-se de espuma.
O som romântico
Da tradução
Na voz calorosa:
“Deus apresse o amor
Dessa mulher por mim”.
Na pia, a louça
De três dias diminui.
O frio castiga a pele.
A tempestade amassou
A delicada flor do jardim.
Ouço “Você sabe que te amo.
Não me peça pra provar”.
Pela fresta da janela
O céu nublado
O vento frio passa
E pela fresta sinto...

Marinez Stringheta/Mara poeta





"A SAÍDA

À Delasnieve Miranda
Daspet de Souza,
Dedico este poema.

Todos os dias,
À minha porta,
Vem alguém rogar,
[o pão.
Todos os dias,
À minha porta,
Vem alguém buscar,
Alento e pão.

Vou ajudando,
Na medida do possível,
Também necessito de amor,
[e pão.

Hoje,
Fiquei de sentinela,
À porta esperando,
Quem quisesse pão...

Amanhã,
Quem virá,
Pedir-me carinho,
Palavras e pão.

Ontem, sozinho,
Olhava pra’s paredes,
Sem saber a quem,
Distribuir meu pão.

Ontem,
À porta,
Saída do meu destino,
Ele veio,
Tão pequenino!
Tinha as mãos sujas,
Os pés descalços.
Ele parou,
Pensei que pediria pão,
Antes de ir embora,
Ofertou-me uma rosa,
Furtada em caminhos da vida,
Em algum jardim de sonho.

Não haveria de ser nada,
Era só um menino...


Não escolhi escrever este texto, posso afirmar: _Ele veio sutil e me escolheu. Mas havia a certeza de que ficaria por pouco tempo; deixando de me pertencer.
_A quem dedicá-lo?
_Chegou o momento, após quatro anos de inconsciente espera.
O poema faz-me lembrar o trabalho humanista desenvolvido pela poetisa Delasnive Daspet, tornando justa esta homenagem."



FRUSTAÇÃO
Via-te sempre, alegre sorridente
passavas a impressão, de seres
alguém que desfrutava a vida,
de uma maneira irresponsável,diferente.
Sempre de ti quiz me aproximar,
a impressão que davas, era de alguém
liberal, livre e contente.
Porém isso não era uma constante,
logo te calavas, ficavas diferente.
Talvez um dia, pensava eu.
Mas um a um ele foram passando,
e por fim acabou ficando
a vaga lembrança, do teu sorriso
da escultura, que o teu corpo era.
Tudo por completo, foi-se desgastando.
A vida levou-me, para outras paragens.
Mas em mim ficou uma frustação,
de nunca ter ouvido, a tua voz,
nunca ter bem perto, o teu sorriso,
teu corpo em meus braços, nunca ter sentido.
Quem sabe, um grande amor,eu não ter vivído
(Roldão Aires)
Veja em:
Passos para o reconhecimento oficial, pelos municipios, do diploma de Cônsul de Poetas Del Mundo.
Podemos promover tambem bate-papos e paletras para os interessados.
Um abraço,
João Drummond
PRESENÇA

Ser absoluto no escuro
no vazio do dia
frio de Sol.
Solte estilhaços em comunhão com este momento:
na relva, revalda, revoltada...

Sem ser nada
Nada sem ser.

Circulando em volta das luzes
estrelando....

rompendo sombras,
branqueando...
Brincando e desfazendo num contínuo:
a percepação ensolarada,
enrijecida e esquecida na luta pela vida,
no galope de hoje.

Diminuindo a severidade:
o arder de dentro,
o agasalhar como ninquém.

Remultiplicando espante palavras,
enxote palpitações,
imprima facetas,
enxerte o gosto de estar.

E lento,
indo e vindo,
serenamente encantas...


