quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Dirceu Rabelo

Licença Poética
Dirceu Rabelo
.
Se me derem por um tempo
Uma pequena licença poética
Saio sozinho, por aí à toa
Sem nada fazer, numa boa.
.
Talvez a beber uma grande dose
De minha crônica preguiça a mais
Coisa de se medir com fita métrica
E para se arrepiar, de tão tétrica.
.
Não me sentarei no banco da praça
Senão, terei rompantes de poetar.
Não olharei nem de relance para a lua
E nem sairei a caminhar pela deserta rua.
.
Ficarei louco para fazer besteiras
E numa dessas, poderei me exceder
E com uma almotolia irei sua junta untar
Coisa de maluco que quer desemperrar.
.
Porque senão, imediatamente
Começarei a ter desejos de rimar
Lua com marte e cavalo com potro.
Cara de um, focinho do outro. Não!
.
Pronto! Acabou-se a licença poética!
Agora, voltei a ser um poeta comum.
Desvencilhei-me, mas sou ainda mais um,
A vagar entre as palavras e a fonética!

Um comentário:

  1. Delasnieve,
    Grato, pela publicação de meu singelo "Licença Poética" neste blog do "Poetas del Mundo". Aguardo um de seus poemas para a postagem no meu blog, o Blog do Dirceu Rabelo, para nosso deleite e de nossos leitores.
    Abração,
    Dirceu

    ResponderExcluir