Colegas,
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Cicero Melo
SAUDADES DA PÁTRIA.
Hoje acordei melancólico
Repleto de recordações.
Com um ser eólico,
Enlevando sensações.
E, lá do meu Brasil Varonil
Vem uma saudade imensa.
Ah Brasil! Brasil, Brasil!
Emocional que nunca pensa.
Deixando-se levar pelas belezas naturais,
Você minha Pátria, enleva-me eternamente.
Seja pela Flora riquíssima, ou a Fauna e seus animais,
Sois Brasil, um Gigante, como diz nossa GENTE!
Gigante de ternura e de sonhos que reluzem,
De imensidão infinita , que a tudo embeleza,
E, nem sabes onde nos conduzem
As lembranças , as saudades,quanto nos eleva!
Realmente, ser BRASILEIRO, é motivo de orgulho,
Pois sempre que viajamos, vêm logo as saudades,
Nos mostrar quem somos e seremos eternamente.
No seu mar, escuto o próprio Deus Netuno,
Apaixonado por suas praias alíseas,
No seu céu, vejo estrelas que em outros lugares nem as há.
E, no seu povo varonil, eu vejo sua alegria BRASIL.
Contagiante alegria que me envolve todos os dias.
Sem ela, Pátria Minha, sei lá como seria.
Pois o ser que habita o meu ser,
Te ama, pelo que sois, e sempre serás:
O CHÃO ONDE NASCI, CRESCI e viver aprendi!
Saudades imensas Brasilllllllllllllllllllllllllllll....
Minha Pátria, minha Gente!
Um País onde todo mundo vive e deixa viver,
Ah Brasil! Como eu amo Você!
Só mesmo sendo Brasileiro para ter tanto AMOR.
Algo que sendo incondicional, faz-nos amar mais e mais,
Tudo e todos, sem discriminação, sem fronteiras,
E, por mais que a vida passe, este AMOR nunca findará!
Édison Pereira de Almeida
Escritor Brasileiro - Natural de São Paulo - Capital.
POESIA EM LIVROS DE ARTE, EDIÇÕES ESPECIAIS E ALTERNATIVASANTONIO MIRANDA
Estamos ampliando, dia a dia, a nossa seção POESIA EM LIVROS DE ARTE, EDIÇÕES ESPECIAIS E ALTERNATIVAS, mas ainda temos dezenas e dezenas de outros títulos para incluir. Hoje, por exemplo, dentre outros, incluímos obras de Wlademir DIAS-PINO, Mário QUINTANA, Philadelpho MENEZES, Augusto de CAMPOS, etc, que podem ser acessados pelo menu da página:
http://www.antoniomiranda.com.br/ensaios/poesia_em_livros_de_arte.html
Não se trata de uma relação de livros raros ou de primeiras edições para atender os bibliófilos e colecionadores. Nosso objetivo é o de inventariar e criar uma bibliografia ilustrada para divulgar o acervo de poesia brasileira (poemas e estudos críticos) de edições menos convencionais. Lógico que entram livros raros, primeiras edições e até comerciais SE ELES FOREM CONSIDERADOS DE ARTE, ESPECIAIS OU ALTERNATIVOS.
Quando concluirmos o inventário de nossa biblioteca particular, faremos pesquisas em coleções privadas e em bibliotecas. É um trabalho que vai demandar muito tempo e vai requerer revisões, aperfeiçoamentos, sujeito a críticas e comentários. Quem sabe um dia publicaremos um catálogo com uma seleção pois vai ser difícil publicar todo o inventário...A vantagem de ser digital é que podemos corrigir, ampliar e republicar o tempo todo.
