sábado, 11 de fevereiro de 2012

04-12 DIVULGANDO POETAS DEL MUNDO - - ASSINEM E COMENTEM

 04-12  DIVULGANDO POETAS DEL MUNDO -  - ASSINEM E COMENTEM
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Lado Avesso: MORRER 'TÁ COMPLICADO!: MORRER TÁ COMPLICADO! Antigamente, quando o mar não estava pra peixe e a inflação mais alta que o Himalaia, os mais velhos diziam: -“A vida.
Miriam de Sales Oliveira no A Bahia de outrora
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ENTRE, ACESSE, DIVULGUE E PARTICIPE DE NOSSAS IDEIAS...
PARA QUE POSSAMOS JUNTOS PROPAGAR A POESIA...
JEAN CARLLO
POETA, EDITOR E ACADÊMICO
DE VOLTA REDONDA RJ
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Doce Inspiração
No sonho era um sorriso lindo

os passos lentos, cadenciados,

traziam uma aura de brilho infinito
Um Velho Menino
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Sexta-feira, muito calor. Postei um poema de amor para apreciação de vocês.
Espero sua visita. Agradeço comovida.
Abrs
Mardilê 
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FOLHAS MORTAS
Paulo Silveira de Ávila
Nos jardins dos sentimentos,
as folhas que caíram cobrem
o chão levadas pelo vento,
furioso e constante.
Flores plantadas na madrugada
quando a lua prateada os amores inspirava.
Folhas que não mais perecem nem entristecem,
na brandura frígida aparecem.
No bonito jardim,
outra rosa surge por certo uma orquídea,
que o inverno não teme se morrer sabe…
que morre por mim.
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HOJAS MUERTAS
Paulo Silveira de Ávila
En los jardines de los sentimientos,
las hojas que se cayeron cubren
el suelo llevadas por el viento,
furioso y constante.
Flores plantadas en la madrugada
cuando la luna prateada los amores inspiraba.
Hojas que no más perecen ni entristecen,
en la brandura frígida aparecen.
En el bonito jardín,
otra rosa surge por cierto una orquídea,
que el invierno no teme morirse sabe…
que muere por mí.
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UM DIA CONFESSO QUE TE AMO
© Reginaldo Honório da Silva
Ah! Essa minha vida de paixões e desenganos
O certo e o errado na bagunça dos meus planos...
Qualquer dia desses perco o controle
E confesso que te amo
Ah! Esses pedaços de pecados no caminho
Pedras sobre pedras o coração em desalinho...
Qualquer dia desses perco o controle
E confesso que te amo
Ah! Esses desencontros, coisas que só amor faz
Algo diferente, alguma coisa, algo mais...
Qualquer dia desses perco o controle
E confesso que te amo
Ah! Esses momentos que não se sabe o que faz
Faz bobagens, briga chora e nada faz...
Qualquer dia desses perco o controle
E confesso que te amo
Ah! Se tudo isso fosse nada mais do que poesia
Rabiscando musas nos contornos das inspirações
Jamais em minha vida perderia o controle
Diria sem medo nem mistério, que te amo.


Rio Claro, 31 de janeiro de 2012, às 17h50min
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Quando te beijei                                                                                  
                                                                   
                                                Quando te beijei,
Fiquei convencido...
Que o teu beijo,
Tem melhor sabor.
Não é igual a tantas,
Que beijei...
Porque teu beijo,
Inspirou-me amor.
Amor tão puro,
E cheio de esperança.
Amor sagrado...
...como nunca senti.
É esse amor,
Que me enleva o ser,
E faz que te ame...
Sempre assim.
Vivaldo Terres
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PATAVINA'S
O BLOG DO CESAR CARDOSO
Fundado na primeira semana de 1922

EDIÇÃO DE JANEIRO/FEVEREIRO DE 2012


Patavina's:  -  http://cesarcar.blogspot.com   
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Senhores! meus livros estão à venda nos seguintes endereços:
"Laços de sangue" : www.emoobystore.com
"Choro de sangue":  http://www.livrariavaral.com
"Inversos":                  http://www.valladaresbooks.com.br/

Entrando no site é só ir na busca avançada digitando o título do livro.
Conto com a visita e divulgação.

