sexta-feira, 11 de maio de 2012

16-12 - DIVULGANDO POETAS ASSOCIADOS


16-12 - DIVULGANDO POETAS ASSOCIADOS
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                               No Teu Colo
                            Dulce Pinho
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Mãe
    De candura a tua imagem
Num gesto de carinho
    Embalaste no teu colo
Aquele ser pequenino
        O tempo tem-te marcado
Obrigando-te a vergar
       Perdeste a ousadia
          Perdeste o caminhar
Mas a coragem não perdeste
     E hoje
Já velhinha
Cansada de uma vida tão dorida
    Continuas no teu colo a embalar
Outros seres pequeninos
    Que não são os teus filhos
Mas sim
    Os teus netinhos
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From: mary
O Espetáculo que se viu no Oscar 2012

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MÃE E MENINA!FatinhaMussato

Jovem, linda, corada,
olhar brilhante a reluzir,
ainda nem sabe a razão...
Amanheceu tão feliz!

Vai se mirar ao espelho...
Sente a pele de cetim,
observa os contornos do corpo,
e sente o odor dos jasmins...

Percebe o seio túrgido, lindo!
Alisa com as mãos a cintura, o quadril,
afaga a própria barriga,
analisa-se de perfil!

Vê, surpresa, discreta mudança
no ventre, que parece crescer...
Lembra das regras ausentes...
Oh! Um filho! Mãe eu serei!

Logo te sentirei aqui,
pois o tempo passa a correr,
diz, acarinhando seu ventre,
aquela criança, que terá um bebê!

Não mais brincará de bonecas...
Terá que aprender muito agora!
Como ser mulher, ser mãe,
quem, nem criança conseguiu ser?

Muito cedo, foi parar nas ruas,
Pois precisava comer.
Como era uma linda menina,
Foi instigada, a seu corpo vender!

O tempo passou tão depressa,
Só hoje parou pra pensar...
“ainda és uma menina, quem te ajudará,
filha das ruas, o teu filho criar”?

Onde estão todos eles, os lascivos,
os que te usavam o corpo de criança,
para seus torpes desejos saciar?
Estão em suas casas, a moralidade a pregar!

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Para André Cruchaga

È outono, não sabes?
As prímulas de minha janela
com suas pétalas aveludadas,
sugerem um dia lindo.
Ontem vi nos seus olhos a
esperança.
Pátria, luz, irmão!

No meu peito a poesia reside,
insisto nas minúcias, nos detalhes
da natureza.
Ontem vi seu coração de poeta,
elogiando um corpo feminino.

Caminho sobre as palavras,
desço as ruas da ilusão,
com consciência e alma.
Ontem vi suas mãos desenhando
um poema.

Hoje te vi caminhando pelas ruas
de “El Salvador”, com destino ao
futuro.
Pátria, , luz, irmão!
Tânia Mara Camargo
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“Double et faux”
    Duas caras em nada francesas. Duas caras coroadas em distintas realezas. Duas caras na mesma nobreza nem tão nobre. Duas caras no mesmo discurso nem tão verdadeiro. Duas caras envoltas no mesmo vespeiro. Duas caras amanhecidas no mesmo travesseiro. Duas caras deveras lavadas no mesmo banheiro. Duas caras sombreadas. Duas caras pintadas. Duas caras pálidas. Duas caras encapuzadas. Duas caras fugitivas. Duas caras enganadoras. Duas caras dissimuladas. Duas caras sem qualquer penalidade legal. Duas caras aquém da Capital Federal.
    Duas caras na mesma razão política. Duas caras na mesma causa social. Duas caras pulando amarelinha. Duas caras jogando peteca. Duas caras brincando de casinha de boneca. Duas caras banhando nas quedas da mesma cachoeira em vazão continental. Duas caras escalando os muros das mesmas torres erguidas além do Planalto Central. Duas caras ultrajando a mesma Carta Magna Constitucional. Duas caras deveras legislando nas tribunas esvaziadas do Congresso Nacional.
    A primeira cara é face oculta até a primeira investigação não necessariamente causada pelo verbo violar. A segunda cara é camuflada além de um olhar. A primeira cara é o antônimo da representação popular. A segunda cara é o sinônimo do verbo enganar. A primeira cara nem sempre é delineada nas urnas de uma eleição. A segunda cara nem sempre é retocada pelas mãos do melhor cirurgião. A primeira cara é fome de poder sem nenhuma restrição. A segunda cara é forjada na liga da mesma corrupção.
    Duas caras unificadas diante da liberdade mesmo que tardia. Duas caras tituladas diante da igualdade preconizada no princípio da democracia. Duas caras aqui. Duas caras acolá. Duas caras roendo o mesmo pequi. Duas caras provando o mesmo vatapá. Duas caras de turbantes estampados (aonde?). Duas caras de uniformes listados (quando?). Duas caras inquebrantáveis diante da mesma quebra de decoro parlamentar (será?). Point finale (nelas!).
Airton Reis é poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com
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SOBRE ALGUMAS MÃES

                                   Nelci Nunes - O Falador.

