terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Nº 43




DIVULGANDO POETAS DEL MUNDO"
http://delasnievedaspetdivulgapoetasdelmundo.blogspot.com/
CADASTREM-SE!


DIVULGANDO - nº 43
LEIAM!!
Manifesto Universal dos Poetas Del Mundo

***
Mandem seus poemas/escritos para o email da owner:
brppoetasdelmundobrasil@gmail.com
NÃO ESQUEÇA DE COLOCAR O LINK DE TUA PÁGINA EM POETAS DEL MUNDO




Uma voz oca que canta
Sem vida, sem nexo, sem som.
Um corpo sem vida dentro
Perambula na guisa da incerteza

Na arvore carrancuda,
Um pássaro sem voo
Parece me dizer:
Meu vôo se foi e me deixou

O homem perdeu os gestos
Apenas um olhar oco,
Pregado no horizonte
Desesperança passiva

Ha no ar uma mistura de murmurios e soluços
Um desespero crescente esmagando o coração
A poesia definha um sonho
Por entre os escombros espúrios da inercia
Como se desfolhasse um mal-me-quer ( José Mattos )



Forma-se a imagem
Esperei-te em vão...
Amargo silêncio
Corpo curvado
Taça escondida
Rosa murchando
Lágrimas caem
Desespero...
Gotas de despedida
Caem da taça
Estilhaços de amor
Vazio da alma. ( Kedma O'liver )



CELESTES

Te dar a mão
e conhecer
princípios
essenciais
do prazer.
Com tua mão
percorrer
caminhas
não percorridos
até então.
Fadas, ninfas,
os elementais
são despertados
do fundo
da alma
do mundo
e de mim.
sim,
eu sou estrela,
eu sou um sol,
eu sou celeste.
Sente!
E tu, tu és
a Terra inteira,
com a vida papável
que me deste:
em rotações se revelando
e me entregando
tuas tantas faces,
sensualmente. ( Ma Cristina de Azeredo )



Às vezes, nem que seja por um pequeno momento,
o recolhimento é necessário para que possamos
encontrar em nosso próprio refúgio
sob o silêncio mais profundo do âmago,
a luz que nos orienta e fortalece, enxergando assim,
todos os males que nos oprime o coração.
É sob a sublimidade deste momento que exorcizamos
todos os sentimentos maléficos que nos aflige e impede
que vivamos felizes e em paz conosco mesmo...
( Marta Rodriguez
)




ASSIM ÉS, PRÁ MIM.


Olhos, grandes brilhantes,
rosto redondo, pequeno.
Sorriso, lindo vibrante.
Porte de dama , elegante.

Mãos,lisas e brancas,
dedos pequenos, delicados,
pele suave, macia,
gestos leves, estudados.

Cabelos, loiros, castanhos,
aí ,cabe uma interrogação.
Mulher quando quer,
faz de tudo, por, uma inovação.

O corpo cheinho, pequeno,
com pernas bem torneadas,
à mim agrada por inteiro,
não a troco por nada. -(Roldão Aires)




ESPERA

Encosta a testa na vidraça
E procura em vão o seu amado
Busca na rua, perscruta na praça
E não encontra seu andar apressado

Aquele andar que lhe devolve a alegria
Aquele cheiro que lhe incendeia o coração
Aquele olhar que lhe inunda de magia
Aquela boca que lhe arrepia de tesão

A testa no vidro, já vermelha
O olhar longe, molhado
O barulho da chuva na telha
Dia triste, acinzentado

Domingo que desfaz sua ilusão
Anuncia uma segunda desesperada
Somente lágrimas no chão
E aquela triste janela embaçada (Sigmar Montemor )



Um tal de sei lá o quê

um tal de cantar a vida,
amanheço, dei pra isso.
Anoiteço, mesmo vício
ou, que fazer sem saída.
Volta e meia , uma cantiga
marca passo, bem antiga.
Um tal de viver à sorte
um tal de sei lá o quê
é assim daqui pra frente
sem a rota dos porquês.
Um presente do presente,
que adiante, com a morte,
vim fadada a compromisso. (Elane Tomich )




Leiam no blog LETRAS&LEITURAS
(
http://letras-leituras.blogspot.com/) :

- AMERICANTO AMAR AMÉRICA :
lançamento no mês do aniversário do Recife

- Projeto resgata história do jornal MOVIMENTO

- ATLÂNTIDA, de Dóris Gibson

- O RECIFE VIVERÁ

- A questão cultural da Zona da Mata (Juareiz Correya)




HAUTE-COUTURE
lílian maial


não faço anos
desenho distâncias
alinhavo saudades
chuleio lembranças
e me visto de risos
no fundo
fendas


O AMOR É SUPLÍCIO

O amor é suplício
Quando vemos passar
O ser amado frajola
Fica o coração a balançar

O amor é suplício
Quando o procuramos
Insanamente em vários corpos
Mas é só a um que queremos

O amor é suplício
Quando vemos um corpo jovem
E o nosso já gasto lamenta
O tempo que perdemos
Quando o nosso envelhecia

O amor é suplício
Quando a poesia vai embora
Quando a mente adoece
E quando a mente padece
As dores d’alma... (Mário Feijó )



ENSAIO DE VICENTE DE PERCIA - "LEGADOS CONTEMPORÂNEOS"

