libertei-me de tudo,
de escrito singulares
de falsos falares
da necessidade de me encontrares
ou de encontrar um modo
sofisticado de te ver
de escrever
de ser aquilo que não queria
dentro de um novelo de desejos
me libertei dos lampejos
que alguém dissesse que eu tinha
me libertei da latinha
onde estavam minhas bolas de gude
me libertei da Gertrude
da Marinava, da Sheila
não sei onde foi a Teresa
se está presa numa corda
pendendo da janela da cela
me libertei da tramela
que nunca trancou meu portão
me libertei da conclusão...
mas sei que não posso de mim
Rio, 26/03/2010
Aluízio Rezende
Cônsul de Barra da Tijuca, RJ
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