LUIZ CARLOS LEME FRANCO
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Professor desde 1966 e médico desde 1973, poeta com trabalhos publicados em Inglês, Espanhol, além do Português, nos E. U. A., Israel e Brasil ( três livros próprios, três em parceria, várias antologias e poesias avulsas em jornais e revistas em vários estados ).Tem poesias em vários blogues ( e em várias línguas) no google( picasa ) e no youtube. Premiado muitas vezes. É verbete em livro do M. E. C. e pertence a mais de quarenta academias de letras no Brasil, Inglaterra e Itália. Foi fundador e editor da revistas “ Poesia & Cia.” premiada nacionalmente e “Unindo o Brasil pela Trova”, bem como fundador da academia de letras de Londrina (PR) e de várias casas do poeta, ex-presidente para o Paraná da academia Municipais de Letras, da caravelas, da casa do poeta de Londrina, da casa literária lampião de gás (SP). Pertence a quatro institutos históricos e geográficos. Pertenceu a academias de letras maçônicas e clubes literários além de membros de várias instituições literárias. Julgou em muitos concursos literários e escreveu muitos prefácios e apresentações de poetas. Ex governador para o Paraná da Associação Internacional Poetas del Mundo, tem algumas páginas literárias virtuais e escreve em várias.
CURITIBA-PR - lemefranco@pop.com.br.
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PAPEL
luizcarloslemefranco
A caneta disse ao papel:
“ vais ver como eu te sujo”.
-- Nem vem com este forféu,
porque se chegar eu fujo.
A caneta, então , mais diplomata –
--“esperes”, quero deixar um recado.
E o papel , pensando em ser mata-mata,
--que nada, isto me é pecado.
O escrevente precisando de anteparo,
desculpa – se , logo, da arrogância
e de um modo agora mais claro,
deu ao papel , relevância.
O papel, agora, querendo ajudar,
abriu-se em amplo sorriso
e deixou seu espaço ao ar.
A caneta fez o que era preciso.
Quem recebeu o bilhete
abriu aquele papel branco ,
que era aviso de um alcagüete
e num repente o jogou no barranco.
O papel, triste, bastante retorcido
ficou até eufórico quando então,
o destinatário, já arrependido
pegou-o de novo. Mas o jogou num latão.
O papel saiu magoado deste lixeiro,
foi depositado num monturo,
ficou junto a coisas com mal cheiro
e acabou por fim num estrado duro.
Foi lavado, secado, picotado ,
pintado, dobrado e guardado.
Virou agora papel reciclado,
para ser, de novo, rabiscado.
Lá veio um lápis, agora,
para repetir todo o escrito,
e o papel, sem demora.
fugiu para não ser mais visto.
ANIVERSÁRIO
Meu dia foi bom,
foi único,
foi cheio.
Meu dia rendeu,
viveu,
venceu.
Foi prático,
foi grato,
foi sábio.
Meu dia deixou-me
prazer
meio,
inteiro.
Meu dia deixou-me
seguro,
maduro
do futuro.
Nasci,
renasci.
vivi.
Meu dia foi primoroso,
foi generoso,
foi vitorioso.
Eu aprendi,
- sabedoria –
viver
a vida.
((luiz carlos leme franco))
QUASE(Luiz Carlos Leme Franco)
Quase fim de ano.Quase passei.Quase acerto...
Quase.Eta palavrinha intrometida !
Se não existisse quase, o que seria da vida?:
Sem quase tudo seria perfeito,tudo seria exato,tudo aconteceria de bom !Tudo seria chato !
Com quase há possibilidade de coisas darem errado,de a ida não acontecer,do condicional ser quase,de o tempo não chover.
Sem quase, as previsões poderiam realizar-se,a catástrofe suceder.o casamento dar certo e o trabalho chegar.
Com quase, quase tudo é incerto,quase é final em aberto,quase todos quase aprendem,quase acontece o quase.
Com quase ou sem quase,A vida caminha de fase em fase,E eu quase, dizendo uma só frase,Cometi uma poesia sem base.
BEM VINDO LUIZ!
ResponderExcluirPARTICIPE DE NOSSO CONCURSO LITERÁRIO.
É SÓ SEGUIR O LINK ABAIXO:
http://concursoburiticronicontos.blogspot.com.br/
Parabens, excelentes!
