domingo, 25 de julho de 2010

César Augusto Ribeiro Moura

Inquisição
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O flagelo inquirido pela dor,
Da fé zombou o vagabundo;
Do amor que não pertence a este mundo.
A vida tornou-se para ele em porcaria,
Na pregação morre o incrédulo contundente
Com toda esta gente sem saber o que é certo.
O crente que atira a primeira pedra
Não releva a própria queda eminente,
Logo vem para ele o juízo temerário.
(... Tem uma trave atravessada no seu olho.)
Perseguido o homem certo leva o nome de otário,
Vigia ele e ainda leva culpa.
O vigário da paróquia não entendeu a lei de Deus
Todo pecado tem o mesmo peso na balança
A lança que fere um;
Também fere o outro.
Heresia!
Às vezes somos pura heresia!
E perseguimos como herege o nosso irmão
Não precisa de religião pra ditar o que é certo
O amor esta coberto de razão...
O vilão de toda esta inquisição mundo a fora,
Rola na história escrito com sangue e terror.
Hipócritas!
“Quem vos ensinou a fugir da ira futura?”
É... João Batista estava certo!
Não existe fé sem um coração arrependido,
Só o amor prevalece sobre toda inquisição.
Foi Jesus quem falou...
“Quem não tem pecado que atire a primeira pedra.”
Então, lá se foi a multidão.
Carecendo o vosso ser de um ato de perdão
A seita com tantas pedras na mão,
Atira a fé que transgride o diferente.
Ser cruel é o melhor de nossa gente
Acredite se quiser...
No final somos todos iguais,
Más com pecados diferentes
Vivemos e morremos como um pobre pecador.
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Cesar Moura

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