terça-feira, 8 de novembro de 2011

FLIPORTO-2011 - PROGRAMAÇÃO

FLIPORTO-2011 - PROGRAMAÇÃO
CONGRESSO LITERÁRIO

O Congresso Literário da Fliporto 2011 amplia o diálogo e se pluraliza ainda mais, trazendo para o centro das conferências e dos debates a riqueza dos Orientes, especialmente aqueles que habitam o cerne da cultura ibero-americana. Mas não se limita a isso. Quer trazer o relato vivo de alguns dos mais importantes escritores da atualidade. Autores da Palestina e do Paquistão, de Santa Lúcia e Israel, do Líbano e Japão, da Índia, Venezuela e França, de Portugal e da Espanha, dos Estados Unidos e da Inglaterra se encontrarão com os brasileiros para mostrar como se tecem literaturas, realidades e sonhos. E nessa rica urdidura, de fio a pavio, discute-se também as intuições e reflexões de Gilberto Freyre, o escritor que ultrapassou as fronteiras dos gêneros, dos tempos e das convenções.
 
11 de novembro


DEEPAK CHOPRA

Conferência de abertura

“Cura, transformação e consciência”.

Quando se fala das relações Ocidente-Oriente evocar ou invocar a saúde e a espiritualidade é lugar-comum, e nisto o nome de um médico tão indiano quanto norte- vem fácil à mente: Deepak Chopra, especialista em endocrinologia, e um dos „gurus‟da autoajuda, gênero que transcende, é claro, a literatura, e o fez best-seller traduzido em mais de trinta línguas. As sete leis espirituais do sucesso, A cura quântica, O efeito sombra e dezenas de outros títulos assim são livros de cabeceira de milhões de pessoas.

12 de novembro

Painel 1

10h – Frei Betto, em conversa com Bia Corrêa do Lago:

“O processo da criação literária”.

Carlos Alberto Libânio Christo é um dos intelectuais brasileiros mais admirados no país e no exterior na atualidade. Frei Betto, como é mais simplesmente conhecido, pode ser incluído num grupo raro hoje em dia na literatura: dos autores cujo saber não se faz somente da teoria, mas da praxis viva. O que escreve, em diversos gêneros, exprime os seus conhecimentos de teologia, de antropologia, de filosofia, de jornalismo, de política. Mas a variedade e riqueza do seu trabalho social não ensombrecem o escritor, com mais de 50 livros publicados. E é justamente o escritor, o „escritor literário‟, que vai conversar com os leitores na Fliporto: como é que compõe suas obras? que processo é este o da criação de textos? Em seguida ao bate-papo, Frei Betto lança Minas do Ouro, seu primeiro romance histórico, e autografa este e outros dos seus livros.

Painel 2

11h30 – Marcos Vinicios Vilaça, em conversa com José Paulo Cavalcanti Filho:

“Gilberto Freyre e a amizade como uma das belas artes”.

“Saudemos Murilo/Para quem a amizade é também uma das Belas-Artes/Murilo grande amigo de seus amigos/Delicado fiel atento amigo de seus amigos”. Estes versos de Manuel Bandeira são de uma sua saudação ao poeta Murilo Mendes, mas cabem como uma luva não só ao seu amigo mineiro, mas a outro, de quem foi ainda mais íntimo, o pernambucano Gilberto Freyre. Como Bandeira, Marcos Vinicios Vilaça conheceu de perto o grande sociólogo-antropólogo-escritor que, mais de uma vez, comentou que a „camaradagem‟ tem sido algo mais frequente no Brasil do que a verdadeira amizade. Apesar disso, Gilberto teve muitos amigos e foi um “delicado fiel atento amigo de seus amigos”. É sobre a amizade com Freyre, da amizade com um escritor específico que trata o painel, mas, sem prejuízo do tema porventura mais geral, o convívio entre escritores. Sobre questões assim: como é possível conviver o solidário no solitário (essencialmente a condição de todo escritor), e como pode haver amizade num meio de tanta competição e vaidades é que conversarão os amigos escritores José Paulo Cavalcanti Filho e Marcos Vinicios Vilaça.

Painel 3

14h30 – Maria Lecticia Monteiro Cavalcanti, Claudio Aguiar e Kathrin Rosenfield, com mediação de Valéria Torres da Costa e Silva:

“Os textos sobre sabores e o sabor dos textos de Gilberto Freyre”.

O escritor que se deliciava com elogios como crianças com caramelos e sorvetes produziu livros que são ricos banquetes de palavras, de ideias, de sugestões. Como se não bastasse, foi pioneiro no Brasil na compreensão exata da importância dos prazeres e dos sabores na cultura. Nos seus livros que podem ser meticulosa e gulosamente lidos em espelho com a mesma atitude e ritmo com que foram escritos as variadas formas de estesia e fruição aparecem em metáforas, metonímias, imagens de muitos tipos. Taste e text em Freyre. “Prosa de quem se espreguiça”. Uma conversa gostosa reúne na mesma mesa: Maria Lecticia Monteiro Cavalcanti, uma das maiores especialistas na culinária brasileira e pernambucana, o grande romancista Cláudio Aguiar e a ensaísta e tradutora Kathrin Rosenfield, que a partir de uma frase de Guimarães Rosa a respeito de Gilberto Freyre faz sua homenagem: “Homem de espírito e ciência. Grande crítico; e artista.”

Painel 4

16h – Shigeru Suzuki, Dilip Loundo e Marcelo Abreu, com mediação de Maurício Melo Jr.:

“Olhares cruzados e compartilhados: do tradutor e do viajante”.

Como um japonês e um indiano veem, sentem, leem Gilberto Freyre e com quais dificuldades se depara quem resolve traduzir o “brasileiro de sua língua”? Os professores Suzuki e Loundo já se acostumaram a responder perguntas assim, e neste painel voltam ao assunto, mas vão além disso: falarão do diálogo entre culturas, das pontes que podem ser erguidas ultrapassando as fronteiras dos idiomas, dos costumes, das mentalidades, e com eles, o jornalista pernambucano Marcelo Abreu que, não satisfeito em percorrer de carro a famosa rota Londres-Kathmandu, resolveu conferir in loco o país mais fechado do mundo: Coréia do Norte.

Painel 5

17h30 – Edson Nery da Fonseca, em conversa com Humberto Werneck:

“Gilberto Freyre – um grande sedutor”.

Poucos autores no mundo têm um admirador tão devotado e inteligente quanto Gilberto Freyre encontrou em Edson Nery da Fonseca. É o seu maior e melhor intérprete. Por mais de meio século ele vem escrevendo ensaios sobre o autor e assim tornando mais “claramente visto o lume vivo” de suas obras. Fez-se também o seu “miglior fabbro”, com as diversas obras dele que organizou. Edson consegue, na verdade, transmitir, de modo enfático e empático a permanente sedução dos textos e da personalidade de Gilberto. Nesta conversa, que precede o lançamento do livro em que reúne seus estudos freyrianos, ao gosto da retrospectiva se une o da perspectiva aguda e sensível de um escritor-leitor-bibliotecário que toca um livro como um ser vivo e encanta e seduz o seu público decerto com o mesmo magnetismo que exalta em Freyre.

Painel 6

19h – Derek Walcott, Prêmio Nobel de Literatura, conferência:

“O Viajante Afortunado – uma noite de poesia com Derek Walcott”

Marcus Accioly apresenta o poeta de Santa Lúcia ao público de Olinda.

Derek Walcott é um poeta extraordinário que o Brasil “apenas” conhece, de Omeros. Nesse livro a poesia épica mostra-se com original e rica atualidade. Mas o poeta requinta-se com a mesma força nos gêneros dramático e lírico; e além de exercer-se bem na pintura, o autor é também grande conferencista. Na sua conferência na Fliporto ele vai mostrar aquela mesma “sensação de infinito corporificado na linguagem” a que se referiu Joseph Brodsky quando escreveu sobre sua poesia.

13 de novembro

Painel 7

10h – Gonçalo M. Tavares e Fernando Báez, com mediação de Nelson de Oliveira:

“Como e porque sou escritor”.

