sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Nº 41




"DIVULGANDO POETAS DEL MUNDO"
CADASTREM-SE!
DIVULGANDO - nº 41
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PARA O Haiti – UM CANTO URGENTE

Chora o Haiti seus filhos
soterrados, deserdados,
angustiados, famintos.
Entre escombros Porto Príncipe
Cedeu à fúria da natureza.
Ao abalo sísmico um País inteiro
Sucumbiu e chora de dor,
e tristeza infinita.
Ai de ti que não sente
No peito um coração
Que bate solidário
e atento aos lamentos
de um povo sofrido,
de uma nação indigente.
Estendamos nossa mãos amigas,
e façamos o que pudermos
para aliviar por um segundo
esta dor sem fim,
este sofrimento sem medidas.
Voam minhas palavras, voam,
e se elevem em oração aos céus.
Clamem por piedade
ao Deus das intempéries,
para que o mesmo tremor
que atingiu em cheio
o coração do Haiti,
atinja agora com mais
força o coração da
Humanidade.
Que um gesto de boa vontade
se eleve como um tsunami
de amor e caridade.
Vamos juntos reconstruir
a nação irmã que agoniza,
e que precisa nós.
De nossos pensamentos,
nossas palavras, nossas ações,
nossa solidariedade.
Haiti, Haiti, Haiti
Seu socorro não pode tardar.

João Drummond

Minha Alma e o Mar
Maju Guerra

Andando sem destino,
Em busca de pedaços de mim
Levados pelo vento da nostalgia,
Fui seguindo a canção das águas,
E cheguei à beirada do mar.
Sentada na areia da praia,
Olhos presos na alva espuma,
No calmo vaivém das ondas,
Descobri que minha alma inteirinha
Mora no fundo do mar.
Como sereia, ela serpenteia
Entre escolhos e ervas marinhas.
Camaleônica, ela muda de cor
No meio das algas e dos corais.
Por vezes descansa nas conchas
Como branca pérola a brilhar.
Abriga-se das tempestades
Nas cavernas que encontrar.
De dia, respira o silêncio das nuvens,
De noite, dança na prata do luar.
Maria Julia Guerra.

TERREMOTO E POBREZA

O terremoto surge em repentina

Atividade numa Pátria pobre,

Na capital, que em luto se recobre,

E o povo se lastima da má sina.

Talvez a natureza cabotina,

Ou Deus, no esquecimento de ação nobre,

Tiveram culpa, que este horror redobre

As aflições da América Latina.

O Haiti, de gente humilde e sem dinheiro,

Conclama as atenções do mundo inteiro,

A fim de minorar a desventura...

Morreu com Dona Zilda, sem piedade,

“O sonho a se fazer realidade”

Que o sismo soterrou na sepultura.

soneto 4772 - Jorge Tannuri - 13 de janeiro de 2010.

Tiempo implacable,
Tempo implacável
Tributo Poético às Vítimas das Tragédias de Angra dos Reis e pelo Brasil, na virada do ano.
Tempo, tiempo

El tiempo de no dicer nadia
O tempo de não dizer nada

... de las mares bajas
... das marés baixas

... de los humores del viento
... dos humores do vento


El tiempo de lo fenómeno climático "El Niño"
O tempo do fenômeno climático "El Niño"

... de las tormentas, tornados
... das tormentas, tornados

... de las lluvias, barreras
... das chuvas, barreiras


El tiempo de la búsqueda de la esperanza
O tempo da procura da esperança

... de los hombres, inexorable
... dos homens, inexóravel

... en los gritos de las vítimas
... nos gritos das vítimas


El timpo de los ojos mareados de planto
O tempo dos olhares turvos de chôro

... de las lacrimas del orvallo en la encuesta
... das lagrimas do orvalho na encosta

... en las dolores y desespero de la gente
... nas dores e desespero da gente

El tiempo de la naturaleza, implacable
O tempo da natureza, implacável

... en derrumbre de la tierra y piedra en la isla
... no derrame da terra e pedra na ilha

... y los bomberos, en la dura misión de resgate
... e os bombeiros, na dura missão de resgate

En esto cruel escenario, hay un tiempo, también...
Neste cruel cenário, há um tempo, também...