Se você já publicou livros nestas categorias e quiser ceder ou negociar exemplares, por favor, entre em contato conosco pelo e-mail:
poesiaiberoamerica@hotmail.com
ou envie pelo correio para
PORTAL DE POESIA IBEROAMERICANA
CAIXA POSTAL 4548 – UNB
70904-970 BRASILIA, DF
TRAJETÓRIA DE UM ASSASSINO
Osvaldo Pastorelli
A pedra saiu da sua mão numa trajetória quase perfeita. Mirou o alvo e lançou. Sem encontrar obstáculos, bateu na testa e caiu ao lado do menino. Uma pequena mancha de sangue se incrustou num dos lados em comparação com o grosso filete que escorreu pelo rosto cobrindo o olho direito. O menino caiu e inerte ficou de comprido no campinho de terra batido. Apavorado, não soube o que fazer. Estavam os dois sozinhos. Pensou em correr e, foi o que fez. Chegou em casa ofegante. Subiu as escadas e trancou-se no quarto. O coração descompassado batia fazendo o peito doer. Jogou-se na cama. Será que matei, pensou. Não tinha a intenção de jogar a pedra, mas instintivamente se agachou e pegou a primeira que encontrou. Do ato concretizou-se o gesto. Agora o menino estava morto. O que deveria fazer? Entregar-se a policia? Mas ele tinha apenas doze anos! Será que o prenderiam? Não, o mais certo é levarem para o reformatório.
Era uma pedra e seguiu pedra, porque não se transformou em outra coisa assim que saiu da sua mão? Não, saiu como pedra e seguiu como pedra. Agora... Talvez fosse melhor voltar ao campo e verificar mesmo se o matara. O sol cobria todo o campo de terra batido transformando-o num pequeno deserto. Ao transpor a cerca viva, constatou horrorizado que o corpo do menino não estava mais onde o deixara. Será que foi para a casa dele? Alguém chamou a policia ou a ambulância e o levaram? Sem o corpo não poderia ser acusado.
Sem perceber acelerou o passo de volta. Mas ao virar a esquina, viu o carro da polícia parado em frente a casa. Não pensou duas vezes. Saiu correndo em sentido contrário e nunca mais o viram.
(Contos surrealistas 72, 26/10/2011)
PÁTRIA MINHA
Vinicius de Moraes
A minha pátria é como se não fosse, é íntima
Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
É minha pátria. Por isso, no exílio
Assistindo dormir meu filho
Choro de saudades de minha pátria.
Se me perguntarem o que é a minha pátria direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.
Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem meias pátria minha
Tão pobrinha!
Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho
Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço
Em contato com a dor do tempo, eu elemento
De ligação entre a ação o pensamento
Eu fio invisível no espaço de todo adeus
Eu, o sem Deus!
Tenho-te no entanto em mim como um gemido
De flor; tenho-te como um amor morrido
A quem se jurou; tenho-te como uma fé
Sem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito
Nesta sala estrangeira com lareira
E sem pé-direito.
Ah, pátria minha, lembra-me uma noite no Maine, Nova Inglaterra
Quando tudo passou a ser infinito e nada terra
E eu vi alfa e beta de Centauro escalarem o monte até o céu
Muitos me surpreenderam parado no campo sem luz
À espera de ver surgir a Cruz do Sul
Que eu sabia, mas amanheceu...
Fonte de mel, bicho triste, pátria minha
Amada, idolatrada, salve, salve!
Que mais doce esperança acorrentada
O não poder dizer-te: aguarda...
Não tardo!
Quero rever-te, pátria minha, e para
Rever-te me esqueci de tudo
Fui cego, estropiado, surdo, mudo
Vi minha humilde morte cara a cara
Rasguei poemas, mulheres, horizontes
Fiquei simples, sem fontes.
Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta
Lábaro não; a minha pátria é desolação
De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular
Que bebe nuvem, come terra
E urina mar.
Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um libertas quae sera tamem
Que um dia traduzi num exame escrito:
"Liberta que serás também"
E repito!
Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa
Que brinca em teus cabelos e te alisa
Pátria minha, e perfuma o teu chão...
Que vontade de adormecer-me
Entre teus doces montes, pátria minha
Atento à fome em tuas entranhas
E ao batuque em teu coração.
Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez.
Agora chamarei a amiga cotovia
E pedirei que peça ao rouxinol do dia
Que peça ao sabiá
Para levar-te presto este avigrama:
"Pátria minha, saudades de quem te ama...
Vinicius de Moraes."
Texto extraído do livro "Vinicius de Moraes - Poesia Completa e Prosa",
Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1998, pág. 383.