Minha mãe cantava pra mim,
A velha canção ribeirinha,
Inventada por ela, ainda menina...

Quando idosa, durante algum tempo,
Cantava sempre ao ninar a netinha,
A tantas vezes repetida, canção ribeirinha.

Enquanto a cantiga ecoava,
Lembrava da sua jovem filha,
No pátio do quartel, perfilada.

Mais uma mãe, que junto com o marido,
Chega ao lar; sempre cansada...
Quando não ia para outra jornada.

No policiamento de rua,
Em casa, sendo esmerada mãe,
Enfrentando muitas horas de trabalho.

Agora, a mãe já velhinha,
Sob os cuidados da filha,
Escuta a sua velha canção ribeirinha.

Seja à noite, pela madrugada, ou à tardinha;
Muitas mães voltam sempre exaustas para o lar,
Sem tempo para cantarolar qualquer cantigazinha.

Então me pergunto;
De onde vem essa força?
Que gigantescas mães são essas?
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ODE ÀS MÃES!
(Maria Barros)

Acorde d’um poema vivo, em atos!
Gerada sem pecado, [o amor coduz]!
O doce indissolúvel dos palatos,
[Só a alma sabe o sabor do que é luz]!

Ode do amor primeiro, amor eterno!
Nosso Anjinho de Guarda, nossos passos!
Mais doce inspiração do “Ser” materno!
O mais firme dos nós de nossos laços!

Alicerce, firmesa inabalável!
Conduz na fé e no amor, é redentora!
Em nosso coração, é imaculável!
E rumo ao amanhã, é nossa pastora!

E é por ti, linda Mãe do coração,
Que celebro teu amor nessa canção!
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ECOLOGICAMENTE CORRETO