El tiempo de los marujos
O tempo dos marujos

... de la nau sin capitan
... da nau sem capitão

... a aportar en tierra desconocida
... a aportar em terra estranjeira

El tiempo de nos vuelver
O tempo de nos fazer retornar

... en las entrañas del ser, nuestra esencia
... na profundidade do ser, nossa essência

... en el encuentro de los espíritos
... no encontro dos espíritos

Y, así el tiempo camiña
E, assim o tempo caminha

... por el puerto distante
... pelo porto distante

... en la viaje cosmica
... na viagem cósmica

Seguro, que hay dolores y alegría
Com certeza, que há dores e alegria

... por eso, hay que viver cada momento cómo uno
... por isso, há que se viver cada momento como único

... y mirar la vida, la vida esta toda fluida
... e olhar a vida, vida esta toda fluida.
AjAraújo, o poeta humanista reflete sobre as tragédias na virada do ano, em meio à alegria, de súbito explode a natureza e a tristeza se abate sobre os lares, como em Angra dos Reis e Ilha Grande.

Haiti

Eras o lar dos humildes, sina

Do povo desprovido a sorte

Esperança que a mente destina

Entre filhos do mesmo consorte

A Natureza carrega sem estima

A vida, a desesperança ao corte

Da ilusão na hora vespertina

*

Oh, Deus creio no vosso poder

Onde estás neste momento

Grita a criança que fazer

Com tanta emoção e tormento

A dor não ensina o vencer

Só a lágrima reina lamento

A terra só ensina a correr

*

Da mãe só a lembrança agita

Do pai a força se perdeu

A fome mendiga que desdita

O vento soprando venceu

O Céu assiste a alma aflita

Todo o universo se perdeu

Na mente, no olhar que debita

*

Ajuda, proteção, lar e amigo

Uma mão estendida piedosa

Oferta que sacia do trigo

Na pele uma vida honrosa

Quantos encontram jazigo

Na força maior poderosa

Que venha clemência, abrigo

Sonia Nogueira


A libertação pela leitura

Carlos Lúcio Gontijo

Não existe espírito mais prisioneiro do que aquele que habita a mente de pessoa que jamais lê. A leitura tem o mérito de transformar o ser humano por meio da ampliação de seu conhecimento e, ao mesmo tempo, sensibilizá-lo em relação à necessidade de contribuir, como cidadão, para a construção de uma sociedade em que a convivência entre as pessoas se estabeleça de forma harmoniosa e fraterna, seguindo na prática o amor ao próximo pregado por Jesus Cristo.

Hoje os cientistas comprovam que a área do cérebro ativada ao ler é a mesma que entra em ação quando a pessoa assiste às imagens de um filme. Ou seja, de acordo com os cientistas, a área ativada quando uma pessoa lê e imagina uma cena é a mesma que é acionada quando a imagem está em uma tela de cinema. Contudo a leitura leva a vantagem de fazer com que o indivíduo saia de si mesmo e use a sua própria criatividade para imaginar cenários, colorir paisagens e vestir os personagens da forma que bem entender.

Nada mais sensibilizador do que a leitura de um poema, que tem o dom de conter e frear angústias e sentimentos violentos, proporcionando ao indivíduo o indispensável equilíbrio para viver (e conviver) em comunidade, onde não existe cidadão que tenha nascido para ser ruim ou seguir o caminho do mal e sim cidadão que caiu em erro por não ter encontrado oportunidades e principalmente acesso a uma educação de qualidade, na qual a leitura – mais que hábito – deve ser ministrada para tornar-se um gosto, um prazer.

