terça-feira, 17 de julho de 2012

MEMBRO: Lucia de Fátima Guedes de Lima - pseudônimo Lufague

 
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Lucia de Fátima Guedes de Lima - pseudônimo Lufague
Fortaleza-Ceará
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 Lucia de Fátima Guedes de Lima assina também com pseudônimo Lufague.
Radicada em Fortaleza-Ceará, seu desenvolvimento literário é autodidático, participou de diversas coletâneas publicadas com poesias e contos com outros autores, tendo seu poema “Prostituição” publicado no Panorama Literário Brasileiro, as melhores poesias de 2010, Antologia da Câmara Brasileira de Jovens Escritores. Tem também publicado seu livro solo “um homem sua determinação,suas escolhas, sua trajetória” uma biografia Caetano Guedes e o livro “Versos ao Luar II” em Dueto, parceria com poeta Hildebrando Menezes Publica em diversos sites de poesias, entre eles, seu blog pessoal; http://lufaguefreitas.blogspot.com.br/.
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O MEU POEMA PRECISA DORMIR.
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Surge assim impetuoso entusiástico.
Manifesta-se de uma ideia qualquer
Viaja na emoção afável, prazenteira.
No deleite da febril sensação/frenesi
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Em manifestação súbita, ímpeto e borbulhas.
Palavras saltam uma –a- uma, da imaginação,
Sobre o vazio branco apergaminhado
Rabiscos em rascunho sem feição definitiva
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Mesmo assim, excitados denominam-se versos.
Mais exaltados ainda, se dizem poemas.
Imodestos se consideram composição poética
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Porém há sonolência, inércia,
Nos versos, nas palavras afeiçoadas.
O poema inteiro livre precisa dormir
Narciso e exausto o poema adormece
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Quando desperto, mais lúcidas são suas idéias.
Em perceber atento, a reparar, ou retocar-se.
Palavras prolixas precisam do instrumento de gume
E o poema acabado se diz; “enxuto”, se veste de poesia.
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Na mais perfeita imperfeição da sensibilidade!
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 HOJE DISPENSEI OS ATALHOS...
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Em acordes, oxidei toda impaciência.
Conciliei-me em constância do tempo
No contorno da luz impregnei-me de sol
Sossegada bebi o conteúdo da paisagem
Deitei-me na verde lentidão da brisa
Desobriguei a pressa do espreguiçamento
Amainei o ritmo pueril da volúpia
Arejei os sonhos para os pés...
Ornei de bordados o silencio
Aquietei-me na deriva dos azuis.
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APENAS TOQUE-ME!
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Não desejo partilhar de seu sentimento retraído
Nem de sua falta de afeição.
Não quero somente ouvir de você um “olá”
Quero um abraço estreito, apertado.
Porque precisamos tocar e ser tocados
Não me toque só com palavras, podem ser método falho.
Vale muito mais à linguagem do toque,
Mas não desejo abraço insincero na hesitação...
Quero abraço caloroso, abraço fortaleza/convicção.
Abraço alegria, abraço proteção, abraço aconchego, aproximação.
Abraço prosa de tocar, na perfeição do estimulo táctil...
Sou de natureza empática, prometo trocas de toques, abraços.
Em meu mais intimo sentido o “tato” em leve toque de lábios,
Num fortíssimo abraço, sem hipocrisias, ou falsidades de permeio,
Abraço verdadeiro e na despedida, um sensível aperto de mãos.
 

24 comentários:

  1. Amiogaaaaaaa! Que alegria encontrá-la aqui! Autora dos mais belos entre os belos poemas já lidos! Os que li nessa postagem são de encantar quem os leem e a essa amiga que sempre e para sempre te admira! Abração

    http://a-internacionalpoetasdelmundo.blogspot.com.br/2012/07/membro-maria-barros.html

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  2. PORTAL D'ALMA


    Quão grandiosos somos em nossa pequenez
    Nossa vida contida em brechas do tempo
    Somos cintilantes lapsos de fagulhas existenciais,
    ...e em nós, impregnável o alheamento.