Fico muito grato!
J.Hilton
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O QUE É SAUDADE?
  

“SAUDADE É O AMOR QUE FICA”

“Essa frase dita por uma criança em fase terminal de câncer
 é a definição mais sábia para definir esse sentimento de ausência suave
ou um tipo de solidão, ou recordação daquele momento e daquela pessoa,
que um dia, mesmo sabendo ser impossível, ousamos querer reviver e rever,
ou a dor de quem encontrou e nunca mais encontrará
de quem sentiu e nunca mais voltará a sentir...”
 continua lendo, um pouco mais sobre a saudade, acessando o link abaixo
 Dia 30 de Janeiro, também é DIA DA NÃO VIOLÊNCIA
E DIA NACIONAL DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS,
saiba mais no JORNAL DA CIDADE ONLINE,
 na coluna DATAS COMEMORATIVAS DE MARIA BEATRIZ SILVA.
  ficarei feliz em saber que você leu meu artigo.
Acesse o link e confira:
Ótima semana!
Beijos no coração!

Maria Beatriz Silva
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 Eu  Você, Nós.

Eu você, nós,
éramos um só pelo amor unidos,
vivíamos sempre juntos, tínhamos
um querer igual. Asim éramos nós.
Como tudo na vida passa, passou
o tempo , e com ele eu fui
levado, a outros cantos, sózinho.
De ti sempre lembrei, mas nunca te
procurei.
Os anos foram passando, e eu que um
amor tinha, sem ele fui ficando.
Tentei outro amor achar, com outra
companhia,  do teu amor esqueci, mas
tinha comigo a pretensão, de que me amavas
e estavas me esperando.
Volta a vida, a outras voltas dar. Retorno,
e ansioso vou te procurar, não te acho,
disseram-me que ali já não vivias.
Calei-me.
Repensei, em tudo o que fiz, o descaso do
nosso amor real, eu que pensei tê-lo para
sempre em ti guardado.
Só que o amor, de tanto amar e não ser
correspondido, aos poucos cansa de se doar,
até que morre.
Tentar revivê-lo, não sei, só sei que agora
em vez  de amor, saudades tenho.
Possa eu ter forças, para viver com a  tua
ausência, tua lembrança, e sem o teu amor.
Difícil será, ser alegre e esperançoso, perder-te
era tudo que eu não queria.
De ti só resta a saudade, e dentro de mim uma
enorme dor.

(Roldão Aires)
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Poemas de la semana
"¡Oh Mundo"
"Poesía Amorosa" -Jorge Manrique-

Vivir para contarla
"150 aniversario de Gustav Klimt"
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Les  invito a visitar la revista que dirijo y a intercambiar ENLACES (LINKS) y a inscribirse como LECTORA en REALIDADES Y FICCIONES, si le parece.
Un fuerte abrazo.
Héctor Zabala
Director de revista REALIDADES Y FICCIONES
Ciudad de Buenos Aires, Argentina
zab_he@hotmail.com
REALIDADES Y FICCIONES - Revista literaria  (ISSN 2250-4281)
SUPLEMENTO DE REALIDADES Y FICCIONES (ISSN 2250-5385)
LITERATURA Y ALGO MÁS… (IBSN 2250-17-06-46)
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LÁGRIMA