Clóvis Campêlo

Fico sempre sensibilizado quando estou na orla do Recife, curtindo a minha cerveja fabricada industrialmente e estupidamente gelada, e vejo as pessoas na beira-mar apanhando vasilhames e sacolas de plástico jogadas na areia pela população mal-educada ou devolvida pelo mar revolto. Essa atitude singela me emociona pela grandeza do seu gesto.
Enquanto as duas maiores economias do planeta, a China e os Estados Unidos, jogam diariamente na atmosfera e nos mares toneladas de lixo químico, indiferentes ao destino do planeta e preocupadas apenas com a sobrevivência dos seus lucros, admira-me o desprendimento e a inutilidade do gesto dessas pessoas. Geralmente são velhas senhoras preocupadas em preservar o meio ambiente e a vida das tartarugas marinhas, que confundem o plástico com as algas e morrem engasgadas.
Por outro lado, fico irritadíssimo quando nos supermercados me oferecem, a preços módicos, as tais sacolas ecologicamente corretas. Nesses momentos, sinto-me chantageado pelo sistema, que mais uma vez não abre mão dos seus lucros e tenta transferir para o cidadão consumidor o ônus da “preservação” ecológica do planeta. Para mim, essa é mais uma sacanagem para conosco.
Afinal, que responsabilidade podemos ter nós em relação a esses sistema de produção que polui e esgota os recursos naturais do planeta? Pergunto-me sempre e não encontro a resposta. Nós cidadãos comuns, somos tão vítimas quanto a natureza espoliada. A parte de responsabilidade que nos cabe, com certeza, diz respeito ao consumo desenfreado e impensado de tudo o que nos é oferecido pela produção industrial.
Segundo os estudiosos do assunto, o lixo inorgânico é uma invenção moderna. O advento da Revolução Industrial, no século XVIII, e a invenção de máquinas que modernizaram e agilizaram o sistema de produção capitalista, cada vez mais resultou na criação de resíduos e objetos descartáveis e inúteis que podem causar a poluição do solo e das águas do planeta, afetando a todos nós.
A grande contra-revolução possível e capitaneada por nós, consumidores, seria a seletividade do consumo em relação aos bens manufaturados pela produção industrial. Isso, no entanto, é muito difícil, pois implicaria numa atitude crítica do consumidor diante do sistema produtivo e dos produtos manufaturados que nos são oferecidos. Implicaria também em um sentimento de coletividade inexistente. Por mais amor que tenhamos à Mãe Natureza, não somos educados para isso.
Pelo contrário, sempre tentam nos fazer crer que o consumismo é um mal necessário e inerente ao mundo moderno e o que o individualismo e a concorrência entre indivíduos é uma das molas mestras do sucesso.
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MÃE
Como és bendita,
Quando amamentas.
Ou quando em preces
Rogas ao nosso pai,
Pedindo forças,
Pois a luta é árdua.
Por isso oras.
Pois sabes que com a...
... oração tudo vencerás.
Jesus o mestre,
O fiel amigo,
Que não nos deixa
Jamais desamparados,
Além de nos dar
A força necessária,
Ainda muitas das vezes
Sem merecermos!
Perdoa-nos os pecados.
Mas ao nasceres com
A missão sublime
De ser mãe,
Encheres a terra
E a mesma iluminar.
Por isso oras,
Pois sabes que Jesus,
É fiel e que nunca,
Nunca te desamparará.
Vivaldo Terres é poeta em Itajaí
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A MULHER, OUVINDO ESTRELAS...
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Elaine Tavares
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Jurara nunca mais beber. Não queria mais o mundo girando, girando, a boca solta, os pés trôpegos, a mente em voo livre. Haveria de ficar no chão. Desde pequena lhe diziam que andar pelo caminho das estrelas era coisa de louco. Ela tentara fugir. Não conseguira. Aos sete anos vira seu primeiro disco voador. Ninguém acreditara. Mas, na noite escura, lá estava ele. E mesmo quando no entardecer de um quente verão, quando todos viram aquele grande charuto cheio de janelas passando devagar, insistiram em negar. Ela ficara sozinha, olhando a coisa sumir no horizonte, rezando para que dali saísse um raio de luz e a levasse para sabe-se lá onde.
Sumida entre livros de Asimov e revistas que falavam sobre UFOS ela passou a infância e a adolescência. Eram seus amigos mais leais. Perry Rodan e suas peripécias, capitão Kirk, Spock, as mais incríveis criaturas dos planetas mais distantes. Eram suas redes a embalar a solidão e a incompreensão para as coisas do mundo “normal”. Mas, nesse mundo secreto não havia tristezas. Só esperanças de que um dia o mundo pudesse ser, de fato, habitável aos seres sensíveis capazes de falar com e ouvir estrelas, tal como dizia Bilac.
O tempo passou, a guria cresceu, o disco não veio, o mundo estragou. Tempos de rede não se prestam a solidões. Os edifícios escondem o céu, as estrelas sumiram, não falam mais. As palavras desconexas que reverberam na cabeça ninguém mais sabe dizer de onde vem. “Essa aí nunca foi normal”, dizem as vizinhas. E ela sorri, agradecida. Nunca quisera a normalidade de um mundo em escombros.
O cabelo embranqueceu, mas as velhas revistas seguem na cabeceira. As aventuras de Rodan para salvar a Terra ainda povoam seu mundo de teias de aranha. Quando é de noite, e todos dormem, ela sai pela rua a quebrar lâmpadas – única forma de ver o céu numa cidade feérica. Até ontem a acompanhava um garrafa de vodka, da boa. Por algum motivo desconhecido ela se acercara mais do que a pinga local. Talvez pela sonoridade. VOD-KA. Palavra doida, estranha, sensual.
Mas agora decidira. Por todos os deuses do Tahuantinsuyo. Não mais emborcaria o líquido quente e queimador. Haveria de saltitar pela rua como sempre fizera, mas o faria de cara. Já não tinha mais medo de não ser normal. Tomaria, como Raul, todos os banhos de chapéu. E falaria com os sleestaks, os vulcanos, encontraria mestre Ioda, voaria na Milenium Falcon. Cometeria todas as loucuras. Quem nesse mundo pode se arvorar em dizer o que é certo? Como podem impedir um ser de ouvir estrelas e dançar nas estradas de areia?
Nessa manhã ninguém estranhou quando ela saiu feito uma guerreira klingon, toda pintada. Deixara a casa arrumada, ajeitara o quintal. Na rua adormecida, jamais se poderia supor o caminho empreendido. Subiu devagar o morro do lampião, piou com os passarinhos, grunhiu com os bugios. Tomou banho de cachoeira e se deitou nua na relva verdinha. Decidiu esperar pelo raio. E ele veio, ao fim da tarde, quando as formigas já faziam caminho pelo corpo branquinho. Contam que ela foi levada por algum disco voador, e é bem possível. Nunca mais foi vista. O certo é que lá para os lados do lampião, há uma estranha árvore, com formas de mulher, que parece sorrir. Tem gente que jura que é ela e que em noites de lua clara, as bruxas cantam e dançam no lugar. Outros há que juram vê-la nas noites escurar a quebrar as lâmpadas, cantando canções sertanejas. Vai saber!...
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REENCUENTRO...