    Quão grandiosos somos em nossa pequenez
    Nossa vida contida em pequenas brechas de sabedoria
    Cintilantes lapsos, fagulhas em atributos da consciência,
    ... e em nós, impregnável o desconhecimento.

    Quão grandiosos somos em nossa pequenez
    Nossa vida contida em pequenas brechas da memória
    Cintilantes lapsos, fagulhas de inteligência,
    ...e em nós, impregnável o humano ilógico.

    Quão grandiosos somos em nossa pequenez
    Nossa vida contida em brechas de um grande mistério
    Cintilantes lapsos, fagulhas de duvidas, incertezas,
    ...e em nós, impregnável o aflitivo silencio do segredo.

    Lufague

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  3. A ARTE DE SER CANHOTO.

    Ser canhoto não parece simples, mas minha lateralidade não é inábil, desajeitada,
    nem tão pouco pústula maligna, demônio, ou coisa maldita como foi dito nas antigas escrituras,nem mesmo sou política de oposição como ditou a malevolência da ditadura.Apenas minha habilidade motora se encontra do lado contrario do cérebro, o lado avesso ao senso comum.

    Concordo; somos minoria e vivemos no universo à medida dos hábeis, porque o mundo é democracia destra. Contamos com a hostilidade de alguns, como a insensível tesoura, o irredutível abridor de latas e seu parente próximo o saca-rolhas, tem também as torneiras, as maçanetas de portas, os mouses, os teclados de computadores, a delineação dos carros e por total desencanto os instrumentos de cordas e ressonância como o harmonioso violão.
    Porém, são somente úteis objetos que não nos ferem os dedos, apenas oposição sem maiores afetações. Em contrapartida temos a inventividade das manobras, quando nos safamos com toda nossa criativa esquerda habilidade.

    Só peço uma gentileza, não me queiram como ambidestro, porque minha dessimetria cerebral é determinante, definitiva e não se expressa de outra maneira senão na diferença de porte, clareza e elegância de minhas mãos.

    Lufague

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  4. DO TEMPO QUE ME ENVOLVE.

    Vou sair a procurar o tempo...
    Em voo, sobre a esfera das nuvens.
    Entre o alvoroço dos pássaros...
    No alvor suntuoso e sua brisa fresca orvalhada.

    Vou sair a procurar o tempo...
    No final da tarde, ao ocaso,
    Na fatalidade das coisas,
    Onde o sol doura de luz nossa melancolia

    Vou sair a procurar o tempo...
    No negro silencio da noite,
    Na resoluta mudez da obscuridade
    Na quietude do sono sem sonhos.

    Lufague

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  5. CORROMPIMENTO


    Feito pássaro preto; na há “penas” em sua cabeça.
    Não expressa melodia rústica ou chilreio
    Adeja entre ruídos do vento em suas asas

    Na imensidão azul de seu parco universo,
    Não há flores, nem copa das arvores,
    Apenas a intenção de banquetear-se

    Há uma disputa ávida à decomposição
    Não há só crendice, sua presença é má sorte.
    Sua cobiça e vaidade são asas, sua envergadura

    Seus atos culpáveis de aliciamentos,
    Seus desvios de conduta são desmedidos
    São Imutáveis e eternos como sua própria fome...


    Lufague

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  6. O PODER DO DINHEIRO!

    Sou simbolo concreto de tua abstração
    Sou a perfeita mola impulsionadora
    Meu poder faz o mundo girar...
    Sou utilitário social desenvolvimento.

