quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

MEMBRO: MARIA SALETTE MENDES JACQUES ( MARSAL )



Maria Salette Mendes Jacques (Marsal)
elo.ez@terra.com.br
Porto Alegre - RS
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Maria Salette Mendes Jacques (pseudônimoMarsal),  nasceu em Araraquara SP mas é gaúcha/erexinense de coração. Filha de José e Rachel Mendes, mãe de Jonas e amiga de muitos.  Psicóloga, especialista em psicodrama, orgonoterapia, psicologia clínica, do trabalho e organizacional. Escreve poemas, contos e crônicas pelo simples prazer de versejar a vida e socializar o saber sentido. Participou da oficina literária Scrivere. Elaborou poemas e prosa incluídos,em 2002, na antologia “Lapidações” e na coleção 2008 / 2012 “Autores Gaúchos”. Autora do livro de poemas “Pulsações na Tela” lançado na Feira do Livro, de 2011, em POA/RS e na Feira do Livro de Erexim em 2012. Seus poemas fizeram parte da mostra de quadros ”Relacionamentos”. Colabora com textos científicos e literários para a “RevistaSWR/RS” e para o “Jornal RS-Letras”. É diretora técnica da ELO Crescimento Humano e Qualidade de Vida em Porto Alegre/RS.                                                                     
wwwelocrescimentohumano.com
cronicasde marsal blogspot.com
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Seqüestro Turístico

Saída de POA em céu azul de brigadeiro!
 Uma linda cor de anil pinta o ar.
A tarde  parece uma suave sinfonia.
Assim, maravilhados, embriagados, vislumbra-se,  na linha do horizonte, um pôr do sol, incrível!!!
É  possível,observar felizes passageiros, cientes de que mais um tanto de hora, chega-se em Buenos Aires!.
Olhando pela minúscula janela do avião, era possível notar, bem lá no fundo, uma barra de nuvens   escuras. Seria chuva?... Frio?... ou... já  a imagem falada de uma tanguera tarde gris...
Passado um tempo, surge uma voz ao microfone, que entre  agudos e ruídos,  informa:
_ Vamos ter que descer no aeroporto de Montevidéo, pois uma forte tempestade de granizo, nos impede de descer em solo argentino
Surpresos!...
Levemente tensos!...
Lá fomos todos, para os pagos uruguaios. Chegando em solo firme, gracias!..ali .não chovia, tudo parecia calmo.
O silêncio se faz, certo alivio... estamos a salvo.  Minutos se passam... ninguém diz nada...muito menos o guia, que ao ser solicitado parece o mais congelado de  todos. Pessoas levantam, vão...  descarregar  suas ansiedades e necessidades.Outras tantas querem descer, fumar... desejam informações..respostas que não chegam.
O clima é  nervoso,   mas...só resta aguardar...
Piorando as coisas, um vento forte sacode o avião... será a dita tempestade chegando  por aqui?...
Tensão!!!
Medo!___ Quase um pânico disfarçado
Parece filme... ficção... sonho...pesadelo
" Como estamos pouco preparados para o imprevisto"
De repente, a voz  ruidosa novamente no alto falante, comunica:
_Aguardaremos passar o mau tempo  e, assim que possível retornaremos ao destino...
Mas...  um estranho porém, é necessário abastecer o avião...rapidamente, se conclui,  estávamos com pouco combustível...mas é bom nem pensar... não vamos complicar mais as coisas ,um caminhão tanque está a caminho!
E aí vai mais meia hora, que na realidade, vira uma hora!
Neste momento tudo é vivido, tenta-se dormir, ler, contar piadas, criticar, questionar  o sistema, as agências,o quanto  vale a pena viajar em épocas de grandes temporadas, afinal,estamos em julho, férias! E a tal previsão do tempo? não informou... não funciona?,,,
 A vida é colocada em questão! As escolhas são revistas, direitos, deveres e valores. Passa tudo na cabeça!..
Até parece um seqüestro turístico!!
E tudo isto, tramitando em uma cápsula voadora, parada na pista... quando, o desejo maior ,é que ela voe...
Enfim, aquela voz anuncia: _ preparar para  decolar.
Alívio!! Risos!!
Fica então, a certeza de que sempre acabamos pagando um resgate por nossas escolhas!
AH!... Mas a tensão não acabou, tem nova informação, o avião fará uma outra  rota...  para desviar o mau tempo. A turbulência ,mesmo assim, é sentida durante o percurso. Friozinho na barriga, sensações de queda livre no vácuo, são os envoltos.  Tenta-se relaxar o possível, acreditar no positivo e em anjos que são capazes de equilibrar as asas do avião, afinal, devem ser peritos nisto...
Semi adormecidos, plainamos...
Um toque no rosto... abro os olhos _ chegamos!
Enfim, aterrissamos, compensado pouso.  
Aplausos catárticos!
Nervosas palmas!

Bons e maus ventos...
Enfim, Buenos Aires!  
                                          __ marsal____
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VIAGEM
navegar em nuvens
plainar nas asas
                             de algodão
equilibrar
corpo e trilha
vagar no espaço
entremeando
planícies de merengue
montanhas de glacê
olhos de suspiros
delícias
em pleno ar...

                                     ___marsal____









VERSEJAR
poemas
canções
palavras ao vento
sons mudos
surdamente solfejados
ensaiados
                  rabiscados
marcados em negrito
no papel
do simplesmente
 humano
o poeta
                                        ___marsal___


VÍNCULO
Aliança  contornada
fantasiada
                   nos dedos
jamais  enluvada
mas...
na  cumplicidade
enlaçada
para sempre
                                             _____marsal____

 



 
     

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