AUN TENGO COSAS PARA DARTE ...LAS MANOS SOBRE TU PIEL , Y MI MIRADA 
AQUELLA QUE PERDIDA EN EL OCASO
RESCATE PARA VOS PORQUE TE SIENTO
COMO VOLCAN ARDIENTE QUE ME INVADE 
EN NOCHE DE VIGILIA.
..DE SUPLICIOS...
UN SUSPIRO LENTO GUARDADO ENTRE MIS SABANAS 
QUE TE ESPERAN  ANSIOSAS  COMO  TEMPLOS  
QUE GUARECEN A LOS PAJAROS SIN RETORNO...
CARICIAS QUE VOLARON EN EL TIEMPO  
Y REGRESAN ESPERANDOTE EN MI ALCOBA...

PARA AMARTE CON PERFUME A MADRUGADAS...
Y MURMULLOS DE RIOS SIN FRONTERAS...

 AUN TENGO MILES DE COSAS PARA DARTE...
ATREVETE A SER MIO UNOS INSTANTES , 
QUE MI BOCA SEDIENTA E ILUMINADA 
-- SE QUEME CON TU PIEL QUE DESAFIANTE..
ME LLEVE A LOS CONFINES DEL DESEO INAGOTABLE...

CUANDO LLEGUE EL MOMENTO DEL ENCUENTRO , 
QUE UNA LLOVIZNA ESCAPADA DE LA BRUMA , 
SEA UN TORNASOLADO TUL DE ESTRELLAS NUEVAS...
PARA CUBRIR NUESTROS CUERPOS  QUE DESNUDOS , 
SE VERAN EN EL REFLEJO DE LA TARDE METEORO 
SURCANDO NUESTRO ESPACIO INVENTADO PARA AMARNOS...


TU TAMBIEN TENDRAS COSAS PARA DARME...LO SE ...
NO...NO ME LO CUENTES AHORA,  MEJOR NO...
MEJOR GUARDAME EL SECRETO....
PARA CUANDO LLEGUE EL MOMENTO DEL RE ENCUENTRO....
AHI  , ES QUE  ABREM
OS DE SOLTAR  LAS PALOMAS AL VIENTO....
Silvia Nellys Cesín
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"MÃE. FLOR DA VIDA.
           
Mãe.
Suas virtudes, a maior obra do criador
Adora seus filhos e bendiz o nascer, socorrendo-os,
Em quaisquer dificuldades, ampara-os independente da gravidade.
Às vezes sofre e chora em silêncio, suas lágrimas puras de bondade,
Onde transforma o amargor em risos de felicidade.
Mãe. Que se compraz na observância da lei divina.
Amados serão seus filhos,
Porque plantastes com blandície o amor e a generosidade em seus corações,
Seus exemplos, uma grande lição, Ela educa e ensina o melhor porvir
Conduzindo-os com prudência onde Deus é fonte de sua inspiração,
Seu sorriso permanente vence os dissabores, sua alegria é exaltada na glória
Tendo o fruto de seu ventre se fazendo no dia presente,
Representado com se um livro fosse, à ampla descrição de sua doce vitória.
Bem-aventurada seja, oh mãe,
O cristo ressurge em cada ato seu, abençoando cada dia vivido.
Nesta data que lhe foi consagrada cito a fonte de minha própria existência
Naquela que ofertou energias proveniente do imaculado seio materno,
O desenvolver da vitalidade onde herdei o natural de seus dotes emocionais.
Hoje com orgulho faço-lhe esta homenagem
Pois sou parte integrante de sua própria matéria,
De onde como passageiro embarquei feliz,
Para a excelência graciosa desta jornada.
Mãe. Significação de vida,
Da benevolência, da genuinidade do amor,
Da ternura irradiada na luz do olhar,
Amplamente proporcionada pelo pai, nosso senhor
Da adorável amiga, sempre ponderada na sapiência dos discernimentos.

Mãe.
Em sua singeleza o infinito de meu carinho
E o mais delicado dos beijos meus.

Elio Bittencourt Moreira" 
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 PIEDADE, MINHA MÃE!
Aparecido Donizetti Hernandez
11-maio- 2012 – 11h56
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Sabes que lhe amo, estamos sempre em contradições!
Muitas vezes não a compreendo,
tu muito menos compreendes meus desígnios.
Cada qual vem a essa vida
pra cumprir uma tarefa uma missão.

Nem todos as cumprem, apegam-se a bens materiais.
Apego que não lhe ajudam a evoluir e não contribuem para
a evolução Humana.
Todos sofrem nesse frágil corpo!
Corpo perfeito feito para funcionar sem dores,
Com prazo de validade nesse tempo de sofrimentos.
O Senhor nos deu o livre arbítrio, nos colocou em vossos braços.
Vivo chegamos, não devíamos estar em vossos braços
em um corpo sem vida, com hematomas e feridas.
Cada qual com seus desígnios, em vossos braços com vida,
Juntos na eternidade estaremos nas muitas moradas do nosso Senhor.
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MY GOD,  ESTOU FICANDO VELHO!