    Sou status, prestigio,estabilidade, prazer]

    Exerço o poder da magia, do encantamento
    Sou fascínio desmedido aos que muito me amam
    Não exijo de ninguém insano apetite devorador
    Nem que transformem seu amor em desenfreada ganância

    Me encontro entre o prejuízo e o lucro: materiais, emocionais
    Meu poder hipnotiza, influencia o egoismo, a desigualdade, os conflitos
    Quando sou o centro, o vicio, quando a roda da vida gira em torno de mim

    Sou o mais importante jogo de dominação
    A suplantar todos os sentimentos
    Quando em avidez, exaltado à frente de tudo …

    Lufague

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  7. NA APATIA DO SOL...

    Nascemos puros como uma flor de lótus.
    Frágeis /fortes e fecundos...
    Filhos da luminosidade plena do mistério.
    Vivemos glórias, misérias, flagelos, delícias...
    Em um tempo condensado de brevidade/monotonia
    Enlevados de vaidades, verdades e ou ilusões.
    Mergulhados em lapsos da alienação de uma invulnerabilidade eterna.
    Encantados de amores, cores, felicidades, quimeras.

    [Velozes centelhas da efemeridade]

    Porém nossa existência é resoluta,
    Seu real objetivo: o leal pacto com o escárnio da fatalidade
    Quando na apatia do sol descorado,
    Esmaecemos na inevitabilidade.

    Lufague

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  8. A PROPÓSITO DO TEMPO...

    Oh tempo! Senhor deus desse universo de seres, de tudo quanto existe.
    És o prisma temporal de nosso modesto entendimento do mundo,
    Porventura o idealismo subjetivo de nós mesmos.
    És senso comum expresso na intimidade de nosso estado sensorial
    Sob a autoridade de teus contextos e fundamentos.
    És sábio, sentencioso, misterioso, sutil, ininterrupto...
    Impregnado em todos e em tudo,
    Feito espírito silencioso meneando os ventos,
    Relíquia, causalidade, elemento de Deus.
    És o paradoxo: generosidade dos princípios, o vigor,
    E a perversa degradação da perecividade dos finais.
    Estais entre a origem, a duração e a consumação da existência.
    E na eternidade dos séculos...
    És real, razão e consequência, ilusão cíclica dos cotidianos.
    És destino, poder referencial, tribunal implacável.
    Juiz, a oxidar, a reduzir a nada dos nadas,
    O ínfimo instante de um momento do que somos.

    Lufague

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  9. VELHICE DO ABANDONO!
    (Homenagem, dia internacional do idoso)

    Vivo o que me resta, mesmo na avaria
    Quero a velhice plena de sabedoria
    Numa sociedade justa de minha decência
    Porque na vida sou hábil experiência.

    Não quero ser seu óbice, ser empecilho
    Nem o estorvo a atrapalhar, ser obstáculo
    Muito menos a insapiência, incapacidade
    Nem ser devoluto confesso da ociosidade

    Não quero ser sinônimo de morte
    Tampouco o desamparo da sorte
    Nem ser abandonado na solidão
    Não desejo ser objeto de cavilação

    Não quero ser considerado sapato velho
    Nem o remorso da violência, (é um conselho)
    Não quero ser qualificado de desperdício
    Nem tampouco caderno de rascunho, enguiço

    Quero a merecida gratidão de colibri
    Ser reconhecido ao que produzi
    Quero o respeito pelas falsas ilusões
    E pelos concretos que deixo das convicções

    Quero a dignidade da longevidade
    Do progresso fiz parte, na possibilidade
    Quero dos direitos civis, um bom tratamento
    Quero o amparo, respeito e reconhecimento.


    De ingratidão só aceito a do implacável tempo
    Por meu perecível estado condição].

    Lufague

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  10. CRIANÇAS DO ABANDONO.

    Crianças são semeadas

    São sêmen-tes plantadas,
    No seio materno da existência
    Brotam-se da água, da natureza.
    Do amniótico liquido prover.


    Inauguram-se na vida,
    Com dever a cumprir, o compromisso factual
    De ser o elo da própria continuidade...

