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POESIA
Luiz Carlos Leme Franco
Luiz Carlos Leme Franco
A poesia é sempre um lamento,
uma oração,um amor, um choro,
uma angústia, uma vida, um canto,
um nada ou um tudo. Uma música
interna ou externa. Um grito de arte
lançado no mundo pelo coração.
uma oração,um amor, um choro,
uma angústia, uma vida, um canto,
um nada ou um tudo. Uma música
interna ou externa. Um grito de arte
lançado no mundo pelo coração.
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ANOITECE
Luiz Carlos leme Franco
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Mais um dia morre
Mais uma noite aflora
Mais um dia de lida...
Como esta vida corre...
E nós, brigando.
Mais um dia morre
Mais uma noite aflora
Mais um dia de lida...
Como esta vida corre...
E nós, brigando.
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Escurece...
O sol, porém, não morreu hoje,
Como muitos de nós.
Adormeceu.
Escurece...
O sol, porém, não morreu hoje,
Como muitos de nós.
Adormeceu.
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Ele irá voltar (os nossos que foram, não)
Após um dia de luta na terra/Terra
Ele nos parece dizer
Que foi, apenas, descansar,
Para voltar no dia seguinte
Com seu calor (de paz).
Ele irá voltar (os nossos que foram, não)
Após um dia de luta na terra/Terra
Ele nos parece dizer
Que foi, apenas, descansar,
Para voltar no dia seguinte
Com seu calor (de paz).
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E nós, continuaremos
A nos matar.
Ao retirar-se
O sol nos proporciona ver
Aquele crepúsculo arrepiante,
aquela luz, aquele baile de cores: bombas.
E nós, continuaremos
A nos matar.
Ao retirar-se
O sol nos proporciona ver
Aquele crepúsculo arrepiante,
aquela luz, aquele baile de cores: bombas.
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Pensamos ter matado
Assim todos os dissabores, as aflições
que nos maltratavam
(um pouco de descanso na consciência de alguns).
Pensamos ter matado
Assim todos os dissabores, as aflições
que nos maltratavam
(um pouco de descanso na consciência de alguns).
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O sol está para ir-se.
O céu, enovelado
Por raios multicores _ Napalms --
está cada vez mais escuro !
O sol está para ir-se.
O céu, enovelado
Por raios multicores _ Napalms --
está cada vez mais escuro !
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O sol vai descansar .... ( e nós ?, que é que vamos ?)
A lua vem rende-lo,
Toda orgulhosa, como
Se sua noite fosse inocente, apesar dos tiros dos Homens.
O sol vai descansar .... ( e nós ?, que é que vamos ?)
A lua vem rende-lo,
Toda orgulhosa, como
Se sua noite fosse inocente, apesar dos tiros dos Homens.
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Crepúsculo...
Tão belo, suspirativo...
E o Homem estraga com morte
(e quantas já presenciamos!).
A esperança , a noite, com toda sua beleza já nos avizinha.
E a paz ?!
( -luiz carlos lemefranco- )
Crepúsculo...
Tão belo, suspirativo...
E o Homem estraga com morte
(e quantas já presenciamos!).
A esperança , a noite, com toda sua beleza já nos avizinha.
E a paz ?!
( -luiz carlos lemefranco- )
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Suicídio e Aconchego
Edvaldo Albino dos Passos
Edvaldo Albino dos Passos
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Na seiva daquela montanha....
distante,
Selvagem,
florificada,
Quero ir pra lá
.
Na janela daquela montanha....
Aberta,
colorida,
infinita,
Quero espiar a vida
.
No rio daquela montanha....
Ameno,
Pequeno,
Enganoso,
Quero molhar os olhos
.
No manto daquela montanha....
Grande
Aconchegante
Quero coibir minha angustia
.
Nas noites daquela montanha
Brandas
Málidas de poesias
Quero suicidar o suicídio da vida.
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Na seiva daquela montanha....
distante,
Selvagem,
florificada,
Quero ir pra lá
.
Na janela daquela montanha....
Aberta,
colorida,
infinita,
Quero espiar a vida
.
No rio daquela montanha....
Ameno,
Pequeno,
Enganoso,
Quero molhar os olhos
.
No manto daquela montanha....
Grande
Aconchegante
Quero coibir minha angustia
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Nas noites daquela montanha
Brandas
Málidas de poesias
Quero suicidar o suicídio da vida.
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A SÍNTESEClóvis Campêlo
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Neguei todos os preceitos
como quem renega a vida,
atingindo o próprio peito,
dilacerando a ferida
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(a mesma mão que afaga
acende o fogo e o apaga).
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Fiz do mundo o seu avesso,
vestido de manto espesso
para ser inacessível,
.
e conclui o desfecho
na imensidão do impossível.
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Recife, 2011
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A ANTÍTESEClóvis Campêlo
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Queria a revolução,
toda a mudança possível,
toda a certeza do não,
queria todo o não crível:
.
sabia que em pleno avesso
haveria um recomeço.
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Não contava, no entanto,
que para toda alegria
haveria o mesmo pranto,
.
que todo não era um sim,
e todo começo, um fim.
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Recife, 2007
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Plágio
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Copiei a vida imitando a arte
E parte de mim se fez assim,
O ágio preço da questão que soneguei.
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Sou imposto pago...
Às vezes verdade, outrora impostor
O amor que desejei, copio e não sei afinal quem é o autor.
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Toda dor mesmo em corpos diferentes, é a mesma dor...
Copio as minhas idéias tentando torna-las melhor,
Roubo a mim mesmo para me vender a sei lá quem!
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Eu me copio e também todo o bem,
Não posso pedir desculpas se por acaso minhas idéias vão além
E me encontro dentro do plano de alguém.
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Descobri desde criança ser assim
Cópia de meus pais por educação,
A matéria imputa de um professor,
Sou a religião proferida daquele tal pastor.
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Quando me olho no espelho, nem sempre me vejo!
Procuro por meu ágil ser da questão...
Mas o que encontro toda via,
É um plágio distorcido em minha visão.
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Sei agora não ser dono de nada...
Cesar Moura
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A MINHA PAZ!
Odenir Ferro
.
Gosto deste manto da minha Paz
Ao ficar no meu mundo, envolto.
Deixando adormecido, muito embora,
Sempre latente, o meu tão impulsivo
Amoroso explosivo Vulcão interior.
.
Gosto de ir adormecendo, refletindo,
Olhando a viva nudez do meu espelho.