Ulisses Tavares



            Sempre pensei que a velhice era algo tão distante, que provavelmente nunca me ocorreria.
            Mas isso porque eu era muito, muito jovem.
            Depois, dos trinta pra frente, a velhice passou a ser algo possível, mas um porto ainda incerto e longínquo aonde atracaria o navio de meu corpo desgastado pelas tempestades da vida.
            De repente, os quarenta passaram, entrei nos 50 anos . E, agora, nos 60.
            Os americanos, malucos por expressões políticamente corretas, chamam as pessoas de 50 a 65 anos de idosos júnior (dos 65 ao 80 de idosos senior e de 80 pra frente de idosos master).
            Não aparento a idade, ainda. Até porque, por ser da geração hippie, que bebou todas, tomou todas, encarou tudo, devo ter envelhecido, sem querer, em tonéis de carvalho, como um bom uísque.
            Bem, se você leitor(a), está nesta faixa de idade, que a propaganda popularizou como tio sukita, sabe muito bem dos sustos e prazeres que apenas a maturidade pode trazer.
            O sábio e irônico Millor Fernandes disse que a idade só traz mesmo é mais idade. Desmentindo a si mesmo, porém, a cada ano escreveu melhor.
            Aqui, gostaria de falar de fatos marcantes que vêm junto com o pacote da velhice:
            Primeiro é o entendimento de que velhice é mesmo um estado de espírito. E, sendo um estado de espírito, está nas nossas mãos batalhar para que seja bom, leve, prazeroso.
            Isso é possível, acessível a qualquer um.
            Agora, no que todos concordam, jovens e velhos, é que não dá para ser Peter  Pan depois dos cinquenta.
            Não me refiro a tingir o cabelo de loiro pagodeiro, usar roupinhas de garotão e outros recursos para parecer que os anos não passaram.
            É meio ridículo, não engana ninguém, mas um mal menor.
            Duro é se recusar a crescer.
            Porque o lado maravilhoso da maturidade é a habilidade, que apenas o tempo aprimora, de pegar os limões e fazer saborosas limonadas.
            Desobrigados de ter objetivos fantásticos, grandiosos, altamente custosos e frustrantes (como comprar uma super casa financiada em 30 anos ou trabalhar como um mouro em busca da cenoura do 1 milhão de dólares), podemos nos concentrar no varejo da vida, e não mais no atacado.
            Em vez de sexo apenas, sexo com amor e carinho e sem vergonha de qualquer fantasia.
            Em vez de planos e projetos para anos a fio, o carpe die, um dia de 24 horas plenas.
            Em vez de correria, um passo de cada vez.
            Em vez de mil conhecidos, alguns amigos do peito bem cultivados.
            Em vez de sonhar com um hobby, um passatempo, um curso, uma viagem, para quando tiver tempo, realizar já.
            Em vez de olhar o próprio umbigo, descobrir que existem umbigos tão ou mais interessantes que o nosso.
            Olhar, com olhos surpresos de netinho, como os velhos contribuem para remoçar o mundo com sua sabedoria acumulada.
            Igual um Peter Druker que, do alto de seus 90 anos, sacode a nova economia.
            Igual, no nível local, um Sobral Pinto que tirou o Collor do phoder também aos 90 anos.
            Igual tantos e tão ilustres e revolucionários cinquentões, sessentões, setentões, oitentões, no mundo inteiro, que servem de farol da humanidade.
            Não há uma regra de como ir envelhecendo sem perder a juventude da alma.
            Mas talvez seja o dar-se o luxo de não ter regras, verdades definitivas, esse o grande segrêdo de envelhecer com graça e juventude no interior do peito, já que, no exterior, tudo cai pela lei da gravidade, naturalmente.
            Vocês já viram na televisão, no teatro, na literatura, que as tesudas Lolitas procuram homens maduros em busca de proteção. Mentira pura. Só velhinhos mal resolvidos caem nessa armadilha erótica capitalista.
            Fruta madura prefere outra igual, mais doce, menos verde.
            Envelhecer é um privilégio (quantos não morrem no meio do caminho?), não uma maldição. Mas se não aprendeu até aqui não vai aprender nunca mais.
            Isso eu aprendi.
            E vamos parar com essa bobagem de politicamento correto! Velho não é melhor da terceira idade ou idoso sênior. Velho é velho e pronto. Com mérito e orgulho.
           