    Em sua carente fragilidade,
    Precisa do abraço terno, provedor.
    A lhe criar raízes e através delas
    A crescer, se desenvolver,

    Se fortificar, se tornar arvore,
    De boa sombra frutífera.
    Mas nesse mundo injusto e cruel
    São lançadas à própria sorte...

    Aos ventos do acaso, a sofrer na pele,
    O estado vergonhoso da miséria e injustiças,
    Do brutal desumano que lhes rejeitam.

    São filhos da fome, da solidão.
    Dos medos, da injusta miséria,
    Habitam sob as marquises,
    Sobrevivem dos semáforos,

    Alimentam-se de líquidos solventes
    Desmoronam-se na fumarada dos craques
    São marcadas na alma, pelos açoites das tragédias

    E se perguntam; o por quê...

    Crianças do abandono a abrirem feridas
    Pútridas dos sentimentos, da não resposta
    Que com o tempo criam crostas, arestas...

    Que viram espinhos, cacos de vidros,
    Estiletes, revólveres, arma de dois gumes,
    Que vibram golpes que ferem que matam e /ou arruínam-se.
    São troféus gerados das desilusões que desinquietam...

    Do moldado caráter, pelos infortúnios.
    Condenam-se à convicção do instinto,
    De perder o estado claro de lucidez.

    Toxicadas, alucinadas no torpor
    De suas carências e revoltas
    Pelas feridas que sangram,

    ...A desesperança da vida.

    Lufague.

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  11. As perdas são imprescindíveis.

    Do tempo dos infortúnios já me desalentei
    Sorvi com resignação a inerência existencial
    Da dor e do sofrimento.

    [Deixei-me embriagar por eles]

    Do tempo que me fez sofrer,
    Dos desânimos que padeci
    Só agora bem o compreendi.

    [Não mais me condenarei à minha própria reação]

    Do tempo soltarei as amarras...
    Nesse lastimoso processo anímico,
    Percebi das circunstancias o seu lado bom.

    Desfrutarei das armaduras,
    Dos desafios, do entendimento:

    As perdas são imprescindíveis...

    Lufague

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  12. O HOMEM PREDADOR DO PRÓPRIO HOMEM.

    Homem perdido
    No universo de si
    Alienação egoísta
    Insolente, crispado de deus.
    Eu malformado
    A digladiar o mundo.
    Inexorável, insensível
    A decretar primitiva violência,
    Incoerência ilógica.
    Sentenciado à própria miserabilidade
    Condenando gerações...

    Lufague


    Overtrip

    Estilo de composição poética criada pelo poeta itaperunense Celso Corrêa de Freitas, que vive atualmente em Praia Grande, SP.
    O poema surgiu-lhe entre uma ação funcional e outra em seu serviço,conforme ele mesmo conta. Pronto o poema, seria preciso nominá-lo.Outra tarefa. Depois de pensar, combinar letras e formas, batizou-o de overtrip:
    O = onze ; ver = versos; tri = trinta e duas; p = palavras.
    Logo, o poema é constituído por uma estrofe de onze versoslivres,com 32 palavras, distribuídas da seguinte forma: duas palavrasnos versos ímpares e quatro, nos pares; pode abordar qualquer tema,dispensa rima, porém o título é obrigatório.

    Referências
    http://fremitosdaalma.blogspot.com.br/2012/11/overtrip.html
    http://www.casadopoetapg.com.br/profile/CelsoCorreadeFreitas

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  13. SE O MUNDO ACABAR...
    (Ponto de vista)

    O fim do mundo me parece uma linguagem mítica e fértil, e abstrata é a realidade que fantasticamente o define. Como concreta é a ilusão existente desse mundo metafórico na perspectiva de seu juízo final.

    Somos todos finitude e morremos um pouco a cada instante enquanto passageiros na eternidade verde da natureza cíclica que sempre se renova.
    Enquanto humanos somos laicos, doutos, filósofos, cientistas, religiosos, profetas algozes em revelações apocalípticas sobre nossa existência misteriosa e insondável.

