Soaroir de Campos
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Soaroir de Campos é Brasileira e natural de Campos dos Goytacazes. Aos 15 anos mudou-se com a família para a cidade do Rio de Janeiro e depois Nova York, posteriormente se radicou na cidade de São Paulo onde reside há mais de vinte anos. Professora aposentada e mãe de dois filhos cientista, Soaroir de Campos divide seu tempo entre trabalhos voluntários e suas despretensiosas poesias. Já participou de várias antologias e em 2008 seu poema "Os Mudamentos" recebeu o prêmio da Associação Cultural Cecina Moreira na categoria poema livre. Entre outros, é co-autora do "Livro de Todos" - Coordenação Imprensa Oficial- obra desenvolvida com capitulo inicial de Moacyr Scliar e 172 coautores selecionados - 2008.
Soaroir de Campos is Brazilian, from Campos dos Goytacazes. At age 15 she moved with her parents to Rio de Janeiro and then to New York, subsequently settled in São Paulo where she has been living for over twenty years. Retired teacher and mother of two scientists, Soaroir de Campos divides her time between volunteer work and her unpretentious poetry.
She has participated in several anthologies and in 2008 her poem "Os Mudamentos" was awarded the Cecina Moreira Cultural Association prize, on the category “free poem”. Among others, she co-authored "Livro de Todos" with 172 other authors – coordinated by Imprensa Oficial with introductory chapter by author Moacyr Scliar.
SÃO PAULO - SP - soaroir@yahoo.com.br
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As sementes do tempo
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Introdução
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O pensamento não se submete a cárceres
Nem o sentimento à tabela periódica
E a poesia, coitada, não é versada em lógica.
Só os poetas, estes tontos, dizem
o que precisam dizer...
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Parte I
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Se baratas não têm cérebro
E sobrevivem as intempéries
Vou deixar a fragilidade
E de acusar o destino.
Casca grossa eu já possuo
Antenas por aqui não faltam
Só me resta é avoar;
Mudar um pouco de ralo
E do cheiro deste esgoto;
Da merda do povo de cima
Tanto quanto do de baixo;
Da lixeira no pé da escada
Exalante pelo (meu) basculante;
Das prostituições no entorno...
Socorro! Socorro!
Que eu não me acostume com o lixo!
Podia ter sido diferente...
- E por que não foi?
Falta de instinto?
- Não sei. Foco, talvez
Discalculia...
.
.Amor sensual
Soaroir 3/8/10
.
Do fundo do coração
Amor se espalha
Do colo ao ventre
.
Vai além
Toma corpo
.
E aderência
Com salivas e sêmens
Nos hiatos da pele
.
.Se rio ou vertente
Soaroir 01/10/2010
.
(Como um rio...)
.
nunca fui rio – nem contornei as pedras
imagino ele como eu
com saudade de ser alegre
ânsia pelas boas cheias
do curso d’água
sazonal ou fortuito
.
expectativa das chegadas
tristeza de um só copo
entre a multidão dos utensílios
e um piano fechado...
.
silenciosa habitação
falta o cheiro dos ensopados...
logo eu que agasalhei as pedras
.
lágrimas da terra...
choradas pelas ribanceiras
derramadas do leito ao mar
.
pelo desprezo das ribeiras...
Soaroir de Campos
São Paulo - SP Brasil
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soaroir@yahoo.com.br
soaroir@gmail.com
http://www.pote-de-poesias.com/publicacoes.php
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Introdução
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O pensamento não se submete a cárceres
Nem o sentimento à tabela periódica
E a poesia, coitada, não é versada em lógica.
Só os poetas, estes tontos, dizem
o que precisam dizer...
.
Parte I
.
Se baratas não têm cérebro
E sobrevivem as intempéries
Vou deixar a fragilidade
E de acusar o destino.
Casca grossa eu já possuo
Antenas por aqui não faltam
Só me resta é avoar;
Mudar um pouco de ralo
E do cheiro deste esgoto;
Da merda do povo de cima
Tanto quanto do de baixo;
Da lixeira no pé da escada
Exalante pelo (meu) basculante;
Das prostituições no entorno...
Socorro! Socorro!
Que eu não me acostume com o lixo!
Podia ter sido diferente...
- E por que não foi?
Falta de instinto?
- Não sei. Foco, talvez
Discalculia...
.
.Amor sensual
Soaroir 3/8/10
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Do fundo do coração
Amor se espalha
Do colo ao ventre
.
Vai além
Toma corpo
.
E aderência
Com salivas e sêmens
Nos hiatos da pele
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.Se rio ou vertente
Soaroir 01/10/2010
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(Como um rio...)
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nunca fui rio – nem contornei as pedras
imagino ele como eu
com saudade de ser alegre
ânsia pelas boas cheias
do curso d’água
sazonal ou fortuito
.
expectativa das chegadas
tristeza de um só copo
entre a multidão dos utensílios
e um piano fechado...
.
silenciosa habitação
falta o cheiro dos ensopados...
logo eu que agasalhei as pedras
.
lágrimas da terra...
choradas pelas ribanceiras
derramadas do leito ao mar
.
pelo desprezo das ribeiras...
Soaroir de Campos
São Paulo - SP Brasil
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soaroir@yahoo.com.br
soaroir@gmail.com
http://www.pote-de-poesias.com/publicacoes.php
aprendendo a interagir por aqui.
ResponderExcluirLaços de Palha
ResponderExcluirO Segredo da Despedida
Soaroir
29/8/10
Como posso me despedir
do que só ouvi falar?
da flor do baobá
da vida no mangue seco
da madrepérola viva
de um salmão?
Fora a juventude
e aqueles que não vi
o que se foi
foi porque quis partir
atônito
apressadamente –
Foi...
Para (me) trazer
de volta
Vou Sair
ResponderExcluirSoaroir 27/5/12
Em seguida, vou sair
comprar um Chanel 5
uma TV em polegadas
e uma casa sem paredes
vou sair, ir por ai
com meu destino certo
rever a minha turma
ir à festa que caiba em mim
mas me vou por ai
com um new look
empetecada de nouveau-riche
de beca abiê
eu vou, por ai
Eu? Sou o narrador de mim...
(releitura de “Eu Narrador de Mim” By Soaroir Dez.06/2010)