Legados Comtemporâneos
"........Raro o texto critico,atual,que não aborda o termo comtemporâneo.A década de 90 foi promissora na busca de mapear produções artísticas que se encaixassem nesse significado,ora através de curadorias,ora em pesquisas e eventos.
A proximidade com o novo século impulsionou tendências e buscas de legitimar- estava sacramentado o corporativismo da produção contemporânea:as galerias,centros culturais,atelieres,marchand e o ensino das artes em geral se apropriaram de um clichê que preconizava supostos exercícios libertos de uma lógica ou estética conciliadora,enfim um policiamento surgiu para a criação artística - O resultado teve forte carga de improvisação, atraiu artistas com estilo formado,que de imediato se enveredaram para a experimentação.
O risco do dejá vu,os lançaram nas avalanches das Instalações,do conceitual e do subjetivismo.Criava-se um texto para justificar a obra.
A gravura,desenho,pintura representavam um retrocesso.Explodiam as plotagens,objetos e o tridimensional num exercício por vezes suicida - a tarefa artística aprimorada pela continuidade e domínio dos meios matérias e instrumentais foi substituída pelo praticismo tecnológico.Em uma mostra, o catálogo era mais imponente que a obra.Evidentemente,não se pode desprezar a violência e o caos que atinge a humanidade,tão pouco a arte é imune,mais no contexto:o compromisso com a reflexão foi descartada em nome da CONTEMPORANEIDADE ........."
-------VICENTE DE PERCIA , Revista Mecenas, Buenos Aires,Argentina. Hoy en todas partes se inpugnam, dijimos las ideas fundamentales de arte. Ojos proprios y mente crítica, es importante. Vale


Minhas travessuras



Eu, feito menino

Vou brincando

Com minhas artimanhas


Se querer parar.



Sou menino rebelde.
Dou gargalhadas
De minhas travessuras.
As vezes deixo pessoas horrorizadas.
Só faço coisas boas para alegrar os que estão carentes, tristes, necessitando de algo a mais...

Sou menino travesso
Que atravesso
E permaneço no mesmo lado...
Vou ao outro lado para cometer travessuras.


Não fico quieto,
Me inquieto diante tanta arte...
Contesto.
Sou o arquiteto


Que detesto

A pequenez,
Por isso sou a própria travessura.
(Raimundo Bertuleza (Poty)




Lágrimas



As lágrimas que escorrem no meu rosto,
são de emoções vividas,
de pura dor,
lágrimas de um coração,
que é somente "Amor."

Lágrimas que sempre vertem,

pelos sofrimentos alheios.
Das injustiças, das misérias,
das discórdias, das invejas,
dos descasos, da morte de inocentes.


Lágrimas que jorram de uma alma cansada.
Cansada de ver tanto sofrimento.
Cansada de ver triunfar a traição
Cansada pela sua própria tristeza.

Lágrimas que jamais secarão.

enquanto houver dor em meu coração.( Grace Fares )






Diz-me agora!

O que presencio.
O vazio inesperado.

Sonho no repente despertado.

É agora silêncio.


Alma pede paz.

Para tudo que se faz.

Neste vazio espaço.

Determina! E eu faço.


Dos desejos em quase prece

A minha mente a oferece.

Alma, que acalma.

Que faz a ressalva

Cobra a amizade
E um amor de verdade.( Élio Cândido )







ELE PINTA A VIDA





O pintor, poeta e pescador amador

tem uma trajetória
com suas artes faz história


usa todas as cores que embelezam

grandes e pequenas telas
lindas aquarelas.


Com o azul ele faz o céu
com o branco clareia a mente
com as cores frias tranqüiliza os dias


usa também as cores quentes

ilustrando o amor presente.



Faz uma combinação de cores

amando seus amores

desenha o dia e a noite

também o romântico luar

mostrando a beleza e a tranqüilidade

de cada lugar.





Quantas paisagens

palcos de lindos cenários

revelam o que está na mente

e assim poetando e pescando com alegria

ele segue pintando a vida

sem esquecer a poesia!

ma dedicado ao amigo Edson Rodrigues ( Maria Loussa )









Pouso noturno



A noite é uma fornalha,

O sangue fervilha em busca do mar,

Que me chama em movimentos

Universais de flores, rochas e ventania.

Quem não me quer?

Quem não ouve meus reclamos?

Quem me deixa sozinho à beira da estrada?


Meus passos travam pesados como planetas,

Circulam em universos sem deixar lágrimas borbulharem

na luz cósmica transformada em semente de alegria.


Tropeçar faz animar as nuvens em seu vôo,

As águas ficam mais puras e ensaguinoladas

Repletas de gritos de êxtase sufocados.


As estrelas pululam nas entranhas da floresta,

Vagalumes festejam o breu da existência

Cheia de cantos, desencantos e encantos.


A noite chamusca a dor do abandono,

Da descrença e das sementes murchas

Em crianças vendidas em bordéis na esplanada.


O sangue precisa navegar,

Voar alto,

Ser gaivota

Pousando na areia.( Pedro César Batista )





Divago


Poesia que me força e vem,
Queima sem me distrair
Poesia à minha destra nesta hora zen
Mesmo quando sobrevêm medito neste seu fluir.


Relativa versa a nossa lida
Bela e descontraída da parte que me faz tão bem,
Prosa, rogo e canto...
Assim não me desencanto


Sem a poesia eu não sou ninguém.


Divago entre a solidez
E a brandura lingüística mera... O português,
Quem me dera fosse hoje o dia

Em que viver você poesia

Sobreponha toda quimera


E vivesse este dia somente para me dar prazer.(Cesar Moura )





Quem salvará a democracia?


Carlos Lúcio Gontijo




Observamos com muita preocupação a dificuldade de acesso da população brasileira a uma saúde pública de qualidade. Nada mais aflitivo e deprimente para os cidadãos integrantes das camadas mais pobres que a não obtenção de atendimento médico na hora em que enfrentam problemas de saúde, pois é o vigor físico-orgânico a única coisa de que dispõem para enfrentar a luta pela vida. Afinal, os trabalhadores mal remunerados não ostentam poder aquisitivo para contratar seguridade alguma, a não ser os serviços públicos gratuitos que lhe são (ou deveriam ser) oferecidos pelo governo.


Indubitavelmente, não existe lição maior de desapreço pela vida do que a experiência de assistir a pai, mãe, filho ou amigo perder a vida por absoluta falta de atendimento médico. Há um vazio de sensibilidade cristã na gestão pública brasileira, onde o administrador legalmente constituído se recusa a exercer sua atividade com esmero, probidade e profundo sentimento coletivo.


