Cidade do Natal em Campo Grande - MS
As rosas não falam
Se falassem, diriam do seu potencial
Não são poucos; exalam
Em sua beleza, singeleza sem igual.
Se falassem, diriam do seu potencial
Não são poucos; exalam
Em sua beleza, singeleza sem igual.
.
Seus espinhos, falam-nos muito
Até mais do que seu perfume
Garras que pegam os mais afoitos
Nem o príncipe fica incólume.
.
Nada é tão lindo
Ante sua imagem
Tiro o chapéu; concluindo
Nunca, jamais vi tão bela visagem.
.
Nem nos sonhos, nem nas quimeras
Nem nos jardins da Babilônia
Nem nas metáforas
Nem mesmo na poesia.
.
Meus olhos viram coisa mais original
Tal o seu encanto
Para todo gosto; ela é social
É ímpar e está longe do desencanto.
Lourdes Limeira
Seus espinhos, falam-nos muito
Até mais do que seu perfume
Garras que pegam os mais afoitos
Nem o príncipe fica incólume.
.
Nada é tão lindo
Ante sua imagem
Tiro o chapéu; concluindo
Nunca, jamais vi tão bela visagem.
.
Nem nos sonhos, nem nas quimeras
Nem nos jardins da Babilônia
Nem nas metáforas
Nem mesmo na poesia.
.
Meus olhos viram coisa mais original
Tal o seu encanto
Para todo gosto; ela é social
É ímpar e está longe do desencanto.
Lourdes Limeira
.
.
REVOLTADO
(por Vapormaligno e Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira)
.
Sempre ouço muitas pessoas a me dizer
Que sou revoltado, pessimista, triste, entre outras coisas.
Mas como posso ficar parado, sem nada fazer,
E levando a vida numa boa?
Não perco meu tempo respondendo às tais.
Escrevendo um pouco, consigo dizer mais...
.
Como não ser revoltado com a corrupção massiva e exacerbada?
Que é o câncer a destruir meu lindo país...
Como não ser revoltado com tantos hipócritas, que fingem não saber de nada?
E ainda há quem diga “O que foi que eu fiz?”
Como não ser revoltado com a ganância desenfreada
Que destrói florestas, mata os rios com suas hidrelétricas,
Por conta do interesse da elite frívola e endinheirada?
.
Deus sabe como eu me sinto.
Posso ser revoltado, mas não sou omisso.
Diariamente, travo uma luta em minha mente:
Ideias utópicas brotam, não são apenas sementes.
.
Brasil, sou filho teu, não fujo à luta, vou partir para a ação.
Vou na força da união, pois uma só andorinha não faz verão.
Por isso, amiga, eu te chamei para compartilhar
Este poema que é um canto para nos libertar.
.
Amigo, desde já eu te digo
Que não és nenhum revoltado.
Na tua reflexão-ação- reflexão
Te tornaste um revolucionário.
.
Revolucionária eu também sou:
Sou a voz que a indiferença não calou.
Há pessoas exploradas por gente covarde
E há pessoas que acreditam em falsas verdades.
.
Precisamos lutar contra a dominação reinante
De um sistema excludente, injusto e intolerante,
Que só admite a discriminação e a desigualdade.
Chega! Temos de lutar pela nossa liberdade.
.
E, juntos, seguiremos cantando para o mundo ouvir:
À luta nós iremos, não vamos desistir
De tornar nossa linda utopia real
E construir um país mais justo, mais igual. .
(por Vapormaligno e Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira)
.
Sempre ouço muitas pessoas a me dizer
Que sou revoltado, pessimista, triste, entre outras coisas.
Mas como posso ficar parado, sem nada fazer,
E levando a vida numa boa?
Não perco meu tempo respondendo às tais.
Escrevendo um pouco, consigo dizer mais...
.
Como não ser revoltado com a corrupção massiva e exacerbada?
Que é o câncer a destruir meu lindo país...
Como não ser revoltado com tantos hipócritas, que fingem não saber de nada?
E ainda há quem diga “O que foi que eu fiz?”
Como não ser revoltado com a ganância desenfreada
Que destrói florestas, mata os rios com suas hidrelétricas,
Por conta do interesse da elite frívola e endinheirada?
.
Deus sabe como eu me sinto.
Posso ser revoltado, mas não sou omisso.
Diariamente, travo uma luta em minha mente:
Ideias utópicas brotam, não são apenas sementes.
.
Brasil, sou filho teu, não fujo à luta, vou partir para a ação.
Vou na força da união, pois uma só andorinha não faz verão.
Por isso, amiga, eu te chamei para compartilhar
Este poema que é um canto para nos libertar.
.
Amigo, desde já eu te digo
Que não és nenhum revoltado.
Na tua reflexão-ação- reflexão
Te tornaste um revolucionário.
.
Revolucionária eu também sou:
Sou a voz que a indiferença não calou.
Há pessoas exploradas por gente covarde
E há pessoas que acreditam em falsas verdades.
.
Precisamos lutar contra a dominação reinante
De um sistema excludente, injusto e intolerante,
Que só admite a discriminação e a desigualdade.
Chega! Temos de lutar pela nossa liberdade.
.
E, juntos, seguiremos cantando para o mundo ouvir:
À luta nós iremos, não vamos desistir
De tornar nossa linda utopia real
E construir um país mais justo, mais igual. .
.
.
(des)controle remoto
as vezes me sinto culpado
fico tão mal
por isso falo demais
repito sempre
a mesma ladainha
dói muito saber que tenho
um dedo no botão
que acende o lixo
onde meu filho joga
os olhos.
wilson guanais
http://wguanais.blogspot.com/
Conheça meu novo espaço onde posto textos recentes e algumas imagens:
as vezes me sinto culpado
fico tão mal
por isso falo demais
repito sempre
a mesma ladainha
dói muito saber que tenho
um dedo no botão
que acende o lixo
onde meu filho joga
os olhos.
wilson guanais
http://wguanais.blogspot.com/
Conheça meu novo espaço onde posto textos recentes e algumas imagens:
Velho sentimento novo
wilson guanais
.
