domingo, 19 de fevereiro de 2012

06-12 DIVULGANDO POETAS DEL MUNDO

Werner Daspet e sua equipe de Jiu-Jitsu

06-12 DIVULGANDO  POETAS DEL MUNDO
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 Incontrolável

Padecer desenfreado o desta
saudade.
Motivado pelo incontrolável
amor, que por ti tenho.
Às vezes ainda tento controlar-me,
mas é impossível  fazer.
Quando o amor é igual ao meu
não existem jeitos, ou maneiras
de o levar.
Mais fácil será, fazer dele uma
saudade.
Embora o coração não queira,
essa é a única realidade.

(Roldão Aires)
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CARNAVAL É ASSIM!
(Maria Barros)

Lá vem a folia,
Profana alegria!!!
E eu bem à frente...
É sábado de euforia!

Lá vem a folia,
Em festim, em folguedo!!!
E eu bem à frente...
Domingando meu enredo!

Lá vem a folia,
É brincadeira, é carnaval!!!
E eu bem à frente...
É segunda em alto astral!!!

Vai passando a folia,
Marcando o compasso!!!
E eu bem à frente...
É terça, já nem sei o que faço!!

Já passou a folia,
Calou-se o surdo, levou a alegria!
E eu fiquei lá pra trás...
É quarta, sou cinza, sou coração sem bateria!
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 ENCARANDO OS FATOS,
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Maturrengo eu cá “me voy” , cismando, no trote,
com que me leva o meu matungo estância a fora
Meu zaino velho que ainda sinto guapo. Forte
E não tropica ainda que falte, aprumo agora,
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E onde aquele elã de pingo alçado e inteiro
que ponteava firme e lesto nos lançantes
e esteve e sempre ,nos rodeios c’ os primeiros.???
Quixote, eu, a cavalgar meu Rocinante.
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no duro empenho de enfrentar os meus moinhos.
Repaginando, aqui e ali, buscando a glória.
do visionário cavaleiro que sozinho
tenta emprestar um pouco mais de cor a história.
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Tão esquecido ao manejar a sua lança
Não se da conta dos sinais da tempestade
Que,pouco a pouco com os seus trovões lhe alcança
a lhe mostrar com toda a sua impiedade.
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que já não se fazem cavaleiros andantes.
Que são falácias estes Sanchos.. Dulcinéias
E que as peleias já não são como eram antes
Em que as Justas se faziam por ideias.
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São outros tempos cavaleiro!! Outras eras.
Onde a razão se faz moeda para escambos
de interesses bem menores... Crê! Deveras!
e mesmo o amor é , hoje ,até triste mulambo.
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Devolve as armas e o teu zaino desencilha
que és perdedor, já de saída, xiru-velho!
Desborda a vida, pois senão ela te humilha.
e já te encilha e cai em ti de espora e relho
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Aécio Kauffmann
13 fev. 2012

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Paz eterna
 .
Parta.
É melhor
que me deixe só
do que convivermos sem harmonia.
Saia de mim, tristeza.
 .