Dançando reflexos do amor e do sonho
Nas sonoras margens destas superfícies
Plácidas! Dentro deste lago vulcânico,
Existente solene inerte na verve de mim!
Bem no mais alto deste topo rochoso,
Nesta montanha, abrigo do Vulcão!
.
Adormecido Vulcão que me enriquece!
Desconhecido Vulcão que me silencia
Nas incontidas palavras das razões,
Implosivas no meu doído eu cativo.
Das dores desconhecidas por mim,
Nos desafetos traiçoeiros reles.
Corrosivas mesquinhas emoções.
.
Adormecido Vulcão que estremece a Paz!
Onde no lago, tudo é silêncio noturno.
Onde a Lua cheia reflete fios prateados
Iluminando o sono e o sonho dos peixes.
Que silenciosos, esperam das rotineiras
Dádivas das manhãs numa monotonia igual
Sempre igual, a tantas e tantas outras!
.
Esperando esplendidas belezas velozes,
Quando o Amigo Sol, na sabedoria capaz,
Vem trocar a sua luz com a luz da Lua!
Quando vaidosas estrelas, adormecem
Cobrindo-se no silêncio do sereno!
.
Deixando o lago impregnado pelos exóticos
Perfumes extraídos da Seiva da Eternidade!
Num puro encanto de Perfeição, nesta Paixão
Esparramada no tépido da bruma, que vagarosa,
Pouco a pouco, vai se dissolvendo vaporosa
No calor do dia. À medida que o Sol eleva-se
No infinitivo cintilante azul do Eterno Céu!
.
Maravilhoso Céu, que me inspira os encantos
De sons ouvidos dentro da minha sonora Paz!
Dentro da harmonia dessa Paz, tão explosiva,
Que me aquiesce o coração ao ir entorpecendo-me
Com Códigos da Eternidade que caem na minh'alma!
.
Rabiscando no meu coração, resenhas, frases,
Senhas que desconheço, mas afoito, busco conhecer.
Quando amoroso e humano quero compreender
O que elas vão, sedimentando-se plácidas,
Neste lago onde atuam as minhas memórias.
.
Das sonoras e adocicadas águas das emoções
Entorpeço minh'alma no néctar das vivências
Que se desprendem tal qual sempre tão iguais
Às amarelecidas folhas, que outonais, dançam
Aos ventos do Amadurecimento, ao acaso,
Voando rumo à sombria Eternidade!
.
Salpicadas de profundos enternecidos
Torpores, deixados pelos resquícios,
Vão as amorosas memórias duma vida,
Um nome, ou as emoções históricas,
Carregando o perfil de cada um.
.
Onde o Amor é Seiva aromática da Vida
Que vem atirar as esculpidas flexadas
Dos amores saídos do Cupido do Amor
Residente nos nossos corações!
.
Odenir Ferro
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Gosto deste manto da minha Paz
Ao ficar no meu mundo, envolto.
Deixando adormecido, muito embora,
Sempre latente, o meu tão impulsivo
Amoroso explosivo Vulcão interior.
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Gosto de ir adormecendo, refletindo,
Olhando a viva nudez do meu espelho.
Dançando reflexos do amor e do sonho
Nas sonoras margens destas superfícies
Plácidas! Dentro deste lago vulcânico,
Existente solene inerte na verve de mim!
Bem no mais alto deste topo rochoso,
Nesta montanha, abrigo do Vulcão!
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Adormecido Vulcão que me enriquece!
Desconhecido Vulcão que me silencia
Nas incontidas palavras das razões,
Implosivas no meu doído eu cativo.
Das dores desconhecidas por mim,
Nos desafetos traiçoeiros reles.
Corrosivas mesquinhas emoções.
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Adormecido Vulcão que estremece a Paz!
Onde no lago, tudo é silêncio noturno.
Onde a Lua cheia reflete fios prateados
Iluminando o sono e o sonho dos peixes.
Que silenciosos, esperam das rotineiras
Dádivas das manhãs numa monotonia igual
Sempre igual, a tantas e tantas outras!
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Esperando esplendidas belezas velozes,
Quando o Amigo Sol, na sabedoria capaz,
Vem trocar a sua luz com a luz da Lua!
Quando vaidosas estrelas, adormecem
Cobrindo-se no silêncio do sereno!
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Deixando o lago impregnado pelos exóticos
Perfumes extraídos da Seiva da Eternidade!
Num puro encanto de Perfeição, nesta Paixão
Esparramada no tépido da bruma, que vagarosa,
Pouco a pouco, vai se dissolvendo vaporosa
No calor do dia. À medida que o Sol eleva-se
No infinitivo cintilante azul do Eterno Céu!
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Maravilhoso Céu, que me inspira os encantos
De sons ouvidos dentro da minha sonora Paz!
Dentro da harmonia dessa Paz, tão explosiva,
Que me aquiesce o coração ao ir entorpecendo-me
Com Códigos da Eternidade que caem na minh'alma!
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Rabiscando no meu coração, resenhas, frases,
Senhas que desconheço, mas afoito, busco conhecer.
Quando amoroso e humano quero compreender
O que elas vão, sedimentando-se plácidas,
Neste lago onde atuam as minhas memórias.
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Das sonoras e adocicadas águas das emoções
Entorpeço minh'alma no néctar das vivências
Que se desprendem tal qual sempre tão iguais
Às amarelecidas folhas, que outonais, dançam
Aos ventos do Amadurecimento, ao acaso,
Voando rumo à sombria Eternidade!
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Salpicadas de profundos enternecidos
Torpores, deixados pelos resquícios,
Vão as amorosas memórias duma vida,
Um nome, ou as emoções históricas,
Carregando o perfil de cada um.
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Onde o Amor é Seiva aromática da Vida
Que vem atirar as esculpidas flexadas
Dos amores saídos do Cupido do Amor
Residente nos nossos corações!
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Aquele retrato...
Wilson de Jesus Costa
Wilson de Jesus Costa
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Aquele retrato ali esmaecido, desbotado pelo tempo
Não mostra o passado, mostra o presente, antevê o futuro
Através dele existe uma história, dessas histórias de se ouvir dizer;
Igualmente quando bem novos acompanhamos nossa vida nos espelhos
Vendo a rigidez dos músculos, a abundância de cabelos;
E aos poucos se vão os músculos ficando flácidos
Os cabelos devagar desaparecendo
Tornando nossa figura um tanto ou quanto caricata
E o olhar já embaçado nos faz ser o retrato esmaecido na parede
Pois também estamos desbotados pelo tempo
Esquecendo o passado, passando pelo presente e afinal,
Como será nosso futuro?