.
Em dizer de palavras
Afogo em palavras - duras, versáteis, cruéis
sem rimas nem alegorias
cruas, nuas , tais quais as são.
Beijo a boca do escarro cuspido e invejado
no coração do homem que vê, mas não sente:
a palavra nos torna curéis.
Ora, a palavra nos faz amados.
Renato Ledo
Afogo em palavras - duras, versáteis, cruéis
sem rimas nem alegorias
cruas, nuas , tais quais as são.
Beijo a boca do escarro cuspido e invejado
no coração do homem que vê, mas não sente:
a palavra nos torna curéis.
Ora, a palavra nos faz amados.
Renato Ledo
.
.
Meu blog. Espero sua visita.
http://patriciapoesiasefrases.blogspot.com/
Patricia Andrea
Patricia Andrea
.
.
ADOTEI A PAZ!
Há uma paz comigo
Que levo por onde for
.
Faço da paz o meu abrigo
E da luz minha força interior
.
Essa é minha decisão
Que torna fértil meu coração
Na essência do amor que ele traz
.
Apresento o meu blog também poético.
Charles Fonseca
.
.
CAOS
.
Vejo cairem as travas
que cobrem meus olhos
ruem todas as estruturas
que edificam meu ser
Já não sei se....
.
Cato minhas feridas
antes que ele se instale
ou espero resignado
silenciosamente o fim.
.
Luís Carlos Mordegane
.
Vejo cairem as travas
que cobrem meus olhos
ruem todas as estruturas
que edificam meu ser
Já não sei se....
.
Cato minhas feridas
antes que ele se instale
ou espero resignado
silenciosamente o fim.
.
Luís Carlos Mordegane
.
.
MINHA,
Minha trova é prova que luto contra o ódio das pessoas.
Minha minha continha saudades de outros tempos melhores.
Minha viola é a mola da minha inspiração pela alegria que quero para todos.
Minha calma é a alma da minha esperança que boas novas virão.
Minha fome é de quem não come paz desde que nasceu.
Minha determinação é para a correção da falta de fé que está por aí.
Minha correria deveria ser em busca da honestidade que não se vê.
Minha vontade é de que a realidade das coisas mudem para melhor.
Minha luta é bruta: é contra o desamor que se pratica.
Minha ansiedade é para as cidades se voltem aos Homens e nãos ás coisas materiais.
Minha consciência visa a ciência da fraternidade.
Minha procura é para a cura das desigualdades.
Minha realidade seria que a verdade que vejo fosse a mesma que penso.
Minha vida duvida que o mundo possa ser melhor.
Minha fé me apóia até : Dá –me força para que eu tente mudar os desalinhos que percebo.
Minha busca ofusca o racional. Quero encontrar-me, e observar se o que almejo existe.
Luiz Leme Franco
Minha trova é prova que luto contra o ódio das pessoas.
Minha minha continha saudades de outros tempos melhores.
Minha viola é a mola da minha inspiração pela alegria que quero para todos.
Minha calma é a alma da minha esperança que boas novas virão.
Minha fome é de quem não come paz desde que nasceu.
Minha determinação é para a correção da falta de fé que está por aí.
Minha correria deveria ser em busca da honestidade que não se vê.
Minha vontade é de que a realidade das coisas mudem para melhor.
Minha luta é bruta: é contra o desamor que se pratica.
Minha ansiedade é para as cidades se voltem aos Homens e nãos ás coisas materiais.
Minha consciência visa a ciência da fraternidade.
Minha procura é para a cura das desigualdades.
Minha realidade seria que a verdade que vejo fosse a mesma que penso.
Minha vida duvida que o mundo possa ser melhor.
Minha fé me apóia até : Dá –me força para que eu tente mudar os desalinhos que percebo.
Minha busca ofusca o racional. Quero encontrar-me, e observar se o que almejo existe.
Luiz Leme Franco
.
.
POETAS E SITES LITERÁRIOS.
ESTE JORNAL FOI FUNDADO E PUBLICADO
MENSALMENTE PELO POETA IDEALISTA,ANTÔNIO ISAIR HÁ 25 ANOS ININTERRUPTOS AQUI EM JUIZ DE FORA,MG .
PELA 1ª VEZ FOI DIGITALIZADO EM ARQUIVO .PDF
TRATA-SE DE UMA INOLVIDÁVEL FAÇANHA QUE DEVE
SER CANTADA EM PROSA E VERSO PELOS QUATRO CANTOS DESTE PLANETA REI, TÃO DESGASTADO PELA AMBIÇÃO CONSUMISTA
DAQUELE CONSIDERADO O MAIS INTELIGENTE ENTRE OS SERES VIVOS.
PARABÉNS PARA O JORNAL DO POETA EM SUAS BODAS DE PRATA .QUE O NOSSO JOVEM SONHADOR E REALIZADOR VIVA
POR MUITOS ANOS ENTRE NÓS PARA DAR PROSSEGUIMENTO
A ESTA OBRA GIGANTESCA CONTIDA NESTE GRANDE JORNAL DE OITO PÁGINAS LITERÁRIAS
ABRAÇOS DE eberjf@yahoo.com.br
Blog: http://jornal-poeta.blogspot.com
Antônio Isair da Silva - jornaldopoeta@gmail.
.
.