Deixa-me.
Vá embora.
Antes ficar sozinho
que viver em intranqüilidade.
Não me realizo em sua presença.
Parta, saudade.
 .
Abandona-me.
Deixe-me viver.
Prefiro ficar sem tua companhia.
Desapareça de mim, solidão.
 .
Ó, que alegria.
           (-luiz carlos leme franco-)
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FALE COMIGO, FILHO TERRENO
Tufic Meokarem, 19-12-12
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Fale comigo, filho terreno.
Conte-me as coisas boas
Coisas que aconteceram com você.
Partilhe comigo, afinal você me chama de Pai.
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Peço-lhe para me contar as suas alegrias
Mas entenda que sei de tudo!
Peço-lhe, na verdade, uma conversa.
Uma conversa de amigos
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Você está sempre a me chamar,
Mas só nas horas difíceis.
Você não me chama nas horas alegres,
Nunca me diz quando está feliz.
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Pense em mim, fale comigo,
Nas horas boas, na alegria.
Afinal, só ouço suas lamúrias,
Suas necessidades... Ah, que chato.
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Não lhe peço agradecimentos.
Afinal, o que faço é a minha obrigação de Pai.
Peço a sua amizade, o seu respeito.
Peço-lhe Amor!
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 Caleidoscópio
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Por acaso quando alguém se lembrar de mim,
Não deixe pra me procurar no fim...
Se o acaso é tão distante assim,
Então não espere pra me dizer um sim.
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Da vida só esperei descaso,
No pouco caso que revelou o meu fim...
Na verdade ninguém nunca olhou para mim,
Só por acaso haverá de me olhar assim.
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Caleidoscópio, que será mim?
Desta imagem refletida assim...
Sou fragmentos num raio de luz
Esperando que um dia alguém me diga sim.
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Não permita que o desprezo venha por acaso;
Apagar a luz e revelar meu fim,
Tenho para mim que sou feliz assim;
Em ser apenas uma imagem revelada enfim.
Cesar Moura
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Hamilton Faria - Casa dos Omaguás
 site no ar mais completo www.poetahamiltonfaria.org
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        Às avessas
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   ponho o meu gosto
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   à prova, à moda,
   no meio da roda,
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   nas antigas aldeias,
   lá onde vivem e morrem
   homens que pensam.
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   não sei se vivo com versos
   para tirar deles a seiva,
   o sumo natural e complexo,
   aquilo com que, afinal,
   lido sempre sem o saber
   aonde irei descansar.
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   o que me remoça,
   talvez lembre a troça
   dos risos e descaminhos,
   das tantas tentativas
   em que derramei o fermento,
   para tirar algum proveito.
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   faço-me aberto a toda escola,
   sem medo de sujar a gola,
   os trajos com que compareço
   às passeatas e protestos,
   mas nunca saindo de mim,
   no que me vejo às avessas!
              Daladier Carlos
            13 fevereiro, 2012
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Quando lembro de tuas carícias
                                                                                      .                                                                    
Quando me lembro das tuas carícias,
Carícias essas que me excitavam...
Que me deixavam louco de desejo.
E que em segundos nós...
Enlaçávamos-nos.
 .
Era amor esse Clamor divino,
Que tu fazias para me prender.
Era divino como toda a noite...
Que ao chegar queria nos dizer,
Está na hora vão se recolher.
 .
Parece até que ela tinha pressa,
E era feliz em nos ver deitado,
Quem sabe até que sentisse.
Prazer em nós ver enlaçados.
 .
A noite sempre foi maravilhosa,
E por isso é chamada a Deusa do amor.
Que inspira aos casais...
Sentimentos sublimes e profundos.
Por isso ela é a grande responsável.
Por a maioria dos nascidos...
Nesse mundo
 Vivaldo Terres
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AMOR À PRIMEIRA VISTA

Clóvis Campêlo

Desde pequeno que sempre gostei de futebol. Diziam que eu levava jeito para jogar, ao contrário do meu irmão mais novo, Carlinhos, que era completamente desengonçado com a bola nos pés. Acho que herdou a inabilidade paterna.
O meu pai nunca gostou de futebol. Contava que a sua única e frustada tentativa de praticar o esporte bretão se dera na juventude, em Jaboatão dos Guararapes. Escalado para jogar de zagueiro, deu uma furada hilariante na primeira bola que veio em sua direção, enganando o goleiro do seu time e abrindo caminho para a derrota. Foi tirado do time e nunca mais voltou a jogar.
Assim dito, fica plenamente compreensível que eu tenha precisado buscar outras alternativas para alimentar e expandir a minha paixão futebolística.
Jogar, eu jogava na Rua Jeremias, na praia do Pina, no areial do Aeroclube, numa época em que os espaços urbanos livres ainda permitiam isso. Ir aos estádios, porém, era diferente. Ainda menino, precisava de alguém para me acompanhar. A solução era apelar para os meus tios maternos, Luís e Maurício, ambos torcedores do Clube Náutico Capibaribe.
Para desespero deles, no entanto, não segui o caminho por eles trilhado de torcer pelo clube alvirrubro pernambucano. Bastou-me ver o Santa Cruz entrar em campo, nos Aflitos, numa tarde ensolarada de domingo, para perceber que aquele era o clube do meu coração. Meus tios esmoreceram, desanimaram. Haviam reforçado o inimigo. Nosso caminhos futebolísticos se separavam ali, nas arquibancadas da vida.
Meu tio Luís não jogava nada. Mas Maurício era habilidoso. Atuava no Botafogo do Pina, time suburbano organizado e mantido pelos filhos do tenente Beltrão. Morávamos na mesma rua, éramos vizinhos. Descubro, feliz, que o tenente Beltrão torcia pelo Santa Cruz. Mais do que torcedor, aliás, era sócio patrimonial e não perdia um jogo. Estava resolvido o meu problema. A partir daquela data, passei a integrar a comitiva coral que saia da Rua Jeremias, em dias de jogo, a bordo de um Buick azul, rumo aos estádios do Recife.
Naquela época, no início dos anos 60, o Santa Cruz ainda não tinha o Estádio do Arruda, que só viria a ser inaugurado em 1969. O jeito era ver o time jogar na Ilha do Retiro e nos Aflitos, estádios alheios.
Só fui a um estádio de futebol com o meu pai pela primeira vez em 1972, no Arruda, durante a Copa Independência, realizada no Brasil pela Confederação Brasileira de Desportos para comemorar a conquista do tri mundial, no México, dois anos antes.
Não vimos a seleção brasileira atuar, mas chegamos a ver a seleção do Irã, vestindo a camisa gloriosa do Santa Cruz, enfrentar a Irlanda, num empate de 2x2.
Para mim, foi um momento de grande felicidade.
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Navegar 

