sábado, 24 de julho de 2010

Sonia Nogueira

A Pablo Neruda
*
O Chile guarda tua história
Neruda, dos amores de encantos
As letras te sorriram enamoradas
O mundo te ofertou todos os cantos.
*
As mãos que debruçaram no papel
Desenhos, tantos temas e vingaram
O mundo te sorria e teus luares
Brilhavam luzes fartas evocaram
*
Amor, em demasia arfante e doce
Pintava no papel qual maçã rubra
Saboreando em cada nota áurea
Toda paixão que a mente perpetua
*
Escravo das palavras tu dormias
E, ao raiar a luz nova mensagem
Criava emoção, o sonho ressurgia
Um rasgo de amor forte embalagem
*
Os beijos percorriam nos teus versos
Qual vento açoitando as madrugadas
E nunca as mãos cansaram da perícia
Antes retornavam viris e firmadas
*
Teus versos são aves que voam
Ultrapassam a distância, os mares
E chegam ás minhas mãos ávidas
Lendo-te como prece em altares
*
O corpo foi-se incontestável sina
A alma dorme nas letras e infinita
Perdura imortal quase contrita
No santuário dos versos que fascina


Sonia Nogueira

Nenhum comentário:

Postar um comentário