A. J. Cardiais
pseudônimo de Antonio Jorge Dantas de Lima
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A. J. Cardiais é o pseudônimo de Antonio Jorge Dantas de Lima, nascido no dia 31 de março de 1954, em Salvador - Ba. A. J. Cardiais é o poeta, o vagabundo. Antonio Jorge é o servidor público estadual, lotado na Secretaria de Cultura. A. J. Cardiais participa de grupos artísticos, culturais e literários desde a década de 80. Foi membro de: Movimento Poético da Bahia, Cooperativa de Poetas e Escritores, Academia Castro Alves de Letras, Clube da Cultura, Galeria 13 e muitos outros. No dia 17 de setembro de 2010 descobriu na internet as comunidades ligadas à poesia, e filiou-se a algumas: Recanto da Letras, Poetas Teimosos, Pequenos Grandes Poetas, Texto Livre, O Melhor da Web, Angola Xyami, Poetas Del Mundo, Latino Poemas, Texton... e etc. Tem poemas publicados em cinco antologias e em três coletâneas, está participando de mais duas que ainda serão lançadas.
Meu email: ajcardias@yahoo.com.br
Minha cidade: Salvador - Bahia
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Minha cidade: Salvador - Bahia
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APELO A MEUS DESINFORMADOS EM FAVOR DA POESIA
Leiam Manuel Bandeira
leiam Carlos Drummond
leiam Ascenso Ferreira.
Leiam Vinícius de Moraes
Leiam Manoel de Barros
leiam outros e outros mais...
Depois leiam A.J. Cardiais.
Não é nenhum poeta novo.
Ele é um produto dos Poetas Marginais.
Com uma caneta na mão
atira em qualquer direção
em que estejam os seus rivais.
A.J. Cardiais
leiam Carlos Drummond
leiam Ascenso Ferreira.
Leiam Vinícius de Moraes
Leiam Manoel de Barros
leiam outros e outros mais...
Depois leiam A.J. Cardiais.
Não é nenhum poeta novo.
Ele é um produto dos Poetas Marginais.
Com uma caneta na mão
atira em qualquer direção
em que estejam os seus rivais.
A.J. Cardiais
Obs. O título é uma paródia do título de um poema de Drummond: Apelo a Meus Dessemelhantes em Favor da Paz.
ALGUMA POESIA
Caminho pelas ruas
e ninguém sabe
que eu sou poeta...
E se soubesse,
o que mudaria?
Bem, o que interessa
são os meus olhos leitores
que buscam
encontrar nas dores
alguma poesia.
A. J. Cardiais
e ninguém sabe
que eu sou poeta...
E se soubesse,
o que mudaria?
Bem, o que interessa
são os meus olhos leitores
que buscam
encontrar nas dores
alguma poesia.
A. J. Cardiais
POEMA DO CHÃO
Não escrevo do alto...
Também não estou pousado
em nenhuma núvem...
Escrevo daqui, do asfalto,
do barro, do mato,
o que me toca o coração.
Pode ser uma dor
pode ser um amor
pode ser uma indignação...
Pode ser um devaneio...
Por que não?
Tudo me é permitido.
Sonho...
Mas não fico iludido.
A minha realidade não deixa.
A.J. Cardiais
Também não estou pousado
em nenhuma núvem...
Escrevo daqui, do asfalto,
do barro, do mato,
o que me toca o coração.
Pode ser uma dor
pode ser um amor
pode ser uma indignação...
Pode ser um devaneio...
Por que não?
Tudo me é permitido.
Sonho...
Mas não fico iludido.
A minha realidade não deixa.
A.J. Cardiais
PARA GREGOS E TROIANOS
ResponderExcluirNão arredo o pé
de protestar na poesia
enquanto a ralé
“Comer” da hipocrisia.
Aproveito-me dos versos
e faço os meus protestos.
Uns dizem que não presto,
outros me acham honesto...
Mas uma coisa é dita:
Uma poesia bonita,
não deve ser de manifesto.
Tem que ser de utopia
para agradar a Academia
e enganar o resto.
