terça-feira, 13 de abril de 2010

Carlos Assis

Depois sempre depois/passado
A gente enrosca um pensamento
Na praia de areia e dúvida/dívida
E se tivesse acontecido mesmo
.
Seria divertido como roda gigante
Mais uma viagem de fim de semana
Mais um passeio na serra
Mais uma noite no motel
.
Tudo afunda no pecado mortal
Vive-se de fugir do sofrer
A espera da agonia final
De tanto ouvir o mar bater
.
Cria-se laços e correntes
Dança de árvores seculares
As palavras se mesclam com sombras
Lobos se esgueirando nas moitas
.
Não se volta a lua para trás
Segue-se em frente feito bala
Posso viver sem você
Porém isto é totalmente vazio
.
O sangue gosta de mim
Sinto sabor ferréo do oxigênio
Pulmões expulsam o ar/gás
Perco momentos de alucinação
Carlos Assis

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