A MULHER DE ROXO
Sandra Mamede
Nasci e cresci aqui nessa cidade maravilhosa que é Salvador, a primeira cidade do Brasil. Foi aqui que os portugueses desembarcaram, onde se rezou a primeira missa, a única cidade do Brasil que está dividida em Cidade Alta e Cidade Baixa, ligadas por um Elevador com 70 metros de altura, por nome , Elevador Lacerda, em homenagem ao seu construtor. As duas cidades também são ligadas por ladeiras centenárias ainda revestidas de pedras, e dois Planos Inclinados.
O centro da cidade era uma pequena rua chamada de Rua Chile, de mais menos uns 500 metros, onde ficavam as melhores lojas de moda, como as Lojas Duas Américas, a primeira loja de Salvador que colocou escada rolante,o Palace Hotel, um hotel luxuoso onde funcionava um cassino freqüentado pela alta sociedade soteropolitana, a loja masculino mais famosa de Salvador, Adamastor. Na praça que dá início a essa rua estão situados o Palácio do Governo, a Prefeitura, e a Câmera de Vereadores, nessa praça também fica o acesso ao Elevador Lacerda, de onde se tem uma belíssima vista de uma grande parte da Comércio e da Baía de Todos os Santos onde se encontra o Forte de São Marcelo, um forte de formato arredondado construído em pleno mar, que era usado para defender a cidade de possíveis invasores.
Enfim, a Rua Chile era considerada como o “Coração da Cidade”, pois todos os eventos importantes aconteciam ali.
A “Loja Sloper” ( nunca acertava pronunciar este nome!!_), era uma Loja de departamentos situada na Rua Chile, próxima a loja Duas Américas. A Sloper era uma loja enorme e completa, direcionada para a casa, moda feminina, brinquedos etc...Sua entrada era bastante arrojada para a época ( mais ou menos há 35 anos atrás), uma vitrine tomava toda a frente da loja, e nessa entrada, entre as vitrines, acontecia uma coisa, se não estranha...bastante incomum...num canto, entre as vitrines, ficava uma mulher vestida de noiva ( ou freira), o vestido longo todo roxo, com véu e uma espécie de capa. Ela deveria ter em torno de 40 anos( quando a conheci!). Alta, morena, cabelos pretos, muito maquiada, sandália rasteira..
Falava muito bem, tinha uma voz suave e meiga, parecia a voz de uma menina, dirigia-se as pessoas pedindo dinheiro. Não incomodava ninguém. Ficava de pé na frente da loja, ou andando entre as vitrines, as vezes cantando, as vezes falando sozinha, ou pedindo dinheiro . Nunca saía dali, dormia e acordava ali. Ninguém conseguia afastá-la dali!!! A não ser para fazer a sua caminhada costumeira até a Praça Tomé de Sousa Nada se sabia sobre ela! Era uma lenda! Cresci, vendo-a ali, envelhecendo gradativamente. O vestido era substituído de vez em quando, mas conservava a mesma cor. Eram muitas as histórias a seu respeito. Falavam que pertencia a uma família tradicional daqui de Salvador, formada em magistério, falava várias línguas, rica , que enlouqueceu porque foi abandonada pelo noivo no altar, outra versão é que tinha sido criada num bordel que pegou fogo, mais outra é que sua mãe seguiu o seu pai encontrando-a com outra, deu um tiro nele e matou-se em seguida na presença dela. E assim, histórias eram contadas, mas nunca soubemos qual era a verdadeira.
Com o passar dos anos e a criação dos shoppings, a Rua Chile deixou de ser o “Coração da Cidade”, aos pouquinhas foi sendo abandonada...suas lojas, na grande maioria fecharam as portas, também deixou de ser caminho obrigatório para alguns pontos da cidade, enfraquecendo ainda mais o comércio...
Eu passava sempre por lá, mas com as mudanças, já não fazia esse caminho...com tristeza acompanhei o declínio da Rua Chile, primeiro foi a loja “Duas Américas” que fechou, algum tempo depois foi a vez da “Sloper”. Confesso que na época nem lembrei da “mulher de roxo”...
Alguns anos depois... li a manchete num jornal local; "MULHER DE ROXO, ESTÁ MORRENDO A MÍNGUA ABANDONADA NUMA CALÇADA”. Nossa!!! Foi um choque, uma surpresa muito grande, eu nem lembrava mais dela!!!