Há tempos já quase ninguém cita a ideia antiga de que ser escritor é uma vocação ou até quase uma fatalidade, desde o berço; enquanto cientistas e filósofos se formam, isto é, são mais do que natos. Nem é mais corrente uma pergunta que se repetia muito em inquéritos nas décadas passadas: “por que você escreve?” Na atualidade, vai-se além: a ensinar como se fazer escritor. Neste painel as duas questões estão presentes, implicítas e explícitas, e não se excluem: como nasce um escritor e como se faz um escritor, da descoberta à formação e desenrolar da escrita, da leitura, da publicação, do reconhecimento, da razão e do modo, afinal de contas, o que vem a ser mesmo um escritor?

Painel 8

11h30 – Silio Boccanera, em conversa com Geneton Moraes Neto:

“Terrorismo real e fictício, antes e depois do 11 de setembro”.

O duplo jogo que anima o jornalismo e a literatura é sempre o da realidade e da ficção, sejam quais forem as suas formas, e mesmo que se separem ou se superem suas ambiguidades e contradições. Por isso é tão recorrente a menção ao tópico: a realidade tão incrível quanto a mais extraordinária ficção, a ficção que se faz tão viva que supera a realidade. Silio Boccanera traduziu com muita habilidade tudo isso num romance, que é o mote para discutir uma década de um certo acontecimento em 11 de setembro que parecia um conto cheio de som e fúria, mas que revelou o quanto a realidade pode ser sempre mais brutal que supõe o homem, daí a verdade sussurrada por Eliot: “Go, go, go, said the bird: human kind can not bear very much reality.”

Painel 9

14h – Ryoki Inoue, Nelson Motta, Raimundo Carrero e Joca Souza Leão, com mediação de Maurício Cruz:

“Aventuras e rotinas da literatura: as múltiplas identidades do escritor”.

Aventura e rotina é título de um livro de viagem publicado há meio século por Gilberto Freyre e considerado por muitos o mais estético dos seus textos. O painel trata não dele nem das viagens que fez, mas das viagens literárias, dentro de cada um dos autores, num jogo de esconde-esconde, e de revelações, sem deixar de lado as crises hamletianas que acometem todos os que escrevem, como a questão de ser e não ser escritor. O que há de aventureiro e de rotineiro em tudo isso? Quantas legiões de „demônios‟ habitam um escritor? Neste painel de debate os depoimentos serão tão múltiplos quanto os expoentes: um escritor recordista mundial com mais de mil livros publicados; um ficcionista, que também é jornalista, roteirista, biógrafo, compositor e produtor musical; um romancista-e-jornalista-professor-de- oficinas-literárias e um publicitário-cronista.

Painel 10

17h – Mamede Jarouche, Ioram Melcer e Edwin Williamson, com mediação de Rogério Pereira:

“As 1001 noites (d)e Jorge Luis Borges”.

Os incontáveis dias e as inumeráveis noites que compõem as tantas vidas de um escritor como Jorge Luis Borges poderiam enredar um labirinto de espelhos em que se encontrassem o seu biógrafo Edwin Williamson, e os tradutores Mamede Jarouche e Ioram Melcer. Que melhor lugar para esse encontro que na biblioteca de babel de um congresso literário? Mamede, que traduziu As mil e uma noites diretamente do árabe para o português, mas que também verteu para o árabe o argentino Borges, tem muito o que conversar com o hispanista Edwin e o israelense Ioram que está acostumado em sonhar em muitas línguas como Burton.

Painel 11

19h – Tariq Ali, em conversa com Silio Boccanera:

“Paquistão-Afeganistão – equívocos na guerra ao terror – Obama imita Bush”.

De origem paquistanesa, mas formação britânica, o escritor Tariq Ali é um dos mais autorizados e duros analistas da relação Ocidente-Oriente. Sua obra de romancista e de crítico político e social já tem mais de uma dezena de títulos traduzidos ao português. Ele integra aquele grupo especial de intelectuais definidos por Osman Lins – dos que não silenciam sobre seu tempo. Recentemente Tariq tem discutido o que chama de “síndrome Obama”, um presidente rendido na própria casa, mas que insiste em manter guerras no exterior.