Aquele retrato esmaecido, desbotado pelo tempo
Contará decerto muitas histórias
E todos temos um retrato pendurado na parede...
Aquele retrato ali esmaecido, desbotado pelo tempo
Não mostra o passado, mostra o presente, antevê o futuro
Através dele existe uma história, dessas histórias de se ouvir dizer;
Igualmente quando bem novos acompanhamos nossa vida nos espelhos
Vendo a rigidez dos músculos, a abundância de cabelos;
E aos poucos se vão os músculos ficando flácidos
Os cabelos devagar desaparecendo
Tornando nossa figura um tanto ou quanto caricata
E o olhar já embaçado nos faz ser o retrato esmaecido na parede
Pois também estamos desbotados pelo tempo
Esquecendo o passado, passando pelo presente e afinal,
Como será nosso futuro?
Aquele retrato esmaecido, desbotado pelo tempo
Contará decerto muitas histórias
E todos temos um retrato pendurado na parede...
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VIII Encuentro In t. de Escritores y Poetas - Tinogasta - Catamarca
"TINOGASTA...Capital Provincial de las Letras"
C O N V O C A :
VIII ENCUENTRO INTERNACIONAL DE ESCRITORES Y POETAS
26 AL 30 DE MARZO DE 2012
TINOGASTA - Catamarca - Argentina
O R G A N I Z A :
INSTITUTO SUPERIOR DE ARTE (I.S.A.) -
A C T I V I D A D E S :
RECITALES POÉTICOS.-PRESENTACIÓN DE LIBROS.-PONENCIAS.-DEBATES.-POEMA ILUSTRADO.-CAFÉ LITERARIO.-ENTIERRO DE DESEOS.-PROCESIÓN DE ALMAS.-SERENATA CULTURAL A TINOGASTA.-PEÑAS CULTURALES.-PASEO DE LOS ESCRITORES.-LOS ARBOLES DE LA POESÍA.- PRESENTACIÓN Y BAUTIZO DE LA ANTOLOGÍA.-VISITAS A ESCUELAS PRIMARIAS, SECUNDARIAS Y TERCIARIAS.-HOGAR DE ANCIANOS, NIÑOS CON CAPACIDADES DIFERENTES.-MEDIOS DE COMUNICACIÓN.-VIAJES A PALO BLANCO, TERMAS DE FIAMBALA, COPACABANA, EL PUESTO.-POESÍA JOVEN.-ENCUENTRO DEL LECTOR Y EL ESCRITOR.-TALLERES LITERARIOS PARA ALUMNOS Y DOCENTES.-HOMENAJE A LOS ESCRITORES TINOGASTEÑOS.-PRESENTACIÓN DE LA REVISTA DEL ENCUENTRO.- LA PALABRA EN LA CALLE.-ENTREGA DE CERTIFICADOS.-CENA CLAUSURA.-BAILE CON ELECCIÓN DE LA REINA Y EL REY DE LAS LETRAS.-CHAYA.-
FECHA DE CIERRE DE INSCRIPCION: 15/03/12.
ULTIMA FECHA PARA recibir trabajos para la antologia y el poema ilustrado: 29/02/12.
ACREDITACIONES:26 DE MARZO DE 2012. COSTO DE ACREDITACION: $ 50,00
COSTO DE ANTOLOGIA: $ 50,00(CINCUENTA PESOS ARGENTINOS).-2 PAGINAS O 1 HOJA: BREVE CURRICULUM Y UNA OBRA. SE ENTREGA UN EJEMPLAR. TEMAS LIBRE.
POEMA ILUSTRADO: SIN CARGO. TEMA LIBRE.
ULTIMA FECHA PARA RECIBIR LA PONENCIA: 29/02/12.- TEMA: "EL LIBRO EN LA VIDA DEL ADOLESCENTE". SE PUBLICARA SIN CARGO EN LA ANTOLOGIA.
TRANSPORTES:DE BUENOS AIRES DIRECTO A TINOGASTA:EMPRESA GUTIERREZ.ESTACION RETIRO.BOLETERIA 48.SALE TODOS LOS DIAS A LAS 13 HORAS.
DESDE CORDOBA:EMPRESA ROBLEDO.LUNES,MIERCOLES,VIERNES Y SABADO.SALE A LAS 21,30 HORAS.
HOTELERIA:DON NICOLAS: SINGLE O DOBLE $250,00.-TRIPLE $300,00.-CUADRUPLE $400,00.CON DESAYUNO,AIRE Y TV.TEL.03837-420028.
EL VIAJANTE:SINGLE $120,00.-DOBLE $200,00.-TRIPLE $250,00.TEL.03837- 420830.-
RIVADAVIA:$60,00 POR PERSONA.TEL.03837-420544.
EL EMPERADOR:SINGLE $70,00.-DOBLE $140,00.-TEL.03837-420702.
SAN FRANCISCO:SINGLE $65,00.-DOBLE $100,00.-TRIPLE $135,00.-CUADRUPLE $170,00.TEL.03837-420593/15475201.
TURISMO:SINGLE $150,00.-DOBLE $240,00.-TRIPLE $290,00.-TEL.03837-421088.
NOVEL: DOBLE $160,00 Y $180,00 CON O SIN AIRE.-TRIPLE $220,00 Y $240,00.-TEL.03837-420009.
COMEDOR EL CENTENARIO:(EL MAS ECONOMICO):
MENU $25,00 SIN BEBIDA.
MINUTA $35,00 SIN BEBIDA.
GASEOSA / CERVEZA $13/15.
VINO COMUN CON SODA $20,00
VINO BONARDA/TORO CON SODA $22,00.
ULTIMA FECHA PARA recibir trabajos para la antologia y el poema ilustrado: 29/02/12.
ACREDITACIONES:26 DE MARZO DE 2012. COSTO DE ACREDITACION: $ 50,00
COSTO DE ANTOLOGIA: $ 50,00(CINCUENTA PESOS ARGENTINOS).-2 PAGINAS O 1 HOJA: BREVE CURRICULUM Y UNA OBRA. SE ENTREGA UN EJEMPLAR. TEMAS LIBRE.
POEMA ILUSTRADO: SIN CARGO. TEMA LIBRE.