"BRASIL DA SILVA:MISTÉRIO DE CHORAR"
Edit/Achiamé 1982,Rio de janeiro-1ªedição
autor: Vicente de Percia


Aliás
Cultivo um arco de íris
canteiro, inteiro, matizes
num circuito de pupilas
igual ramagem de luz
que no céu faz -se tão ser
qual morrer de brilho e cruz
nos trilhos do entardecer.
Pesa-me não saber
cores do lado de lá.
nos semi-tons da argila
cores terra, terracota
do seco humano da crosta
terrestre, onde não brilha
_vide ausência de brotas_
o verde tom maravilha
Roxo é ultravioleta
movimento é borboleta
nesse meu mundo de cá
bem pouco sei do lilás
de cores, asas do olhar
bem pouco sei, aliás,
de flores, desabrochar
Cultivo um arco de íris
canteiro, inteiro, matizes
milagre de não saber
nesse vôo de não ser
em trilhos de sntardecer.
Elane Tomich
É com muito prazer que venho divulgar mais um blog.
Desta vez trata-se do blog THÉO DRUMMOND EM PROSA. Lá o poeta, contista e publicitário Thé Drummond estará se apresentando em prosa, publicando suas crônicas que foram veiculadas em vários jornais.
Confira

http://www.theodrummondemprosa.blogspot.com/
TEMPO
Escoas por entre meus dedos,
feito água,
que não se deixa deter,
inclemente
sem deixar gota sequer
á boca sedenta
de tí...
Escoas feito o tempo,
irredutível
ao apelo do presente,
que teima em se perpetuar
em vão...
em tí...
Escoas feito raio de luz,
fugídio,
que penetra as copas das arvores,
por entre teus caminhos,
sempre,
onde há névoa suficiente,
onde esconder-te...
até quando a fuga de tí,
será teu refugio seguro...?
te escondes de que...?
da luz que possuis,
guardada, sem que possas dividir...?
ou dar...?
Escoas....
vai....
finalmente,
mas que seja,
ao encontro de tí...
Txai...

Queridas compañeras, queridos compañeros

Hoy ha habido un terremoto grado 8.8, en Chile, con epicentro al sur de la capital. Los daños son grandes.

Hasta el momento no sabemos cuan duro haya tocado este desastre a los compañeros de SUR y sus familias. Esperamos que cada uno de los compañeros de Santiago, de La serena y de Curanilahue este fuera de peligro.

En estos momentos es cuando cada uno refleja la calidad de alma. Les invito a manifestar su solidaridad de la mejor manera que les sea posible, que este momento sea de comunión entre hermanos y del desastre saquemos fuerza para continuar la vida.

Ya son dos los azotes de la naturaleza, el terremoto de Haití, ahora el de Chile. Por muy sólido que creamos es el suelo que pisamos, este no es más que una cascarita que se rompe, se hunde, se desplaza. Lo que está en un lugar ahora, puede no estar allí mañana, esto ha sido una constante en la historia de la tierra, salvo que no siempre hemos estado nosotros para verlo y contarlo. Que nadie recurra al pánico ni a la deseperación, por muy trágico que sea este momento, debe primar la cordura y la cultura de la solidaridad humana.

Es hora de cumplir nuestro papel.

Un abrazo de hermanos

Tito Alvarado

O Manto da Invisibilidade Social
Jorge Linhaça

Ao longo dos anos, em parte por conta da pressa constante que temos, em parte por causa dos problemas que essa pressa gera em nossas mentes, ou ainda por conta dos medos reforçados pelos noticiários de constante violência, temos criado uma nova sociedade: a sociedade dos invisíveis.

Não só não vemos realmente as pessoas ao nosso redor como, por muitas vezes, nos recobrimos com um pseudo manto de invisibilidade e torcemos para que passemos despercebidos em meio à multidão.

Claro que nos desviamos de outras pessoas, como se nos desviássemos de um poste ou qualquer outro obstáculo.

Utilizamos os elevadores de nossos prédios os dos locais de trabalho e permanecemos mudos, no máximo balbuciando o andar para onde nos dirigimos.
Passamos dias, meses, anos, encontrando as mesmas pessoas nesses elevadores e sequer sabemos os seus nomes.

Vamos a postos de gasolinas de nossa preferência e sequer prestamos atenção no rosto do frentista, nos limitamos a, assustadamente e apressadamente dizer: Coloca aí 20 reais, 50 reais...completa o tanque. Pagamos em dinheiro e vamos embora, ou entregamos o cartão de crédito e ficamos dentro do carro ansiosos para sair logo dali.
Saímos como entramos, sequer um obrigado no mais das vezes.

