quinta-feira, 12 de abril de 2012

MEMBRO: VILMA CUNHA

VILMA CUNHA
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Sou Vilma.Muitas. Como disse nosso Guimarães, o da Rosa.
Ora Cunha, ora Duarte.  Ou até Vilminha. Do jeito de quem me quer.
De Araxá, orgulho das “Minhas Gerais”. Onde meus sonhos nascem primeiro, como o sol da minha terra.
Canto a vida em prosa e verso, tirando emoções do fundo do peito, para escrever recados de amor.
Formei-me em Letras decerto, porque nasci no mundo das palavras. Também fiz mestrados. Entre livros e antologias tenho 14 publicações..
Andei e ando sempre. Brasil adentro, e afora. Viajo mais ainda, na imaginação.
O pouco que sei muito, é o que a vida tem me ensinado. Com ontens amontoados em experiências, saudades de lembrar com poesia, e uns hojes, não sei quantos, pra viver agradecida.
Sou repentista, canto versos com gosto, e improviso poemas nas mais diversas situações.
Amo prosa e poesia,  e sem escrever morreria.
ARAXA-MG
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Amor Bonito
Quem visse os dois, ano passado, jurava que era amor novo.  Sem falta, eles se encontram na mesma época e “ficam” um tempo juntos. E dão o que falar.
Não sei se é um namoro contratado ou um noivado do tamanho do mundo. Que nunca se casaram, disso tenho certeza.

Dizem as más línguas que ele é muito infiel e ela sedutora demais.
Pudera! Um astro daquele e a beleza estonteante dela...

Vaidosa que nem ela só, faz, acontece e dá as ordens como as mulheres bonitas soberanas.
Muda de roupa todo dia, esnoba nas cores exuberantes e nas fragrâncias de tirar o fôlego.

Ele segura-lhe as mãos e os caprichos, como cavalheiro romântico e protetor assumido.
Poupe-a do pejo de teúda- manteúda. De jeito nenhum. Apenas encantadoramente, mulher.

Dona da natureza, e linda demais. Cantada em verso por vates apaixonados e em prosa nas mais belas e inspiradas criações.

Ele faz de tudo pra mimá-la. Já ouvi contar que pede à chuva mansinha, para lavar-lhe a poeira sufocante, e a chuva cai banhando-lhe suave, a lindeza glamouosa.

Suplica ao vento que não a assuste nem moleste. Tadinha, nunca superou a vulnerabilidade medrosa diante dos ventos bravos, tornados e furacões, que a deixam em pânico.

Outra hora, o cuidador deixa recado à lua, pra que nine a lindona em suas cascatas de prata, enquanto o dia não vem.

O casal dá exemplo de persistência amorosa. No tempo do encontro caloroso, eles enfeitam e poetizam o mundo pra quem tem olhos de enxergar, e coração de sentir a beleza.

Corre de boca em boca, que ela é muito assediada.
Chama a atenção em festas, reuniões, casamentos, eventos de toda espécie e faz vista até em cerimônias de despedir da vida.

Ele não tem como acompanhá-la toda hora. Corta os dois lados universo, esgueira-se e entra, matreiro nos mais impensados lugares, assessorado pela alvorada, o mundano “dom juan”.
    
Mas, faz bonito enquanto está com ela. Aquece, ilumina e fortalece matizes e perfumes, que a encantadora esbanja como quer.

Suspira calor ao beijar-lhe os lábios de carmim em rosas encarnadas, alcoviteiras de paixões.
Abraça-lhe os braços empencados de pétalas de tantas cores nos ipês magistrais, aquece-lhe o corpo de canteiros universais.

Ela, rainha da sua estação, sobe e desce colinas enfeitando o mundo com a delicadeza das flores do campo, desabrocha orquídea em árvores esplendorosas, multiplica-se em nomes diferentes batizados em estufas majestosas, colore cultivados campos primaveris.

A Primavera deve ser a poesia com cheiro e cara de flor.
O Sol que a corteja, o cavaleiro andante do tempo encantado dos dois. 

Bonito demais o caso antigo do Sol com a Primavera.
Calor fazendo amor com flor, concebendo filhos da beleza universal.

Quem deixar-se adotar pelo Sol com Primavera...
                                  encontrará caminhos de florir felicidade.
                         

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