Fátima Venutti

            O sino da igreja badalou chamando para a missa das dez, como e todo sempre, sistematicamente fazia.
          Foi no início do séc. XVII que os últimos jesuítas resolveram cravar sua passagem pela região do Vale do Encantado. O suor de muitos índios tingiu os pilares daquela rendição confessa e sob pressão à religiosidade branca. Enquanto o padre iniciava o sermão sugerido para aquela manhã, Santa Rita lacrimejou.
          Lentamente, os olhos vidrados de um azul celestial foram se envolvendo de uma claridade e transparência nunca vista antes. O pó do tempo e da História eram assim eliminados. O tempo registrado em relógios parou enquanto ia surgindo, do canto interno do olho direito, um vitral líquido que delicadamente descia vagaroso pela sua face, passando pela narina esquerda e esbarrando na sutil feição de seus lábios, pintados de um vermelho doce e angelical. A lentidão do surgimento daquele líquido era quase imperceptível ao olhar humano. A Santa percorreu, com um único olhar, todos os fiéis e, conhecendo-os um a um, fez sua escolha.
          Aquele, ajoelhado na soleira da última fileira de bancos, próximo à porta de entrada daquela casa de suplícios materiais. Bastava somente que ele levantasse a cabeça depois de suas decoradas orações e a enxergasse ali, chorando os seus pecados.
         Matilde nem estava prestando atenção ao sermão.  Lembrou da última vez que entrou numa igreja pra assistir a uma missa. Tinha 12 anos, era dia de sua Primeira Comunhão e, na hora da confissão, o padre encostou sua mão em uma de suas coxas. Aparício estava atrasado e ela com medo de que ele não viesse. Enquanto olhava os objetos que adornavam o altar, todos dourados, brilhando e ofuscando o olhar, pensava em quanto não deviam valer no penhor. Com um objeto daqueles, uma taça sequer, podia ir embora daquela cidade imunda, praguejada de pessoas inertes ao que acontecia no mundo. Olhou as horas no pulso e bufou o atraso de Aparício. Mais um chiclete na boca. O padre falava efusivamente. Matilde não estava nem aí pro sermão.
       Quando aquele homem finalizou com um amém, levantou a cabeça em direção ao altar, mas sentiu a necessidade de olhar pra imagem de Santa Rita e saudá-la. Quase sem fôlego com o susto que levou com o que viu, quis conferir mais de perto, e aproximou-se aos pés da santinha que protegia os moradores da cidade. Enquanto o padre finalizava seu sermão, ele saiu correndo da igreja em direção à sua casa. Queria pegar uma máquina fotográfica e talvez, ganhar alguns trocados com a revelação da santinha.
         Aparício não veio e Matilde não pode pedir-lhe ajuda pra fazer o aborto. A missa terminou e ela foi saindo lentamente pelo corredor central quando observou aquele homem de pé, eufórico,  tirando fotos da santinha da cidade, bem de perfil. O turismo estava dando seus primeiros passos, pensou.
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CORDIAL INVITACIÓN DEL PROFESOR GARCÍA DE BRASIL. PARA TODOS LOS HERMANOS TROVADORES DE HABLA HISPANA

PARTICIPEN EN VIVO PARTICIPEN VÍA INTERNET CON SUS PRECIOSOS POEMAS Y ESCUCHENLOS EN:


Programa del Profesor García -Momentos con nuestros Poetas-
Radio Caicó-RN-Brasil
Vengo convidar a todos, para escuchen y participen de
nuestro programa " Momentos con nuestros Poetas" todos los sábados.

Horario del programa: de las 17 a las 18 horas p. m.
Para participar en vivo, llame al numero de teléfono: 0xx. 84.3421.4181
 y nos ayuden a hacer el programa en vivo para
 Brasil y para todo el mundo vía Internet.
Un fraternal abrazo a todos, buena suerte e buena escucha, esperamos por todos ustedes.

Luiz Antonio Cardoso
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Olá, boa tarde
Gostaria de te lembra que eu tenho no Facebook  um grpo chamado AUTORES BAIANOS, voltado principalmente para a literatura baiana. Neste grupo, procuramos divulgar os autores e seus trabalhos, bem como homenagear os celebres da nossa literatura e fomentar a cultura, criando também laçõs de amizade entre os autores locais.
Talvez você ainda não tenha se familiarizado com o o nosso grupo ou talvez nem o conheça, por isto vim aqui te fazer o convite para passar na nossa página, lembrando que lá é uma extensão da sua escrivaninha e que poderá divulgar os seus trabalhos literários, informação sobre seus livros à venda e lançamentos entre outras informações pertinentes. 
Reitero o convite, saliento ainda que é muito importante que cada membro adicione ou indique outro autor baiano que este conheça e ainda não faça parte do nosso grupo.
Pinho Sannasc
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O Príncipe e o Corsário

                                O corpo fala e pede a mim,
                                Diz-se pronto e, sem palavra,
                                Vai no rumo dos encantos,
                                Soprar de si o pó acumulado,
                                Sem descuidar de erguer,
                                Com aprumo, o meu olhar.

