quarta-feira, 9 de novembro de 2011

POESIAS DO DIA 09.11.11


Envelhecendo
 .
Já estou aqui na frente
Caminhei muito...
Ao longo da estrada da vida
Vida esta muito querida
 .

Nela construí castelos
Uns ficaram em pé
Outros com o tempo desmoronaram
 .
Caminhei muito...
E o tempo passou e eu envelheci
Mas tenho certeza
Que muito aprendi
As vezes chorei
Mas também sorri
 .
Caminhei muito...
Vi meus cabelos ficarem brancos
Com muita beleza e encanto
Vi meus filhos crescerem
E meus netos nascerem
 .
Estou envelhecendo
Mas continuo caminhando
Sempre feliz e cantando
 .
 Regina Mercia Sene Soares
 
TÍTULO DE POETA
.
Juro que não faço questão
De ostentar o título de poeta,
Se ser poeta for somente
Esta exibição vazia...
.
Eu tenho, na poesia,
Uma língua afiada.
Não corta, não fura, nem nada.
Mas fere, quando denuncia.
.
Eu não agüento ver
Meus irmãos de barriga vazia
E os hipócritas no poder...
.
Isso me causa furor.
Por isso costumo dizer:
Poesia, não é só falar de amor.
.
A. J. Cardiais
Alma do meu tempo

.
Quando me convido a passear por aí,
Não escolho calça nem camisa,
Só permito a quem está em mim
Soprar o figurino, e, sem mapa,
Soletrar o caminho que me quer,
Aquele que é definitivamente meu!
.
As andanças foram muitas, é verdade,
Mas não parei em nenhuma aldeia,
Deixei vozes e olhares me espreitando,
Ora os sinais cobertos de sorrisos,
Ou as silenciosas admoestações, enfim,
O que pude perceber enquanto andava.
.
Com certeza feri a alma do meu tempo,
Maltratei a delicadeza da mulher amada,
Mas fiz-me bardo porque encontrei verso em mim,
Ao examinar os pedaços da minha angústia,
Esta paixão louca pela palavra que me consome
Na transição entre o finito e o eterno.
.
Preciso da chuva que lava, e também de entregar
Os meus receios, os muitos cuidados planejados,
Para conquistar o que penso jamais foi meu,
Porque não tinha amor consistente em meu farnel,
Senão somente a ilusão que agasalha em noite fria,
E que já não sabe aonde o coração irá morar.
Daladier Carlos

Ausência...
             Delasnieve Daspet
 . 
Te olho - no olhar da imaginação,
Te vejo no cheiro do amanhecer,
No vento que sibila,
No verde da cidade
De traçados modernos,
Nas tardes  dos tererés..
 .
Estou ausente,
Mas não sai daí...
A ausência física é tamanha,
Na distância guardo tuas lembranças
Com cheiro de torrão-natal!
DD_12-02-09 - Campo Grande-MS



Nenhum comentário:

Postar um comentário