Ser poeta
Graça Ribeiro
Ser poeta é ter no coração eterna chama
que desperta o calor da palavra mais fria
E na tessitura da letra procurar a trama
que traduza os sentimentos de todo dia
É colocar nas pontas dos dedos esta magia
e conduzir-se por essa via de impermanência
buscando ouvir o pranto e sentir toda poesia
para libertar o esquecido dentro da essência.
É ter desejos que vão muito além do possível
Calçar os pés com as asas da inusitada fantasia
Imaginar o prazer do beijo irreal e inacessível.
É na alma da palavra amar todos os sentidos
Recolher versos e sonhos perdidos no caminho
e na solidão do poema nunca se sentir sozinho.
Ser poeta é ter no coração eterna chama
que desperta o calor da palavra mais fria
E na tessitura da letra procurar a trama
que traduza os sentimentos de todo dia
É colocar nas pontas dos dedos esta magia
e conduzir-se por essa via de impermanência
buscando ouvir o pranto e sentir toda poesia
para libertar o esquecido dentro da essência.
É ter desejos que vão muito além do possível
Calçar os pés com as asas da inusitada fantasia
Imaginar o prazer do beijo irreal e inacessível.
É na alma da palavra amar todos os sentidos
Recolher versos e sonhos perdidos no caminho
e na solidão do poema nunca se sentir sozinho.
.
.
Poesia sem Rosto
[Patricia Montenegro]
A poesia,
Que teço,
Com os fios da emoção,
Não tem uma cor definida,
É a mistura de todos os matizes,
Não é feita de uma só nota musical,
Mas de todas,
Juntas e misturadas,
Tem sorrisos,
E lagrimas,
Amores,
E saudades,
A poesia que teço,
Não tem um rosto,
Mas sim todos os rostos,
Tem face de quem a sente,
Em sua essência,
A poesia que teço,
Não é minha,
Mas de quem a sente,
Com a liberdade,
Da alma e do coração
.
.
Renúncia...
.
Não esperes muita coisa
a não ser a fortaleza monótona e vazia
que contorna teus sonhos pueris...
Nada te posso prometer
nem revelar a fonte de lampejos
onde, de alguma forma,
possas alimentar ilusões perdidas...
Construo pensamentos de ausência
para que,
na perenidade dos dias,
cada vez, possam cercar-me mais de ti...
O eco dissonante de minha passagem
permanecerá para sempre
enclausurado no silêncio
das distâncias impossíveis
que demarcam translúcidos
o teu corpo e o meu...
E, com premeditada e nostálgica dor,
pouco a pouco,
me afasto do teu olhar...
.
Vinhedo, 20 de janeiro de 2012.
.
Benevides Garcia
.
Não esperes muita coisa
a não ser a fortaleza monótona e vazia
que contorna teus sonhos pueris...
Nada te posso prometer
nem revelar a fonte de lampejos
onde, de alguma forma,
possas alimentar ilusões perdidas...
Construo pensamentos de ausência
para que,
na perenidade dos dias,
cada vez, possam cercar-me mais de ti...
O eco dissonante de minha passagem
permanecerá para sempre
enclausurado no silêncio
das distâncias impossíveis
que demarcam translúcidos
o teu corpo e o meu...
E, com premeditada e nostálgica dor,
pouco a pouco,
me afasto do teu olhar...
.
Vinhedo, 20 de janeiro de 2012.
.
Benevides Garcia
.
.
Nossa Palavra - O ano é novo, mas a solicitação é antiga - PEC 150 JÁ!
Está na hora de unir esforços pela sensibilização dos nossos representantes em Brasília para a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional - PEC 150/03, que determina a vinculação de 2% dos recursos do Orçamento da União, 1,5% dos estados e 1% dos municípios à preservação do patrimônio cultural brasileiro e à produção e difusão da cultura nacional. União terá ainda que dividir 50% de sua cota da Cultura com as outras unidades da Federação - 25% com os estados e 25% com os municípios.
Oficina Elaboração de Projetos - Inscrições abertas para as duas primeiras turmas do ano
A Oficina de Elaboração de Projetos Sócio Culturais acontece regularmente várias vezes ao ano. São 24 horas /aula onde tratamos da confecção de um projeto, da ideia à viabilização financeira. Como escrever planilhas, elabroar uma campanha de marketins e mídeia e efetivar o sonho. As primeiras turmas de 2012 já tem datas agendadas.
Quem pode participar - Qualquer interessado no tema, pessoas que já elaborem projetos, administradores, contadores, advogados, artistas (músicos, atores, bailarinos, artesãos, artistas plásticos, cantores, etc), gestores públicos e administradores de ONG´s e projetos, etc.
ou Solicite mais informações preenchendo o formulário em http://umail.getshop.me/link.php?M=370898&N=124&L=156&F=H
Gestão Cultural nas férias - Oficina em Mogi das Cruzes (SP)
O Curso de GESTÃO CULTURAL tem por objetivo abordar os temas mais preocupantes para quem gerencia uma ação social ou cultural. ]
São 36 horas/aula onde tratamos do planejamento estratégico para carreiras e instituições e a confecção de um projeto - da ideia à viabilização financeira. Comos escrever planilhas, elaborar uma campanha de marketing e mídia e efetivar o sonho. A atividade acontece no período de férias sempre às 6as.feiras a partir de 27 de janeiro.
O Curso de GESTÃO CULTURAL tem por objetivo abordar os temas mais preocupantes para quem gerencia uma ação social ou cultural. ]
São 36 horas/aula onde tratamos do planejamento estratégico para carreiras e instituições e a confecção de um projeto - da ideia à viabilização financeira. Comos escrever planilhas, elaborar uma campanha de marketing e mídia e efetivar o sonho. A atividade acontece no período de férias sempre às 6as.feiras a partir de 27 de janeiro.