Acreditávamos que o presidente Lula, originário das classes desprivilegiadas do estrato social e que passou pelo dissabor de perder a primeira esposa em trabalho de parto, segundo ele por aparente intervenção médica distante dos cuidados terapêuticos exigidos, fosse tomar a saúde como um dos pilares de sua passagem pela Presidência do Brasil. Todavia, essa expectativa não se confirmou e a saúde pública permanece enferma, padecendo de todos os males do desleixo e da indiferença em relação ao sofrimento dos que só contam com a mão do Estado na hora da doença.


A população brasileira se encontra insatisfeita com o tamanho do descaso explícito no tocante à administração pública e não é à toa, pois a velha desculpa da falta de recursos não mais cabe, uma vez que os escândalos de corrupção e casos de propina espocam país afora, numa eterna noite de São João, em que acontece a famosa dança das quadrilhas. Calculam os analistas econômicos que a malversação de verbas públicas e contratos superfaturados surrupiam dos cofres nacionais cerca de 200 bilhões de reais/ano.


A triste realidade é que nossas autoridades andam confundindo democracia com total permissividade, onde é proibido proibir e o que se leva em conta é a liberdade individual, ainda que à custa da morte ou aniquilamento de todo e qualquer interesse coletivo. E em ambiente assim esboçado, a violência encontrou o nicho perfeito para a sua eclosão hoje refletida em todos os índices estatísticos e coletas de dados: 45 mil assassinatos e 20 mil mortos nas estradas todos os anos. Ou seja, vivemos uma verdadeira guerra travada sob os símbolos da paz, do carnaval, da religiosidade e da decantada glória da convivência miscigenada.


A completa falta de mobilização da sociedade brasileira, a inércia dos governantes e o generalizado medo paralisante diante de agressores e malfeitores confessos (e impunes), que decretaram a pena de morte para os cordeiros que aceitam a imolação iminente feito gado conduzido ao corte, sentenciam o fim da chamada sociedade ordeira – que pela ordem não luta e se nos apresenta incapaz de salvar os ideais de democracia e liberdade assentados em deveres e não apenas em direitos.(Carlos Lúcio Gontijo)






Viver
Vânia Moreira Diniz


Olhando a tarde que cai lentamente imagino dias passados outrora na infância de minha vida, quando ainda não tinha experimentado nem a desilusão que desgasta, nem as emoções e sensações que enriquecem o espírito e acalmam o corpo.


Recordo-me dos brinquedos ao redor do parque, as cantigas de roda, o olhar experiente dos pais, o colégio com nossos gritos infantis em que encontrávamos a doçura de horas encantadas e a agrura de momentos incompreendidos.


Muitas vezes nessas horas de solidão em que a nostalgia se faz presente e enfrenta e briga e se impõe pelo simples fato de constituir o maior traço do ser humano em sua essência verdadeira, não conseguimos sobrepujar jamais a consciência de impotência que nos alucina nas horas de sofrimento e dor.


Senti nostalgia sempre nos momentos mais contraditórios. E continuo. E é nessas horas que a presença de Deus se impõe mesmo que não acreditemos em nada.


Como poderíamos negar um ente superior quando contemplamos a natureza, o horizonte sem fim, as árvores seguindo sua escalada de crescimento ininterrupto, as flores graciosas e lindas, o som de uma música que consegue trazer-nos percepções as mais desencontradas de ternura à escalada íngreme de lágrimas e sorrisos?


E quando vemos uma criança nascer? Um homem poderia realizar isso? Mesmo que seja o detentor do espermatozóide e do óvulo que concretizará esse espetacular ser biológico?


Essa criança perfeita que sofre ao chegar ao mundo no momento exato em que o oxigênio imprime a presença em seus pulmões poderia ser realizada sem o supremo toque de um ser que está acima de todos nós?


O prazer, suprema conquista do ser humano em cujos liames a vida gira e ronda e se realiza , chorando e gritando e gemendo em seu estertor o mais potente e o mais sonhado será um mero acaso de química envolvendo a complexidade de todos nós?


Nada disso nos traz a certeza baseada em fatos, mas nos alucina justamente pelo mágico incompreensível que cerca o festival de imaginação e loucura que constituiu toda a nossa vida e os acontecimentos que envolveram de forma deslumbrante pedaços importantes de nossa vida mesmo que ao redor dela tenha interceptado sofrimentos hostis.


Amamos a vida justamente por isso. Pela disparidade das cenas incomuns, pelos sentimentos que nos levam a mundos desconhecidos e trazem aquele amor ao lúdico em toda a sua essência.


Amamos a vida pela incoerência de seus acontecimentos e pela falta completa de uniformidade numa direção pré estabelecida.


Quem conheceu e sabe definir regras para as coisas mais sugestivas da vida? Um grande amor, o deleite de um momento especial ou o encanto de realizar algo em cujo alicerce o nosso ego se realiza?


A grandiosidade de grandes momentos se realiza justamente nesse mister diário de procurar sempre a felicidade seja por intermédio do prazer ou da realização e até na própria dor desde que exista em seu conteúdo raízes de antepassados que carregaram uma dose de masoquismo incabido.


Viver! É tudo que aprendemos a amar quando nos primeiros anos de nossa vida acompanhamos passo a passo o desenrolar lento de tantos acontecimentos incompreendidos. E é vivendo e por essa razão que amamos, odiamos, choramos, sofremos, realizamos ou sorrimos e borbulhamos de alegrias transbordantes. Viver! Realmente é tudo que sabemos.(Vânia Moreira Diniz)



ra comunicar que em parceria com a gráfica Multipress e a editora Oportuno, eu e mais dois amigos criamos um selo editorial para atender autores que pretendem publicar seus escritos de forma independente e em pequenas tiragens.
Trabalharemos com edições apartir de 25 exemplares.
Se for interessante para a lista, por favor, divulgue esse serviço.( Danton Medrado )
http://www.edicoesalternativas.com/
editor@edicoesalternativas.com







Algum Lugar






As palmas das mãos umedecidas


Denunciam em silêncio o medo,


Contraído entre sombras e ruídos,


Após o personagem se despedir e


As últimas vozes desaparecerem


No silêncio desejado dos abandonos.