Se andamos de ônibus, galgamos os degraus do mesmo e sequer olhamos para o rosto do motorista, a não ser que precisemos de alguma informação. Passamos pelo cobrador ( trocador ) como se ele fosse um robô sem vida própria.
É verdade que na maioria dos ônibus existe o aviso " Não converse com o motorista"
o que obviamente não significa " Não de Bom dia ao motorista"

Volta e meia vamos ao mercado, pegamos o que precisamos, dirigimos-nos aos caixas e nos limitamos apenas a tirar nosso dinheiro ou cartão das carteiras e pagar, como se aquela pessoa que esta ali a nos atender fosse indigna de um pequeno diálogo qualquer.

Salas de espera de médicos, dentistas, veterinários ou qualquer coisa semelhante, são hoje ambientes pra lá se sufocantes. As pessoas se ocupam de olhar para a TV quando ela existe, ou folhear velhas revistas deixadas sobre a mesa de centro. Agimos como se o fato de conversarmos com a pessoa ao lado fosse piorar a nossa situação.

Volta e meia, as pessoas, já tão acostumadas a esse manto de invisibilidade, parecem assustadas se alguém inicia um diálogo com elas. Outras vezes retribuem com um sorriso, como se de repente descobrissem que estão realmente ali.
Para saber até que ponto estamos contaminados por esse vírus da invisibilidade social, podemos nos fazer algumas poucas perguntas:

Qual o nome do motorista do ônibus que pego todos os dias ?

E o do cobrador?

E o frentista do posto?

Qual o nome do ascensorista de meu prédio?

E do pessoal da faxina?

Costumo dar " Bom dia, Boa tarde, Boa noite a quem me atende em qualquer tipo de comércio?

Sabemos o nome de nossos prestadores de serviço ou são apenas " o carteiro"; " o boy"; o "motoboy" ; "o rapaz da pizza"; "a menina do caixa" etc?

Não preciso sem citar a fundo os exemplos mais clássicos de invisibilidade:
Lixeiros, garis, mendigos, catadores de material reciclado( badameiros em alguns lugares) peões de obra etc.

Posso lhes dizer que essa invisibilidade não é privilégio dos grandes centros, no interior isso está se tornando cada vez mais comum.

Pensando nisso, confesso que nem sei o nome do meu carteiro...falo com ele, conversamos sobre frivolidades, mas não tenho a mínima idéia de qual seja o seu nome.

Pode até ser que ele não se sinta invisível quando passa aqui em casa, mas por certo que chamá-lo pelo nome seria muito mais educado e o tornaria uma pessoa ao invés de uma função.

Enfim, preciso fazer também a minha parte para ao menos diminuir esse manto de invisibilidade que recobre o nosso dia-a-dia.

Quem vem comigo ??

Abraços fraternos
Jorge Linhaça




Mulher Sabe Administrar

Se tem uma coisa que admiro é a perseverança feminina.

Elas fazem as coisas acontecerem e saiam da frente, pois elas podem.

Na construção da minha vida e acredito na maioria dos homens bem sucedidos, a mulher tem um papel excepcionai, não pelo fato da velha frase: “Por trás de todo grande homem sempre existe uma grande mulher”, mas é por que ao lado de todo grande homem uma grande mulher caminha junto (isto quando não vai à frente).

Homens vivem sozinhos após alguma separação, mas as mulheres não, elas geralmente tem a família para amparar e a faz com sabedoria e grandeza, retira de onde não tem e suprem aqueles ao seu redor.

Tem uma percepção aguçada, e quando está no comando a seriedade se faz presente. Às vezes chego a dizer que mulher é fogo, não dá trégua no trabalho.

Poderia encher páginas falando da mulher, mas segue apenas minha humilde homenagem ao Dia da Mulher.

Para minha querida e esposa e para todas as mulheres “Flores”

Flores

As flores, riquezas tão belas.

Simples na natureza

Mostrando sua beleza

Na bela aquarela.

A vida pode estar cinza

Mas elas, elas são coloridas.

Mostrando a alegria viva

No manto policromo do campo.

São as flores

Exibindo seus esplendores

Que alivia as dores

Mostrando perfeição aos sofredores.

Trazem beleza e perfumes

Trazem o capricho da natureza

Trazem o alimento e a sutileza

Para abelhas e vaga-lumes.

É a poesia do campo

A beleza do jardim

Coloridas como por encanto

Derramadas em xaxim.