                              virgínia fulber (vicamf)
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Sentimento galopa estilizando paisagem
Vento sul reparte e tinge os cabelos de fuligem
Imensurável grandeza, ardor, quase miragem
Rumores dos astros afloram; novelos em vertigem
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Tropeços do casco cingem o veio e aragem
Verdades que meus olhos castanhos exigem;
Peixes, algas...mirar nas águas coragem!
Redigem alvas mãos mensagem...
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Velas altivas tocam o azul, silenciando folhagem
No rajar das encostas, pássaros em retirada;

Pintura ! Poente refletido em sua plumagem !
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Almejamos ninhos, abrigos na enseada

Porém o pensamento não deseja ancoragem
È barco pronto à partida, nau, desejo, onda, vida revirada !
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 *Entrudo
 Sonia Nogueira
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Vamos sambar neste dia,
Qualquer hora sem cansar,
Entrando assim na folia,
Quem vai querer recusar!
 *
Suor banhando o corpo,
Talco grudando na pele,
Colorido sorriso no rosto
Abraços na roda de leve.
Pra não cansar o folião,
Não beba para cair no chão,
Água é de boa pedida
Alimento de boa acolhida.
Samba morena, com jeito,
De qualquer cor com trejeito,
Fazendo da sala harmonia,
Muita amizade e folia.
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  A Fonte de Juventude
            ELIO BITTENCORT MOREIRA
   .
Sempre fiz
De minha vida uma festa
Onde celebro a alegria de viver
Confiando em minhas inspirações
Que diariamente vem me envolver
E dedico sentimentos de carinho
Agradando em convívio as pessoas queridas,
Aquela que merecem tais demonstrações.
Confio sempre em meu fascínio e em meu caráter
Deixando que a amabilidade existente em meu ser
Envolva, obviamente, aqueles que me aquecem
E com sua afeição inspiram uma benquerença.
Às vezes sou polido, cheio de protocolos,
Mas isto não encobre o que se passa em meu coração
Então quebro regras, revolucionando minhas boas intenções
E nisto me envolvo em algumas preparadas ciladas
Que são direcionadas por pessoas altamente desqualificadas
Que temem a sinceridade e não sabem com participar da festa
Que regem meus fundamentos na arte de bem viver.
Isto certamente me incomoda e certos assuntos
São enjoativos e altamente enraivecedores
São entediantes, formalmente fora de minha realidade.
Mas fui privilegiado pelo extraordinário da paciência
Apreendendo a ser generoso comigo mesmo,
A rir destes desproporcionais atos desconectados
Sutilmente deixo-os pensar que vencem pela intriga.
Assim, sigo minha vida elegantemente
Engrandecendo meus afetos em sua plenitude,
Fugindo dos aturdidos e de certos ambientes,
Levo a vida brincando, sou feliz e bem conceituado,
Deixo sua imagem transparecer no brilho de meu olhar
E nela, o segredo de minha Fonte Inesgotável de Juventude.
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Raimundo Nonato Rodrigues
 