                                 Posso admitir que verso haja,
                                 Despido, embora, de arte,
                                 Do sentimento mínimo
                                 Que acorda o coração,
                                 Reparte as dúvidas
                                 E deixa algum recado.

                                 Quem faz o dia sou eu,
                                 Sem fardo ou traço
                                 Que confronte o sabido,
                                 As tantas idas e retornos
                                 Na direção de um algo
                                 De inútil, enfim, revelado.

                                 Quem sou nesta delicada reflexão,
                                 Ao esperar o que desvenda
                                 A natureza anímica da minha lenda?
                                 Os esboços, os contornos da peça,
                                 São os derradeiros atos que expõem
                                 A alma do príncipe e o espírito do corsário!
                                                    Daladier Carlos 
                                                 03 fevereiro, 2012       
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CONSIDERAÇÕES SOBRE A HOMEOPATIAClóvis Campêlo

Um dos principais equívocos alimentados em relação à homeopatia, é confundi-la com a medicina de ervas (fitoterapia).
Essa confusão, no entanto, é facilmente explicável: enquanto a fitoterapia utiliza-se apenas do reino vegetal, a homeopatia é muito mais ampla, utilizando-se dos reinos animal, vegetal e mineral.
Além do mais, a homeopatia também faz uso dos nosódios, que são remédios elaborados a partir de partes e secreções dos próprios organismos doentes (humanos ou animais).
Assim, por exemplo, temos a tuberculina, um medicamento que é feito a partir do próprio escarro do doente e que tem uma atuação muito eficaz no combate da tuberculose e de algumas espécies de alergias.
Um outro exemplo: a homeopatia pode valer-se dos próprios remédios alopáticos para elaborar as suas substâncias, como, por exemplo, o gardenal. Nem sempre, porém, a atuação do novo medicamento obtido será na mesma esfera do remédio alopático original (segundo o Dr. José Laércio do Egito, o medicamento obtido a partir do gardenal, por exemplo, presta-se muito bem a combater alguns tipos de alergias).
Uma outra questão que povoa o imaginário das pessoas que questionam a homeopatia, diz respeito a ação lenta do remédio homeopático sobre os organismos doentes. Nada mais falso. O remédio homeopático age com rapidez desde que tenha sido escolhido acertadamente.
A grande diferença é que, na homeopatia, não existem procedimentos padrões. O remédio é individualizado e busca-se atuar de forma ampla sobre o desequilíbrio orgânico da pessoa. Ou seja, a homeopatia visa curar o doente e não apenas a doença.
Assim sendo, cabe à sensibilidade do médico homeopata a percepção do remédio correto, que corresponderá à soma dos sintomas experimentados pelo doente e que atuará, de forma adequada, sobre o organismo desequilibrado.
Uma outra questão interessante, ainda, diz respeito às dinamizações dos medicamentos. Assim, o mesmo remédio homeopático pode ser utilizado em diversas diluições, cada uma com uma forma de atuar diferenciada. Nas dinamizações mais alta, desaparecem as características químicas das substâncias restando apenas a influência energética (que Hanneman, o pai da Homeopatia, chamou de força vital). É essa força energética que atua no processo de cura.
Dentro da medicina homeopática, existem diversas correntes e concepções, cada qual com a sua maneira característica de atuar.
Os unicistas, por exemplo, acreditam que deva ser ministrado um único remédio, o qual deverá atuar de forma decisiva sobre toda a sintomatologia do doente e sobre todas as formas de manifestação da doença.
O Dr. Roberto Costa, médico homeopata carioca já falecido, no entanto, mencionava nos seus livros a prática do que ele chamava de homeopatia tridimensional, com um remédio de baixa dinamização atuando sobre os sintomas agudos; um remédio de média dinamização atuando sobre os sintomas que já se encaminham para a cronicidade, e um remédio de alta dinamização, o qual corresponderia aos sintomas crônicos e seria, também, o remédio que atuaria sobre a constitucionalidade do doente. Essa também era a forma de atuar de Ambrozino Cruz, que durante muitos anos foi o decano da homeopatia em Pernambuco. Mesmo sem ser médico, era um profundo conhecedor da matéria e atendia a todos que o procuravam, sem distinção, na sua residência no bairro de San Martin. Autodidata, interessou-se pela homeopatia ao contrair impaludismo, na juventude. Falando fluentemente inglês, francês, alemão e indiano, mantinha-se constantemente atualizado. Falecido em 1997, deixou uma grande lacuna na homeopatia pernambucana.
Para finalizar, seria interessante frisar que a homeopatia combina com uma forma de vida despojada. Nesse mundo complexo, em que vivemos, onde os aditivos alimentares, as ondas eletromagnéticas, as radiações nem sempre benéficas dos equipamentos domésticos exercem uma influência deletéria sobre os nossos organismos, exercitar a simplicidade pode ser muito mais saudável do que imaginamos.
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         Deus
Carlos Lúcio Gontijo
www.carlosluciogontijo.jor.br