ULTIMA FECHA PARA RECIBIR LA PONENCIA: 29/02/12.- TEMA: "EL LIBRO EN LA VIDA DEL ADOLESCENTE". SE PUBLICARA SIN CARGO EN LA ANTOLOGIA.
TRANSPORTES:DE BUENOS AIRES DIRECTO A TINOGASTA:EMPRESA GUTIERREZ.ESTACION RETIRO.BOLETERIA 48.SALE TODOS LOS DIAS A LAS 13 HORAS.
DESDE CORDOBA:EMPRESA ROBLEDO.LUNES,MIERCOLES,VIERNES Y SABADO.SALE A LAS 21,30 HORAS.
HOTELERIA:DON NICOLAS: SINGLE O DOBLE $250,00.-TRIPLE $300,00.-CUADRUPLE $400,00.CON DESAYUNO,AIRE Y TV.TEL.03837-420028.
EL VIAJANTE:SINGLE $120,00.-DOBLE $200,00.-TRIPLE $250,00.TEL.03837- 420830.-
RIVADAVIA:$60,00 POR PERSONA.TEL.03837-420544.
EL EMPERADOR:SINGLE $70,00.-DOBLE $140,00.-TEL.03837-420702.
SAN FRANCISCO:SINGLE $65,00.-DOBLE $100,00.-TRIPLE $135,00.-CUADRUPLE $170,00.TEL.03837-420593/15475201.
TURISMO:SINGLE $150,00.-DOBLE $240,00.-TRIPLE $290,00.-TEL.03837-421088.
NOVEL: DOBLE $160,00 Y $180,00 CON O SIN AIRE.-TRIPLE $220,00 Y $240,00.-TEL.03837-420009.
COMEDOR EL CENTENARIO:(EL MAS ECONOMICO):
MENU $25,00 SIN BEBIDA.
MINUTA $35,00 SIN BEBIDA.
GASEOSA / CERVEZA $13/15.
VINO COMUN CON SODA $20,00
VINO BONARDA/TORO CON SODA $22,00.
Información, Profesor Angel Ricardo "Kelly" Carrizo.-Director ISA Tinogasta.-Coordinador .
Eva Peron 571 - C.P. 5340 - TINOGASTA - Catamarca - Argentina.
TEL. 03837-421445/ 15404402.-
EMAIL: kellycarrizoisa@hotmail.com
Los Esperamos en "El Paraiso de las Letras".-
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Rigor e Tonalidade
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Com o malvisto rigor
Afasto mais rapidamente
Certezas enfeitadas,
Enquanto indago de mim
Se posso permanecer ainda
Liberto para ouvir sem censura.
.
Quem faz a minha lenda
Senão a minha intolerância?
Afinal, descubro que nada
Traz vantagens duradouras,
Caso não dê em troca
Quem sabe a própria vida!
.
A tonalidade dos fatos
É parecida à dos panos,
Tão próxima das expectativas
De se dar ao corpo
Um espetacular desenho
Ou conforto admirável.
.
As distâncias são menores
Quando quero imediatamente
Alcançar um significado à altura
Da tradução daquilo que reprovo,
O que inclui não só uma obrigação
Mas o espírito de toda obra!
Daladier Carlos
21 fevereiro, 2012
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Com o malvisto rigor
Afasto mais rapidamente
Certezas enfeitadas,
Enquanto indago de mim
Se posso permanecer ainda
Liberto para ouvir sem censura.
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Quem faz a minha lenda
Senão a minha intolerância?
Afinal, descubro que nada
Traz vantagens duradouras,
Caso não dê em troca
Quem sabe a própria vida!
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A tonalidade dos fatos
É parecida à dos panos,
Tão próxima das expectativas
De se dar ao corpo
Um espetacular desenho
Ou conforto admirável.
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As distâncias são menores
Quando quero imediatamente
Alcançar um significado à altura
Da tradução daquilo que reprovo,
O que inclui não só uma obrigação
Mas o espírito de toda obra!
Daladier Carlos
21 fevereiro, 2012
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.
Evitei pensar em que poderia terminar
Esta, quem sabe arrogante e provocativa,
Maneira de fazer perguntas, e, sozinho,
Abrir janelas, depois de atravessar,
Com fatos e panelas, todos os lugares,
Até aqueles onde fui deixado para morrer.
.
Minhas lembranças não são cubos,
Porque estão desencaixados
Dos orifícios por onde passavam os fios
Da comunicação e da criação coletiva.
Logo percebi que os brinquedos desapareceram,
Ao mesmo tempo em que o vento soprava.
.
A rapariga que comigo brincava e
Recitava versos, dizia então que amava Pessoa e
Outros mais a que houvesse a lembrança,
Sofrida ou festejada, dependesse da hora,
Trazida para o sarau de carícias e romance,
Enfim, cansara de mim e se fora por aí.
.
Agora, cá estou, em ritmo de desejos e fantasias,
Pronto para arriscar uma escrita experimental,
Coisa simples, pequenina talvez, assim como
Um lírio branco cujo perfume se guarda de vez,
Até que a luz mesmo baça se refaça e aqueça
Os suspiros que há em mim, antes que adormeça.
Daladier Carlos
24 fevereiro, 2009
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Esta, quem sabe arrogante e provocativa,
Maneira de fazer perguntas, e, sozinho,
Abrir janelas, depois de atravessar,
Com fatos e panelas, todos os lugares,
Até aqueles onde fui deixado para morrer.
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Minhas lembranças não são cubos,
Porque estão desencaixados
Dos orifícios por onde passavam os fios
Da comunicação e da criação coletiva.
Logo percebi que os brinquedos desapareceram,
Ao mesmo tempo em que o vento soprava.
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A rapariga que comigo brincava e
Recitava versos, dizia então que amava Pessoa e
Outros mais a que houvesse a lembrança,
Sofrida ou festejada, dependesse da hora,
Trazida para o sarau de carícias e romance,
Enfim, cansara de mim e se fora por aí.
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Agora, cá estou, em ritmo de desejos e fantasias,
Pronto para arriscar uma escrita experimental,
Coisa simples, pequenina talvez, assim como
Um lírio branco cujo perfume se guarda de vez,
Até que a luz mesmo baça se refaça e aqueça
Os suspiros que há em mim, antes que adormeça.
Daladier Carlos
24 fevereiro, 2009
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PRESENTE
Bella Ventura
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Aquel que en el pasado
con sus ayeres mal vividos
los acerca al hoy
jamás gozará del presente.
Ofrenda de una vida de lecciones.
