sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

MANIFESTO POETAS DEL MUNDO DE MINAS GERAIS - 1º ENCONTRO DE BELO HORIZONTE - MG


MANIFESTO POETAS DEL MUNDO DE MINAS GERAIS
Elaborado a partir do 1º ENCONTRO DE POETAS DEL MUNDO DE BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS
11-13-11-09


Perdida não é a bala

(que gera um medo profundo),

Mas aquele que se cala

ante a violência do mundo.

OLYMPIO COUTINHO





Nós Poetas Del Mundo não nos calaremos. Manifestamos que estamos alertas às questões que degradam o planeta e o próprio homem e nos propomos alertar, com a palavra poética, em nossos lares, em escolas, praças públicas, junto às instituições, para as questões que provocam o distanciamento entre pessoas e entre estas e a natureza. Prometemos também, encontrar soluções e realizar ações que provoquem mudança nesse quadro que aí está.





MANIFESTO POETAS DEL MUNDO DE MINAS GERAIS





A voz de Minas ergue-se

acima de suas montanhas e vales.

Manifesta-se, num canto poético,

a todas as nações, vilas e cidades;

e aos quatro cantos se faz ouvir.



Em Berlim, caiu o muro da vergonha;

irmãos se abraçaram entre escombros.

Outros muros, porém, se ergueram

invisíveis ao olhar, norte e sul a separar.

O preconceito concretiza a divisão.

Bombas no mundo estão a explodir.



O consumismo gera, em ventre espúrio

a desunião, a degradação e a miséria

O aprendizado manipulado, fraudado,

espalha no ar seu desatino mordaz .

Guetos se formam. Guerra há no asfalto.

Há terras que choram lamentos de dor.



Onde estão os irmãos e irmãs?

Onde estão homens e mulheres se apoiando?

Onde está o pão que mataria toda fome?

Onde está o trabalho que traz dignidade?

Valores são profanados, túmulos violados

por ataques cruéis queimando as memórias.



Há mudanças construindo novos caminhos.

Explode nossa palavra em levante audaz.

Um doce acalanto já soprou das montanhas,

brisa suave que despertou as cidades, para que

todos os Cláudios, inconfidenciando sonhos, cantem

dos porões das Minas, na voz clara das manhãs.



Contra a ditadura e o arbítrio se alevantem

palavras poéticas, proféticas, buscando a razão.

Pelo meio ambiente, nossa poesia se agigante

ilumine corações com a coragem guerreira

que não se cala e põe no chão sua luta.

Mensageiros da paz, sua hora já chegou!



Levantemo-nos! Unidos, vamos a paz conquistar.

Na arte da Poesia, somos do Mundo, só podemos

crer e já; a paz não é utopia, ela é possibilidade.

Com a força da palavra, vamos em escolas entrar.

Às crianças e jovens mostrar novos caminhos

pois há de valer a vida, há de chegar a verdade.



A escassez de alimentos que ao mundo assola,
resultado da ganância e da gula insana,
degrada uma humanidade que sacia, na esmola,
a sede de justiça que da poesia emana.

Já raiou nas Minas, de ricas entranhas,
o sol ardente da poesia e da liberdade.



Da Cordilheira Andina, o Condor já alçou voo;
em seu canto anunciou: Alerta, Minas Gerais!
Ecoou em todo o mundo: É preciso salvar a vida
e semear fraternidade e paz entre as nações.

Este Movimento se estende e pretende, como vento,

levar poetas del mundo à diplomacia da poesia.



Vamos, poetas de Minas, juntar-nos ao Movimento,

marchando unidos, o velho, o jovem, a criança,

conduzindo um povo cansado, carente,

a um novo mundo de amor e esperança.

Pela fraternidade, contra a fome, nossas forças

unidas exigindo dignidade e respeito à vida.



Que o trinômio da intolerância, ódio e preconceito
sejam dissipados tanto no tempo, quanto no espaço
para que todas as etnias, credos e nações inteiras
acionem sem medo, quebrando todas as barreiras,

o preceito de pazear até a irmandade mundial!

Unidos, marchemos a serviço da Paz entre todos!



Nós, Poetas Del Mundo, pela Paz e pelo Amor,

pela consciência da dor e do horror,

abracemos com alma e coração esta missão

de falar e lutar, por aqueles que o abandono

fez distantes do aprendizado e da visão

que permite questionar, reivindicar... viver a paz.



Para a construção de um mundo novo

plantemos sementes de paz. Que brote e floresça
a poesia da vida que faz com que o amor permaneça.
Que nunca se abuse de uma criança, nem de um idoso!

À criança – semente – ensinemos o amor;

Com o idoso, aprendamos o fruto da vivência.



Que, jamais, através da arma gere-se a guerra,

a ambição, a dor. Que as letras se instalem
no amar, gerando o ser pelo ser,

na patente consciência do amor ! Que a criança,
instrumento vivo da humana criação, seja
com carinho lapidada e, com palavras, nutrida.



Um passo importante neste andor
é construir a paz cotidianamente.
Momentos decisivos exigem vontade
na defesa da continuação da vida.
Liberdade e responsabilidade maior
devemos ter com a Mãe Terra e sua gente.



Pratiquemos este Manifesto, em poemas e atitudes;

socializemos nossas ações para que todos conheçam.

Que não sejamos eu, nem você; que o coletivo prevaleça!
Que o medo não nos esmoreça, que erros alicercem acertos,

pois há de valer a vida, a verdade e a amizade em Minas Gerais.

Abaixemos a bandeira branca e comecemos a lutar pela paz!!



Das Montanhas de Minas Para o Mundo,

Que Mil Anos Ouçam Nossa Voz,

Pela Paz Mundial e Pelo Amor Universal



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Colaboradores na redação e revisão:



Ana da Cruz

Arahilda Gomes

Bilá Bernardes

Carmen Cristal

Helenice Rocha

Jaak Bosmans

João Drummond

Joker Índio

Terezinha de Lisieux

Marta Reis

Newton Emediato Filho

Olympio Coutinho

Regina Mello

Sílvia Araújo Motta

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