ResponderExcluirAbração
www.luizalbertomachado.com.br
UTOPIA
ResponderExcluirluizcarloslemefranco
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Penso em
salvar a terra,
beber doce,
comer fartura,
saber o mundo,
viver sem nada,
fazer poesia.
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Penso em só pensar,
ser, estar, ter,
conviver,
sem nada fazer.
sem nada produzir.
.
Penso em viver apenas,
como se o mundo
fosse meu
e eu não dependesse
de nada e de ninguém.
ALEGRIA, ALEGRIA
ResponderExcluirluizcarloslemefranco
Alegria, alegria, alegria,
hoje é dia de alegria.
Nada de arrelia,
vamos fazer estripulia.
Nasceu hoje, dona Maria,
a palavra que falta fazia.
O vocábulo associa
uma pessoa “cabeça fria”,
com algo bom que se teria,
com toda a paz que queria
e soma todo o amor que se daria
mais a bondade que se faria
junto com todo o dinheiro que se poria,
somado com a arte que se cria.
A palavra acrescentaria
mais vida e toda a alegria
e o mundo mais bom seria.
Termo simples que zeraria
o desgosto, a patifaria
e a maldade isolaria.
Este verbo é uma boa cria
que um dicionário escreveria.
Não é pastelaria.
A dição toda muito comprido seria.
Abreviaria:
PAZVIDETERNATERIA.
palavras
ResponderExcluirluizcarloslemefranco
Palavras vazias ,
palavras ocas,
palavras “ meia-boca”,
dição sem nexos,
palavras para nada,
palavreiro complexo,
termos tabuísticos,
termos casuísticos,
palavrão á toa,
palavras desconexas,
conversa “pra boi dormir”,
blá, blá, blá blá.
Palavras que nada servem,
falares pra lá e prá cá,
fofocas, inventivas, futilidades,
oba, oba, comentários apenas,
falares sem utilidades.
Escrever para “encher linguiça” ((leia gúi),,
não dizer coisa alguma por preguiça ( não ler gúi),
enfeitar, enfeitar apenas o que se diz,
falar sempre em grego,
escutar o que não se quer,
após ter falado o que quis.
Baboseira, só abob’rinha.
Brincar coma as palavras,
palavras que nada dizem.
Escrever na areia para que pisem,
falar como na torre de babel.
Escrever sem papel,
escrever e jogar no cesto.
Para que serve este texto?
agulha : luizcarloslemefranco
ResponderExcluiragulha e linha geralmente são inseparadas,
mas a agulha , ás vezes, separa e divide
em alguns bons condicionantes.
Agulha que em pedreira de estrada
ou berma de serra reside,
como a história clássica do camelo,
separa um espaço do adiante.
Agulha de injeção não tem linha nada,
mas junta medicamentos a um organismo
ou guia líquido como água encanada.
Agulhas de edifícios são
apenas estéticas, sem fio,
mas com ponto ou linha de visão.
Há linhas sem agulha também,
como as das ferrovias, nos dormentes,
a linha(fio) do (mal) pensamento,
a de pesca, que a troca, maldosamente,
por algo ainda mais mortal, os anzóis.
A linha do papel também não segue agulha
mas guia a caneta como as agulhas fazem
com as suas linhas de matizes diferentes.
Procurar agulha em um palheiro
é busca dificultíssima,como em breu..
Escrever certo por linhas tortas,
Deus consegue, alguns dizem,
mas seu recado ninguém entendeu.
Agulha de acumpuctura também
linha não utiliza e não tem,
mas usa ervas e segue linhas de nervos.
Há a agulha do relógio
que anda na linha do tempo
e nos aproxima da morte.
E a agulha de uma arma de fogo
que usa só bala ao invés de linha
e desmunda pessoas ?
Conhece a agulha direcionada giroscópíca ?
Ela não separa e nem une, mas guia marinheiros.
Eu conheço mais e fico
com arroz agulhinha
com ‘ peixe-agulha,
ou canja de galinha.
ARES
ResponderExcluirluizcarloslemefranco
Falares e cantares.
Tramares e lograres.
Nadares nos mares.
Voares nos ares.
Pintares e desenhares.
Desmanchares e recolocares.
Trancares e deslanchares.
Estares nos lares.
Deixares para os pares.
Inventares e brincares.
Dares e revidares.
Arruinares e recuperares..
Piorares e melhorares.
Avançares e regressares.
Amares e odiares.
Enterrares e achares.
Computares e anotares.
Cansares e desanimares.
Endeusares e amaldiçoares.
Estares.