A grande verdade então é que, da mesma forma que não há sementes ruins e sim o mau cultivador, não existe também o ser humano que nasceu para perpetrar atos contra os seus semelhantes e cometer atitudes avessas aos princípios e normas sociais. E uma das ferramentas mais eficazes de recuperação e transformação da pessoa é a democratização do acesso ao livro, que precisa ser levado pragmática e insistentemente às pessoas, sob a certeza de que o Estado que não educa sua gente termina obrigado a castigar e punir, com os rigores da lei, o cidadão extraviado.

Enfim, caros amigos, a lição que fica em nós após a leitura de cada livro é que não existem amarras nem correntes que consigam prender ou deter o espírito daquele que sempre se dispõe a abrir as janelas de um livro e deixar-se levar pelos horizontes ensolarados do conhecimento e da poesia, que se lhe apresentam iluminando os caminhos de esperança e possibilidades de realização individual e coletiva, ao lado da família, dos amigos e de toda a sociedade, que exige a união de todos para gerar um ambiente de plena liberdade.

Carlos Lúcio Gontijo

Poeta, escritor e jornalista


O Aniversário do Sagrado Menino Jesus

Jania Souza

Sorrisos fartos, abraços solidários
Brilho de luzes multicores
No túnel que são as ruas da vida.

As fachadas dos prédios, das casas, dos bares
Sussurram cantigas em baladas de sinos.

Olhos brilham na sinfonia universal
São anjos sempre invisíveis
Ou disfarçados de homens, mulheres, crianças
Inspirados na emoção maior da fraternidade.

O ar com seu jeito mágico de Natal
Flui o nome maior da cristandade
E revela que há possibilidade na terra
Para o amor e a paz.

Portas abrem-se à luz!

Em seu humilde berço
O sagrado Menino
Estende seus braços
E colhe as dores debulhadas nas estradas.

Transforma com seu toque terno
As lágrimas de mágoas
Em sementes de esperança
Abençoadas com as pétalas do amanhã.

O parabéns repete-se constante, firme
Na voz de anjos de qualquer origem
Com a certeza da durabilidade
Do amor extraído do Ser precioso
Que é o Sagrado Menino.
Jania Souza

O Renascimento do Haiti

“São das velhas sementes que se constroem o novo jardim”

Haiti, uma terra marcada pelo inicio com a escravidão,

Pelo passado pouco distante pela guerra e a violação,

Hoje marcada pela natureza com sua força de destruição.

Amanhã, será renascimento, com amor e construção.

Nos trilhos da vida o homem passa por varias estações, sendo estas necessárias as suas conquistas, liberdade e amadurecimento. É sua eterna caminhada.

O movimento rochoso nos recônditos na Terra, ação prática da natureza, vem nivelar todos os seres de um lugar.

Agora se misturam pobres e ricos, ignorantes e sábios, comandantes e comandados, política da esquerda com a da direita, velhos e moços, religiosos e ateus, homens e mulheres, fortes e fracos, amigos e inimigos, negros e brancos, orgulhosos e humildes, ociosos e trabalhadores, algozes e vítimas, patrões e empregados, doadores e egoístas, enfim, toda dualidade perde o que é efêmero, somente permanece o resultado da obra de cada um.

Enquanto o mundo garimpa as vitimas e a solidariedade, caridade e a compaixão se fazem presentes, aqueles que ficam tem o dever de reconstruir uma nação, porem, que esta seja mais sólida na sua essência que deverá ser a PAZ sem distinção.

Que os irmãos maiores deste globo cumpram com sua parcela de bondade, auxiliando com a matéria e o conhecimento. Ajudem a fazer deste lar de sofrimento um lugar novo onde a prosperidade seja dinâmica e produtiva.

Ensina a este povo a retirar do seu trabalho o seu crescimento, a esmola é bem vinda porem rapidamente se escoa e se perde no tempo.

Ao povo, quando enterrar seus mortos, enterrem também o passado negativo para manter somente suas qualidades e novas perspectivas de uma vida melhor.

Lembrem-se daquelas pessoas obstinadas no bem e na caridade que deixaram suas vidas em solo Haitiano. Eram muitas, e merecem toda a gratidão.