A vida é eterna e bela

Com flores brancas

Azul, vermelhas

Verdes e amarelas.

Sorria com o sorriso das flores

Deixe para trás seus rancores

Leve uma para seus amores

E entregue a paz aos seus criadores.

Sergio Antonio Meneghetti


* Dia Internacional da Mulher
08 de março
Quando acordei estava na calçada
Correntes quebradas livre a mente
Nas mãos nem a vanguarda atiçada
Vedava estradas, grandes afluentes
Nós as mulheres...
*
Olhando distante, porta aberta
A prole minguando, decaía!
Longe do fogão, a vida desperta
No livro, a força em alforria
Nós as mulheres...
*
Abrindo a cortina a peça bramia
Entre gritos e aplausos que vem
No peito agonia a fera rugia
Baixou o cio do comando aquém
Nós as mulheres
*
Galgando degrau de noite ou dia
Não só a professorinha delicada
A advogada nas leis que, ousadia
Na astronauta, a imensidão assedia
Nós as mulheres
*
Executiva, lixeira, e guerreira
Militar, médica, e poetisa
Até mecânica ou ferreira
Pinta a tela, baila, e profetisa
Nós as mulheres
*
Choramos, sorrimos, reivindicamos
Abraçamos nossos ideais, lema
O sonho? Ah, viaja e encontramos
No poetar as estrelas um poema
No real pé no chão sem dilema
Nós as mulheres
*
Não apagamos a essência mulher
Mãe dedicada, amante, companheira
Unindo alegria sem a lágrima abster
Ousamos, levamos além, a bandeira
Da paz, sem guerra além fronteira
Nós as mulheres...
Estamos aqui

SoniaNogueira

Arahilda Gomes Alves

A costela, que não é “sopa”

Não sei por que, mas a costela, não a sinto como prato nobre. Quer a de boi, ou a de cabrito ou porco embebidas no vinho deixando-as crocantes, quando assadas, trazem lembranças de outra costela, que o imaginário a torna mais bem esculpida. Se Adão emprestou a sua coluna vertebral para que Deus moldasse uma Eva escultural, que logo, logo o fez pecar, são mil tratados para estudos. Tanto, que no reino da bicharada irracional, se o macho é mais bonito, que a fêmea, talvez, porque viu que o inverso acarretaria situações difíceis de sanar. Daí, levar até Adão, uma Eva nua de paixões, enquanto o fazia dormir e sonhar. Colocou-lhe frutas nobres - a maçã e a uva - sem ainda ter nascido o vinho e saber que a folha de uva, que cobriu Eva, seria de mil utilidades na cozinha árabe. A cobra, na macieira enroscava-se qual parafuso apertando os “parafusos” soltos da cabeça de Adão. A língua- veneno,que não era nenhuma menina veneno da cobrinha - talvez um “cabra macho pra lá de valente, dançava em pirotecnias ressoando ou melhor,azucrinando em labaredas ,na “Dança ritual do fogo”,bem antes do espanhol De Falla a compor...O paraíso era um oásis entre folguedos e carícias,com o vento assoviando mil canções de amor e a “Fascinação” sonhava sonhos e quimeras mil em castelos erguidos.De águas,em cascatas cristalinas,sem enxurradas e catástrofes, porque a humanidade não acordara para a devastação e os mal tratos para com a natureza dadivosa.Os animais brincavam aos pares ouvindo diversos timbres do “ Carnaval des animaux,”do francês Saint-Saens insinuando ao homem puro e inocente,que tais folguedos não eram para seu enxerido septo nasal,que só tinha o hábito de cheirar as madeixas cacheadas de Eva,tão loiras,que ofuscavam a luz solar. “As quatro estações”, que Vivaldi,o mestre italiano do dissertativo poema sinfônico oitocentista comporia,estavam bem pinceladas em notas estonteantes de paisagens ante a primavera e o outono, que disputavam os melhores “embalos de sábado á noite” ensaiando coreografias aos primeiros habitantes, que dormitavam no inverno aquecendo-se mutuamente, boiavam nas águas azuis-turquesa oceânicas,em correto verão,não fora a primavera cacheada e o outono frutífero trazerem os frutos do pecado. O paraíso era tão “sopa” de lá morar, ao som da Nona Sinfonia de Beethoven com seu “ Canto da Alegria” ecoando ecologicamente e metamorfoseando a natureza em constante “Sagração da Primavera” do russo vanguardista Stravinsky,que dormia séculos antes de vislumbrá-la.Acordemos Adão.Deixêmo-lo admirar Eva,tão sincera como a Aurora de outros carnavais.Tente matar a cobra e mostrar o pau,sem devastar a natureza.Saboreie essa sopa, antes da insinuante Eva provocar Adão.Ou fora a cobra, que insistiu com Eva para não matá-la?A cozinha do paraíso de Adão, de variados cardápios, produzia acepipes naturais sem agrotóxicos, não aumentavam as gordurinhas da bicharada e do homo-hábilis, porque Adão assim nascera, mas Eva, que viera de DNA do homo-sapiens nascera sabida fugindo aos lipídios e glicídios e vida sedentária, que lhe pudessem derrubá -la com AVC,câncer e diabetes. Doce, a Eva esculpida por Deus dava-lhe atributos angelicais e lábios de mel, mais doces que o de Iracema, a que José de Alencar criaria para superar Eva. Um coração e uma cabeça que batiam arritmicamente para que um não entrasse na sintonia do outro provocando avassaladoras paixões e compaixões. E no sono aconchegante da mulher cultivando todas as outras, através de mutações recriando novas características, cresce em sabedoria e idade, beleza e atributos mil. A fêmea-mulher, tão especial, juntou graça e vontade de criar muitas outras Evas: artistas, mães, amantes, cozinheiras, executivas, ruralistas, falantes e sagazes havendo necessidade de se criar o Dia Internacional da Mulher, que não dá “sopa” tendo doçura e força, poderes mágicos na valorização de sua costela!

