quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Cesar Moura

Vaias



Mesmo que minha poesia não saia bem
E meu canto se transforme em desencanto,
Não me desapontarei com as vaias.
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Na raia luto por uma sina melhor
Desafiando a vida com o preço que pago,
Vago por tamanha fissão...
Entre luzes acesas sou um animal no picadeiro,
Na aventura que me doutrina o domador.
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Nem sempre os aplausos são para mim
O mérito de um grande fim,
As vaias que recebo guardo-as ao relento
No delírio do meu pensamento,
Afim de que tudo seja o recomeço.
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Vai à crítica transpassada em ofensa,
Quem vaia expressa aquilo que pensa...
Sem enxergar o meu intimo juízo,
Não sabe que sonho apenas com amor.
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Minha consciência autodidata bate na lata,
Idéia acesa luz da minha paixão!
Sou “free”, fruto criado por tanta ilusão.
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Quem não me entende que saia do meu sonho
Carregando consigo todas as vaias que me deu.
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Cesar Moura

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