A dor. Esta que chega a todos mostrando o quanto o ser humano é frágil e o que realmente tem valor nesta vida. Ela vem no silêncio, às vezes mansa, outras vezes feroz mostrando todo seu poder, ela é ruim aos nossos olhos, mas também é uma benção que nos acorda das ilusões mostrando o caminho reto e bom (falta-nos apenas compreensão para com ela).

A dor detona o sentimento de amor e solidariedade no coração alheio, mexe com as emoções e desta forma o mundo se abranda e uma ânsia de melhora se faz presente, é o oposto da violência que gera a discórdia e o sentimento de vingança.

A história tem demonstrado que muito dos paises que sofreram catástrofes ou destruição bélica, se reergueram e se tornaram melhores do que antes do acontecido (tudo graças à força de vontade e ação de seu povo).

O Haiti é o cômodo do momento desta grande casa que requer atenção e reforma, não podendo esquecer que existem outros Haitis precisando de ajuda e atenção.

A cada moeda que se coloca no progresso dos nossos irmãos necessitados, com certeza esta terá o melhor dividendo no futuro, ou seja, a gratidão de se ter dado um passo além de nós mesmos.

Qual o maior escopo da vida senão a felicidade.

Que cada um contribua com sua cota para construção desta.

Fica o agradecimento a todos os heróis desta empreitada que de alguma forma contribuíram, contribuem e contribuirão para reconstrução deste lar Haitiano.

Sergio Antonio Meneghetti 18/01/2010


Chispas de Fogo
Escuras circunstâncias elevam os tons,
Agitam as clássicas cores do horizonte e
Derramam sobre a superfície da natureza
A avalancha de escombros, a sempiterna voz
Das muitas que conheceram as cidades antigas,
Até a desesperada chegada da majestosa provisão.
Esta é a metáfora do cenário político,
Vestido de roupas e coberto de donativos,
Presente ainda a preciosa e bíblica água,
Não aquela jorrada da penha, vinda dos confins,
Senão a trazida quente para a refrega das ruas,
Em seus becos e valões de corpos insepultos.
O punhal brandido às costas do irmão,
Expõe o horror da luta: meu pirão primeiro!
Quem, insano ou desavisado, desafiará a lei?
A indiscutível manifestação da força da carne
Faz remeter à sepultura quem não vale mais,
Porque carrega, na empunhadura, o sinal de sangue.
Qual bandeira lavará o chão das imundícias,
Assinará a paz e soerguerá o canto caribenho?
Há indícios de que se pode dar as mãos,
Mas o melhor estatuto reclama um vencedor,
Figura e fundo de um Moisés moderno,
Riscando o espaço com chispas de fogo!
Daladier Carlos
Embalada pelo Grito da Terra

Conhecer lá em S Paulo,que alegria

O secretário-mór José Faria
E lendo-o na exposição de agora
Deixo meu recado sem demora:
Se não fui ao encontro amigo
Sofro no instante,ao abrigo
da dor,ânsia incontida
Daquela paz necessariamente sentida
Ao lado de todos abrindo ferida
Porque o tempo a manterá rediviva
Até que outro encontro aconteça
E me manterá bem viva!
Arahilda Gomes Alves

A introdução do Hino

Certamente, nunca se ouviu dizer, que a introdução traz uma letra, ou,quando muito,ela vem apenas vocalizada. No dicionário de música, significa pequeno trecho, que antecede a qualquer composição do gênero clássico. No início de uma ópera, denomina-se: abertura, ou ouverture (em francês); protofonia, prólogo. Na literatura, pequeno trecho, que se antepõe à exposição de um assunto; é a parte inicial, antes de se expor um argumento. Três e-mails me chegaram sobre o tema acima, oriundos dos Poetas Del Mundo, da amiga portuguesa Margarida de Castro e da colega Sandra Mara Carvalho para que a ex-professora de Conservatório opinasse.A competente mestra de português Iraides Madeira também teceu comentários sobre essa descoberta.