14 de novembro

Painel 12

10h30 – Fernando Morais, Leandro Narloch e Samarone Lima, com mediação de Vandeck Santiago:

“América Latina: para além do bem e do mal”.

Exatamente 25 anos depois de ter lançado A Ilha, um livro-reportagem que se pode considerar um clássico a respeito de Cuba, Fernando Morais novamente volta os olhos para lá, e publica Os últimos soldados da Guerra Fria. Quase ao mesmo tempo, outro jornalista, Leandro Narloch lança (em coautoria com Duda Teixeira) o Guia politicamente incorreto da América Latina, em que desanca certos heroísmos associados a personagens como Allende, Guevara e Castro. Para esquentar ainda mais o debate sobre visões tão distintas do mesmo mundo ninguém melhor do que o jornalista Samarone Lima, autor também de livro-reportagem sobre Cuba com grande repercussão: Viagem ao crepúsculo.

Painel 13

14h30 – Nelson Pereira dos Santos, Guel Arraes, Tizuka Yamasaki e Zeneida Lima, com mediação de Alexandre Figueiroa:

“Como o cinema e a TV reescrevem a literatura”.

Nelson Pereira dos Santos é membro da Academia Brasileira Letras, mas, muito antes disso, o seu nome (isto é, o seu cinema) já era inseparável da literatura: Vidas secas, Jubiabá, A terceira margem do rio são alguns dos títulos que ganharam voz e movimento na tela grande pela sua direção segura. O seu bom gosto por escritores também alcança os documentários que fez sobre Gilberto Freyre e Sergio Buarque de Holanda. Guel Arraes é outro que renova a linguagem da TV e do cinema, e por que não dizer?, deu um novo frêmito a obras quase clássicas como Auto da compadecida e O bem amado. Como eles, Tizuka Yamasaki se alimenta na fonte de juventa da literatura, e a prova mais recente disso é a adaptação do livro de uma escritora amazonense, Zeneida Lima, que conversa com esses cineastas, ao vivo, sobre o universo mágico das letras e das imagens.

Painel 14

17h – Abdel Bari Atwan, em conversa com Geneton Moraes Neto:

“A Primavera Árabe: o que está certo, o que está errado e no que isso vai dar”.

Atwan tem novo livro a caminho: Al-Qaeda – a nova geração. Ninguém conhece mais do que ele esse assunto, pois não só é autor de A história secreta da Al-Qaeda (há edição brasileira), conseguiu a façanha de entrevistar, em 1996, no Afeganistão, o líder terrorista mais famoso de todos os tempos, Osama Bin Laden, e privou de sua companhia durante três longos dias. Ele vai contar essa experiência e qual avalia que será o futuro da Al-Qaeda depois da morte do seu mais temido líder, tudo sob o manto do assunto mais quente do mundo árabe no momento: as turbulências que estão derrubando governos e que o Ocidente batizou de Primavera.

Painel 15

19h – Joumana Haddad, em conversa com Silio Boccanera:

“Quem é a nova mulher árabe”.

A poetisa, tradutora e jornalista libanesa Joumana Haddad estreou como autora no Brasil com Eu matei Sherazade. O livro é um tipo muito especial de libelo e de manifesto a favor da liberdade. Autodefinida como „cidadã do mundo‟ e crítica ferrenha das religiões, Joumana vira pelo avesso os estereótipos e preconceitos, e mostrará, numa conversa franca, que nova mulher árabe é essa, sem medo de ser feliz, sem véus, e de corpo inteiro.

15 de novembro

Painel 16

10h – Vamireh Chacon, José Carlos Venâncio e Angel Espina, com mediação de João Cezar de Castro Rocha:

“Lusotropicalismo é ciência ou literatura?”.