    Não contesto o final dos tempos porque nele morremos e/ou destruímos sempre que hostilizamos os sonhos, as esperanças, quando conflitamos e banalizamos a vida e a morte, quando não conseguimos equilibrar o antagonismo do bem e do mal de nosso intimo e vasto universo.

    Porém somos reduzidos à sujeição das possíveis e imagináveis interpretações dessas proféticas teorias fatalistas. Contudo creio na obviedade do começo, meio e fim para a totalidade das coisas, e tudo é uma simples questão de tempo... Sendo assim, nada mais democrático que o fim do mundo a ceifar tudo e todos. Então que seja rápido e fulminante, sem lorotas alienantes, e como bem diz a celebre frase do filósofo Santo Agostinho, ”Qualquer previsão que fale em uma data será fábula ridícula”.

    Lufague

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  14. Poesia ad infinitum...

    Nesse universo inconstante, mutável...
    Sou a mais fina expressão das ideias, dos sentimentos.
    Sou clareza que sai da noite se esvaindo
    Sou singela obviedade do espírito, alma ternura.

    Sou simplicidade quando não preciso de estrutura
    Semântica perfeita.
    Sou beleza e ousadia da complexidade,
    Quando conteúdo intelectual emocional.

    Sou linguagem universal,
    Elo, palavras, silêncio, atitudes,
    Cores, formas, alegrias e dores.
    Sou monólogo/diálogo da humanidade.

    Para alguns sou apenas indiferente símbolos,
    Gráficos/fonéticos.
    Não valho sequer uma página em branco.

    Para outros sou essência de si mesmo.
    Intensidade, motivação e arte.
    Ferramenta para prazenteiramente,
    Interatuar e entender o mundo.

    Posso estar no olhar...
    No sorriso, no toque, no afago dos gestos.
    Sou a própria expressão da sensibilidade.
    Sou ad infinitum...POESIA!

    Lufague

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  15. Crack
    (Lei de remoção compulsória?)


    Sou o veneno excitante,
    Tua alegria sarcástica,
    Teu paraíso maldito.
    Em cada fumarada de teus insanos desejos:
    Na pseudo fuga do teu sofrimento,
    Ou por querer ser a própria divindade.
    Contudo, destroço teus pensamentos,
    Na maneira mais inebriante e confusa.
    Navalho a tua carne,
    Levando-te ao mais cruel dos abandonos, o de si mesmo.
    E rápido como a euforia dos princípios
    Infatigavelmente não te oferecerei mais nenhum prazer,
    Sonegar-te-ei a liberdade, as chances...
    Serei tua mais cruel fissura da necessidade,
    Criada por ti mesmo.
    Serás meu escravo absoluto,
    Serei teu demônio alucinado,
    A devastar teus sentimentos,
    A destruir tuas vontades...
    E já sem força alguma de decisão,
    Serei a tua ultima companhia,
    A observar a tua mais deplorável humanidade.

    Lufague

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  16. Saudade...
    Da rica simplicidade dos motivos
    Saudade do tempo perdido,
    Naufragado por entre os dedos...
    Saudade da alvorada branca rosada

    Do bem-te-vi tagarela da madrugada
    Da lua que atravessou a noite serena
    Já em sua claridade desbotada.

    Da caricia úmida e cheirosa da brisa.
    A hilaridade das gotículas em gozo,
    De uma flor exalada e orvalhada.

    Saudade...
    De todo esse ritual generoso e pontual.
    A nós, oferecidos na gentil gratuidade
    Da boa disposição do sentido oculto.

    Saudade da intimidade da aurora,
    Ainda em mim, tão inebriante...

    [E eu já nem lhe aplico o espírito em atenção].