O dia seguinte promete um almanaque


De figuras soltas, saltitantes sobre a mesa,


Quando somos comensais corporativos,


Imaginando vitórias em campanhas,


Na multidão de mídias ampliadas,


Porque é necessário ganhar opiniões.





Não sei se sou amigo ou perdulário


Das somas de ilusões que carreguei,


Passando a sustentar-me nas aparências,


Aquelas emoções tão transitórias,


As mesmas que de resto não me alegravam,


Antes moiam-me os restos de esperanças.





Agora, estou descoberto nas minhas cenas,


Sem recursos, embora sem receios,


Para apostar nas idéias descartadas,


As que ninguém quer apresentar,


Porque valor nenhum em mim se compromete


A achar a infinita poesia que está em algum lugar.


( Daladier Carlos )














Versos Mínimos

Meus versos são mínimos,

O coração, porém, jamais se farta

Do quanto a boca não deve revelar,

Senão a marca sutil do olhar ameno,

No quase desdém à velha razão,

Este monumento de água e cal.


Versos mínimos ferem um bocado,

No exato instante de fazer chorar e

Prender o sorriso, sem demora,

Para colocá-lo atrás dos dentes

Fortemente fixados para moer

O sacrifício de desejos inconfessados.


Nos gestos mínimos apresento sinais,

Rompantes de cuidados delicados,

Em tramas atrevidas de palavras,

Talvez uma corriqueira e frágil narrativa,

Coisa pronta, disposta a encantar demandas e

Trazer ao mundo o poema anunciado.


As tolerâncias, parecem, serão mínimas,

Caso não se atenda logo ao chamado

Das sequências redundantes de aparências,

Algo , assim, próximo à idéia de acaso,

Quando o tempo perdido, perdeu-se, finalmente,

Enquanto a mão se ergue e a voz proclama: basta!

( Daladier Carlos )






HAITI... E AQUI?


Nelson Vieira*


Passados alguns dias do abalo sísmico no Haiti, que todos sabemos provocou um mar de tristeza naquele país e, hoje o mundo presta auxílio emergencial e deverá promover sua reconstrução paulatinamente, isto é, devagar e sempre.


Para tanto, para lá, várias nações estão encaminhando homens com especialidades voltadas para pronto atendimento às pessoas que necessitam de amparo, aparelhos e doando valores pecuniários, para num primeiro momento fazer frente às necessidades básicas. Lógico que, não é uma tarefa fácil, muito pelo contrário, é árdua. A começar por restabelecer a ordem que, estava maculada, bem antes da ocorrência do terremoto. Uns dos motivos da ida de militares brasileiros para o Haiti, tempos atrás.


Claro que, o Haiti merece toda a ajuda possível, uma vez que, pouco restou em condições de servir a população sobrevivente, a considerar as privações referentes: a água, gêneros alimentícios, vestuário, abrigos, deficiência de energia elétrica e por aí vai. Sim, providências estão sendo tomadas para sanar a situação reinante em parte da ilha, que vai perdurar por algum tempo. E, por aqui como está? Também temos o nosso “Haiti”.


Sem qualquer dúvida, temos problemas para serem resolvidos e outros para serem minimizados, que são os crônicos, tais como os relativos à educação, segurança, emprego, habitação, invasões de propriedades rurais, urbanas, corrupção, impunidade e etc. e tal, do conhecimento de todos de cor e salteado. Mas, o que é preciso? Vontade, dar um basta às iniqüidades, com firmeza e energia.


Não é necessário invencionices, pois que na simplicidade está o cerne para execuções de ações positivas em favor da população. Não precisamos de mais leis, não. O que falta é vergonha na cara e não nos iludirmos.


Mazelas não é privilégio do Haiti, o que dizer das enchentes, deslizamentos, quedas de barreiras, de pontes, estiagens, frio no verão, calor no inverno, uma constante no cenário brasileiro. Agora mesmo, Roraima está atravessando uma situação critica devido à estiagem e falta de energia elétrica, acarretando prejuízos de monta para os quatorze municípios entre os quinze que integram o Estado, ai incluso a capital. A estiagem está relacionada a fatores climáticos, mas a interrupção de energia é porque a mesma é gerada na Venezuela, e esse país vem tendo crise de energia, entre outros problemas. E, daí, os povos atingidos por esses transtornos estão sendo tratados com dignidade e recebendo as proteções que merecem? Sabe-se lá, tomara que sim.


Noutro dia o noticiário televisivo mostrou as imagens alusivas ao instante que uma mulher dava a luz, num banheiro de hospital, sem assistência de pessoal abalizado, uma vergonha. E, isso é o mínimo do quantitativo de pessoas que são mal atendidas e, ocorrem todos os dias no nosso país.


E, ainda querem criar a bolsa Haiti. Temos em mente que a colaboração e cooperação são justas quando fazemos o que está no nosso alcance, porém, passado o período critico, com a poeira baixada, tem-se que “olhar para dentro de casa” e ver o que possuímos nossos recursos e as nossas prioridades, que são muitas. Não é preciso ir longe para sabermos as agruras existentes e ausência de iniciativas e ou morosidade para saná-las.


Não adianta querer cobrir um corpanzil, com um cobertor curto, sempre alguma parte ficará a descoberto. Nós não podemos fugir da nossa realidade e querer tapar o sol com a peneira. A nossa economia vem mantendo nível satisfatório de caixa, mas a nação precisa dar um retorno positivo para o povo ordeiro, paciente e trabalhador deste país, que clama por respeitabilidade, e vem fazendo a sua parte.