Dádivas son los frutos de un mañana
perfilados en el aquí y el ahora.
Ya despojado de dolores
o del malestar que ahonda el alma.
La persona borra cicatrices en sangre.
Permitieron escribir en corazones burbujeantes
la experiencia de las penas
habitadas en el pecho
para sanar cuerpo y espíritu.
Nobleza adquirida en el rocío diario.
Finura en el poro de una piel sana
conectada con el Universo.
Respira aire puro
donde la sabiduría se coloca en clave.
Cima de la montaña interior.
Resguardada de enigmas.
Pinceladas de tantas armonías
cantadas a los vientos adversos
con la flauta mágica de la trasformación.
Cada nota cincela la melodía.
Toca la fibra más honda del ser.
De a pocos lo convierte
en paisaje dorado de una arena
que mece entrañas.
Granos aportados a la Humanidad.
Enriquecen la labor del individuo
en su proceso bien alado.
Pájaro de vuelos lejanos
hasta llegar al corazón del mundo,
donde palpita nuevamente la vivencia de ser.
Ser en condición de paz y amor.
Tesoros bienhallados en el secreto
de cada paso andando y desandado en la Tierra.
Firmeza de nuestra pisada.
Planeta donde nos capacitamos
para abordar el Cosmos en la corriente
de los ventarrones del alma.
Crecida en el revés
bajo circunstancias que saborean el destino
hecho a la medida de la mano de cada quien.
.
.
Ontem
.
Ontem este hoje tardio
foi no que ainda estou
num sem tempo tão vadio
sem meio fio, equilíbrio,
faz-se bronco a tropeçar
e em longe foge o pensar.
.
De ontem nem pra contar
um conto, um ponto, uma história
falha também a memória
que escorrega no vazio
.
Elane Tomich
T.Otoni, 21/02/2012
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CANTO DE PRIMAVERA
Ariovaldo Cavarzan
.
Passeio o meu outono
na primavera de tua vida,
sensível às nuanças de cheiros,
claridades, cores e sabores,
a ressumbrar das flores
que enfeitam teu viver.
.
Inspiro cheiro de rosas,
gerânios, flores-do-campo,
de açucenas e de lírios,
entregando-me ao delírio,
ao recolher restos
desabados no chão,
para tornar perfumados
passados amores,
de idos caminhos percorridos,
em felicidade, carinho e alegria,
e em miríades bem formosas.
.
Recolho pétalas de lembrança,
despencadas ao chão,
inertes fragmentos de flores,
relembranças de
idealizados amores,
irrealizados ramalhetes,
umedecidos em
furtivas lágrimas de emoção,
feito pedaços liquefeitos,
brotados em fonte
de inexprimível paixão.
.
Passeio o meu outono
através da tua primavera,
renovando-me também,
qual fênix sem vida,
morta e outra vez renascida,
infensa aos espinhos,
de dores e desatinos,
entregue tão só
a relembranças
do que restou.
.
Entre o meu outono
e a tua primavera,
glacial e quase-eterno,
insinuou-se o intruso inverno,
mas ainda há canteiros semeados,
também mortos e outra vez revividos,
para enfeitar de luz,
cheiros, flores, cores e ternos amores
o meu coração.
22/09/2010
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AMIGOS DE VERDADE
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Reconhecemos logo um verdadeiro amigo
Suas atitudes de amor incondicional são eternas
Não querem saber
Se temos uma qualidade ou varias....
Querem simplesmente uma oportunidade
De oferecer abrigo.
.
Os falsos amigos
Lamentamos que muitas vezes
Nossa inexperiência
Nos impossibilita de reconhecê-los.
Chegam lentamente e cheios de zelos
Mascaram sua real maledicência.
.
Aos amigos verdadeiros
Que de forma construtora
Sempre chegam fagueiros
Registramos com muito amor,
Um especial agradecimento
por seu iluminado existir!
.
A saudade corroí um coração desiludido.
Nairassu
..
AMIGOS DE VERDAD
.
Reconocemos inmediatamente un verdadero amigo
Sus actitudes de amor incondicional son eternas
No quieren saber
Se tenemos una calidad o varías....
Quieren simplemente una oportunidad
De ofrecer refugio.
.
Los falsos amigos
Lamentamos que muchas veces
Nuestra inexperiencia
Nos imposibilita de reconocerlos.
Llegan lentamente y llenos de celos
Enmascaran su real maldad.
.
A los amigos verdaderos
Que de forma constructora
Siempre llegan fagueiros
Registramos con mucho amor,
Un especial agradecimientopor su iluminado existir!
.
La añoranza corroe un corazón desilusionado.
Nairassu
.
Reconhecemos logo um verdadeiro amigo
Suas atitudes de amor incondicional são eternas
Não querem saber
Se temos uma qualidade ou varias....
Querem simplesmente uma oportunidade
De oferecer abrigo.
.
Os falsos amigos
Lamentamos que muitas vezes
Nossa inexperiência
Nos impossibilita de reconhecê-los.
Chegam lentamente e cheios de zelos
Mascaram sua real maledicência.
.
Aos amigos verdadeiros
Que de forma construtora
Sempre chegam fagueiros
Registramos com muito amor,
Um especial agradecimento
por seu iluminado existir!
.
A saudade corroí um coração desiludido.
Nairassu
..
AMIGOS DE VERDAD
.
Reconocemos inmediatamente un verdadero amigo
Sus actitudes de amor incondicional son eternas
No quieren saber
Se tenemos una calidad o varías....
Quieren simplemente una oportunidad
De ofrecer refugio.
.
Los falsos amigos
Lamentamos que muchas veces
Nuestra inexperiencia
Nos imposibilita de reconocerlos.
Llegan lentamente y llenos de celos
Enmascaran su real maldad.
.
A los amigos verdaderos
Que de forma constructora
Siempre llegan fagueiros
Registramos con mucho amor,
Un especial agradecimientopor su iluminado existir!
.
La añoranza corroe un corazón desilusionado.
Nairassu
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TODA GRAÇA
BADU
.
Corria no descompromisso de um ponto de chegada buscando o nada
BADU
.
Corria no descompromisso de um ponto de chegada buscando o nada
simplesmente para manter um contentamento
nos lábios que bobamente sorriam.
Cumprimentava em bom dia as aborrecidas flores ainda sonolentas
Cumprimentava em bom dia as aborrecidas flores ainda sonolentas
secando a face das lágrimas orvalhadas da noite.