A matéria do jornal continuava explicando a história dela, as suposições de quem ela poderia ter sido, e que depois do fechamento da “Sloper”, ela ficou vagando pelas ruas de Salvador sem destino, tinha perdido a sua identidade. Estava muito doente, jogada numa calçada qualquer da cidade, sem condições de alimentar-se ou de locomover-se. Tentaram encontrar algum parente, mas as tentativas foram inúteis. Com a divulgação do caso pela imprensa,e com a cobrança da população, ela foi removida para o Hospital Santo Antonio (hospital mantido pelas obras assistenciais de Irmã Dulce), para ser tratada, depois de algum tempo veio a falecer, e levou com ela o segredo da sua vida... até hoje aqui em Salvador, todos (digo as pessoas mais antigas), já ouviram falar da “MULHER DE ROXO...
BANDEIRA DA CULTURA HASTEADA A MEIO PAU
Nelson Vieira*
Da cultura precisamos e muito, porém pouco valor lhe é dado, porque é o “patinho feio” da história.
A cultura necessita de cuidados especiais, diferentemente de outras atividades, mesmo porque ela está em praticamente em todas, que de pronto dão retorno no campo financeiro, mas ela em si não.
Parece contraditório, mas é verdade, a cultura precisa de investimentos para gerar movimentos que possam dar contornos diferenciados ao desenvolvimento de regiões, fazendo florescer idéias e agregar valores onde dá impressão de aridez.
A cultura tem ramificações e subdivisões com capilaridades nas artes e nas ciências de modo geral.
Ter o dom para se manifestar é algo fenomenal, nasce com o indivíduo e no decorrer do tempo atinge enes estágios, sempre na busca da perfeição ou de melhorias, constantemente.
Mas a cultura tem o condão de se apresentar e forjar o crescimento mesmo em situações desfavoráveis, o que de certa maneira é corriqueiro e não querendo ser pessimista, só um milagre poderá mudar o atual estado, a partir do momento que a sensibilidade atingir os corações dos que podem efetivar uma mudança para melhor, e, acordar concluindo pela sua real importância, valorizando-a, em benefício de todos.
A cultura na ciência e vice versa, tem os seus protagonistas. Há exigência de entrega ímpar de boa parte de suas vidas para conseguir um mínimo de rendimento, de progresso nas suas labutas, sempre necessitando de apoio.
A ajuda nos aspectos artísticos e científicos é de suma importância. Por isso ao vermos pessoas sendo reconhecidas internacionalmente, por quem de direito, por exemplo, agraciados com a premiação de um NOBEL, em virtude de seus trabalhos em prol da humanidade, já não é nenhuma surpresa. Com certeza são oriundos de países que tem os olhos voltados para o engrandecimento da cultura e receberam incentivos de instituições, corporações e de governos.
A cultura exige concentração, pesquisa e dinheiro para consecução dos objetivos a serem alcançados. Quando pouco ou quase nada é destinado para estudos e praticas, os resultados são pequenos, ou melhor, já nascem debilitados.
Quem aplica e investe na cultura, seguramente tem destaque no cenário mundial. Daí volta e meia à constatação de QIS elevadíssimos serem cooptados para trabalhar e estudar em nações adiantadas no universo da cultura, recebendo auxílios compensatórios.
Os nossos artistas e ativistas culturais são guerreiros sem tréguas mesmo. Eles lutam empunhando uma bandeira pela causa do saber, com uma vontade de ir até onde for possível. Alguns conseguem ter seus nomes nas galerias do sucesso, mediante sacrifícios, na maioria das vezes, por suas contas e riscos. São heróis.
É preciso acreditar na cultura sempre. Quem dá o devido crédito, tem mais cedo ou mais tarde a recompensa, caminhando em terreno firme e não em solo movediço.
Aos militantes da cultura do BEM, o nosso abraço fraternal. Vocês são exemplos de obstinação que as duras custas conseguem manter a chama acesa.
Salve o DIA (05-NOV.) NACIONAL DA CULTURA! Embora em estado de bandeira hasteada a meio pau, em face de nada a comemorar e, sim, pelear pela concretização da destinação dos percentuais que cabe aos governos nas esferas federal, estadual e municipal cumprir, repassando para a Cultura, o já aprovado, o que é contrário de esmolar.
Campo Grande, 04-11-2011.