Berlinda
Vida que as vezes é tão linda,
No oposto a tua beleza expõem o rosto ao desgosto - berlinda...
Finda então o gosto do espectador diante da tola visão.
Sonho vazio nos moldes da ilusão para alimentar a demente situação...
Enquanto nosso mundo ainda alienado, jaz aí parado ante a televisão.
Disputa a maldade sem beleza e sem pudor
Sem ao menos ligar para a dor
Na esperança de ver o algoz ser o vencedor.
O vingador desmascarado chora em seu papel...
Queria ser herói por todo amor,
Mas foi vencido no bordel da ignorância
Pela tolerância da nossa hipocrisia.
E nesta via sempre imaculada pelos intelectuais displicentes,
Desapreciam à vontade, manipulando a vontade de toda nossa gente...
Vida, as vezes sinto o mundo uma berlinda.
Cesar Moura.
.
.
FOLHAS MORTAS
Paulo Silveira de Ávila
Nos jardins dos sentimentos,
as folhas que caíram cobrem
o chão levadas pelo vento,
furioso e constante.
Flores plantadas na madrugada
quando a lua prateada os amores inspirava.
Folhas que não mais perecem nem entristecem,
na brandura frígida aparecem.
No bonito jardim,
outra rosa surge por certo uma orquídea,
que o inverno não teme se morrer sabe…
que morre por mim.
as folhas que caíram cobrem
o chão levadas pelo vento,
furioso e constante.
Flores plantadas na madrugada
quando a lua prateada os amores inspirava.
Folhas que não mais perecem nem entristecem,
na brandura frígida aparecem.
No bonito jardim,
outra rosa surge por certo uma orquídea,
que o inverno não teme se morrer sabe…
que morre por mim.
**********
HOJAS MUERTAS
Paulo Silveira de Ávila
En los jardines de los sentimientos,
las hojas que se cayeron cubren
el suelo llevadas por el viento,
furioso y constante.
Flores plantadas en la madrugada
cuando la luna prateada los amores inspiraba.
Hojas que no más perecen ni entristecen,
en la brandura frígida aparecen.
En el bonito jardín,
otra rosa surge por cierto una orquídea,
que el invierno no teme morirse sabe…
que muere por mí.
las hojas que se cayeron cubren
el suelo llevadas por el viento,
furioso y constante.
Flores plantadas en la madrugada
cuando la luna prateada los amores inspiraba.
Hojas que no más perecen ni entristecen,
en la brandura frígida aparecen.
En el bonito jardín,
otra rosa surge por cierto una orquídea,
que el invierno no teme morirse sabe…
que muere por mí.
.
.
FALEI CONTIGO
Quando contigo falo, tudo
a minha volta se transforma,
pode ser noite, mas a luz
que irradias mesmo a
distância, a tudo ilumina.
Estrela maior, de um firmamento
que só eu vejo, vem rápido
e perto fica, faz de mim
teu querer constante, me trata
como se propriedade tua fosse.
Se só minha deusa de um céu,
que só prá nós existe,
permite sempre que eu te veja,
deixa essa distância, no nunca.
Vive junto a mim o hoje, bem
mais perto, e que esse, presente
nunca volte ser o, ontem
e muito menos vire, um passado
permanente.
(Roldão Aires)
.
Quando contigo falo, tudo
a minha volta se transforma,
pode ser noite, mas a luz
que irradias mesmo a
distância, a tudo ilumina.
Estrela maior, de um firmamento
que só eu vejo, vem rápido
e perto fica, faz de mim
teu querer constante, me trata
como se propriedade tua fosse.
Se só minha deusa de um céu,
que só prá nós existe,
permite sempre que eu te veja,
deixa essa distância, no nunca.
Vive junto a mim o hoje, bem
mais perto, e que esse, presente
nunca volte ser o, ontem
e muito menos vire, um passado
permanente.
(Roldão Aires)
.
.
O Ideal e o Real
Manoel Virgílio
Sonhando co’o ideal nunca vivido,
Vivendo seu viver muito sofrido.
Sonhando co’uma vida surreal,
Porém vivendo, sempre, uma real.
Futuro é ideal somente em sonho.
Um sonho que jamais realizado?
Será que está, no além, sempre, tristonho?
Real é só o presente ou o passado!
Futuro projetamos p’ra luzir,
Buscando nossa vida conduzir
Num plano que ideal e mui sonhado.
Na vida, a que real, nosso porvir,
Virá, muitas das vezes, iludir:
Porque, raro, o futuro é o almejado.
.
.
Assombração
Lá vem aquele suspiro
estufado de lembranças
que alimentam fantasias
e semeiam esperanças!
Depois deixa um vazio
debruado de lembretes
enfeites da meninice
que não quer envelhecer!
No entanto não queremos
esquecer de suspirar
e quanto mais envelhecemos
mais dos ais somos escravos.
Anoiteço e amanheço
dormindo ou acordada
sou escrava, reconheço,
desta saudade fantasma!
16/01/2012
OlgaMatos
.
.
Gesto irônico
Na tentativa de querer amar,
Minhas mãos agarram-se às tuas,
Num gesto, quem sabe irônico,
De proteger a antiga indecisão,
Esta visita que jamais chega
A ser íntima de nós dois.
É verdade, estou pasmo,
Fiquei velho para discorrer
Sobre o rumo da relação,
Desde que descobri que
Pouco ou nada faço
Para ser melhor amante.
Rio de mim, embora em silêncio,
E desnudo o corpo encanecido,
Na perspectiva de conhecer,
Ainda que só por agora,
Qual o preço do meu prazer,
Quando me examino no espelho.
Nada tornará diferente a leitura
Do que está por perto
E tão próximo que pareça inútil,
Se até não for ridículo,
Tentar força uma concentração
Para breve instante de gotas e estupor!
