domingo, 11 de abril de 2010

Daladier da Silva Carlos

Meu Rio
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Meu Rio continua lindo,
Mas estou chorando, porque
A casa, enfim, caiu, desabou
Sobre falas interrompidas e
Corpos há pouco animados,
Chegados ao fim pela morte.
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Não será morte de Cruz,
Nem vela a iluminar o caminho
O troco da malvada sorte,
Enquanto se continuar a viver
Em cima do nada, do vazio enorme,
Para conseguir um lugar no cume.
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As esperanças também empalidecem
Sobre o gélido chão dos infortúnios,
Nas madrugadas de terror e pânico,
Quando não se vê a árvore do paraíso e
Nenhum fruto seu é oferecido à salvação
De ímpios, crédulos, cegos e moribundos.
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Ó triste sina das almas em desespero!
Onde estás destino redentor que te escondes
Para livrares a ti da salvação do perdido amor?
A cidade patina na lama, mas clama, reclama:
Afasta, Senhor, de mim este cálice,
Esta dura prova da fé que imploro em meu socorro!
Daladier Carlos
06 abril, 2010

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