O mundo que Gilberto Freyre criou para o „tropicalismo‟ ia muito além do Brasil e de Portugal e suas colônias, alcançava a África, a Ásia, e, desde cedo, ele entendeu que mais que lusotropicalismo, deveria falar mesmo de um hispanolusotropicologia, ou, como talvez seja mais exato, um iberotropicalismo. Nunca faltaram, porém, críticas às suas ideias. Críticas políticas, científicas, técnicas. Três professores – do Brasil, de Portugal e da Espanha – vão finalmente responder o que é e, sobretudo, pra que serve a teoria mais controvertida do autor de Casa-grande & senzala.

Painel 17

11h30 – Cyril Pedrosa, Walther Moreira Santos e Frederico Barbosa, com mediação de Manuel da Costa Pinto:

“Imagem, palavra, impacto: poesia, prosa de ficção e HQ”.

O que um animador dos estúdios Disney e quadrinista francês tem em comum com um poeta e um romancista e ilustrador brasileiros? Ou melhor, como sintonizar o „incomum‟ da poesia, da prosa de ficção e da História em Quadrinhos? Algumas palavras são chaves nisso: narrativa e imagem. Como cada um trabalha e qual o impacto próprio dos seus gêneros e quais os jardins onde esses caminhos se encontram e se bifurcam é parte desse debate.

Painel 18

14h – José Roberto Teixeira Leite, Jacinto Rego de Almeida e Manuel da Costa Pinto, com mediação de Samuel León:

“Literatura, história e imaginação – o vivido, o fictício e suas fissões”.

O português Fernão Mendes Pinto, considerado por Gilberto Freyre, o melhor escritor em língua portuguesa, tinha uma imaginação tão poderosa que foi rebatizado de modo malicioso a partir de um pseudo-diálogo com o seu nome: Fernão! Mentes? Minto. Se em italiano fosse possível trocadilho semelhante o mesmo seria dito de Marco Polo. O crítico e historiador da arte Teixeira

Leite vai tratar de coisas assim, e na mesma trilha, mas por outras vias, o romancista português Rego de Almeida fala de personagens reais que se reinventam em seus romances, e o crítico literário Manuel da Costa Pinto conta da viagem do argelino Albert Camus ao Brasil: “A vida rente ao chão: Camus, o Brasil e a viagem a Iguape”.

Painel 19

16h – Sonia Sales, Alice Ruiz e Raimundo Gadelha, com mediação de Marcelo Pereira:

“O Oriente é aqui: formas e inspirações do Japão e da China na poesia brasileira”.

Por que razão o haicai e outras fôrmas japonesas de poesia resultaram num culto tão apaixonado no Brasil? E a poesia chinesa, por que não exerce uma influência semelhante? Gadelha e Ruiz têm muito a dizer de Issa, Bashô e outros poetas, além do seu próprio modo oriental-ocidental de estudar e recriar gêneros tão tradicionais e plásticos. Sonia Sales, que desfruta igualmente do chinês e do japonês como poetisa tem estendido sua pesquisa além das fronteiras da literatura, mostrando em suas pesquisas como o Brasil e o Oriente estão muito mais próximos do que pode supor a vã filosofia do senso comum.

Painel 20

17h30 – Raul Lody, Fátima Quintas e João Cezar de Castro Rocha, com mediação de Cristiano Ramos:

“Gilberto Freyre lido com paixão: as raízes das admirações e rivalidades literárias”

Há um tipo de autor que uma vez descoberto raras vezes motiva indiferença. Gilberto Freyre é um deles. Desde a juventude despertou admirações e rechaços incondicionais. E não se pode ignorar situações em que velhos detratores passaram a engrossar o cordão dos admiradores, e os apreciadores que migraram para a recusa. Antropólogos como Fátima Quintas e Raul Lody, tão afeitos a observação participante, podem não somente explicar as razões das reações apaixonadas a Freyre, mas também como e porque dedicaram tantos livros a ele. O crítico literário João Cezar de Castro Rocha fala de algo ignorado da maioria dos exegetas paulistas e pernambucanos: as raízes das rivalidades literárias entre Freyre e Buarque de Holanda.

Encerramento

19h30 – João Signorelli

Monólogo teatral: “Gandhi – um líder servidor”

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