Daladier Carlos
13 janeiro, 2012
.
.
.
DE ONDE VEM O BAIÃO?
Clóvis Campêlo
Em tempos de bandas de baião eletrônico, caberia repetirmos a pergunta do poeta: de onde vem o baião? Vem de baixo, do barro, do chão?
Segundo o estudioso da música popular brasileira, José Ramos Tinhorão, tão ridicularizado pelos intelectuais cariocas do finado O Pasquim, nos anos 70, o baião teve a sua origem em um tipo de batida de viola chamado exatamente de "baião".
Assim sendo, ainda segundo Tinhorão, o baião nasceu provavelmente de uma forma especial dos violeiros da zona rural do Nordeste tocarem lundus, que por lá chegaram com o nome de "baiano". De "baiano" à "baião" foi um pulo de vários acordes e notas. O pesquisador reforça a sua opinião ao lembrar de um depoimento prestado pelo compositor e sanfoneiro Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, à revista Veja, em 15 de março de 1972: "Quando toquei o baião para ele (Humberto Teixeira), saiu a idéia de um novo gênero. Mas o baião já existia como coisa do folclore. Eu tirei do bojo da viola do cantador, quando faz o tempero para entrar na cantoria e dá aquela batida, aquela cadência no bojo da viola. A palavra também já existia. Uns dizem que vem do baiano, outros que vem de baía grande. Daí o baiano que saiu cantando pelo sertão deixou lá a batida e os cantadores do Nordeste ficaram com a cadência. O que não existia era uma música que caracterizasse o baião como ritmo. Era uma coisa que se falava: "Dá um baião aí..." Tinha só o tempero, que era o prelúdio da cantoria. É aquilo que o cantador faz, quando começa a pontilhar a viola, esperando a inspiração".
Para reforçar a sua opinião, o pesquisador cita ainda a folclorista Marisa Lira, em um artigo intitulado "Baião I", da série Brasil Sonoro, publicado no jornal Diário de Notícias do Rio de Janeiro, em 1º de março de 1958, onde ela afirma: "O baião é de um modo geral o ritmo da viola sertaneja. Tanto que no Ceará, Pernambuco e Paraíba, tocar baião significa marar na viola o ritmo alegre e contagiante com que se acompanham os cantadores nos improvisos, desafios e pelejas". Ou seja, Tinhorão confronta opiniões de duas fontes distintas, ambas abalizadas, e confirma a coincidência de informações.
Seguindo essa linha de raciocínio e procurando chegar às condições que propiciaram a aceitação do baião no meio urbano brasileiro, Tinhorão destaca ainda a contribuição dada a esse processo evolutivo pelo maestro cearense Lauro Maia. Precocemente falecido em 1950, aos 37 anos de idade, ele percebeu a riqueza melódica desse manacial da música nordestina, criando um ritmo chamado de "balanceio", que já não era mais o ponteio das violas, embora dela aproveitasse o ritmo, e nem era ainda o baião estilizado da forma como o organizaram Gonzagão e Humberto Teixeira.
Portanto, o baião surgiu como um desdobramento da batida dos violeiros nordestinos tocadores de lundus, passando pelo balanceio do cearense Lauro Maia e desaguando em um cenário urbano repleto da mesmice dos boleros e dos sambas-canção abolerados. Nessa época, a MPB ainda incipiente estava estagnada.
Em 1946, Gonzagão e Humberto Teixeira lançaram a música intitulada "Baião", onde, segundo Tinhorão, "o novo gênero se apresentava, de maneira muito feliz, com uma letra em que, além de acentuar essa novidade, ainda revelava claramente o seu próposito de servir com ritmo de dança".
Assim, enquanto o samba se amolengava desde meados da década de 1940, segundo o musicólogo Cruz Cordeiro, também citado por Tinhorão, sendo mais bolero, blue, tango, qualquer outra coisa, menos samba brasileiro, o baião ganhava popularidade rapidamente, pela vitalidade do seu ritmo, e conquistava o Brasil e o exterior.
FONTE: TINHORÃO, José Ramos, Pequena História da Música Popular, Editora Vozes, Petrópolis, 1974, pag. 209/217. Publicado no Jornal do Commercio, Recife, domingo, 06.06.2010, Opinião, pág. 11.
Clóvis Campêlo
Em tempos de bandas de baião eletrônico, caberia repetirmos a pergunta do poeta: de onde vem o baião? Vem de baixo, do barro, do chão?
Segundo o estudioso da música popular brasileira, José Ramos Tinhorão, tão ridicularizado pelos intelectuais cariocas do finado O Pasquim, nos anos 70, o baião teve a sua origem em um tipo de batida de viola chamado exatamente de "baião".
Assim sendo, ainda segundo Tinhorão, o baião nasceu provavelmente de uma forma especial dos violeiros da zona rural do Nordeste tocarem lundus, que por lá chegaram com o nome de "baiano". De "baiano" à "baião" foi um pulo de vários acordes e notas. O pesquisador reforça a sua opinião ao lembrar de um depoimento prestado pelo compositor e sanfoneiro Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, à revista Veja, em 15 de março de 1972: "Quando toquei o baião para ele (Humberto Teixeira), saiu a idéia de um novo gênero. Mas o baião já existia como coisa do folclore. Eu tirei do bojo da viola do cantador, quando faz o tempero para entrar na cantoria e dá aquela batida, aquela cadência no bojo da viola. A palavra também já existia. Uns dizem que vem do baiano, outros que vem de baía grande. Daí o baiano que saiu cantando pelo sertão deixou lá a batida e os cantadores do Nordeste ficaram com a cadência. O que não existia era uma música que caracterizasse o baião como ritmo. Era uma coisa que se falava: "Dá um baião aí..." Tinha só o tempero, que era o prelúdio da cantoria. É aquilo que o cantador faz, quando começa a pontilhar a viola, esperando a inspiração".