    Lufague

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  17. Os políticos de nosso país estão desnorteados, não entendem o que está acontecendo com essa juventude brasileira transviada, provida de abastança e ingrata.
    Por que tanta revolta?... Nada justifica tanto motim.Afinal eles têm tudo, vivem num paraíso tropical de samba, fank, futebol e carnaval, não precisam de mais nada.É verdade que pagam impostos caríssimos, mais de cinquenta tributos, mas, tudo está a contento. Afinal eles têm tantos privilégios, uma educação formal de primeira linha, um sistema de saúde de altíssima qualidade, uma segurança pública garantida e compromissada, transporte público excelente, e entre tantas outras prerrogativas especiais, só lhes falta um pequeno detalhe: uma graça peculiar, Estádios Arenas suntuosos adequados à sua realidade para que possam realizar suas ‘frequentes’ competições esportivas mundiais e lá expor seus troféus olímpicos, suas taças ornamentais, para que todos possam ver o triunfo de suas copas.
    Lufague.

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  18. blog grandao x ritinha está plagiando tua poesia

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  19. Homenagem à mulher!

    Habita em mim, uma mona!
    Não a mona Da Vinci, de sorriso enigmático, obra prima da eternidade.
    Habita em mim, a mona simples mulher!
    Não a mona Amélia de Ataulfo Alves e Mário Lago,
    que aceita toda sorte de privação sem reclamar, por seu homem amar.
    Habita em mim, uma mona simples mulher!
    Mas ciente de deveres e direitos, atenta a defender a jus de outra qualquer.
    Habita em mim, a mona mulher dedicação!
    Dotada de sentimentos femininos, carinho compreensão.
    Habita em mim, a mona dona, não a “Dona” título honorífico real,
    mas a que tem domínio, senhora bonita de alguma coisa,
    dona mãe, dona amante, dona mulher.
    Habita em mim, uma mona!
    Não como a “mulher de Cesar” com imperial reputação inatacável.
    Mas, como a mona mulher comum guerreira, ativa.
    Que chora seus medos, ama seus afetos e enfrenta seus embates de vida.
    Habita em mim, uma mona!
    Não a fêmea do mono, nem a boneca de pano feita de ilusão,
    mas a mulher prenhe de sentimentos e pronta a luta travar,
    em sua própria razão e emoção.
    Lufague

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  20. Amo-te Brasil, mas, meu amor não é incondicional
    Quisera eu, tudo ser mais fácil na vida de nossa sofrida e alegre gente.
    Mas, parece tão difícil conciliar esse desejo de querer fazer e poder realizar.

    Amo-te Brasil, mas, meu amor não é incondicional
    Reconheço tua conivência e benevolência,
    aos desertores da construção de nossa vã ilusão,
    só querem em tudo levar vantagens e na própria usura e cobiça,
    se tornam algozes e vazios, mas, não estão nem ai...

    Amo-te Brasil, mas, meu amor não é incondicional
    Sei bem que és um país desigual, crescente em tua violência
    Tuas imensas chagas fétidas e doridas sangram,
    de teu peito vazio, desprovido e ainda tão juvenil.

    Amo-te Brasil, mas, meu amor não é incondicional
    bem reconheço que ainda acolhes em teu berço esplendor,
    argamandéis, vigaristas, perdulários que de ti empanzinam-se.

    Amo-te Brasil, mas, meu amor não é incondicional
    Quando em tuas descoradas vestes, verde/amarela/azul e branca
    No se fantasiar de “país das delícias” de futebol à carnavais
    Na imensidão de teu atlântico de lentidão e negligências

    Amo-te Brasil, mas meu amor não é incondicional
    Quando meus olhar em inflexões do observar,
    não consegue enxergar em ti, somente poesia!

    (Lufague)

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  21. Quiça, nossa forte afeição por futebol tivesse a mesma intensidade para a politica..( Lufague)

    Muito além de uma bola...