Abria os braços sentindo-se pássaro e com ele querendo voar um tanto mais e a paz
Abria os braços sentindo-se pássaro e com ele querendo voar um tanto mais e a paz
comungava aos sentimentos mais fantasiosos...
Em baixo tom contou histórias ás libélulas, cigarras e pássaros até o vento silenciar
Em baixo tom contou histórias ás libélulas, cigarras e pássaros até o vento silenciar
deixando tristes outras tantas criaturinhas; dele eu mesmo ouvi tanto poetizar.
Aprendeu guardar toda lição e cada dito entregar a cada coração sem a
Aprendeu guardar toda lição e cada dito entregar a cada coração sem a
rispidez das imperativas verdades de supostas certezas.
A pobreza do cenário se mostraria no dobrar das asas, no cansar dos pés
A pobreza do cenário se mostraria no dobrar das asas, no cansar dos pés
e na indiferença do coração.
Fechou os olhos, que a noite pedia descanso, ainda brilhavam estrelas e
Fechou os olhos, que a noite pedia descanso, ainda brilhavam estrelas e
em sonhos ele continuou.
Corre agora e seus braços abertos viram asas seguem pássaros
Corre agora e seus braços abertos viram asas seguem pássaros
que se perdem em tantos céus.
Um bom dia entrega a vaidosa rosa, desperta o alecrim que enfeita o campo,
Um bom dia entrega a vaidosa rosa, desperta o alecrim que enfeita o campo,
para o vôo das libélulas e a canção estridente das cigarras em algazarras
retrucando em disforme som.
''Senhor fazei de mim um instrumento de vossa paz
Senhor fazei de mim um instrumento de vosso amor.''
O equilíbrio do corpo fugiu dos pés, e a fé é que o faz voar,
''Senhor fazei de mim um instrumento de vossa paz
Senhor fazei de mim um instrumento de vosso amor.''
O equilíbrio do corpo fugiu dos pés, e a fé é que o faz voar,
juntar pedaços de um tempo para que domine seu viver
para todo sempre e assim seja.
Eternamente o amor puro se faça
na plenitude de toda graça.
.
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A FLOR DE ZÍACO
SÓ RINDO
Autor: DONATO RAMOS
Sinopse: O MINERIN PRO CUMPADRE: - U QUÊ CÊ ACHA DESSA TAR DE NUDEZ? - ACHO ÓTIMO! ANTES NUDÊZ DO QUE NU NOSSO! Não, não era isso que ia contar agora. Era isto: Um amigo não só virtual, Robson Krupka, de Florianópolis, ao mandar-me as “Pracas” sugeriu-me o livro. Como eu tinha, também, crianças e cachorros, árvores, frutas e legumes, fui juntando. Daí, resolvi limpar o meu computador que estava vivendo engasgado e com Alzheimer (como diz a escritora Dora Duarte, também de Floripa). Quando o livro já estava com 50 páginas, lembrei-me de umas piadinhas que estava guardando pro Jornal do Bolso (que publico na Internet todas as semanas e mando a edição impressa pelo Correio). Quando ia fechar e postar no Agbook e Clube de Autores, descobri outras coisas muito interessantes. Daí, eu disse: Já que tá deixa, copiando uma frase de uma tia que não era muito boa da cachola. E que deixava quando já estava... Outro amigo que veio do Rio Grande correndo não sei de que vaca resolveu desancar os gaúchos e mandou-me umas fotos de guapos rapazes vestindo lingerie. Lembrei-me, em tempo, da pisoteada língua portuguesa, nomes engraçados, situações inusitadas e a amizade desinteressada que as crianças têm para com os animais. Deu no que deu: um livro que você vai ler de ponta a ponta, de uma só vez. Duvida? Então, depois me diga através do meu endereço eletrônico: donatoramos@uol.com.br
SÓ RINDO
Autor: DONATO RAMOS
Sinopse: O MINERIN PRO CUMPADRE: - U QUÊ CÊ ACHA DESSA TAR DE NUDEZ? - ACHO ÓTIMO! ANTES NUDÊZ DO QUE NU NOSSO! Não, não era isso que ia contar agora. Era isto: Um amigo não só virtual, Robson Krupka, de Florianópolis, ao mandar-me as “Pracas” sugeriu-me o livro. Como eu tinha, também, crianças e cachorros, árvores, frutas e legumes, fui juntando. Daí, resolvi limpar o meu computador que estava vivendo engasgado e com Alzheimer (como diz a escritora Dora Duarte, também de Floripa). Quando o livro já estava com 50 páginas, lembrei-me de umas piadinhas que estava guardando pro Jornal do Bolso (que publico na Internet todas as semanas e mando a edição impressa pelo Correio). Quando ia fechar e postar no Agbook e Clube de Autores, descobri outras coisas muito interessantes. Daí, eu disse: Já que tá deixa, copiando uma frase de uma tia que não era muito boa da cachola. E que deixava quando já estava... Outro amigo que veio do Rio Grande correndo não sei de que vaca resolveu desancar os gaúchos e mandou-me umas fotos de guapos rapazes vestindo lingerie. Lembrei-me, em tempo, da pisoteada língua portuguesa, nomes engraçados, situações inusitadas e a amizade desinteressada que as crianças têm para com os animais. Deu no que deu: um livro que você vai ler de ponta a ponta, de uma só vez. Duvida? Então, depois me diga através do meu endereço eletrônico: donatoramos@uol.com.br
Preço de venda (Versão impressa): R$ 32,97
Preço de venda (Versão ebook): R$ 12,06
Edição: 1(2012)
Número de páginas : 118
Preço de venda (Versão ebook): R$ 12,06
Edição: 1(2012)
Número de páginas : 118
Apenas Sonhos
Iracema Zanetti
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Ah meu amado namorado
Joguei fora o meu relógio
Joguei fora o meu relógio
Não quero deitar sabendo as horas
Nem pensando nos segundos
Que nos separam!
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Ao deitar vejo tua imagem a minha frente
Num ímpeto doido e saudoso
Deslizo minhas mãos sobre teu corpo imaginário
Ao senti-lo presente adormeço tranqüilamente
Entras em meus sonhos e deles te fazes dono!
Entras em meus sonhos e deles te fazes dono!
.Amanhece cortina cerrada
Tateio o espaço a meu lado
Nunca pensei que doesse tanto
Tateio o espaço a meu lado
Nunca pensei que doesse tanto
A ausência de teu corpo
Que ainda a alguns minutos
Estava deitado ao meu lado!
.