*Graduado em MKT - Integrante da PF (aposentado) e membro da AMLMS e AACLCARS.
O escritor e crítico Vicente de Percia em tarde de vernissage com lançamento do seu livro sobre: " Arte e Globalização".Local: Livraria Cental, Rio de Janeiro,Brasil
MEU COTOCO DE LÁPIS
Meu cotoco de lápis
Amigo inseparável
Desde quando comecei meus rabiscos
Meus rabiscos ainda menino
Que pedia as pessoas para corrigirem
Ou escreverem enquanto eu ditava
Minhas caraminholações
Aprendi com ele as curvas de minha mente...
Meu cotoco de lápis
Que muitas vezes
O carreguei na minha orelha
Preso ao cabelo
Nunca me deixou na mão,
Sempre e sempre
Minhas caraminholações,
Idéias,
Rabiscos,
Se fazendo presente...
Meu cotoco de lápis
Escrevi minhas lágrimas
Minhas dores
Minhas perdas
Meus desamores
Meus sonhos não alcançados
Até mesmo
Minhas vontades abortadas...
Mas de tão amigo que sempre me foi
Que sempre me é
Como sempre até o fim de meus dias me será
Também escreveu meus protestos
Minhas defesas aos injustiçados
Meus gritos pelos excluídos
Escreveu e como escreveu
Meus grandes amores...
Meus desamores apesar das tristezas
Me serviram como aprendizado
Agora meus grandes amores
Ah! Meus grandes amores,
Serão sempre meus grandes amores
Mesmo cada um ficando no seu tempo
No registro feito por meu cotoco de lápis...
Meu cotoco de lápis
Tão inseparável amigo
Há sempre de se fazer presente
Em todos os momentos de minha vida
E quando não mais puder empunhá-lo,
Ele ganhara lugar eterno mesmo sem terno
Descansando entre minha orelha e minha fronte
Preso por meu cabelo
E se acaso eu ficar caréca,
Prendo-o com um pedaço de fita dupla-face...
Eddyr o Guerreiro
ALÉM DO DESTINO
.
Sérgio Diniz Barros Guedes
.
Através dos vitrais
do passado,
o regresso
do pensamento terno,
o regresso
da fé.
Santa esperança,
eternizo-te
divinamente,
no altar mor
da minha vida.
Dôo-me integralmente
neste vôo eterno,
indo ao encontro
do raio sagrado
do teu amor.
AMOR DE OUTROS TEMPOS.
Theca Angel.
Outrora muito amei, vou te contar...
Sinto que de outra vida, eu lembro...
São difusas imagens, como explicar,
Se o que eu sinto trás-me suave o vento?...
Jardins floridos, colinas verdejantes...
A Lua brilhando, seus raios brincando...
Havia um lago, o recanto dos amantes
Uma cabana, e a noite a envolvendo...
De teu rosto, me deixaste o contorno...
De tuas mãos tenho o toque morno...
Porque te perdes, assim, no passado?
Tento em vão achar o sorriso amado
Nas brumas brancas pareces estar perdido
Amor de um tempo não tem retorno?
(Me disseram que o que se vive, não está rompido
São elos nos ligando através dos tempos, eternizando sonhos...)
LetraSelvagem & Livraria Martins Fontes convidam para o lançamento do romance
A MALDIÇÃO DE ONDINA, do escritor português ANTÓNIO CABRITA
Data: 16/11/2011 (quarta-feira), a partir das 18h30
Endereço: Av. Paulista, 509 (próximo ao Metrô Brigadeiro) - São Paulo/SP - Brasil. (Obs: Serviço de manobrista - primeira hora gratuita: Rua Manoel de Nóbrega, 95)
FRAGILIZADO CORAÇÃO
Tanny Voigt
Meu coração tão fragilizado
Espera sempre por ti
No inicio estava pleno de esperanças
Com o passar do tempo
Foi se fragilizando
Não mais palpitava descompassado
quando em ti pensava
Mágoas foram se acumulando,
onde antes só existia alegria e paixão
Esperou tanto... sonhou tanto...
Necessitava de tão pouco
Só um pouco de amor,
carinho e atenção...
