Eu fui menino, fui criança,
Feliz lembrança
De um tempo que não volta mais;
Fiz o que quis e o que não quis
Mas fui feliz
Na companhia de meus pais.
Brinquei de tudo que sabia
E que podia
Mas também muito trabalhei;
De minha mãe ouvi história
Que na memória
O meu futuro desenhei.
Vivi de tudo que podia
Que nostalgia
O meu passado memorar;
E na dureza que sofri
Eu aprendi
Que a vida é mais do que sonhar.
Com o trabalho e o estudo
Eu fiz de tudo
Em minha possibilidade;
Desde a vida de criança
A esperança
Se forja até a maturidade.
Em meu projeto persisti
Não desisti
Os obstáculos superei;
Valeu a pena estudar
E trabalhar
Pra ter a vida que sonhei.
Da roça vim para a cidade
Adversidade
Vivi o que pude viver;
Brinquei, amei, eu fiz de tudo
E no estudo
Formei o que eu vim a ser.
Sei que a morte vai chegar
Vai me tombar
De nada adianta resistir;
Mais cedo ou tarde chega a vez
Com altivez
Enfrento a hora de partir.
Sei que apenas vou levar
O que aqui deixar
No enfrentamento da verdade.
Se o bem ou o mal eu construí
Esse é o porvir
De toda minha eternidade.
Dos malefícios ao meu irmão
Peço perdão
Perdão também quero deixar;
Sei que o que eu fiz na terra
Aqui se encerra
Pra outra vida começar.
Ao pó eu sei que vou voltar
A integrar
Queira ou não queira a ciência
Talvez eu venha a ressurgir
N’algum porvir
Pela Suprema Inteligência.
José Faria Nunes
Sábado de Aleluia, 03/04/2010.
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