Para reforçar a sua opinião, o pesquisador cita ainda a folclorista Marisa Lira, em um artigo intitulado "Baião I", da série Brasil Sonoro, publicado no jornal Diário de Notícias do Rio de Janeiro, em 1º de março de 1958, onde ela afirma: "O baião é de um modo geral o ritmo da viola sertaneja. Tanto que no Ceará, Pernambuco e Paraíba, tocar baião significa marar na viola o ritmo alegre e contagiante com que se acompanham os cantadores nos improvisos, desafios e pelejas". Ou seja, Tinhorão confronta opiniões de duas fontes distintas, ambas abalizadas, e confirma a coincidência de informações.
Seguindo essa linha de raciocínio e procurando chegar às condições que propiciaram a aceitação do baião no meio urbano brasileiro, Tinhorão destaca ainda a contribuição dada a esse processo evolutivo pelo maestro cearense Lauro Maia. Precocemente falecido em 1950, aos 37 anos de idade, ele percebeu a riqueza melódica desse manacial da música nordestina, criando um ritmo chamado de "balanceio", que já não era mais o ponteio das violas, embora dela aproveitasse o ritmo, e nem era ainda o baião estilizado da forma como o organizaram Gonzagão e Humberto Teixeira.
Portanto, o baião surgiu como um desdobramento da batida dos violeiros nordestinos tocadores de lundus, passando pelo balanceio do cearense Lauro Maia e desaguando em um cenário urbano repleto da mesmice dos boleros e dos sambas-canção abolerados. Nessa época, a MPB ainda incipiente estava estagnada.
Em 1946, Gonzagão e Humberto Teixeira lançaram a música intitulada "Baião", onde, segundo Tinhorão, "o novo gênero se apresentava, de maneira muito feliz, com uma letra em que, além de acentuar essa novidade, ainda revelava claramente o seu próposito de servir com ritmo de dança".
Assim, enquanto o samba se amolengava desde meados da década de 1940, segundo o musicólogo Cruz Cordeiro, também citado por Tinhorão, sendo mais bolero, blue, tango, qualquer outra coisa, menos samba brasileiro, o baião ganhava popularidade rapidamente, pela vitalidade do seu ritmo, e conquistava o Brasil e o exterior.
FONTE: TINHORÃO, José Ramos, Pequena História da Música Popular, Editora Vozes, Petrópolis, 1974, pag. 209/217. Publicado no Jornal do Commercio, Recife, domingo, 06.06.2010, Opinião, pág. 11.
.
.
CRÔNICA POLICIAL
Infelizmente (para desabafar) tenho que escrever esta crônica policial. Acabo de ver na televisão que dois jovens, filhos de militares, foram presos por cometerem assaltos. Um filho de um militar da Aeronáutica e o outro do Corpo de Bombeiros. Como eu estou evitando assistir esses telejornais sensacionalistas, não preocupei-me em ouvir os detalhes para descrevê-los agora. Mas essa coisa ficou me martelando, me incomodando e o jeito de tentar livrar-me foi esse: Escrever esta crônica.
Esse não é o primeiro caso de filhos de autoridades cometendo atos contra a sociedade. Se for enumerar, já aconteceram centenas. Mas de quem é a culpa? Será dos pais que criaram os filhos mostrando-lhes que eles são filhos de autoridades, e podem fazer o que bem quiserem que não vai dar em nada? Será que os filhos cometem esses abusos porque viram os pais cometerem? Não! A causa fica difícil de explicar.
Uma vez (já faz tempo) eu vi um delegado de policia IMPLORANDO, na televisão, que o filho se entregasse à polícia. Imaginem a dor desse pai, um delegado respeitado, condecorado, ver o filho tornar-se um marginal... Resultado: O filho não se entregou, e acabou sendo morto em confronto com a polícia. Será que ele queria isso para o filho?
Talvez a culpa de tudo isso esteja na Justiça, pois esta obedece a Leis antigas. Leis do tempo em que os marginais tinham um “código de ética”: Respeitavam a polícia. Leis do tempo em que a bandidagem não era tão violenta, como hoje, e chegava ser até “romântica”. Quando você ouve, lê ou assiste histórias de Madame Satã, Bandido da Luz Vermelha e outros, você sente que eles tinham um certo “respeito” pelo ser humano. Eles queriam ser temidos, respeitados, admirados, mas não é como hoje, que os caras se sentem Deus. Outra coisa: Os marginais de antigamente não faziam fortuna causando a destruição dos seres humanos. Os que “conseguiam” alguma coisa à mais, eram os assaltantes de bancos e etc. Os outros só queriam uma vida fácil. Era um “descuido” aqui, uma trapaça ali... Acho que não pensavam em enriquecer. Se eu for ficar comparando as diferenças, vou encher a página.
Voltando para o prato principal: Eu acho que a culpa de tudo isso é da Justiça, porque fica legislando com Leis antigas. Essa Lei do menor de idade já deveria ter sido revista. Tem meninos de dez anos, mirrados, franzinos, mas que manejam uma arma de fogo com mais agilidade do que muitos adultos. E os traficantes se aproveitam disso: Da impunidade por ser menor, e usam os “pequenos” para fazerem os “trabalhos” dos grandes. Todo mundo está vendo isso. Será que a Justiça é tão cega, que é a única que não está vendo? Outra coisa são esses indultos. Para que soltar marginal, porque é dia dos pais, sexta feira santa, natal... É soltando, e eles cometendo as mesmas coisas que os colocaram no xadrez. E a maioria não retorna... É só para dar trabalho aos policiais de terem que prendê-los outra vez. Quer dizer: Parece que a Justiça não gosta da Polícia. Às vezes o policial dá um duro danado para prender um marginal, mas a Justiça olha para o marginal, (como ela é cega) não enxerga nada de mais, e solta o meliante... E aí, você me diz o quê? Olhe, eu vou ficando por aqui. Se eu deixar minha indignação ir em frente, esse texto ficará enorme.