            Ulisses Tavares tem 62 anos e o mesmo tesão pela vida de sempre. Coisas de poeta.
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HOMENAGEM ‘DIA DAS MÃES’
  MÃE!
Deus abençoe
todas as mães.
Maravilhosas criaturas,
nascidas no AMOR DIVINO.
AMOR PERFEITO!
Carinhosas princesas,
de todos os planetas.
AMOR ETERNO!
Uma árvore infinita,
germinando o seu carinho.
QUE INVADE O CORAÇÃO!
Com o seu bom viver,
participando de nossos frutos.
DIVIDINDO A ETERNIDADE!
Acertando as alegrias,
Adivinhando sentimentos.
MULHER!
Contemplando a vida,
que invade o coração,
cheio de alegrias.
DEIXAMOS!
Que o amor seja,
a essência da história,
do lindo DIA INTERNACIONAL DE NOSSAS MÃES.

ALBA ALBARELLO, Cônsul dos Poetas Del Mundo, representando Erechim-RS
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O AMOR      


O amor é uma fantasia sem idade ,
vivida em cumplicidade ,
na realidade.
É  uma poesia escutada ,
e sentida.
É uma conversa como esta,
sem pressa,
e que se expressa num verso.
É o que sinto quando te achegas ,
e te aconchegas .
É um calor entusiasmado,
um disparar do coração,
um rubor no corpo ,
e mais o sussurro calado, meu amor.
É uma aceleração,
a desesperar ,
e a  descabelar teus cabelos penteados.
É um temor,
um receio já cheio de dor ,
que termine o amor.
O amor é  o tema deste poema já saudoso ,
sussurrado neste amanhecer doloroso,
quando  voltamos a ser dois...      
SUZANA HEEMANN   
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       -MATERNIDADE COMERCIAL-
Estou assustada com as mensagens consumistas
Caindo às centenas, em minha caixa, mascaradas
De amor filial, afim de vender milhares de coisas,
Maioria sem utilidade, uns trecos em "promoção",
Manipulando os filhos, que melhor fariam amando
De coração suas mães, cuidando, perdoando, até
Suportando seus defeitos humanos com respeito!
Presente é estar sempre presente, onde estiver,
Saber e crer do laço inexplicável que os une a
Nós eternamente, enlaçados sem interesses...
Claro que um presentinho sempre cái bem em
Qualquer ocasião, no conhecimento pleno de
Que todos os dias são especialmente nossos!
Quando digo "nossos", falo deles também...
Considero minhas filhas, as maiores amigas!
Tenho aprendido a ser desprendida com elas,
Parei de ser a "dona da verdade", um alívio!
Empurro por direito adquirido, umas bombas
Para que resolvam, dei de emburrar, faço bico,
Com ou sem motivo, exijo colo enquanto é tempo.
Não sei como aguentam minhas birras mas sei
Que suportei as inumeráveis delas que alegam
Estar eu "muito nova", elas que eram novinhas!
Trocamos idéias, brigamos, rimos muito, ficamos
"De mal" quando aproveito e descanso que não
Gosto de perder, algo natural nas pessoas...
Só evito urrar perto delas de saudade da avó
Delas, uma vez que em vez de aguentarem,
Abririam um berreiro igual ou pior que o meu!
-Marília Bechara-
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DESCOBERTA-
Sinto minha vida parada em um momento assim!
Silêncio e solidão são necessárias, meus fármacos...
Consulto-me se já perdoei-me e não obtenho respostas.
Desejo desculpar a todos, pensando em novamente ser livre...
As bençãos caem em profusão em terreno sem mágoas.
Minha vida anda precisada delas, encontro-me em encruzilhada,
Descobri-me outra, nova fase que pode ser terminal, uma ilha!
Se sempre fui diferente, temo as mudanças que viverei, eu sei...
Meus valores, embora minhas vestes externas para sobreviver,
Quando exponho uma ponta, espantam aos poucos a quem me
Desvendo, causando uma surpresa, um susto, e até decepção!
Conviver com minha imagem falsa muitas vezes me cansa...
Sou culpada confessa e quero me retratar diante de mim mesma!
Será assim que reencontrarei antiga alegria perdida, saudosa?
Espero que sim e para tanto, terei que atirar o mais longe possível
Essas dores a mim causadas, sem propósito, desmerecidas...
Pergunto-me ainda se feri igual e peço perdão pois não percebi!
Em minutos que parecem longos anos, tenho sofrido fundo, dores
Das feridas que me fiz, interpretando humilhação e armadilhas,
Por carinho e admiração, quero me redimir, voltar a ser feliz antes
De partir e mesmo sendo difícil, deixar atrás de mim, rastro de luz
E paz e desde já um imenso amor, por favor, por tanto desamor!
-Marília Bechara-
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MATERNIDADE
Mírian Warttusch





Meu doce e amado filho pequenino,
Cuja mãozinha terna e graciosa,
Repousa no meu seio com carinho,
Tão leve como a pétala da rosa.

