domingo, 15 de julho de 2012

MEMBRO: Fernanda Ferreira – FERFER


Fernanda Ferreira –  FERFER
fernanda18ferreira@sapo.pt
Sintra - Portugal
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- Nascimento: Lisboa      
- Residência: Sintra
- Escreve diariamente, Poesia e Romance, Guiões e Teatro.
      - Tem 5 obras publicadas – 4 poesia – 2 romance
      - Tem mais 8 obras pronta a editar
- É Consul por Sintra Sul dos Poetas Del Mundo
- É uma dizeur de poesia frequentemente e de performances teatrais.
- Faz teatro amador dramático
v  - Já recebeu em dois anos, 4 prémios literários
- Deu entrevista na rádio e jornal.
- Faz teses de Homenagem a vários poetas e apresenta-as em palco.
- Endereços eletrónicos:
Fernanda Ferreira facebook: da Junta de Freguesia de Massamá e em seu nome.
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SONETO DAS TUAS MÃOS                               
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Calmamente poisadas, uma sobre a outra,
Serenamente, descansavam adormecidas;
De fino recorte de cristal de luz filtrada...
Pareciam belas, sossegadas, esquecidas!
 .
As tuas mãos amor, belas na obra divina          
Traçavam de ti, uma luz de esplendor.
Sustive inerte meu respirar, pois de serenas,
Admirada, via-as imanar fogaréus de calor        
 .
No frescor da tua alma pacata e singela,
Sem as mexeres, de rosas eram tomadas,
Sem te ausentares, em mim depositaste,
 .
O que em instantes, desse jardim, foi janela,
Vi pelos teus olhos, a frescura das nortadas,
Crescendo trovões, espreitando tempestades!
                  Fernanda Ferreira  +AL-6=!!
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                TORTURA
 .
Franjo pelos meus dedos abertos os fios do teu cabelo;
Abro-te nas fontes, o espaço, para meu rosto decorares;
Depois…amor fico olhando-te silenciosa, e assim bebo
Pelos teus olhos, a revolução da tua alma a desconcertar!
Consigo separar um do outro, teus lábios a se desligarem
Sôfregos do desejo dos meus, talvez encontrarem…
Mas não faço nada, absolutamente nada, para tos dar,
Antes pelo contrário, fecho-os selando-os com um dedo;
 .
Quero-te a tremer, a agitar em ti o desejo de desejares.
Não pelo simples facto de estarmos, perante um e outro,
Não por nossas peles, estarem próximas de pecarem,
Ou se eu criava em ti, o desespero dos amantes de corpos,
Ou se por outro lado, poderia percorrer-te como campos,
Como lagos ou como vales, nos meus dedos já retortos!
Só pretendo que me fixes, nesse olhar fugaz que escondes,
Só pretendo ser, o que exactamente sou, para me veres,
 .
E que consigas amar-me, sendo assim; como campo despido,
Do trigo reflorescente de sol, mas já em restolho de Outono,
E levares-te neste declive difuso, de montanhas a descerem,
Sem sequer imaginares, que lá em baixo, pelo vale das almas,
Te espero ímpia, na crueza dum amor sereno de abandono,
Como águas vorazes na depuração dum sol, em mim contido!
                                                fernanda ferreira  1630 (Ferfer)
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 SER ASAS
 .
Queria ser corpo de ave…
 .
Beijar flores com ternura,
Poisar sol em noite escura,
E que pela manhã florisse!
 .
Queria meus braços sendo asas…
 .
Para as nuvens me sentirem!
E que minha alma vagueasse…
Para no éter se diluir!
 .
Queria afinal, ser só asas,
Para ir…
Sem ficar,
E sem voltar!
Fernanda ferreira  1621-2011

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