A.J. Cardiais
19.01.2012
M- Meus acrósticos, são simples, limitados;
E- Eles não serão escritos por um especialista
U- Uso frases cantantes e textos rimados
S- Sou somente um rimador otimista
A- Assim, são versejados com alegria
C- Contando historia, sem nenhuma fantasia,
R- Recheadas de emoção e liberdade
O- Ornamentadas com paz e fraternidade
S- Sinto-me bem quando estou escrevendo,
T- Tomara que eles toquem a quem esta lendo!
I- Isso me tornaria bastante feliz...
C- Cabe-me citar que sou aprendiz
O- Os especialistas poderão me avaliar,
S- Saibam que de escrever não vou parar...
Poema do Pai Nosso
Pai nosso que estás na terra,
no céu e em toda parte.
Pai da paz, de um povo em guerra,
fez do mundo uma obra de arte.
Santificado meu Deus,
seja teu nome de luz,
que em todo lugar reluz,
até coração de ateus
Venha aos nossos sentimentos,
teu reino de felicidade,
que faz a todos os momentos,
vibrar-mos com tua verdade.
A Vossa vontade comanda,
a nossa em segundo plano,
nesse mundo que desanda,
em completo desengano.
Que a nossa alimentação,
não seja somente pão,
porque o manjar real,
vem do espirito e da moral.
Aos nossos erros perdoe,
muita ofensa cometida,
quem me ofendeu nessa vida,
já perdoei; me abençoe
São tantas as tentações,
livrai-nos delas senhor,
protegei-nos com as armações
de fé, esperança e amor.
Livrai-nos do mal também,
assim seja...Amém
Franklin Lopes de Freitas
.
.
AMBIGUIDADES
Sou!
Sou um mundo em miniatura.
Microscópica na aparência.
Ciclópica nos sonhos.
Sou!
Sou herdeira da luz infinita.
Do amor.
Da maldade.
Da amizade.
Da inveja.
Sou!
Sou heroína.
Sou bandida.
Sou perdedora.
Sou vencedora planetária.
Tivergeso
Por isso sou!
Sou pranto.
Sou riso.
Delínquo.
Sou bondade.
Sou ventura.
Sou radiosa.
Sou força.
Sou vacilante.
Sou propensa ao mal.
Sou fatuidade.
Sou vento que açoita.
Sou a flor que se abre.
Sou o útero que abriga.
Sou a noite negra das trevas.
Sou o luar que ilumina.
Sou a estagnação.
Sou o poder.
Sou a inércia.
Sou fértil.
Sou pântano estéril.
Sou o campo verde.
Sou o peito que amamenta.
Ambiguidade.
Dor e dever.
Sou o sol que aquece.
Sou a água que dá vida.
Sou pensamento
Que navega pelos ares,
Pelos mares,
Pelo éter!
Sou satélite que gravita.
Que permanece na morte e na vida,
Prolongando o momento diáfano
Do encontro final.
Sou melodia em surdina
Depois num crescendo
Sou o êxtase!
Sou o aroma.
O cheiro.
A flor.
O pólen.
A luz.
O átomo.
Sou eu.
Sou você.
Somos nós!
Sou um mundo em miniatura.
Microscópica na aparência.
Ciclópica nos sonhos.
Sou!
Sou herdeira da luz infinita.
Do amor.
Da maldade.
Da amizade.
Da inveja.
Sou!
Sou heroína.
Sou bandida.
Sou perdedora.
Sou vencedora planetária.
Tivergeso
Por isso sou!
Sou pranto.
Sou riso.
Delínquo.
Sou bondade.
Sou ventura.
Sou radiosa.
Sou força.
Sou vacilante.
Sou propensa ao mal.
Sou fatuidade.
Sou vento que açoita.
Sou a flor que se abre.
Sou o útero que abriga.
Sou a noite negra das trevas.
Sou o luar que ilumina.
Sou a estagnação.
Sou o poder.
Sou a inércia.
Sou fértil.
Sou pântano estéril.
Sou o campo verde.
Sou o peito que amamenta.
Ambiguidade.
Dor e dever.
Sou o sol que aquece.
Sou a água que dá vida.
Sou pensamento
Que navega pelos ares,
Pelos mares,
Pelo éter!
Sou satélite que gravita.
Que permanece na morte e na vida,
Prolongando o momento diáfano
Do encontro final.
Sou melodia em surdina
Depois num crescendo
Sou o êxtase!
Sou o aroma.
O cheiro.
A flor.
O pólen.
A luz.
O átomo.
Sou eu.
Sou você.
Somos nós!
Delasnieve Daspet
Triste Sina
Iracema Zanetti
Sinto-me triste
Meus pensamentos cristalizaram-se
De tal forma a ponto do meu olhar
Perder-se no vazio e transcender-se
Muito além do horizonte onde fantasmas
Estão à me esperar!
O que fiz da minha vida
Não escolhi palavras sábias
O que fiz da minha vida
Não escolhi palavras sábias
Deixei fluir de minha boca as mais amargas
Magoando assim o ser que eu adorava!
Sinto saudade do canto do mar
Quando às tardinhas sentávamos nos rochedos
Para admirar as lindas cores do pôr-do-sol ainda a brilhar!
Saudade das altas vagas
Da carícia da areia fina e branca da praia
Que as marolas beijavam com amor!