Arahilda Gomes Alves

jura secreta 104

cachorro doido por ser de agosto
e ter o gosto de morder o ventre/lua
quando nua te desejo praia

lanço a rede em teu olhar
te engravido arraia
e te mergulho mar

Artur Gomes

ORAÇÃO À MULHER

Ave Mulher tão cheia de graça,

encantadora e magnificamente bela,

de todas as flores a mais perfumada e linda.

Ave Mulher misteriosa e meiga,

do olhar cativante e do sorriso sedutor,

do jeito simples mas que conquista.

Ave Mulheres maravilhosas e dignas

senhoras de todos os mistérios e caminhos,

metade importante na vida de todo homem.

Benditas sejam todas as Mulheres,

as que são meninas, as que são mães,

as que cuidam da casa, as que trabalham.

As que vivem sós ou as que comandam,

benditas porque são simplesmente Mulheres,

porque são divinamente fascinantes.

Bendito Jesus porque é fruto de uma Mulher,

santa Maria mãe de Jesus rogai por nós

homens pecadores que não vivemos sem elas.

Valdir Barreto Ramos





MESMO LONGE...

Saudade sinto no peito,
Nesta manhã tão chuvosa
Que faz tão fértil a terra
E a torna tão dadivosa!

Semeamos eu e tu,
Tantos campos a sorrir,
Somos gratos, meu Senhor
Ao vê-los assim florir!

Com sementes escolhidas,
Semeamos nossos campos;
Vem à noite, iluminá-los,
Milhares de pirilampos!

Mesmo longe desses campos
Saudade o peito a ferir,
O perfume dessas flores,
Daqui eu posso sentir.

Se a noite eu quiser olhá-los,
Mesmo longe – ai meus queixumes...
Estarão iluminados
Por todos os vagalumes!

Mírian Warttusch

MORTE E VIDA

Partiram desta vida alguns parentes,

Amigos e confrades do passado,

Deixando-me bastante ensimesmado

Do meu final estar nos entrementes...

Ninguém tem seus destinos diferentes

Daqueles que se vão para o outro lado

E o “Além” pode reger-se em melhor fado,

Às predisposições das nossas mentes...

A morte é o terminal imperativo,

Na viagem passadiça do ser vivo

Em busca ao Paraíso extraterrestre...

A vida é o passaporte para a glória

De quem pratica o bem em sua historia,

Conforme as intenções do Excelso Mestre.

Soneto 4799 – Jorge Tannuri

Mulher,

Poeta Cigano.

Rara jóia de nosso Criador,

Diamante lapidado com terno carinho,

No jardim da vida, a mais bela flor,

Na adega do mundo, o mais doce vinho!