Minha alma ficou triste
Não sorriu nem chorou apenas se calou
Ao perceber que tudo não passou
De uma doce miragem
E de mais um mágico e lindo sonho de amor!
.
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De Pinheirinho a INSS
Carlos Lúcio Gontijo
Pobre no Brasil tem uma vida cercada de dificuldades e desrespeito a seus direitos, conforme nos provou, de maneira explícita, a ação dos poderes públicos no desmonte da comunidade Pinheirinho, em São José dos Campos, no Estado de São Paulo, onde um enorme contingente de pessoas foi massacrado, em nome da defesa do instituto da propriedade particular, ainda que seu proprietário nem IPTU tivesse o hábito de pagar e esteja às voltas com imbróglios judiciais, por peripécias e falcatruas no mundo do capitalismo desenfreado e descompromissado com os interesses coletivos.
Montar operação de guerra para destruir Pinheirinho é fácil, queremos ver é atacar, por exemplo, a grilagem em terras públicas, perpetrada por gente graúda e rica aos redores de Brasília, às portas do Palácio do Planalto, onde são muitas as mansões e áreas de convescote e lazer erguidas de forma irregular e “surrupiadamente”.
Infelizmente, como tudo no Brasil, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), não consegue livrar-se dessa sina do tratamento diferenciado, construindo uma estrutura que se mantém prisioneira da cultura lastreada na visão de que há cidadãos mais brasileiros que os outros, o que rebaixa alguns cidadãos à condição de estrangeiro indesejável, ao qual o proclamado direito à cidadania não é estendido, como se deu em Pinheirinho.
Todos os dados referentes ao INSS, independentemente da fonte ou origem das pesquisas, revelam uma constrangedora desigualdade na distribuição de renda entre os aposentados. O Brasil paga aos 60% de seus beneficiários mais pobres a mesma quantia que destina aos 10% mais ricos. Dessa forma, enquanto a maioria sofre nas filas para receber rendimentos insuficientes, alguns poucos, bafejados pela sorte, abocanham boa parte do montante que o país arrecada.
Nada mais estarrecedor que a constatação de que os que mais recebem e conseguem pagar previdência privada – para lhes garantir atendimento médico-hospitalar a tempo e hora – permaneçam na condição de beneficiados pelo governo, que comete o desatino de imprimir renúncia fiscal, conceder isenções e ainda permitir que as empresas privadas de saúde usem os aparelhos públicos do INSS, sem a devida contrapartida remuneratória.
Da nossa parte, dói-nos a observação de que a classe política e demais autoridades constituídas não se unam em torno da efetiva democratização do sistema previdenciário público brasileiro, tornando-o tanto equânime quanto enxuto e desprovido de privilégios, que criam a monstruosa existência de cidadãos de segunda categoria ou, ainda pior, sem categoria alguma. Quem sabe agora, com a aprovação da exigência de “ficha limpa” para quem abriga a pretensão de obter mandato político, numa esdrúxula declaração de que a honestidade é mesmo instituto constitucional, surja um novo tempo na administração pública brasileira!
Carlos Lúcio Gontijo
Poeta, escritor e jornalista
.
.
NAUTA
aecio kauffmann
.
Navego a noite, quando o sol se apaga
buscando o rumo..A melhor derrota
por estes mares de agitadas vagas,
usando estrelas que me apontam a rota.
.
Por insensato ,descuidosamente,
busquei aquela que senti luzindo,
e percebi que o astro era cadente.
Mas mesmo assim teimei .Fui conduzindo
.
a nau dos sonhos,à luz da esperança
firme no leme e a conduzir a nave
co'os olhos fitos na formosa estrela.
.
E confiante me bastei em vê-la....
Tão esquecido de que a náu é o entrave.
e que,dos céus, a bela é uma criança.
aecio kauffmann
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Navego a noite, quando o sol se apaga
buscando o rumo..A melhor derrota
por estes mares de agitadas vagas,
usando estrelas que me apontam a rota.
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Por insensato ,descuidosamente,
busquei aquela que senti luzindo,
e percebi que o astro era cadente.
Mas mesmo assim teimei .Fui conduzindo
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a nau dos sonhos,à luz da esperança
firme no leme e a conduzir a nave
co'os olhos fitos na formosa estrela.
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E confiante me bastei em vê-la....
Tão esquecido de que a náu é o entrave.
e que,dos céus, a bela é uma criança.
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Tentativa de Uma Escrita
Deladier Carlos
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Este esboço de história começou após um café da manhã. A crônica literária de um matutino comentara a respeito de um escritor australiano, cujo nome não vem ao caso, convidado para participar da Bienal do Livro. Ali, naquela página da entrevista, nasceu para mim a idéia de construir um pequeno enredo. Talvez um texto sem final muito óbvio, o suficiente para propor à minha imaginação o exercício regular do que já tentara antes, embora sem haver logrado vencer as primeiras linhas. Então, vamos, ao conto que eu conto.
Trata-se de um homem comum, revelando alguma força e maturidade acima da metade do corpo, jungido entre as lembranças das referências combinadas com a ilusão e a realidade gritante de uma atualidade consumidora. Em tudo e por tudo, nosso homem busca manter a lucidez, comportando-se com moderação, ainda que frases curtas ou períodos longos lhe ocupem a mente, prontos para modelar o seu humor. Antes que eu me esqueça, vou dar-lhe o nome de Otávio Batista. Ontem, Batista viu-se tentado a responder a um extenso comentário de um blog, intitulado ‘Fé e Delírio’. Deixemos que ele fale por si.
- É claro que tenho consciência da minha identidade, do que fiz até aqui e da realidade que me cerca. Não sei se é possível a alguém viver feliz debaixo de imperativos quaisquer. Parece-me razoável, contudo, que percebamos a presença de limites físicos e espaciais. Entretanto, considero nada prático admitir que tudo acaba de vez ao fim de um ciclo de vida, simplesmente termina, nada resta e o espírito do pensamento se dilui na atmosfera. Seríamos, por isso, resultado do acaso? Não concordo com esta concepção filosófica.
Otávio poderia defender, por motivo de utilidade prática, posição agnóstica no tocante ao verdadeiro destino do homem e da sua concreta finalidade de habitar um mundo natural. Entretanto, notava-se nele uma simpática adesão à condição metafísica, não exatamente em conseqüência de medos ou de culpas infantis, mas por não haver encontrado argumentos que lhe convencesse fixar-se no limbo da história e acatar as teses da ciência. Se ali estava um homem persuadido de alguma coisa, esta era a convicção de que não viera coabitar o mundo por si mesmo, porém nele se encontrava, trazido para cá por uma substância a qual ele concordava chamar divina, para dividir o espaço histórico e social em companhia de tantos contemporâneos.
