_nós ,os que matamos as mércias e elisas..._
.
a vogar silêncios de sepulcros
na talagarça deste poema sudário de faces ainda meninas
que me assombram com suas dores e gritos
não direi flores:
- direi de espinhos
.
nas retinas dos versos as nódoas de mãos assassinas
no verbo por cada uma de suas veias
escorre o sangue da ignomínia
.
exausta,
quedo-me diante esta muralha suja
pelos escarros de fel desta coisa humana
e
queimo todas as minhas esperanças de ser gente
na vergonha em chamas
.
parte desta espécie das trevas
sobre a mesa
o pão e o vinho
como e bebo
minhas últimas inocências
em lágrimas
e
mastigo
minhas derradeiras alvoradas
.
anadeabrãomerij
segunda-feira, 19 de julho de 2010
_nós ,os que matamos as mércias e elisas..._ Ana Merij
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