Em nossa vida, a razão de nosso viver,

A esperança e o amor a nos embalar,

O braço macio e terno a nos proteger,

O perfume de uma rosa a nos embriagar!

Verso mais lindo da poesia da vida,

Na orquestra do mundo, bela sinfonia,

Entre todas, a mais amada e querida!

Neste teu dia queremos, felizes, te abraçar,

Participar deste momento de rara magia,

E, juntos, neste palco da vida, comemorar!!!!!

Cotidiano VI
Se a um metro da razão,
disfarço e olho o chão
pode ser que minha vez
de encarar certas verdades
sobre o tempo e minhas vontades
traga-me o medo e, talvez,
a um passo atrás da linha
de alcançe da sabedoria
eu volte um século em um dia
e me encolha sem escolhas
naquele sofá da sala
tão surrado abre-alas
ao meu carnaval de algias.
No meu cobertor macio
prefiro pés em água morna
ao choque do quente e do frio
cuja energia pressinto
a um passo da lucidez
de me encontrar no que sinto
Elane Tomich

Apenas mais um dia!
*Emiele*


A claridade rasga uma fenda na cortina
Rompe meu sono
E bate forte em meu rosto gritando:
Acorda menina!
É mais um novo dia!
De um novo ano.
Dum velho despertar.
Fico a pensar num rápido calcular...
São mais de vinte mil quatrocentos e quarenta dias
de despertares em minha vida.
Vinte mil coisas são muitas coisas!
Se de dinheiro seria pouco. Não compra
nem meu Fiesta Supercharge o qual quase perdi
morro abaixo... Era dia 05 de Janeiro de 2005...
Quase um ano.
Como por milagre eu e meu companheiro de aventuras
fomos salvos por um batalhão de anjos...
Saímos sem um sequer arranhão.
Resta o susto na emoção que ainda me leva a ter pesadelos...

...
É. Vinte mil amigos são muitos. Mas quem os tem?
Tirando-se a prova dos nove... resta uma meia dúzia
de verdadeiros, leais e confidentes amigos.
Vinte mil abraços já é uma soma vultuosa para troca de energias.
De noites de amor, nem preciso mencionar que é bom pra danar!
Vinte mil dias de dormir e acordar são vinte mil bênçãos.
.........
Interrompo este poema para rezar e agradecer.
A longevidade é um prêmio para quem
leva uma vida digna somada à qualidade.
E com paciência e sabedoria,
respeita dos mais velhos sua verdade.

COPO DE CAMPARI
Carlos Lúcio Gontijo
Sinto falta dos amigos distantes
Que na luta da vida se perderam
Ou antes se acharam em alguma morte
Feito mãe prepara leito de filho
Com o brilho da esperança nos olhos
Arrumo a casa, preparo a sala
Receberia com gala qualquer pessoa
Mas não soa a campainha
O silêncio me ensurdece
Derrete o gelo no copo de “campari”
Em mim o apelo de prece
Tanto zelo pra terminar assim
Sem alguém que me ampare
Ciente de que a carne é mero revestimento
Breve encantamento do espírito em solidão
Dor
[Patricia Montenegro]
Que dor é essa,
Que trago dentro de mim,
Que chega sem aviso,
-Ou nasceu comigo?-
Que parece não ser minha,
-Longa caminhada ou vida passada?-
Mas me fere profundamente,
E me tira do meu rumo,
Perco-me no caminho,
Que dor é essa,
Que trago no corpo,
-Marcas e cicatrizes-
Mas que não mancha minh'alma,
Que dor é essa?
A dor que me desatina,
É a mesma que me ensina,
A dor que me machuca,
É a mesma que me cura,
Ela me enfraquece,
E também me fortalece,
E se me perco,
E me reencontro,
A dor que me faz chorar,
Ensina-me a sorrir,
-Traz o brilho do meu olhar-
E a não desistir de lutar,
E de acreditar sempre,
A dor que trago em mim,
-Que é somente minha-
Ensina-me a viver,
A seguir em frente,
-Tenho meu valor-
E nunca desistir de amar...
TERÇA EM CANTORIA” & “QUINTAS DA VIOLA”

JEQUITIBAR (Av. Assis Chateaubriand, 577 – Floresta – 3271.6522)

Os produtores culturais Luiz Trópia e Tadeu Martins se uniram para deixar a noite belo-horizontina mais alegre, criando dois projetos culturais que vão movimentar a capital dos mineiros.