Não esqueçam que temos um “Haiti”, por aqui, com ressalvas. Além do que, primeiro temos de fazer o dever de “casa”. (Nelson Vieira)










PAZ



é observar a massa do pão a levedar

cozer e servir a refeição matinal


num cesto de palha trançada



sobre folhas...ou toalha alvejada



PAZ



é agradecer a água do poço ou usina



a pasta de dentes que a recomenda



e vestir a camisa rendada



de tanto serzido e emendas



PAZ



é ceder lugar na fila de espera



ao que vive em guarda do "tempo"



e...do assentamento



PAZ



é cuidar de "meninos"



em seus poderes menores



e direitos a descobertas maiores



PAZ



é convite a associação de gregários



sem"castrar...criticar"a liberdade dos grupos



ainda em e-feitos de rebeldia sarada...



PAZ



definitiva é saber...e usar



a nossa energia vital implícita



em mil olhos / sensores



aquém da vista...



PAZ



é estar em guarda na...C´ alma



no gesto...obra ou silencio



em intenção de busca da..



PAZ...



é tomar o café ao gosto café...ao gosto café...ao gosto



de mais um dia a favor...a favor...a favor...



da noite...apenas pano de fundo ao silencio





***



inquietação é saber-se ao saber...saber...saber



o que antecede...antecede...antecede



num desejar...desejar...desejar...o futuro



... em risco...a ética...



...num imediatismo...o porvir...



PAZ



é...o agradecer ao dom da vida



e cada dia válido da nossa história...



no já no aqui...no agora...(helenarmond










CATANDO GABIROBAS



NEUZA MARIA SPINOLA (POETAMINAS)






Nasci no interior de S.Paulo, e toda a minha infância vivi numa pequena cidade, na divisa com o Paraná, chamada Paraguaçu Paulista. Tínhamos muito pouca diversão e para ajudar mais, meu pai era super severo. Não me deixava sair do portão, sozinha.



Nossa infância foi difícil, meu pai lutava muito para sobreviver e criar os 5 filhos que vieram com diferença de 2 anos cada um, menos eu, a mais velha, e meu irmão mais novo, cuja diferença foi de 1 ano e dois meses.



Apesar de sermos muito tolhidos e vigiados, meu pai adorava fazer coisas que as pessoas da roça gostam de fazer, como criar galinhas, criar galos de briga (sua paixão), criar coelhos, criar pelo menos um ou dois porcos no fundo do quintal, e assim tínhamos carne e gordura pelo ano todo. Não havia geladeira, e tudo era conservado salgado, dentro da própria gordura do animal.



Havia uma outra coisa, que todos os anos fazíamos. No período da gabiroba, íamos, os cinco filhos e meu pai para o mato, em alguma tarde, catar a frutinha nos pés.



Era uma delícia! Havia umas grandes, bem maiores que a uva Itália, talvez o dobro do tamanho e eram deliciosas, docinhas. Comíamos diretamente do pé, pois não havia agrotóxicos nem poluição.



Ao sairmos, havia um ritual. Primeiro colocávamos botas, camisas de mangas compridas para não arranhar os braços, e alho nos bolsos das calças,para afastar as cobras.



Chegamos, algumas vezes a encontrar algumas, mas com o cheiro que exalava de longe, do alho nos bolsos, elas fugiam rapidinho.



Meu pai ainda brincava. "Alho espanta até o capeta" rsrssr - e a gente achava ótimas estas citações dele.



Apesar dele ser muito severo, quando começava a fazer gozação e brincadeiras, não havia quem agüentasse. Era muita risada. Chegávamos a chorar de rir.



Bom, voltando à catação de gabirobas, numa tarde daquelas de safra, pegamos o Gordini azul que tínhamos, e a criançada se juntou nele, menos minha mãe que não gostava, e fomos ao nosso passeio anual.



Lá chegando, catamos muita gabiroba. Levávamos sacolas de pano que minha mãe costurava para nós, uma para cada um, presas à cintura, e todos mato a dentro, sempre perto do meu pai, para não nos perdermos.



Éramos obedientes, e ai de nós se não fôssemos. Chegávamos em casa, tinha uma surra, podíamos esperar.



Ficamos por lá umas três horas. Saímos logo depois do almoço e voltamos por volta das 16horas, pois papai ainda tinha que dar aulas no período noturno e neste dia, ele tinha esta folga à tarde.



Ao chegarmos, meu pai deu falta dos óculos. Ninguém sabia onde tinham ido parar os óculos dele, que normalmente não saíam do rosto.



Procuramos embaixo dos bancos do carro, pela casa, dentro das sacolas, por todos os lados, e nada... Como dar aulas sem enxergar, principalmente à noite? Ele começou a ficar nervoso e bravo!



Sem saber o que fazer, comentou o fato com um vizinho que também era professor e este disse:- Professor Alair, conheço um rapaz que é vidente. Ele é capaz de ver onde estão seus óculos e levá-lo até eles!



Meu pai nunca foi chegado a estas coisas, mas a causa era nobre e ele não podia esperar ou deixar de dar aulas. Já estava perto das 18hs e a primeira aula dele era às 20hs.



Como era período de verão, só anoitecia em Paraguaçu, por volta das 21hs e, no desespero de causa, meu pai aceitou chamar o dito vidente para resolver o problema iminente.( até rimei rsrsr)



Lá se foi o professor vizinho, correndo atrás do vidente para ajudar meu pai.



Uns 20 minutos depois chegam os dois lá em casa. Meu pai contou a ele a história e explicou que a última lembrança dele era de que estava suando e tirou os óculos, no meio do mato, para passar o lenço no rosto. Depois disto, não se lembrava mais.



O rapaz se concentrou, pediu silêncio a todos e disse:- Estou vendo seus óculos pendurados em um galho de uma árvore pequena.



Todo mundo riu, achou o máximo isto ser verdade. Ninguém acreditou, mas meu pai tirou a prova:-



Então vamos comigo lá neste lugar buscá-los. Você é capaz de localizar o lugar?