Assim, querido, no meu colo dormes,
Qual anjo delicado ou meigo querubim,
Caiu do céu como uma prenda enorme
Que Deus mandou, benévolo, pra mim.

Ele é tão lindo, quando adormecido,
Com mil sonhos em sua cabecinha...
Quando acordado, me olha enternecido,
Velo por ele, qual fada madrinha.

Um bem que veio ter à minha vida,
Para alegrá-la e só me dar prazer.
Uma emoção jamais por mim sentida,
Extravasou, então, pelo meu ser.

Tão bela obra esta que se cria,
Eu e ele unidos para sempre, assim,
É uma ode de amor, esta poesia,
Que se eterniza e jamais terá fim.

Paixão tão doce que eu estou sentindo,
Um sentimento que não posso conter.
Rindo ou chorando esse menino lindo,
Faz tão mais forte o coração bater!

Infinitas horas de colóquio manso,
Entre nós dois, como um lindo segredo,
Carícias ternas das quais não me canso,
Um romance calmo de real enredo.

Não consigo descrever tamanho amor
Que nos uniu desde a concepção.
Plantei a semente, vi nascer a flor,
Que se abriu no útero e no coração.


JUNTO DO MEU CORAÇÃO
 Mírian Warttusch                                        Quero guardar-te sempre assim, nesse aconchego,





Junto ao meu peito, como quando eras criança.
Não vou deixar que te afastes do meu coração,
Te guardarei no peito, e na minha lembrança!

Não haverá distância capaz de me apartar de ti,
Sempre que precisares, filho, eu te embalarei.
Dou-te a minha bênção, minha paz, o meu amor,
Se preciso for, também a minha vida eu te darei!

Se eu chorar antecipadamente de saudade,
Me perdoa, pois esqueci que não és mais criança,
Que tens pela frente, um magnífico futuro,
Repleto de vitórias, de fé e de esperança!

Quero assim que ao lado de tua companheira,
Sejas feliz como mereces e sonhaste ser.
“Os pássaros devem ser livres no seu vôo,
E cantarem sempre num novo amanhecer.”



EM CADA MÃE UM POUCO DE MARIA
 Mírian Warttusch                                                      Que possamos desejar, possamos MÃE
Ceres Marylise

Quando nasceu a vida,
tudo disse: MÃE!
Dona da vida e da força,
gritaram os homens exaltados.
Maria, que na hora do evangelho,
conforta a alma dos humildes
que têm fé e esperança.
Mater Dolorosa que sente o filho
quando rompe suas entranhas.
A que geme junto ao túmulo do filho
que nunca mais a beijará de novo.
A que sofre o martírio do abandono
cujo desvelo alguns filhos já esqueceram,
mas que perdoa, que perdoa sempre,
e bendiz ao filho que tanto lhe magoa.
Mães dos que buscam paz sem encontrá-la
e dos que vencem com fortuna e fama.
Mães de mendigos e de paladinos,
sejam benditas em todos os idiomas!
Mães de todos os homens de todas as raças,
mães admiráveis, todas nossas mães,
que nos deram tanto sem nunca
pedir nada!
resmarylise@terra.com.br





sentir, querer, ver nascer, e abraçar…
perfeição maior que Deus, coloca em nossas
entranhas, que antes do nascimento, nos traz
emoções tamanhas: Intimidade uterina, segredo…
coisa divina… queremos muito saber: qual será a cor
dos olhos? - Seja perfeito, meu Deus - meu filho, tive na
espera, a ansiedade, o amor, vontade que fosse logo; esperei…
e nem a dor do parto eu pude sentir, tão logo vieste ao mundo… como
iria traduzir? Tão lindo, sem tradução… cheio de encanto, ao nascer,
já parecia dizer, olho azul pousado em mim: “cheguei, mãe”! E riu
pra mim! Esplendoroso esse dia! Recordei também Maria, na
espera tão ansiada, ter nos braços seu Menino… momento
do nascimento, inexplicável… divino… esse dia é para as
mães, o anúncio de grande luz! Esperou seu filho,
um dia, como esperasse Jesus!
"É menino!"
.
.

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Mãe
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Eternas crianças somos.
Mesmo crescidos, com filhos.
Uns já com netos: mas pequenos
nos tornamos quando com
a nossa mãe falamos.

Sua voz ouvimos, e ai parece que
de tamanho, vamos diminuindo.
Para uma mãe sempre teremos
ouvidos, ela nos conhece, sabe
de todos os nossos problemas,
conhece a fundo nossos sentimentos,
é ciente, quando mentimos, ou
quando padecemos um sofrimento.