Deus é entidade do perdão
Pelo estender de mão é Pai
Não libera seu esbravejo à toa
Nem se magoa por qualquer bordejo
Nas praias de sua divina memória
Registra o dia-a-dia de nossa história
Grava na rocha nossos raros feitos
E para que a maré cheia os leve
Nossos defeitos na areia escreve

CAMINHAR

Terezinha Hueb de Menezes

A noite distancia meus passos. Apenas ouço. Os ouvidos se aguçam, enquanto meus passos se perdem nos sons da noite.
Não quero prosseguir, mesmo assim os pés caminham. Movem-se em meio às sombras, projetando, nas paredes, passadas em ritmo ágil. Olho-as e, no estranhamento, parecem independentes do movimento que as reflete. Não seriam meus os passos? E, no estranhamento, ainda, confirmo os pés que eu quero parados e não param. Independentes, na desobediência ao comando da vontade.
O caminho se alarga, as sombras agora se esparramam desordenadamente pela alameda, o movimento dos passos, acelerado, conduz-me a um estado desconhecido, sem contorno.
Para onde vou? Para onde vão os que eu não vejo? Que estrada é essa que suga meu caminhar, obrigando-o a seguir adiante?
Olho para o alto e não vejo estrelas. Apenas a estrada aberta, no deserto de pessoas, uma estrada de sem-fim. E o começo? Onde ficou? O caminho largo, e eu seguindo, meus passos procurando outros, os olhos contra um céu sem azul, porque a noite engoliu o azul, num reinado de escuridão.
Para onde caminham meus passos? O sem-fim me fascina, ao mesmo tempo me amedronta. Por momentos, quero parar, o corpo segura o movimento, mas os pés se agitam no vazio, a atração por seguir adiante e sempre.
Penso sonhar. Mas não é sonho. Realidade que se vê no apalpar das mãos, na consciência de estar-sendo. E ter de ser, e provar que se é. Para si mesmo. No fugir da rotulação de coisa. Saber-se pensante e sensível. Ter de provar...
Por isso a pulsão da caminhada. Caminhar sempre... querendo ou não. Na prova constante de que se está vivo. E a vida proíbe parada.
*Educadora do Colégio Nossa Senhora das Graças – Uberaba, MG, e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro. thuebmenezes@hotmail.com
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Alicerces abalados
      Forma e firmeza. Natureza em convulsão. Avalanche e inundação. Vidas interrompidas e habitações soterradas. Resistência humana subordinada à mesma lei imutável e universal. Ruína em estrondo colossal. Torres tombadas pelo terrorismo internacional. Fronteiras cruzadas em busca da paz difundida em memorial.
      Odisséia mais de que mercantilista em questão. Navio com mais de um porão. Travessia e conquista de sertão em sertão. Conhecimento e demarcação. Energia e inundação. Tecnologia e prevenção. Água, terra, fogo e ar. Ordem planetária para cumprir e observar. Preparar, apontar, disparar. Mirar a morte em nada banal. Apontar o norte mais do que constitucional.
      Volver em marcha civil. Redescobrir o Brasil. Avistar a desigualdade mais do que social. Promover a justiça aquém de qualquer tribunal. Ajustar a deficiência salarial. Governar sem corromper. Legislar além do dever. Votar e acertar ao escolher. Ser representado de fato e de direito. Ser mais do que sujeito de qualquer melhoria improvisada. Ter mais do que um cidadania com a carteira assinada.
      Pátria nem sempre a amada dos amantes. Pátria nem sempre a fada dos postulantes. Pátria nem sempre ocupada com a casa popular que nunca foi construída. Pátria desleixada com a infância banida. Pátria finita em recurso natural. Pátria catita dos palácios institucionalizados. Pátria maldita dos casebres improvisados. Pátria dos barões assinalados. Pátria dos brasões maculados. Pátria dos burgueses em colarinhos engomados. Pátria das falcatruas nos Estados Federados.
      Família brasileira e cristã. Família mato-grossense e cidadã. Família cuiabana e guardiã. Família que se perpetua em laço fraternal. Família que se cultiva a harmonia espiritual. Família da mesma humanidade ameaçada em causa nada natural. Família da mesma sociedade acuada em mais de uma ameaça em tempo real. Família das abelhas operárias e das borboletas coloridas. Família das rosas cálidas e das margaridas despetaladas. Família dos lobos guarás e das raposas mais do que inglesas. Família dos carcarás e dos jabutis. Família dos tamanduás e dos quatis. Família dos abutres e das sucuris. Família dos pardais, dos pombos e dos sabiás. Família das capivaras e dos felinos oriundos da mesma clareira em estrondos silenciados. Família dos pedintes e dos desabrigados.
      Humanidade aqui, agora e sempre. Humanidade em vigília permanente. Humanidade que converge e que unifica. Humanidade que embeleza e que fortifica. Humanidade que salva e que vence as pedras num mesmo caminhar. Humanidade que nos faz sonhar de olhos abertos. Humanidade que nos faz despertar de mãos estendidas e de corações unificados. Avante, antes dos próximos alicerces abalados!
Airton Reis é poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com
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CREPÚSCULO