A simpática santista Ana Arcanjo, membro da Cruz Vermelha em 1932 e que se apresenta no vídeo, nos seus mais de noventa anos,creio, admoesta sobre esquecimento dessa cívica introdução do nosso Hino Nacional. Veio de Pindamonhangaba através de Américo de Moura, presidente da província do Rio de Janeiro, de 1879 a 1880 a patriótica letra “incorporada ao Hino, em 1931 por resolução do Congresso”, (ver Wikipédia) que antecede o poema de Duque Estrada. Tente cantar, prosodicamente, sem desanimar, porque não deixa de ser aplicado exercício de articulação vocal, quanto respiratório e cívico: “Espera o Brasil/ Que todos cumprais/ Com vosso dever-er/ Eia avante, brasileiros/ Sempre avante/ Gravai o buril/ Nos pátrios anais/ Do vosso poder-er/ Eia avante, brasileiros/ Sempre avante! / Servi o Brasil/ Sem esmorecer/ Com ânimo audaz/ Cumpri o dever/ Na guerra e na paz/À sombra da lei/A brisa gentil/O lábaro erguei/Do bravo Brasil-il/Eia sus,oh,sus!”Ao escrever a letra, puxei as sílabas finais das palavras acima-dever e Brasil-,porque a grafia musical, nos dois fraseados,traz sentido completo como se fora o ponto final no encaixe prosódico. Se pararem pra pesquisar, verão o mesmo efeito no Hino da Independência (Ver contente, a mãe genti-il... no horizonte do-o Brasil-il;) e no estribilho: longe vá-a temor servi-il). Nosso Hino Nacional traz muitas apoggiaturas (enfeites) que “esticam” as palavras: Gigante pela própria nature-e-za/Es belo, és forte, impávido colo-os-so! Acontece na segunda parte no encaixe das palavras: fo-or-te; lu-u-ta; As cacofonias são inevitáveis, se não se fizer a elisão em nessigualdade; vejam o que se canta: dessáigualdade,( Ai, como dói o ouvido!) por mais que nosso Duque Estrada cuidasse do encaminhamento paralelo da sua letra à música, que chegou bem antes, quando da coroação de Pedro IIo_ com pomposo nome de Marcha Triunfal.

Se Ana Arcanjo, indignada, cobra o canto da Introdução, além de mostrar, que brasileiro só lembra a primeira ignorando a obrigação das duas partes do poema ao ser cantado e na execução orquestrada, a música não se repete e não se canta, porque em tonalidades diferentes, segundo decreto, complicaria mais ainda atribuir à Introdução uma letra como a do autor Américo de Moura, nos arroubos de seu entusiasmo cívico. A meu ver, o próprio nome dá sentido de pequeno trecho orquestrado, que “incita” o desenvolvimento musical a seguir. Muito rebato o fato de se executar a Introdução, quando se volta ao canto da segunda parte, porque, logicamente, o canto seqüencial já a dispensa trazendo sentido de quem já entrou e não precisa sair pra tornar a entrar... Geralmente, interpretam que se deva fazê-lo, porque o decreto obriga, que se faça na integra, a sua execução, (o que entendo ser, apenas, a letra!) no que vai aí minha discordância. Questão de interpretação... Quanto aos vícios de linguagem e de entonação, nem sempre tivemos, nas escolas, professores especializados de Canto Coral. Projeto de Villa Lobos, na era Vargas, incentivou a criação de orfeões, nas escolas brasileiras. Naquela época, a Escola de Canto Orfeônico da Praia Vermelha, no Rio, criada por Villa, formava professores de música e, portanto, tinham noções profundas da pedagogia musical. Tempos depois, o governo não mais abriu vagas a especialistas nas salas de aula. Extinguiu-se por longo tempo, a aprendizagem do orfeão, nas Escolas públicas. Arquivou-se a didática motivante, como análise e ordem direta de nossos hinos pátrios para devida compreensão, sinônimos, rítmica, histórico, provocando entusiasmo e compreensão, porque não se pode apreciar o que não se conhece. E nem despertar a sensibilidade!

**************************************** Arahilda Gomes Alves

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