sexta-feira, 25 de junho de 2010

Bruna Mendes

Minhas Palavras.
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Quando as palavras tocaram seriamente minha garganta,
minhas mãos dissiparam a escuridão
E o raiar do sol cessou a névoa que se formara diante dos meus olhos
E Minhas mãos encontraram a dúvida da libertação
Quando o vento rasgou os murmúreos da minha lamentação
Com a tinta em minhas mãos, e o lápis em meus dedos contornando minha vida
Imediata sob os olhos das minhas verdades
Cansada, sombria.
Sobre a bruma espalmada dos meus lábios cansados
E minha gargante inerte, presa e cortante
Ao caminho cansativo da estrela derradeira
Que alcança minhas mãos, diante do meu olhar
Um rio nasceu diante dos córregos da minha alma
Eu sinto dentro de mim , minha alma te chamando
Procurando tua face, diante de minha face
E tua voz, diante de minha voz
No teu sorriso, equalizado com minhas lágrimas
Da noite infiel que toca as paredes da minha inconciência
Desastrada, sambante do céu
As estrelas que contornam o pedaço do meu papel
Nesta terra amaldiçoada, correntes de perdão
Onde meu sangue desagua nos rios da minha intensa escuridão
Das aves, peguei a liberdade
Do teu corpo, peguei o fogo
Diente das pedras misteriosas de amor
Eu lhe jurei minha paixão
E mesmo distante eu lhe grito
Preciso que me estendas a mão
No sertão descontrolado que emana dentro de minha carne
Despedaçam- se os orgãos dos meus sentimentos
Eu sei então que preciso de você
até para respirar.
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Bruna Mendes

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