No atávico esplendor da natureza
o Criador nos mostra a sua beleza
e faz do espaço esplêndidos espelhos!
Após o sol se pôr... morrendo ao léu...
almas se encolhem, quase de joelhos,
pra ver a mão de Deus pintar o céu
de angélicos crepúsculos vermelhos!

Humberto Rodrigues Neto
São Paulo/SP

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Esmola!...
                          
               (Urquiza Alvim- 31-01-2012)

Se às situações precárias e mesquinhas
Correspondessem as ajudas suas,
Ninguém estaria andando de gatinhas
Como o esmoler humilde pelas ruas.,.

Você, quando nasceu, era a riqueza
Visivelmente personificada,
E poderia, é certo, com nobreza,
Dar conforto a quem nunca teve nada...

Mas, oh! alma dura, que não é nobre,
Que jamais provisão deu à sacola
De quem lhe estende a mão e se descobre!.

Lembre-se de que a vida é uma escola,
E o DESTINO transforma em gente pobre
O rico que se nega a dar esmola..


URQUIZA A. F. ALVIM
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Trovas
Cada dia que me passa
Sinto- me bastante forte.
Posso lutar pela taça
De qualquer um bom esporte.
 ()luizcarloslemefranco()

Ó que ternura percebo
ao ter na bela floresta
fresca mina, da qual bebo
 sem nada pagar por esta.
 (luizcarloslemefranco)


 Eu vou pra Maracangalha
 hoje e também amanhã.
Lá não terei só migalha..                                                  
Serei também rei do clã.
*luizcarloslemefranco*

Mamãe, papai, filho, neto,
formam família feliz.
 Há pra tristeza um veto.
Vivem em paz, sempre se diz.
)luizcarloslemefranco(

Meu cupido, meu cupido,   
O amor velho morreu.  
Antes não tivesse ido,    
Antes não tivesse ido,         
*luizcarloslemefranco*  
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