le cahier rouge du Pére Joseph


                                                            De Saint Louis du Maranhão, Brésil à la France
Le poète brèsilien Raimundo Nonato Rodrigues a publié leur premier roman ecrit en français par la maison d'edition française Edilivre. Le livre intitulé "Le Cahier Rouge du Père Joseph" raconte les histoires des gens oubliées par la societé qui habitent dans le immeubles abandonné du centre vielle de São Luis do Maranhão. Parmi eux, il y a Père Joseph, un vieux de 65 ans qui demeure en un batiment qui écroulé avec son fidele chien Monsieur Faim.
  Raimundo Nonato Rodrigues est serrurier, mais aime beaucoup ecrire et lire, principalment dans la langue françaises, leur grand passion. Il a dejà publié deux recueils de poèmes et il a autres  travaux inedites.
 Le roman publié dans la France c'est realisation de leur rêve d'enfance....
Le Cahier Rouge du Pére Joseph
Edilivre - colection Classique
Prix - 17.50
contact avec auteur
r.n.rodrigues@hotmail.com 
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Mulher do Brasil
Vilma Cunha  Duarte

Sectários confessos do hedonismo cultuam o prazer franco e escancarado, do trivial às peripécias do idiossincrático  Donatien Alphonse François,  o famoso Marquês de Sade, escritor francês.
Muitos, ainda deleitam-se acasalados com o “princípio?” econômico em que se procura obter o máximo com o mínimo de esforço.
Do poeta, a doutrina moral que considera o prazer a finalidade da vida, ganha nuanças de poesia.
Longe de ser assexuado ou melhor que ninguém, ele pode chegar  ao clímax,  provocado magicamente pela infinitude das manifestações da beleza.
Vibra seduzido pela flor  vestindo roupa nova depois de ser botão... torna-se amante da lua que prateia a noite dormideira...entrega-se no banho da queda d’água que lava a canseira da vida... faz amor com o sol que lhe doura o corpo agradecido... deixa-se marcar pela paisagem estonteante do viver. 
Ter a poesia no corpo e na alma é estado de graça no poeta.
Deus meu! se for mulher... apagadas, escondidas, bem ou mal amadas, grandes e  notáveis jamais se negaram  ao gozo incomensurável de cruzar-se com  suas estrofes e rimas.
Gostar de ser inteiramente, mulher apesar da cara feminina do censo, o aumento escancarado de parcerias independentes de masculino e feminino, liberta da fixação obsessiva de povoar a solidão, é dádiva do casamento duradouro com as palavras.
Mulher de suportar a carga da saudade do amor vivido, curar-se de infalíveis pesares na mesma hora,  com  o unto da alegria, que  pega da pena do coração e desenha sorrisos de contagiar em prosa e verso.
De abrir livros para desenjaular personagens e apoderar-se de histórias brincando no ar.
Mulher de corpo, alma e fantasia!
Fantasia de anseios empoleirados nos sonhos e fantasia de verdade.
De ignorar a carga dos anos que o calendário dos homens faz questão de aumentar em todos os parabéns na data querida, e sentir-se moça de contos de fadas com vestes de Momo na carruagem da poesia da Marquês de Sapucaí.
De esquecer o mundo dos outros e entregar-se plena e prazerosamente às emoções de ser personagem no maior espetáculo do planeta.
De bendizer o sangue miscigenado, que por pouco lhe explode as veias na delícia de reconhecer-se irreconhecível, como filha das matas nativas e da África mãezona, com badulaques da cabeça aos pés, o ritmo frenético no corpo acalorado pelo batuque e a alma saciada de nacionalismo verde e amarelo.
De flutuar com asas emprestadas de pombos no ninho na coroa dourada que lhe arrainha o porte  e pousar nos ombros da galera alucinada de prazer patriótico por assistir ao desfile da nação destacada em alegorias esplendorosas da arte.
Molejo da  poesia de amores com a euforia, compondo odes na pele da multidão patropi.
 Sou Vilma, no carnaval e na poesia,  mulher do Brasil todo dia. 
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MANHÃS E TARDES
Humberto Rodrigues Neto
 .
Por mais que eu raciocine e a mente afoite
no excogitar as leis da astronomia,
não posso crer que já ao primeiro dia
se fizessem na Terra o dia e a noite.
 .
Mas reza a Gênese, sem vãos alardes,
que do primeiro dia até o terceiro,
seja na serra ou no despenhadeiro,
houve manhãs e também houve tardes!
 .
Supor que houve manhãs sem arrebol,
é aceitar, como sãs, versões sandias!
Jamais se faria luz nesses três dias,
pois só no quarto Deus criou o Sol!
 .
Avesso, pois, a esses conceitos perros
de um Pai perdido, que embaralha os fatos,
hei de esgotar meus últimos fosfatos
na busca a um Deus que não cometa erros!
.