O rapaz disse que sim, e mais que depressa, o professor vizinho, o vidente e meu pai seguiram pela mesma estrada e pararam no mesmo lugar onde meu pai deixara o carro quando fomos na primeira vez. Entraram pelo mesmo caminho, uma pequena trilha que fizemos, pois meu pai, ao entrar no mato, sempre levava um facão e cortava o serrado para que não nos machucássemos, e ia fazendo a trilha na nossa frente.



Por esta trilha ele entrou e os outros dois foram atrás. Foram andando, andando, em silêncio. Num dado momento, o rapaz falou:- Os óculos estão aqui! Todo os três pararam e ele se direcionou para um lado. Os óculos estavam mesmo pendurados num galho de uma árvore de gabiroba. Foi uma festa!



Quando meu pai chegou em casa, estava eufórico! Se ele deixasse de dar aquelas aulas, deixaria de receber um dinheirinho que fazia diferença no orçamento.



Deu uma gorjeta para o vidente, correu para tomar um banho, comeu rapidamente alguma coisa e depois de meia hora estava novamente no carro, com seus óculos fujões, indo rumo ao colégio, todo feliz da vida!



Aquele dia ficou marcado na minha memória, e hoje, conversando com uma pessoa que encontrei na rua, de repente, ele me veio à lembrança. Não poderia deixar de dizer, que no colégio, naquela noite, o assunto do momento foram os óculos do Prof. Alair, recuperados pelo vidente no meio do mato . A maior façanha, numa cidadezinha do interior em que nunca acontecia nada de extraordinário. Neuza





HOMO SAPIENS.




Eu amo, eu odeio.
Eu protejo, eu delato.
Tenho coragem e receio.
Eu salvo, eu mato.
Sou fera pensante,
sou frágil mortal,
sou sábio pedante,
sou cúmplice do mal.
Meu beijo envenena,
meu abraço seduz.
Minha palavra condena,
sou trevas, sou luz.
Eu choro, eu canto.
Sou covarde que espreito.
Sou, portanto,
um ser humano perfeito. (Rufino Almeida )

Em Três x Quatro




Lembre-se querida?
Daqueles tempos de alegria.
Em que se namorava, noivava e casava!
Uma época majestosa
A vida era tão generosa

Deus meu, que falta outrora me faz.
De um tempo que não volta mais
Mas e agora???



Como se namora?
Eu já nem sei mais!

Hoje é tudo diferente
Gestos estranhos e intermitentes
Nem entendo essa coisa.



De vamos ficar numa boa
E o pior!



Nem é ele que fala.
Até gostaria de acreditar de uma forma singela
Mas quem conspirou foi ela

E eu, naquele tempo acostumado
Ah sim, daquele ano ensolarado.
Aquele que se oferecia aro dourado



Coisas de coração que sempre levava


um nome na gravação
Deveras!



Existia namoro e namorado.

Sim!!!



Assim foi nossa deliciosa história.
E que ainda hoje guardo em minha



carteira e na memória
Recebi sua foto com uma eterna dedicatória
Que ainda dizia em tom sonhador.

Pra você, meu namorado com todo o meu amor...
(Marcos Milhazes)







ANTES QUE SEJA TARDE





O urso polar desespera-se

enquanto o gelo derrete aos seus pés.
Cidades são inundadas e arrasadas
por cheias aparentemente inexplicáveis.


Plantações são destruídas

e populações brigam por parcas migalhas.
Tsunamis surgem de repente
e fazem sumir cidades inteiras.


O calor é cada vez mais insuportável.

Vejo na minha janela um pardal
com o bico aberto a procura de água e sombra.


Por que não percebemos o óbvio?

Somos nós mesmos os vilões
da destruição da Terra!


Que será de nossos filhos

quando tiverem como opção
apenas alimentos sintéticos?


Qual será a reação deles

ao ver os animais de agora
apenas em imagens pela internet?


Imaginem as florestas desertificadas

com suas nascentes mortas
e nossos filhos consumindo água dessalinizadas
extraídas do mar por não haver mais rios!

Paremos de ser hipócritas
e interrompamos a destruição imediata
da nossa maravilhosa Terra! (Valdir Barreto Ramos )



MESMO LONGE...

Saudade sinto no peito,
Nesta manhã tão chuvosa
Que faz tão fértil a terra
E a torna tão dadivosa!

Semeamos eu e tu,
Tantos campos a sorrir,
Somos gratos, meu Senhor
Ao vê-los assim florir!

Com sementes escolhidas,
Semeamos nossos campos;
Vem à noite, iluminá-los,
Milhares de pirilampos!

Mesmo longe desses campos
Saudade o peito a ferir,
O perfume dessas flores,
Daqui eu posso sentir.

Se a noite eu quiser olhá-los,
Mesmo longe – ai meus queixumes...
Estarão iluminados
Por todos os vagalumes! (Mírian Warttusch )




Dourados raios de sol
Adornam a bela tarde de verão
E os enamorados, encantados,
Desfilam seu romance
Pelas praias da paixão. (Laura Miranda )










SIN LASTRES

EL HOMBRE NO ES TAN VIOLENTO
LA MIRADA MUESTRA EL LINGUAGE
LA CULPA
EL AMOR EN SUS DIFERENTES MATIZES
(VICENTE DE PERCIA)







RESGATANDO UM TEMPO...


THECA ANGEL


Lembrei-me de minhas travessuras pelos quintais
e já não ouvi a alegria festiva dos pardais...
Tentei achar as mesmas roupas penduradas nos varais
Meus olhos desiludidos, não as encontraram mais!


Pulei o muro... subi na goiabeira do vizinho
e roubei frutos que já não tinham o mesmo sabor
As amarelinhas que brincava com amigas vizinhas
se apagaram, sem vestígios, no chão só restou o calor!