Feliz é quem ainda, viva, a tem.
Ou aquele que por anos
com ela conviveu.
Infeliz o que não a conheceu.
O mundo fica um pouco menor,
quando se sabe que uma mãe morreu.

(Roldão Aires)
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A MÃE

Ela se foi, mas permanece aqui
junto a mim: na imaginação
ocupa como lar meu coração,
refaz momentos ternos que vivi.

Hoje sou velho, mas quando criança,
uma mulher bonita, carinhosa,
qual uma santa, era tão formosa!
eu guardo eternamente na lembrança.

Musa divina, ícone do amor
as mãos de Deus a fez para criar
a humanidade em seu esplendor.

É a mulher, a mãe, a doce fada
dona de mimos mil para ofertar
a cada filho em sua caminhada.


Carlos Celso Uchôa Cavalcante
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ENFIM OUTONO
Irene Zanettede Castañda

 As flores  caem em redemoinhos  e fazem tapetes no chão como quem prepara o leito para saciar os desejos, sem refrear a luxúria, o encanto da vida alisando a pele aquecida e abrindo espaço para alimentar de seiva  esta exótica plantação. AH! O Perfume que deixam no chão! Que fragrância inflamada alcançam os  pés pesados  que as esmagam com indiferença! Mas  ainda  há olfatos  sorvendo os fluidos das flores caindo.  Como acalmam e provocam suspiros apaixonados ao recordar que alguém está à  espera de outra flor tão viva e perfumada para agradar os olhos, o olfato, a alma, o coração. Depois das flores,   as folhas secas  se vão ao vento anunciando a nova estação.  Também   caem na terra e emanam com doçura deleitando  a natureza com exóticos aromas. São perfumes eróticos que invadem o corpo como labaredas  internas  sensibilizando os homens aqui da terra, mas só  aqueles  que sentem na carne  o arrepio  gostoso de uma eloquente paixão. Outros  se incomodam  com suas folhas, suas flores,   seu aroma  e abandonam ali, esquecidas   no frio   chão. A neblina esconde  algumas  folhas que teimam proteger as  resistentes flores, num recanto dourado, lá no alto à espera de luz que ainda lhes permita ouvir  um triste canto para seu fim  umedecido pela aurora, filha do Sol, comandante desta imensidão.   Aurora que umedece com lágrimas  mansas a queda triste  da  vida florida já não mais sorvida por olhos cegos  sem aquele oceano de emoções.   É a imagem da vida que passa. E passa, mas nem sempre em vão. Quantas lembranças trazem ainda esse manso  desfolhar  ao som de cânticos agrestes, dos pássaros que se aninham à espera de proteção.     Sob a flor  ainda haverá um  o pequeno botão, essência da vida prometendo um novo fruto para deliciar os lábios docemente umedecidos do  mel da vida para  alimentar os corpos famintos,  os pensamentos de fé, encanto, paz e paixão.  Eis um fruto pequenino desenhando um  novo destino para outros sonhos menos vazios e menos vãos.  Ah! Cada folha que cai, a cada flor que se esvai balança este meu coração! São meus sentimentos que fluem no firmamento desta alma sedenta  de uma nova primavera que não sei se virá ou não.  As folhas caídas  dizem adeus a um tempo   juvenil, sedutor produzindo  na boca o amargo gosto  da tempestade que tantas árvores  destroem até os ciprestes, transformando-os   em sombrios chorões. O outono esvazia a alma  e desencanta a ninhada que poderia voar em doces  sonhos na imensidão. Sonhos  que também   nos falam e trazem  para a terra, suas folhas, suas sementes  fertilizando-a  de  esperança, de sonhos e, quem sabe, um  anúncio de um novo mundo cheio de verdade, justiça, PAZ e união entre os povos. E você, meu  irmão poeta, que balança me  o coração com sua poesia cheia de sabedoria do grande arquiteto  desta esfera... Ela  ainda  está seca de sua plantação!  São ainda  rejeitadas pela gente. Ela não sabe que suas folhas  serão o húmus  fortificante desta terra a abrir-se a outras sementes que ainda virão penetrar seu seio para subirem em outra primavera, trazerem o verde das matas, as flores, os frutos  nos pomares, e o perfume em outro coração. 

Um comentário:

  1. Estou emocionada, abordar o tema "Mãe" me envolve a condição de "ser" filha e "ser" mãe, um paralelo afetivo... Emocionada por sentir imensa gratidão por Delasnieve Daspet, uma espécie de mãe que acarinha minha produção artística e me junta, ainda, à um monte de irmãos. Obrigada DD, meu respeito.

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