En la playa
De mi libro de Poesías “Íntimo”
.
Inmersa por el mar azul arrobador
y el viento suave tocando mi rostro.
Cautivada por el mar que frente a mí,
se mueve caudaloso.
Y la mirada desde la orilla
llegando más allá del infinito
horizonte.
.
En la playa
arenas blancas,
espumas
de la mar,
acariciando
mis pies desnudos
que gozan.
.
Gaviotas que surcan
desplegando sus alas,
y mi pelo largo
se extiende libremente,
como jugando con el viento.
.
¡Ay! ¡La mar!
Sus olas y su aliento,
¡Con vigor!
golpeando las rocas en la orilla.
¡Una maravilla!
Juntos creando,
rugidos sonoros,
reflejando sonidos armoniosos por el viento.
El mar con su aliento,
soplando ecos melodiosos en mis oídos,
que hacen enternecer mi alma.
En la playa,
espumas de la mar,
arenas blancas.
Agua cristalina y fresca,
arrecifes a flor del agua,
sinuosas olas vibrantes,
¡Cubriéndome!...
.
Y el sol,
¡ardiente! con sus rayos penetrándome
en lo más profundo.
Puedo ver el reflejo de mi cuerpo, tembloroso.
¡Arrebatada de pasión!
.
Suspiros de la mar,
queriéndome calmar,
tocando mi rostro y mi cuerpo.
.
¡Amor mío!
Sé que estás tan distante de mí.
Más allá del confín del infinito horizonte.
Pero te siento cerca,
porque estás aquí,
muy dentro de mi alma.
Escondido como un secreto de la mar.
.
En la playa,
mis suspiros con el viento haciendo ecos,
surcarán melodiosos,
por las ondas sonoras del vasto espacio.
Y percibirás mi corazón latente.
¡Que hará vibrar
con vigor en tus entrañas!
¡Éste amor que mata de pasión mi alma!
.
¡Acariciándome!...
te siento como la brisa del mar,
en  la playa.
.
Lucina Medina de Barry
.

Liberta do seu foco
.
Desviei você do meu foco,
e as sombras que me faziam...
presa ao passado se soltaram,
libertando meus sentidos que jaziam.
 .
As sombras sem forma,
misturava-se a realidade;
criando falsas fantasias...
encobrindo a verdade.
 .
Eram sombras do negro ao colorido...
mitificadas de ilusões.
A verdade surgindo... liberta do mito...
o coração voou longe
descobrindo de novo as emoções.
.
Focar em outra pessoa...
É fugir de decisões.
Ela o mantém nas sombras...
tolhendo todas as ações.
.
O falso colorido...
atrapalha a visão.
A realidade traz a luz...
e o colorido verdadeiro vem ao coração.
Ruthy Neves
.
O que é Verdade?
Delasnieve Daspet
03.05.08
 .
Diante de tantas ideologias,
De tantas filosofias,
Tornou-se dificuldade
Estabelecer a verdade...
 .
São tantas as formas e normas
Maneiras de interpretar e viver
Que os conceitos se indefiniram
Cada um alimenta, convicto,
A certeza do  estar e do ser!
 .
A cada dia uma nova crença
De acordo com os interesses
Ou sentimentos de buscas
Ou ate mesmo de bolsos....
 .
A dor nos encaminha a procura
Nem sempre reais
Onde anda o espírito da verdade
Que não nos acolhe
Ou não a acolhemos nós ?
 .
Onde andas, verdade?!
Procuro-te com olhos abertos
Para aprender discernir acontecimentos...
 .
Aprender a não sucumbir às mentiras,
Dificuldades do dia a dia,
Pois muitas são as supostas verdades...
 .
A solução apresentada
- Quase sempre  uma máscara –
Apenas fachos de luz!
.
E a verdade,
Esta em mim e em nós,
Consiste em não se deixar seduzir,
Estar atento...   atento com o coração...
Pois mesmo nas horas mais amargas
É a luz da verdade que assegurará
O caminho a seguir!
DD_ Campo Grande MS -03.05.08





 
 



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