Os projetos acontecerão no Jequitibar, espaço cultural que completa 19 anos em junho próximo. O show de abertura será no dia 09 de março. Ingressos a R$ 10,00.

TERÇA EM CANTORIA

Todas as terças-feiras, a partir das 20 horas.

A música sempre foi e será o refrescante bálsamo para a angústia e a dureza do dia-a-dia. Principalmente, nos dias atuais, em que a correria e o “stress” tomam conta de todos nós, os citadinos. Mas, a música não tem só esse atributo. É o melhor meio de expressarmos os sentimentos e as emoções, sejam de amor, paixão, alegria ou mesmo de tristeza.

Agora, imaginem a possibilidade de podermos desfrutar de tudo isso, cantando junto a um artista de nossa preferência e admiração! E é isto que quer este projeto, motivar o público a cantar com o artista, pois como nos ensina a sabedoria popular, “Quem canta, os males espanta”.

Dia 09 de março – 20 horas - HAROLDO E JOSÉ CARLOS SOUSA LIMA

Haroldo e José Carlos são irmãos, nascidos em Belo Horizonte, filhos de um médico que era também cantor de música lírica e sacra (barítono).

Haroldo é advogado e José Carlos é dentista, ambos atuando em BH
nas suas respectivas profissões há cerca de 30 anos.

Desde cedo demonstraram sua aptidão para a música, e na adolescência participaram de grupos musicais de rock'n'roll. Fãs dos Beatles, na década de 70 se enveredaram pelos caminhos da música brasileira, influenciados pelo movimento “rock rural". A afinação e o bom gosto musical dos irmãos Sousa Lima já os levaram a se apresentar em muitos espaços da nossa cidade, merecendo destacar o Grande Teatro do Palácio das Artes.

Nesta Terça em Cantoria vão brindar o público com músicas de Sá, Rodrix e Guarabyra a Almir Sater, passando por Fagner, Belchior, Lulu Santos e outros grandes nomes da MPB.

Próximo Show – Dia 16 – Carlos Bolão & Simone Pontes

QUINTAS DA VIOLA

Todas as quintas-feiras, a partir das 20 horas.

O movimento da viola caipira está invadindo o Brasil e vários países. Minas Gerais, que sempre foi um celeiro de grandes violeiros, tem grande importância neste processo de valorização da viola. Nomes como Tião Carreiro, Renato Andrade, Pena Branca & Xavantinho, Chico Lobo, Pereira da Viola e Fernando Sodré, ícones deste movimento, e eventos como “Causos & Violas das Gerais”, do SESC-MG, e o “Carnaviola” ajudaram a construir a fama de Belo Horizonte como Capital Nacional da Viola.

O Quintas da Viola pretende mostrar ao público grandes violeiros, cada um com seu jeito de tocar, com as suas histórias e com um repertório capaz de agradar aos mais exigentes espectadores. Com este projeto Belo Horizonte ganha um espaço dedicado a este instrumento maravilhoso.

Venham confirmar o que disse Tadeu Martins: “violeiro que pega no pinho, com carinho faz sua escola. Em verdade, violeiro não toca, ele é tocado pela viola”.

Dia 11 de março – 20 horas - BILORA

Bilora nasceu em Santa Helena de Minas, no Vale do Mucuri, a poucos quilômetros da aldeia dos índios Maxacali. A sua bagagem musical, hoje divulgada em três discos gravados, sendo o mais recente "Nas Entrelinhas", foi formada com as folias, batuques, cantigas de roda, contradanças, festas juninas, cordéis, e causos da sua região.

Formado em Letras, por 10 anos foi professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Está entre os compositores mais premiados em festivais da canção pelo Brasil, em cidades de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Bahia, Goiás, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Foi premiado no Canta Minas (organizado pela Rede Globo Minas), no Festival de Música da TV Cultura e no Circuito Paulista de Festivais, em São Paulo. A sua música "Calango na Cidade", que abre o novo CD, já totalizou 30 premiações em importantes festivais brasileiros como Avaré, Ilha Solteira e São José do Rio Pardo (SP), e Ibotirama (BA), apenas para citar alguns.