Saudade da tua voz do teu sorriso gostoso
Do nosso companheirismo
Do entrelaçar de nossas mãos
Da tua bondade e paciência
Sempre concedendo-me
Teu suave sorriso e teu perdão!
Ah por que não ouvi meu pequeno coração
Por que dei ouvidos à voz da razão
Razão irreverente ausente de sentimentos
E de doces e meigas palavras...
Em sua forma fria de julgamento
Jamais me aconselhaste uma só vez
A ouvir meu coração me julgar!
Não me alertaste sobre a dor que eu sentiria
Com a ausência do teu amor
Como pedir desculpas a um anjo
Que sempre me viu com olhar de bondade!
Meu castigo eu mesma escolhi
Viver além do horizonte perdido
Sob a sombra dos meus fantasmas
E bem distante do meu amor!
.
.
UM SÓ BRASIL
Era um casebre improvisado. Não tinha jardim suspenso, não tinha lago. A cascata descia morro abaixo. A insalubridade foi lavrada em escritura informal. A dignidade humana foi limitada às páginas de um jornal. Todos os pobres e miseráveis viviam ali cada vez mais ignorados. Excluídos sociais se alistavam de eleição em eleição. Todos os maiores de dezesseis anos votavam pela igualdade preconizada pela mesma Lei. Todos os habitantes eram considerados favelados oriundos do tempo do vice-rei. Nem todos os moradores foram avisados dos riscos que corriam. Todos os muros erguidos não solucionaram os crimes que nunca se prescreviam. Todos foram lesados pela falsa cidadania. Todos foram banidos pela falência da democracia. Um ou outro dormia. Poucos sonhavam com o fim da periferia. Mais de uma barriga continuava vazia. Quem nos iludia?
Poderes perpetuados na desordem do dia. Poderes privilegiados pelos mandatários de plantão. Poderes desgovernados diante de tanta exclusão. Poderes equivocados diante de mais de uma mesa sem o pão de cada dia. Poderes alterados em direitos e deveres elencados numa mesma Constituição. Poderes enlatados em predicados nominais. Poderes denunciados em abusos mais que ocasionais. Poderes distanciados das necessidades fundamentais. Poderes nem sempre oxigenados em prerrogativas emergenciais. Poderes herdados em uso fruto. Poderes em busca continuada do absoluto. Poderes em luto decretado pela falsidade. Poderes movidos pela má vontade. Poderes sustentados pela má fé. Poderes submersos num mesmo dilúvio sem Noé.
E lá vem a Copa do Mundo com mais de uma promessa de melhoria urbana. E lá vem a Copa do Mundo no circo da pátria dita republicana. E lá vem a Copa do Mundo para dizer que somos civilizados. E lá vem a Copa do Mundo para o desenvolvimento em nada sustentado. E lá vem a Copa do Mundo em partida sem partilha. E lá vem a Copa do Mundo para a mesma quadrilha sem fogueira de São João. E lá vem a Copa do Mundo na sorrateira corrupção institucional. E lá vem a Copa do Mundo na pratica corriqueira do nepotismo nada oculto em uma nação de dimensão continental. E lá vem a Copa do Mundo desaguar em mais de um estádio alagado em vendaval. E lá vem a Copa do Mundo trazer alegria para o povo relegado em representação política e social.
Enquanto isso, quem tem casa própria construída em área de risco aguarda, mais uma vez avisado, a próxima chuva quer seja na Primavera, no Outono, no Inverno ou no Verão. Enquanto isso, eleitores e eleitoras brincam de médico, de escolinha e de casinha de papelão. Enquanto isso, todos nós embarcamos num trilho sem vagão. Adote seus filhos e filhas pátria mãe gentil! Seja de fato e de direito para todos nós brasileiras e brasileiros um só Brasil!
Airton Reis é poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com
.
.
Maria Beatriz Silva
.
.
Me vesti de paz
Quando me percebo no perigo
Há uma luz que eu sigo
Quando é madrugada como agora,
ResponderExcluirSinto-me bem embora uma saudade
Sem definição, bata no meu coração.
Lido com ela com atenção que a danada
É esperta e se tiver permissão, enche
Meu peito e hoje já é domingo, não quero
Depressão, tristeza...
São lembranças da minha juventude tão florida,
Dos perfumes da casa dos meus pais, meus irmãos!
Quantas brincadeiras ao redor da farta mesa...
Fiquei perdida por aí e nem me reconheço,
Eu que era moça marota, esparramando alegria...
Acho injustas tantas perdas e não perdôo o tempo
Passando sem dó, arrepiando e levantando como
O vento a poeira, esta nuvem que cobre meus
Olhos vividos, enchendo-os de dores visíveis,
A "olhos nus", sem disfarces e lágrimas!
-Marília Bechara-
DD,
ResponderExcluirMas quando já é noite como agora,
Visito meus amigos que fazem morada
No meu coração, em plena confraternização...
Volto revigorada, cheia de energia, emergindo
Enfeitada de juventude em colares de esmeralda!
Sinto-me tão bonita, a ponto de amar-me como
É devido, exibindo para quem quizer, que amar é assim!
Beijos,
Marília Bechara-
Acordo assustada com o sonho que acabo de sonhar!
ResponderExcluirEstava de volta, vivendo morrendo momento que abomino...
Foi tão real que demorei a acreditar que estava passado.
Pois pensei enterrado e ei-lo assombrando, esmagando, descompassando
Meu timoneiro coração, atrasando a viagem do meu barco...
Recobro-me lentamente, grata à calmaria dos ventos em meus cabelos
Desalinhados, pois os tempos mudaram e o travesseiro é macio...
Desembarco da cama, pisando em solo firme de liberdade conquistada!
-Marília Bechara-