Sucessares !!
BUS
ResponderExcluirluizcarloslemefranco
BUSto , BUScar , BUScopan , BUScapé , emBUSte ,
coBUS , roBUSto , comBUStão , maraBUS , BUS ,
arBUsto , BÚSsola ,BUSso , lamBUSa , reBUScada ,
BUSano ; BUSílis ; BUSquipani ; BUStuário ;BUSilhão ;
De todas as palavras com BUS , a única que rima , dizem , com
cruz , é ôniBUS .
Ano Novo
ResponderExcluirluizcarloslemefranco
Ano novo no calendário.
Número novo na folhinha.
Votos que faz o povo.
E a mesmo vida, de novo.
Sino
ResponderExcluirluizcarloslemefranco
Sino, feito para soar,
à batida de martelo ou badalo,
dobra para lembrar os fiéis da hora santa;
sino chama peão,’inda hoje, para alertá-lo
da hora alegre do rango.
Sinos, em carrilhão, em Brasília,
alertavam os candangos.
Havia sino nas escolas – tempo bom -
a chamar os alunos para a lição.
Um sino no pescoço de um touro
ajuda a guiar uma boiada
e se na história do esperto rato,
colocassem um sino no colo de um gato
os roedores andariam em zoada.
Colocava-se, havia um tempo,
sino no caixão de um defunto
para não se ter contratempo.
Sino lembra ferro, aço e evolução.
Sino é símbolo religioso
e lembra ainda
trens à lenha quando chegavam à estação.
Há um sino de metal, leve, que dá sorte
se os místicos orientais colocarem em seus portais ;
Lembra a eles a felicidade
quando oscilam com o vento da sorte.
Há o sino dos escafandros, o golfo,
os sinos das orquestras,
o sino de chinês, o da lenda de Peter Pan,
o da sinuosidade, o da cavidade.
Nem um é triste
como o sino de correr,
que indicava que as tavernas iriam fechar
e pedia que mouros e judeus
recolhessem-se aos aposentos seus.
peão,’inda hoje, para alertá-lo
ResponderExcluirda hora alegre do rango.
Sinos, em carrilhão, em Brasília,
alertavam os candangos.
Havia sino nas escolas – tempo bom -
a chamar os alunos para a lição.
Um sino no pescoço de um touro
ajuda a guiar uma boiada
e se na história do esperto rato,
colocassem um sino no colo de um gato
os roedores andariam em zoada.
Colocava-se, havia um tempo,
sino no caixão de um defunto
para não se ter contratempo.
Sino lembra ferro, aço e evolução.
Sino é símbolo religioso
e lembra ainda
trens à lenha quando chegavam à estação.
Há um sino de metal, leve, que dá sorte
se os místicos orientais colocarem em seus portais ;
Lembra a eles a felicidade
quando oscilam com o vento da sorte.
Há o sino dos escafandros, o golfo,
os sinos das orquestras,
o sino de chinês, o da lenda de Peter Pan,
o da sinuosidade, o da cavidade.
Nem um é triste
como o sino de correr,
que indicava que as tavernas iriam fechar
e pedia que mouros e judeus
recolhessem-se aos aposentos seus.
O SOL
ResponderExcluir((luizcarloslemefranco))
O Sol é covarde por só aparecer de dia?
Na noite escura, que precisamos dele,
o Sol não vem e ficamos na agonia.
É o Sol medroso por folgar de noite? Ele?
O Sol não gosta da lua e não vem visitá-la?
O enorme Sol só está presente no claro,
não surge na madrugada escura na vala,
só nos montes vemos seu brilhante aro.
A Lua, coitada, menor e mais fraca,
ilumina sozinha após o por-do-sol,
sabendo que o Sol , a noite , não ataca,
não vem ajudá-la após o vespertino arrebol.
Sol e Lua até poderiam ser parceiros,
cada qual em uma noite atuando,
para não se cansarem os meieiros
e boa iluminação ao mundo dando.
Sol que só aquece durante o dia,
por que não aparece no outro turno,
por que não fulgura e não irradia
o escuro frio do período noturno ?
Sol-Lua, Lua e Sol seriam um par
muito querido, uma dupla elogiada:
teriam luz mais forte para nos dar
e aquecer ainda o frio da madrugada.
Sol, desculpe-me pelo eu falei acima,
Não é possível o que acabei dizendo -
A física astronômica, sei, sempre prima
por ter as suas eternas leis valendo.