Bilora se notabilizou no Brasil ao se classificar em 3º lugar no Festival da Música Brasileira, organizado pela Rede Globo de Televisão, com a música "Tempo das Águas".

Bilora foi um dos criadores e membros da ANVB (Associação Nacional dos Violeiros do Brasil) e.integra o projeto “Causos e Violas das Gerais” do SESC/MG, que percorre o estado de Minas Gerais desde 2003.

Próximo show – Dia 18 – Wilson Dias

Informações – Luiz Trópia – 8893.7806 - Tadeu Martins – 8474.2050

CIRCULAR 2

Informamos que continuam sendo recebidas as propostas para
apresentação de trabalhos no Seminário Nacional "Vanguardas,
Surrealismo e Modernidade", a realizar-se de 05 a 08 de abril de 2010,
na UFRGS, em Porto Alegre.
As informações sobre o evento podem ser acessadas no endereço
http://www.ufrgs.br/ppgletras/
A ficha de inscrição e a programação (provisória) estão sendo
disponibilizadas no mesmo endereço.
As orientações para o envio de resumo de proposta de comunicação
encontram se abaixo (ver "Comunicações").
Atenciosamente,
Profs Ruben Daniel Méndez Castiglioni e Robert Ponge, coordenadores
UFRGS

COMUNICAÇÕES: Cada comunicação terá duração máxima de 15 minutos (o
que corresponde, aproximadamente, a seis laudas em espaço dois). As
comunicações serão distribuídas pela organização do evento em sessões
de comunicações, de duas horas de duração, reunindo seis comunicações,
terminando com um período de debate de 30 minutos.

Como enviar proposta de apresentação de comunicação

: Deve ser enviado resumo de 150 a 300 palavras, seguido de até cinco
palavras-chave, em arquivo rtf, ao endereço
trabalhosvanguarda2010@gmail.com até 14 de março de 2010. Os resumos
devem obedecer à seguinte estrutura:

autor(es) do trabalho, com indicação para cada um de sua situação
acadêmica, profissional, titulação e instituição (ex.: graduando em
letras/UFRGS ou IC/UFRGS, professora da Escola Estadual..., mestre
em.../Universidade...., etc.);

para os estudantes, indicar, entre parênteses, o nome e instituição do
orientador do trabalho (Orientador: Fulano de Tal, Universidade...);

título do trabalho;

resumo de 150 a 300 palavras, com objetivos, roteiro e deixando clara
a relação com a temática do evento;

até cinco palavras-chave;

informar se necessita de equipamentos audiovisuais (e quais) para
apresentar a comunicação;

endereços eletrônico e postal, bem como telefones, do(s) autor(es).

Relembramos que, além de enviar a proposta de apresentação de
comunicação, é necessário, a seguir, inscrever-se no evento.

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2 comentários:

  1. Mulher de verdade, não era só a Amélia,
    também há mulheres formadas, doutoras, administradoras, professoras, médicas, dentistas,
    motoristas e tantas istas no mundo democrático.
    Não estou falando das mulheres muçulmanas, em sua maioria, escravas submetidas ao jugo masculino. Umas até gostam ou finjem gostar desta condição. Mas há gosto e tendência para tudo! No entanto, vale lembrar as heroínas, as guerreiras, lutadoras como Ana Néri, Auta de Souza, Anália Franco, Irmã Dulce e tantas outras brasileiras. dignas de receberem o laurel dos cidadãos justos, como representantes da virtude da mulher brasileira. Parabéns às mulheres no seu dia, nosso dia, festejadas em 08 de Março!
    Seja sempre lembrado o Dia Internacional da Mullher, com respeito e consideração
    Elma

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  2. Elástica mulher de multifacetadas lidas!
    Estica o tempo e as dores larga prá depois,
    Quando? Nem ela nunca sabe, segue pela saga
    Da amorosidade, fica ssim sem idade, ao léo!
    Nem todas todas são belas como lhes é cobrado,
    Algo que as desmerece como tantas pequenezas...
    Quisera aqui poder me explicar mui claramente!
    Por nem a mim o conseguir, sei que há de vir o
    Dia em que totalmente, serei aceita assim mesmo!

    -Marília Bechara-

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