Hoje é sexta-feira. Otávio se dispôs a continuar escrevendo o texto que começara.
A noite chegou depressa, sem que percebesse. No íntimo, pretendera que demorasse, tal a necessidade de produzir um texto enxuto e de boa qualidade. Mais um pouco e as idéias tornariam a minguar, como se um coelho lhe escapasse das mãos.
De um modo ou de outro, Otávio compensava a falta de planejamento na montagem de um tema com a facilidade que julgava possuir de reunir palavras, por força de um apreciável vocabulário. Havia na sua tentativa de escrita uma zona de perigo e esta, sem dúvida, Otávio jamais ignorara. Tal zona significava costurar períodos redundantes e sem suficiente nexo. Quando a madrugada mostrou-lhe os seus avançados ponteiros, o sono consumia-lhe o resto de vigília que insistia mantê-lo acordado. Cedeu, sem maior resistência, e abandonou a escrita para depois.
O dia seguinte encontrou Otávio desatado da ilusão de a tudo querer entender, como se as respostas, fossem do que fossem, pudessem remeter a sua velha angústia ao estado definitivo de auto-acerto. Com pouco mais de tempo, a necessária massa crítica lhe apontaria o conhecido caminho de casa, a ponderação
macia que a tudo conforta, a tudo ajeita, parecendo não haver lugar jamais para precipitações do ego.
O dedo indicador da mão direita pousado sobre os lábios e os cotovelos sobre a mesa, frente ao computador, eram os últimos sinais de que iria encerrar o texto. Se mais havia, Otávio preferiu não querer descobrir. Leu novamente o texto que produzira, apertou os olhos como se não quisesse assistir ao ato derradeiro e desligou o computador. Nunca se saberá se a tentativa de uma escrita completou o ciclo do desejo de Otávio.
Este esboço de história começou após um café da manhã. A crônica literária de um matutino comentara a respeito de um escritor australiano, cujo nome não vem ao caso, convidado para participar da Bienal do Livro. Ali, naquela página da entrevista, nasceu para mim a idéia de construir um pequeno enredo. Talvez um texto sem final muito óbvio, o suficiente para propor à minha imaginação o exercício regular do que já tentara antes, embora sem haver logrado vencer as primeiras linhas. Então, vamos, ao conto que eu conto.
Trata-se de um homem comum, revelando alguma força e maturidade acima da metade do corpo, jungido entre as lembranças das referências combinadas com a ilusão e a realidade gritante de uma atualidade consumidora. Em tudo e por tudo, nosso homem busca manter a lucidez, comportando-se com moderação, ainda que frases curtas ou períodos longos lhe ocupem a mente, prontos para modelar o seu humor. Antes que eu me esqueça, vou dar-lhe o nome de Otávio Batista. Ontem, Batista viu-se tentado a responder a um extenso comentário de um blog, intitulado ‘Fé e Delírio’. Deixemos que ele fale por si.
- É claro que tenho consciência da minha identidade, do que fiz até aqui e da realidade que me cerca. Não sei se é possível a alguém viver feliz debaixo de imperativos quaisquer. Parece-me razoável, contudo, que percebamos a presença de limites físicos e espaciais. Entretanto, considero nada prático admitir que tudo acaba de vez ao fim de um ciclo de vida, simplesmente termina, nada resta e o espírito do pensamento se dilui na atmosfera. Seríamos, por isso, resultado do acaso? Não concordo com esta concepção filosófica.
Otávio poderia defender, por motivo de utilidade prática, posição agnóstica no tocante ao verdadeiro destino do homem e da sua concreta finalidade de habitar um mundo natural. Entretanto, notava-se nele uma simpática adesão à condição metafísica, não exatamente em conseqüência de medos ou de culpas infantis, mas por não haver encontrado argumentos que lhe convencesse fixar-se no limbo da história e acatar as teses da ciência. Se ali estava um homem persuadido de alguma coisa, esta era a convicção de que não viera coabitar o mundo por si mesmo, porém nele se encontrava, trazido para cá por uma substância a qual ele concordava chamar divina, para dividir o espaço histórico e social em companhia de tantos contemporâneos.
Hoje é sexta-feira. Otávio se dispôs a continuar escrevendo o texto que começara.
A noite chegou depressa, sem que percebesse. No íntimo, pretendera que demorasse, tal a necessidade de produzir um texto enxuto e de boa qualidade. Mais um pouco e as idéias tornariam a minguar, como se um coelho lhe escapasse das mãos.
De um modo ou de outro, Otávio compensava a falta de planejamento na montagem de um tema com a facilidade que julgava possuir de reunir palavras, por força de um apreciável vocabulário. Havia na sua tentativa de escrita uma zona de perigo e esta, sem dúvida, Otávio jamais ignorara. Tal zona significava costurar períodos redundantes e sem suficiente nexo. Quando a madrugada mostrou-lhe os seus avançados ponteiros, o sono consumia-lhe o resto de vigília que insistia mantê-lo acordado. Cedeu, sem maior resistência, e abandonou a escrita para depois.
O dia seguinte encontrou Otávio desatado da ilusão de a tudo querer entender, como se as respostas, fossem do que fossem, pudessem remeter a sua velha angústia ao estado definitivo de auto-acerto. Com pouco mais de tempo, a necessária massa crítica lhe apontaria o conhecido caminho de casa, a ponderação
macia que a tudo conforta, a tudo ajeita, parecendo não haver lugar jamais para precipitações do ego.
O dedo indicador da mão direita pousado sobre os lábios e os cotovelos sobre a mesa, frente ao computador, eram os últimos sinais de que iria encerrar o texto. Se mais havia, Otávio preferiu não querer descobrir. Leu novamente o texto que produzira, apertou os olhos como se não quisesse assistir ao ato derradeiro e desligou o computador. Nunca se saberá se a tentativa de uma escrita completou o ciclo do desejo de Otávio.
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Parabéns à todos os Poetas Del Mundo pela boa criatividade.
ResponderExcluirCesar Moura
Boa tarde!Gostei muito de receber e ler a criação nas letras dos poetas.Meus aplausos a todos os Poetas del Mundo.
ResponderExcluirN.Marilda Lavienrose