
Harmonia
Delasnieve Daspet
Entre as nuvens espalhadas pelo tempo
Pequenas estrelas salpicam o firmamento...
Chega a noite.
Descerro o véu da memória,
Já não recordo as mágoas,
Contemplo a harmonia do dia
Cheio de sol.
Ao longe – o firmamento se junta ao cerrado,
O céu nas cores infinitas do crepúsculo,
Se une a verdura de nossas matas.
Ipês floridos,
Mesclam de suave tonalidade,
A paisagem recortada no horizonte,
Pelos traços da natureza.
Aqui, encontro a plenitude!
Nos campos cultivados,
Nos chapéus de palha,
Nos odores,
No peão de pele crestada,
Do gado pastando,
O bambu choroso a cada carícia do vento...
Aqui, é o reino da paz!
Os pássaros melodiosos, em sinfonia,
Calam em meu ser.
Circula em minhas veias,
Irmanados aos ventos, às águas, ao sol, aos animais,
Um cântico de graças ao Criador!
Pérola solta
ResponderExcluirSem que eu a esperasse,
Rolou aquela lágrima
No frio e na aridez da minha face.
Rolou devagarinho...,
Até a minha boca abriu caminho.
Sede! o que eu tenho é sede!
Recolhi-a nos lábios e bebi-a.
Como numa parede
Rejuvenesce a flor que a manhã orvalhou,
Na boca me cantou,
Breve como essa lágrima,
Esta breve elegia.
José Régio
Adorável passar pelo seu espaço encantado e encher a alma de alegria.
Beijos da Fada do Mar Suave.