Um mínimo pra sobreviver
e não sucumbir de tristeza
Pobre coração... tão fragilizado
Tentei lhe dar uma sobrevida
Reativa-lo com novas esperanças
de um amor pleno e lindo...
Mas, meu pobre coração já sucumbia
Fragilizado e tão infeliz
Não Desista...
Resista coração!
Não tenha medo de sofrer
Sofra tudo que puder!
Depois você estará renovado
Para um novo amor abrigar
Fazendo desta vez seu coração
palpitar no verdadeiro compasso do amor
A Revista Cerrado Cultural (nov/2011) (www.revistacerradocultural.blogspot.com) traz como destaque a entrevista com o escritor Napoleão Valadares, a poesia Luiz Carlos Leme Franco entre outros.
Paccelli M. Zahler
Acompanhe as atividades do Núcleo Canoas/RS da União Brasileira de Escritores (UBE).
(Concurso, Fotos e notícias em geral).
http://ubecanoas.blogspot.com/
Neida Rocha
ONDE ESTARÁ JESUS?
Acordei na manhã de Natal
Com uma necessidade descomunal
De encontrar o menino Jesus
Caminhei pelas ruas enfeitadas
Em frente às lojas lotadas
E a chorar então me pus.
Mesmo chorando prossegui
E logo a noite se fez cair
Surgindo enfeites reluzentes
Busquei Jesus entre as decorações
Também dentro dos corações
E vi que lá Ele não estava presente.
Vi uma loja onde um velho
Que vestido de vermelho
Recebia crianças e as abraçava
Então cheguei de mansinho
E perguntei ao bom velhinho
Se ele sabia onde Jesus morava.
Desiludido fui embora
Pois faltava uma hora
Para a celebração familiar
E ao ver a mesa repleta
Perguntei a todos na festa
Se alguém vira o Salvador chegar.
Por não o encontrar
Me recolhi para orar
E conversei com Deus assim:
Senhor procurei em todo canto
Por Seu filho divino e santo
Aquele que na cruz morreu por mim.
Não o encontrei no comércio
Nos presentes diversos
E nem na minha casa
Até mesmo o Papai Noel
Que disse ter vindo do céu
Não soube dizer onde Ele estava.
Então ouvi uma voz que me disse:
Meu filho eu gostaria que visse
O presente que com carinho lhe dou
Olhe neste espelho e reflita
Pois Jesus permanentemente fica
Na mente de quem pratica o que Ele ensinou.
Eduardo de Paula Barreto
Acordei na manhã de Natal
Com uma necessidade descomunal
De encontrar o menino Jesus
Caminhei pelas ruas enfeitadas
Em frente às lojas lotadas
E a chorar então me pus.
Mesmo chorando prossegui
E logo a noite se fez cair
Surgindo enfeites reluzentes
Busquei Jesus entre as decorações
Também dentro dos corações
E vi que lá Ele não estava presente.
Vi uma loja onde um velho
Que vestido de vermelho
Recebia crianças e as abraçava
Então cheguei de mansinho
E perguntei ao bom velhinho
Se ele sabia onde Jesus morava.
Desiludido fui embora
Pois faltava uma hora
Para a celebração familiar
E ao ver a mesa repleta
Perguntei a todos na festa
Se alguém vira o Salvador chegar.
Por não o encontrar
Me recolhi para orar
E conversei com Deus assim:
Senhor procurei em todo canto
Por Seu filho divino e santo
Aquele que na cruz morreu por mim.
Não o encontrei no comércio
Nos presentes diversos
E nem na minha casa
Até mesmo o Papai Noel
Que disse ter vindo do céu
Não soube dizer onde Ele estava.
Então ouvi uma voz que me disse:
Meu filho eu gostaria que visse
O presente que com carinho lhe dou
Olhe neste espelho e reflita
Pois Jesus permanentemente fica
Na mente de quem pratica o que Ele ensinou.
Eduardo de Paula Barreto
DEFENDRE LA PAIX
Robert Reyes Gill
Défendre la paix, compagnon,
La défendre au-delà de l'idée,
En vivant pleinement l'amour
Que nous éprouvons pour la vie,
En obligeant nos mains à semer, sans trêve,
Les graines de la tendresse et les droits de l'homme.
