quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Patinho Feio - Nelson Vieira

Patinho Feio 
Nelson Vieira*
.
O que parece ser, mas não é! Aliás, o feio tal qual o bonito é relativo, porquanto gosto não se discute.
Por outro lado, falar é permitido desde que com responsabilidade e, difere daqueles usuários da língua no sentido de expressar e se comunicar sem a devida cautela, talvez porque o orifício denominado boca sirva para mais coisas além da ingestão de alimentos e etc. e tal. Esquecem que boca mesmo, no ser humano, existe somente uma.
Palavras ditas ou escritas têm aceitação a partir da autoria e da avaliação do receptor ou público alvo.
A difusão o uso das palavras podem ferir ou atingir mortalmente, depende da vontade e interesse do emissor, quanto a sua pretensão. Elas servem tanto para o exercício do bem (autenticidade, a verdade), como para o mal. Por exemplo, quando é para anular, descartar do páreo, a “flecha, o tiro”, disparado tem de acertar em cheio área mortal, fim eliminar o adversário ou inimigo, conforme o caso.
Porque adversário é o indivíduo tido como rival, diferentemente de inimigo, pessoa que tem ódio a alguém, que pugna pelo radicalismo. E, aí reside muita confusão, sobretudo naqueles menos avisados, referente ao significado das palavras.
Vejamos, por exemplo, um discurso. O discurso pode defender um ponto de vista ou ser um palavreado dirigido, que a platéia quer ouvir. Numa palestra o palestrante tem de se ater ao tema proposto, o que não impede de emitir a sua opinião.
Agora, também, se pode “pintar’ um texto com as cores desejadas para criar impacto, perante o leitor ou o ouvinte, com marcas indeléveis, cujas interpretações variam de conformidade com a inteligencia, inerente a cada pessoa.
Ocorre que, intencionalmente pode ocorrer produção de “patinho feio” em virtude do “animal” oferecer ameaça, uma vez que, por onde passou ou passa deixa pegadas um tanto quanto diferentes e chamativas, e demonstra capacidade de se manter vivo, em meio à “selvageria existente”, sobressaindo-se, sem querer, entre os demais “animais”.
E, mediante palavras, usando-as, pessoas dão contornos metafóricos nos seus embasamentos, no fomento à criação de “patinhos feios”, uma forma de alijar aqueles, os quais lhes causam tremores. E, isso, acontece seguidamente em instituições integrantes da nossa sociedade, seja aqui, lá e acolá. Cremos que tais atitudes nem sempre seja pela incapacidade, mas provavelmente pelo medo. Ou talvez quem saiba por outros motivos.
A pobreza de espírito que faz nascer um “patinho feio”, não considera que lá na frente aquele “patinho feio” poderá ser ou é, nada menos, nada mais que um lindo e raro cisne, a viver no mesmo habitat dos outros “patinhos”. 
Na verdade ao se fazer de cego, não querer ver a realidade, como no caso do diabo fugindo da cruz, da dó dos que assim agem.  Infelizmente, há e continuará havendo a falta de confiança no próprio potencial, e que redunda na bolação de “patinhos feios”, frutos da maldade.
“Patinhos feios” existem no imaginário e no real. Neste último, no campo do concreto, no dia a dia, o tempo se encarrega de mostrar as belezas de suas plumas e a elegância do deslizar sobre as águas, as mesmas, para todos.
* Graduado em MKT e pertencente à AMLMS e AACLCAPOA.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário