quarta-feira, 2 de maio de 2012

MEMBRO: PAULO CAMELO


PAULO CAMELO
RECIFE- PE - camelo.paulo@gmail.com
.
Paulo Camelo de Andrade Almeida nasceu no Recife em 22 de dezembro de 1947. Formou-se em Medicina em 1971, pela Universidade Federal de Pernambuco. Fez Mestrado em Microbiologia e Imunologia na Escola Paulista de Medicina – SP (1974), defendendo a tese “Contribuição ao estudo da Salmonella typhimurium fermentadora de lactose”. Fez Especialização em Administração de Serviços de Saúde (INAD / UFPE, 1979).
Iniciou a vida profissional como datilógrafo e, ainda jovem, tornou-se funcionário público, como auxiliar de laboratório no Instituto de Medicina Infantil de Pernambuco - IMIP e depois no Hospital das Clínicas da UFPE, ascendendo para o cargo de médico depois de formado. Chefiou o SAME daquele Hospital entre 1981 e 1989. Depois, no mesmo Hospital das Clínicas, exerceu suas atividades no Serviço de Contas Médicas, mesmo após aposentadoria, desligando-se em 2010. Atualmente exerce a função de Médico Auditor no Hospital Metropolitano Dom Helder Câmara, na cidade do Cabo de Santo Agostinho, PE.
Trabalhou também como programador, compositor eletrônico e diagramador na Gráfica Barreto, no Recife.
Publicou os seguintes livros de poemas: “Antes da aurora” (1987); “Contrastes - coroa de sonetos” (1992); “E eu só queria votar...” (1994: Prêmio Lourival Batista de Literatura de Cordel - Concurso Literário Estado de Pernambuco - edição 1992); “Eu amante louco” (1995); “Coroas de uma coroa” (2002) (Menção honrosa no Prêmio Edmir Domingues de poesia, versão 2006, da Academia Pernambucana de Letras; “Coroa de sonetos da Via Sacra” (2003); “Glosas, sonetos e outros poemas” (2004); “A história do gringo e do vendedor de bode” (2007); “Inibido canto” (2009); “Trovas” (2009); “Quem eras tu?” (2012).
Em parcerias, publicou: “Coroas de sonetos a quatro mãos” (2003, com Lisieux Souza); “Tresafio” (2009, com Carlos Cavalcanti e Rosa Lia Dinelli).
Publicou, também, o livro de teoria poética  “O ritmo no poema” (2004), e o livro de contos  “Sopotocas” (2007) (Menção honrosa no Prêmio Hebrom de Literatura, por ocasião do VI Congresso da União de Médicos Escritores e Artistas Lusófonos (UMEAL), 2007.
Foi membro do corpo editorial do periódico “HC Informa”, do Hospital das Clínicas da UFPE, entre 1986 e 1989.
É membro titular da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - SOBRAMES - Regional de Pernambuco, da União de Médicos Escritores e Artistas Lusófonos - UMEAL - e da União Brasileira de Escritores - UBE - Seção Pernambuco. É sócio correspondente da Academia Maceioense de Letras.
.
.
Enquanto

Paulo Camelo

O meu amor, qual fogo, é intenso, forte.
Igual um rio, sinto fluir, perene,
enquanto eu vivo e não me chega a morte,
enquanto não lhe falo em tom solene.
 .
O meu amor, qual céu, é amplo, é claro.
Igual ao mar, me envolve o corpo inteiro,
enquanto os males do meu corpo eu saro,
enquanto do meu fim eu não me abeiro
.
O meu amor, mistura de água e fogo,
é muito mais que soma ou divisão,
muito mais forte que uma tênue luz.
 .
O meu amor, confesso, não é jogo
a se jogar e se deixar no chão.
O meu amor me ampara e me seduz.

07/01/2009
08h34min.
.
.


Ave celeste

Paulo Camelo

Suave brisa, entraste em meu viver
voando leve, no teu modo brando,
em bela pluma, foste te aninhando
e o corpo todo encheu-se de prazer
.
Suave musa, eu vou seguir te amando,
eu quase ocaso e tu, amanhecer,
pois o teu sopro me faz reviver
sustendo o tempo e, firme, te esperando
.
O teu olhar sorriso me fascina
e eu me enterneço ao som da doce voz
que me cativa, que me prende tanto.
 .
Ave celeste, aura de luz, divina,
eu viro jovem quando estamos sós
e me apresentas o teu corpo santo.

27/03/2008
.
.

Essa distância
Paulo Camelo

Tu és a sempre louca fantasia.
Habitas hoje os sonhos, como outrora,
um pouco do meu eu, pois sei, senhora,
o quanto em mim te fazes em poesia.
 .
És toda estupidez, és euforia,
és essa imensa dor que me devora,
és pálida canção, sem tempo ou hora,
entanto em ti me vejo, noite e dia.
 .
És um martírio que me franze a tez,
és um vulcão em chamas, és a luz,
e eu não me canso de buscar-te, ainda.
 .
Essa distância que entre nós se fez
aumenta o meu penar, pois não reduz
a sensação de perda, a coisa finda...

28/09/2011
 .



 

Nenhum comentário:

Postar um comentário