Tentei em voz bem alta cantar minhas canções
e notei que não me traziam as mesmas sensações...
Procurei nos livros os contos adolescentes de amor
e eles não possuíam mais, o inocente sabor...


Então parei e olhei para trás com olhos de mulher.
A menina que eu fora me acenou, sem se voltar sequer...
Num esconde-esconde sumiu sorrindo me fazendo atentar,
que eu queria resgatar um tempo que não voltaria mais







O MAR TEM MÃE, TEM JÓIA E TEM FORÇA
- para AAM -


A Diva, um dia, ousou desafiar
a deusa, dona e mãe da imensidão
do mar – que traz nas vagas seu cantar -
sereia que enlouquece na canção.

Ricaças e nativas a nadar
de tanga, de biquíni – tentação -
bem cedo acostumaram a respeitar
a musa da harmonia e proteção.

Se, enfim, o que procuras é riqueza,
ou - mais - um lindo amor nessa intentona,
oferta espelho e flor em homenagem.

Que a moça – que é rainha da beleza
e é mãe dos oceanos - vem à tona
abençoar seus filhos de coragem!(Lílian Maial)









A cor da poesia é azul,
como a cor da paixão é vermelha,
e a cor dos olhos de quem ama,
como a cor das letras é as palavras,
e a cor do riso é o circo,
como a cor da luz é a cor de quem vê,
a cor do tempo é a cor dos anos que se contam,
a cor do papel é a cor do lápis que nela copia,
e que por ela desliza,
a cor dos sonhos é a de juntos deitarmos,
e a cor do poeta é a cor da emoção de te amar para sempre

(Fernando José )









PRÊMIO LITERÁRIO INTERNACIONAL NOVA SOCIALE


O “Nova Sociale” Associação Cultural, em collaboração com o poeta Sabato Laudato, fundador do prêmio Nocera Poesia, eles anunciam a Sétima Edição da Competição de Poesia .
Enviar uma poesia en idioma português ou espanhol, possivelmente com tradução em idioma italiano epoiar.
Da poesia, enviar número cinco cόpias de qual, um com nome, pour último nome, endereço, e-mail e assinatura em morteiro com a autirização para o tratamento dos dados pessoais para o solo elegante desta competição; os restos quatro cόpias em anônimo.
A cobertura parcial das despesas de escritόrio de recepção e organização, uma contibuição de EURO 10,00 (europeu 10,00 ou correspondente exterior de moeda) enviar dinheiro no pacote de consignação.
Prêmio para a I, II e classificou III bom poesia estrangeira com uma medalha de prada, enquanto para os outros compedidores, um Diploma de Mérito Internacional.
Intitular informativo, a Cerimônia de Premiar fixou jà durante primeiro domingo de outobro 2010, em lugar definir. A você será comunicado por e-mail o lugar e o resultado.
A poesia será examinado por um júri de peritos de cujos serão feitos nomes o dia o premiando conheicido; e o julgamento deles è insindacabile e final.
Os trabalhos não serão devolvidos. A organização não assume responsabilidade no caso de desânimo ou disguido do pacote enviado.
O pacote tem que contener a poesia com a cόpias e o troque contribuição; e eles deve ser expedito por correiro postal (nenhum e-mail) entre em 30 maio 2010, para o:
Sig. LAUDATO SABATO
Via Uscioli, 336/B
84015 – Nocera Superiore
(Salerno)
ITALIA.
Para informação e-mail: sabatolaudato24@alice.it

Il Fondatore “Nocera Poesia”

Poeta S. Laudato
La Responsabile Legale “Nova Sociale” Il Presidente “Nova Sociale” Prof.ssa R. Sorrentino Avv. G. Salvi



LENÇOL DE CETIM




Quando pensares

No golpe do aço frio
No perfume do jasmim
Na lava do vulcão
Na mão que acaricia
Pensas em mim.


Quando sentires
Um arrepio de dor
Uma angústia sem fim
Uma lágrima salgada
Uma aflição de morte
Sentes a mim.


Quando ouvires
Os sinos do catedral
Os acordes do bandolim
A boemia da noite
As canções pra dançar
Ouves a mim.


Quando tocares
Teus seios intumescidos
Teu colo de marfim
Tua feminilidade latejante
Teus lábios entreabertos
Tocas em mim.


Quando vires
Um sorriso entristecido
Um poente cor de carmim
Um olhar de melancolia
Um homem só, na rede branca
Vês a mim.


Quando lembrares
Dos buquês de rosas vermelhas
Do lençol macio de cetim
Dos flanboyants floridos no meio-fio
Dos lírios no canto do jardim
Lembras de mim. ( Brígido Ibanhez )




“Garboso Bacurau”
L.Gonzaga


Foi numa festa de rei, no meu belo pantanal,
Que conheci numa invernada, pouco distante da estrada,
Um garboso Bacurão…


Esse pássaro trigueiro, de bico forte e legiero,

Que adora a correria, subindo e descendo montes
Para beber água da fonte do outro lado da ponte no sope da morraria.


Era o rei das noitadas, dos bambas das madrugadas,
Bem feitor da boemia…
Mas, era desconfiado por ser muito apaixonado
Pela sua contoria, que era composta de trovas,


Das matas verdes cheirosas, as musas da poesia.

Bacarau era conhecido, como o cantor manhaneiro
Que tinha muitos amores, que adoravam os pudores

Desse cantador pantaneiro, que decantava as baladas,
Com sua vóz afinada, pois era um bom cancioneiro…
E quando a lua chegava pelos caminhos do sol,


A sua voz ecoava e nos campos se espraiavam

Sob a luz do arrebol…
Que até as fontes paravam, pois, assim todos escutavam
As rimas dos madrigais, que chegavam com ternura,


Com a beleza e a candura dos lirios dos aguaçais.

A beleza que abria os olhos do um novo dia.
Para dar fim no seu roteiro.
Enquanto o passaro galante vai trocando de amantes


Como troca de poleiros, riscando o chão da chapada

Dando por fim a jornada, com seu resital brejeiro.




