sexta-feira, 23 de abril de 2010

“Uma rosa com amor” de Arhailda Gomes Alves

Arahilda Gomes Alves

“Uma rosa com amor”

Nome de novela, se não me engano e que já foi símbolo de uma campanha política de governador de S Paulo, há tempos, mostrando na mão uma rosa, trazem conotação afetiva. Quem não gosta de ganhar uma rosa? Seja em data especial ou fora dela?A rosa, a mais bela das flores, na sua riqueza de cores e de perfume embriagador traz associação de idéias inesquecíveis e sentimentos agradáveis de amor, carinho e saudades. Suas aveludadas pétalas convidam às carícias e despertam benéficas atitudes. Nunca soube de quem pisoteasse rosas. Suas pétalas formam tapetes a servirem de caminhos a reis e princesas. No ofurô, a tina de madeira chinesa, usada pelos japoneses à temperatura de 40 graus, ou em banheiras comuns, elas afagam o corpo cansado.

Mas o que me leva a explanar, aqui, é sobre o sentimento do amor, que dela emana e,jamais, contraditórios. Se a natureza proveu os sentidos desse contato exuberante, se lá em Paris, no campo de Bagatelle, onde Santos Dumont alçou voos com seu 14 Bis, há milhares de roseiras plantadas pelos homenageados, pessoas a serem eternamente lembradas (lembro-me da roseira denominada Lady Di) por que a humanidade age às avessas em atrocidades, que nos levam à insônia imaginando sofrimentos de pessoas surpreendidas com mortes hediondas?

O que pensam esses atores do crime?Ou não teem miolos que refletem por segundos, nas ações a praticar? E o caso da professora flagrada maltratando na sala de aula crianças de três anos? O que acontece com essa gente? Por que escolheu tal profissão se a maldade campeia em suas veias?Como foi a infância desses falsos pedagogos? Que geração estão formando, onde crianças submetidas a maus tratos memorizam para o resto da vida, imagens presenciadas, quando deveriam receber carinhos? E crescem com idéias retorcidas supondo-se normal? O grande Rubem Alves ensina que não há outro caminho da educação a trilhar a não ser aprender a aprender através do sentimento do amor.

Casos de pessoas tomando conta de idosos, a mídia cansou de mostrar. Não há momentos de lucidez nesses falsos humanistas? Seria a humana natureza tão animalesca? Exemplifiquemos através dos animais domésticos que povoam nossas casas. Aprendi a observá-los e, quem os teem, sabem de seus sentimentos de “família”. São carinhosos, se estressam e adoecem na ausência dos donos, gostam de afagos tendo um “linguajar” nos gestos a que se assiste e que nos entreteem e cativam. Comum, fotos de bichano com cachorro, gato com pássaro e outras duplas carinhosas e curiosas. E os “bullings”, apelidos que exercem pressão psicológica praticados nas escolas por professores e colegas? Mundo louco, onde discussões se transformam em agressões e o diálogo esclarecedor foge à razão terminando em assassinatos, é gesto comum no dia a dia.

Mundo polêmico, onde o governo dá à família do apenado, quase dois salários mínimos tirados do bolso do trabalhador, enquanto é excluído do convívio social e pode ter a pena reduzida por bom comportamento, é “fingir bondade” para receber tal indulto e praticar novos crimes. Ceticismo?Não sou legislador, mas nossas leis disparatadas, mais protegem, que penalizam.

Plantemos rosas para florescer sensibilidades. A começar pelos presídios!

***********************************************A Gomes Alves

www.poetasdelmundo.com/verInfo-america.asp?1211

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