A. J. Cardiais
CANTADOR DE ARRELIA
ResponderExcluirSou cantador de arrelia
anarquista do sistema.
Dentro de mim o poema
faz amor com a poesia.
Sou procissão, romaria...
Sou uma fé invernada.
Dentro de mim a enxada
capina o chão todo dia.
Sou choro de Ave Maria.
Meu coração é o momento.
Sou o agouro, o lamento
que deságua na poesia.
Dentro da democracia,
mora uma pá de idéias.
Fora vivem as alcatéias
morando na mordomia.
Aqui paro a romaria
pois se deixar, varo o mundo.
Eu sou só um vagabundo
que mora na filosofia.
A. J. Cardiais
JUSTIÇA CEGA
ResponderExcluirAh, como eu gostaria
de escrever só o belo...
Porém o meu martelo
condena a hipocrisia.
Quando vejo a vida vazia
que o povo está levando,
acabo não suportando
e explodindo na poesia.
Esqueço da velha Academia,
esqueço o trato, o contrato...
Deixo tudo para depois.
Aqui, neste retrato,
o sonho é de feijão com arroz
e fome de encher o prato.
A. J. Cardiais
INSPIRAÇÃO
ResponderExcluirNão escrevo quando quero.
Também não sento e espero
que o poema venha...
Procuro.
Provoco.
Invoco.
Fico feito fogo,
procurando lenha.
A J Cardiais
VIAGENS
ResponderExcluirO barco...
Cada navegante
viaja em seu pensamento.
Murmúrios só do mar
e do vento.
O barco
corta as ondas
enquanto que as ondas
beijam o barco
numa troca imprópria.
A J Cardiais
23.04.1990
A POESIA VOLTOU
ResponderExcluirMuito reclamei
por ter que levantar à noite
para escrever;
por ter que ruminar idéias
remoer palavras
estruturar versos.
Sempre o mesmo movimento:
Deita, levanta, escreve...
Pensa, repensa, rabisca...
Isso não vai dar em nada!
Grita a minha razão, desesperada.
Um dia foi-se:
Cortaram o cabo, o elo, a inspiração...
Ficou só a preocupação.
Hoje ela voltou
iluminando as minhas noites...
Ah, quanta emoção!
A J Cardiais
13.01.2003
VISITE MEUS BLOGS:
ResponderExcluirO Toco da Coruja:
http://ajcardiais.blogspot.com.br
Poemas, Loucuras e Etc:
http://ajlinguasolta.blogspot.com.br
Poemas Infantis - Criancice
http://ajinfantilidade.blogspot.com.br
OUTROS TEMPOS
ResponderExcluirO tempo está mudado...
Quem vivia orientando-se pelo tempo,
hoje vive desesperado.
Antigamente quem plantava
no dia de São José (29/03)
já esperava o resultado:
No dia de São João
colheria sua plantação.
Hoje não... Hoje o tempo
não obedece mais as estações.
O tempo ficou rebelde,
por culpa das poluições.
Eu tenho toda certeza
que isto é a mãe Natureza
mostrando suas condições
e dizendo: Filhos,
desintoxiquem meus pulmões.
A. J. Cardiais
CARREGADOR DE ILUSÕES
ResponderExcluirO poeta sai pelos becos
arrastando a poesia
das lamentações...
Sobe a escadaria
das indignações,
sonhando que um dia
dará um jeito
em suas ilusões.
A. J. Cardiais
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMeu Link: http://www.poetasdelmundo.com/detalle-poetas.php?id=7360
ResponderExcluirPsicografando-me
ResponderExcluirTem poeta
que escreve poema,
bastando alguém
dar um tema...
Eu até posso fazer.
Só que não sinto
nenhum prazer.
Só gosto de escrever,
quando o poema “baixa” em mim.
É uma coisa assim...
Como uma psicografia:
vem um poeta do além,
e me dita uma poesia.
Se vem de mim, ou de alguém,
pouco me importa.
Só espero que eles
nunca me fechem esta porta.
A.J. Cardiais