NON PARTONO DA ME.

Edson Rios




Não se aparte de mim,

por eu não querer fazer o que teu corpo deseja.
Não se apegue a mim,
se não for somente o meu corpo que te fareja...


Não sei te amar do modo comum,
não sei te querer, se não forem tuas mãos somente minhas.
Aproximo-me da razão dos comuns,


afasto-me, só em pensar que um alguém tu imaginas...

Porque tanto sofrimento em busca de ti?
Não foi assim que apreciei como seria o amar...


Em ti permaneço ao sabor de dúvidas,
penso que qualquer alguém poderá pensar em ti...
Isto aflige a minha mente absoluta,


Atormenta a minha razão resoluta,

descubro obstáculos intermitentes,
permito-me invadir escrúpulos inconsequentes...

Somente quero a sutileza do ar que respiras,
desejo o brilho dos teus olhos no meu caminhar,
decido se prossigo ou desisto,
sem ao menos me falar o teu imaginar...


Não quero desejar o teu corpo por momentos,
necessito apenas dos teus pensamentos,
antes do meu despertar,
para caminhar comigo a qualquer lugar...


Beijar os teus lábios,
acariciar os teus cabelos,
sentir os meus pelos juntos aos teus,
inibem por inteiro, tantos sonhos meus...

Prefiro a tua presença eterna,
que sentir, parco tempo de prazer...
Não se aparte de mim!

Estarei pronto até o fim!

Mas se assim não for,
Renunciarei por ti,
a este grande amor...
Preciso dos teus olhos para acordar dos meus sonhos...


Nas paredes do passado



Eras a loucura cinza âmbar,
Das injúrias e aleivosias,
Com fagulhas de um olhar
A sufocar as alegrias.

Eras a deusa do meu olhar,
Em tudo que olhava eu te via,
Um choque de contravia,
Ceifou-me o direito d’amar.

No interregno dos momentos,
No tumulto das mixórdias,
Foram tantas as discórdias
Não obstantes dos sentimentos.

Mas vou continuar assim,
A viver nessa ilusão,
A enganar o meu coração.
Creio! É melhor pra mim.

São esses meus pensamentos.
Assim, triste, com emoção,
Porque sofre o meu coração,
No eco dos meus lamentos...


Hoje remôo! Tudo acabado!
Com o olhar da frustração,
Choca-se meu coração
Nas paredes do passado.(Tarcísio Ribeiro Costa)










Já estão abertas as inscrições para a 8ª edição do
Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa 2010.
e 10 de fevereiro a 07 de março, editores e escritores podem inscrever seus livros para concorrer ao Prêmio pelo site:
ttp://www.premioportugaltelecom.com.br/
Após a inscrição, é necessário enviar quatro exemplares do(s) livro(s) para
PORTUGAL TELECOM BRASIL
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2277 – 15o andar – CEP 01452-000, São Paulo, SP.
Apenas depois do recebimento dos livros a inscrição poderá ser realmente efetivada.
LEIA ATENTAMENTE O REGULAMENTO NO SITE
Podem concorrer romance, conto, poesia, crônica, dramaturgia e autobiografia,
escritos originalmente em língua portuguesa.
Publicados em primeira edição no Brasil de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2009.
Publicados em primeira edição no exterior, entre 1º de janeiro de 2006 e 31 de dezembro de 2009,
desde que tenham a 1ª edição no Brasil em 2009.
Os livros precisam apresentar ISBN.

5 comentários:

  1. Vi-me "Nas Paredes do Psssado" entre Poetas DelMundo, confesso que me senti feliz. Sempre que possível, marcarei a minha presença. A todos
    o meus desejo de felicidade e muita paz.
    Tarcísio Ribeiro

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  2. Ligia - é so clicar em POSTAR UM COMENTÁRIO NO FINAL DA PAGINA EDITADA e preencher a forma que vc enviará. O meu perfil e pelo google.Seleciono conta do google e clico em psotar comentário. Mas para isso temos de ter conta no google(gmail)
    Um abraço,

    Delasnieve

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  3. Fim


    Badaladas sonoras,
    Ecos a ressoar no além,
    Momento divino do amém
    Hora da Ave Maria.

    Foi-se a luz do dia,
    Agora, olhos negros da noite
    Onde habita o medo.
    Amanhã no amanhecer
    Hei de dizer "bom-dia'...

    É a repetição
    Do renascer da vida,
    Cria-se tensão,
    É a recidiva,
    A continuação
    Da vida...

    Tem sentido,
    Fico perdido,
    É a realidade,
    A verdade.

    Agora, o transcendental,
    Conflito do bem e do mal.
    Quando o dia não acordar,
    Rosas... cheiro de jasmim,
    Som, o sino do querubim...
    Não mais a luz do dia,
    Nem o manto da noite,
    Nem o pernoite...
    O fim.


    Tarcísio Ribeiro Costa

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  4. - O Primeiro Grito
    Pelo túnel uma rápida passagem
    Escuridão e claridade, alarido
    E veio o primeiro grito, a aragem
    Uma voz silenciou o estampido

    Vai anjinho para o mundo adotado
    Das angústias, dos desvios fartos
    Terás como sina todos os dados
    Para acessar o bem, o mal listado

    Todo poder em tuas mãos hábeis
    Toda fortuna a terra te oferta
    Toda tristeza pelas mãos inábeis
    Toda alegria vasculhando alerta

    Regressa depois com o relatório
    Do lado de cá um álbum ofertório

    Sonia Nogueira

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  5. DD, TIVE O PRAZER DE COMEÇAR A LER O MATERIAL RECEBIDO (oBRIGADA) E DE VER MEU "CELESTES" ENTRE TANTOS POEMAS SENSIVEIS!
    PARABÉNS POR SEU LABOR, SEUS POEMAS, EXTENSIVOS AOS/ÀS COLEGAS QUE COLABORARAM!

    Ma CRISTINA DE AZEREDO.

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