Que nul ne s’étonne, mon frère,
Si je te demande de défendre la paix,
L’injustice nous fait pleurer de désespoir,
Quand nous voulons chanter la joie et l'amour qui seuls nous rachètent.
Que nul ne s’étonne quand nous irons au combat pour la paix.
Revêtissons-nous, compagnon, de la lumière
Qui ne laisse pas voir la noirceur de ce temps.
Il faut croire à nouveau que les petits enfants
Ne joueront plus à la guerre dans les rues
Que la violence et la terreur leur auront arrachées.
Je t'appelle compagnon, je t’appelle par ce mot doux et bon,
Parce que je sais que tu vas comme le vent des quatre chemins.
Recevez, distribuez les roses rouges que l'Argent vous donne,
Ne pleurez pas, écrivez, chantez la foi dans vos poèmes
Qui font de vous des bâtisseurs de paix.
Ne changez pas les jours de pluie, ne convoitez pas les jours de soleil.
La paix va au-delà du mot, elle est semence, elle est déjà écrite
Dans le coeur de l'univers. Belles seront encore nos nuits !
Peu importe ce que l’on dit, compagnon, défendons la paix, faisons la paix,
Pour que les vagues n’étouffent pas le murmure des rêves
Qui, avant le coucher du soleil, réjouissent nos après-midi chaudes,
Nous font trembler, nous font continuer notre route.
Ce que nous défendons, c’est ce qui nous fait aimer la paix !
Traduit en français par Athanase Vantchev de Thracy
Felicidade
[Patricia Montenegro]
A felicidade,
É um pequeno instante,
Que inesperadamente,
Beija-nos a face,
E toca nossos corações,
Fazendo com que ele bata mais forte,
E depois adormece em nossa alma,
Tornando-se uma lembrança,
Que nos alimenta,
E faz sonhar,
A espera de um novo instante,
Chamado felicidade...
"JARDINS FLORIDOS"
Os versos que agora componho, são mudos.
Somente os olhos da mente
conseguem se iluminar
com tantas belezas.
O coração bate compassadamente
num compasso ritmado
ante o esplendor
da criação divina e humana.
Quando deseja,
o homem cria a beleza
e a transforma
em belos jardins floridos.
Sentir-se neles
é como caminhar nas nuvens
olhando um céu estrelado
e uma linda lua a brilhar.
Assim, a vida continua viva
naqueles que amam a natureza
e a arte deles criarem
seus lindos jardins floridos.
Júlio Cesar Bridon dos
LEVA TEMPO
Keila Matiolli
.
LEVA TEMPO
Keila Matiolli
.
Leva tempo pra distender a dor
que fica escondida num umbral sem porta
que fica amanhecida depois do amor.
Leva tempo pra branquear o sorriso
Leva tempo pra gastar de novo um tempo
só pra dois.
Leva tempo pra dizer:
- ENTRE...
Quando a casa fica amarelecida de bolor.
Leva tanto tempo pra saliva engrossar
e a boca estremecer,
Leva tempo pra de novo desencardir um pano de depois do amor!
Como leva tempo pra botar no lugar um resquício!
Leva tempo pra secar uma lágrima que não secou.
Como leva tempo pra esquecer o perfume, a música que tocou,
o hálito que nunca mudou...
Leva tempo, mas muito tempo
Pra dizer que se assossegou...
Campo Grande, 11 de maio de 2004
http//www.lunaeamigos.com.br
Twitter: @Delasnieve
Skype: delasnievedaspet
Olá, Delasnieve
ResponderExcluirCompartilhamos a paixão pela poesia, pela vida e pelo amor. Construíste belos e poéticos espaços, dos quais me alegro em estar contigo!
Rozelia Scheifler Rasia
gaya.rasia@hotmail.com
POESIAS SÃO LUZES QUE AS ALMAS PRECISAM!
ResponderExcluirEscritora, Poetisa,Ambientalista, Pesquisadora, Profissional da Saúde,Colunista de jornais, Membro de diversas Associações Literárias, jurada de Concursos de Poesias e Projetos Sociais, Fundadora da APAE São Jerônimo/RS, Membro do Movimento Pró-Cultura/RS e Primeira Diretora Regional de Alternativos Culturais nomeada pela FEBAC/SP e Protetora dos Animais
miria-pereira@ibest.com.br