    A bola não é só um artefáto esférico,vai muito mais além...
    Além de ser objeto utilizado em prol do lazer
    È símbolo de intimidade fraternal, união
    É o que ela representa em aura de boa energia
    È ponte de agregação,associação, irmandade
    É a pequena esfera representante do orbe maior (Mundo),

    Escolhida como instrumento de emoções, sonhos e sentimentos.
    Em sua esférica, rechonchuda e legais dimensões
    Ela é o esporte coletivo mais praticado no mundo.
    Ela é aquela que é disputada, pleiteada, concorrida,
    Centímetro a centímetro por vinte e dois intrépidos gladiadores,
    Em uma arena verde em uma luta pertinaz e ferrenha
    Para que a tenha em instante ínfimo na ponta do pé
    E poder com ela bailar, conduzindo-a, em determinação
    Numa dança frenética as balizas adversárias.

    È o balé do toque até que culmine no momento Maximo
    De glória e extremo êxtase, o instante gooollll.
    Ela tem o simultâneo poder absoluto de em um só instante,
    Fazer sofrer e aprazer partes em competição.
    Ela é monumento de euforia, frustração, entusiasmo e alegria.

    Em seu corpo perfeito, rola suavemente o chão gramado,
    ou abre asas em giro e voa...Sua graça, corre o mundo, é noticia, se engaja no mundo político e apolítico.No mundo feminino ainda não é vista com tanto entusiasmo,ela é absoluta fantasia.
    No mundo masculino é bem- querer, quase total unanimidade.

    Ela é poder de sedução, de conquista, é poder de atração...
    É amada cortejada,
    Ela chama para si, toda atenção de uma multidão, ela é concentração, e devoção
    Em seu mágico encantamento ela inebria, entorpece é o fascínio da ilusão.

    Lufague

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  22. O que vale um voto?

    Dentro da urna, há sedução
    Fora da janela, a realidade
    O mundo de incertezas
    A feiura da corrupção.

    Dentro da urna, há Autoridade
    O mundo da manipulação
    Fora da janela, a realidade
    Políticos roubam a nação.

    Dentro da urna, há influências
    Paternalistas, despóticos, são o que são
    Fora da janela, a realidade
    O mundo do poder detêm a razão

    Dentro da urna, há o poder
    o mundo é a multidão
    Fora da janela, a realidade
    O que vale um voto?...sua convicção.

    Lufague

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  23. O que nos resta amor?

    Tudo já foi dito e feito
    experimentado e vivido...
    Fizemos uso de tudo, inclusive
    do tempo de solidão, de silêncio.

    Tempo em que meu olhar só assimilava o teu
    E o teu olhar perdia-se no meu como as gaivotas
    que se acasalam para vida inteira.
    Onde as palavras trocadas eram magias de açúcar
    e em cada encontro estrangulávamos a infelicidade.

    Agora mergulho inteira na procura,
    e só encontro lembranças de um tempo intimidade
    Onde nos preenchíamos extasiados de mistérios,
    segredos,entusiasmos e inocências de amor.

    O que nos resta amor?
    Decerto foram as paisagens distanciadas entre nós,
    sem justificáveis objetivos ou ramificações no futuro...
    Perdemo-nos completamente no passado,
    Esse tempo estratégico, que não funciona mais.

    Lufague

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  24. A CORRUPÇÃO É FRIA, CRUEL E MATA

    Todo corrupto tem as mãos manchadas de sangue
    Mesmo que seja em última instância...
    Podem até se mostrar alienados, mas certamente
    São conscientes das suas responsabilidades
    Mesmo assim, são eles que puxam o gatilho
    E friamente dão o tiro de “misericórdia”.

    São responsáveis pela morte:
    Quando desviam recursos
    Que seriam para a saúde,
    E exatamente por isso muitos perecem
    Na fila de um hospital falido
    Esperando um parco atendimento.

    São responsáveis pela morte:
    Quando desviam recursos que seriam
    Aplicados nas estradas, e estas deterioradas
    Causam milhares de acidentes de trânsito letais.

    São responsáveis pela morte:
    Quando desviam recursos
    Que seriam aplicados na educação
    Para crianças carentes, filhos de um país injusto
    Tirando-lhes as oportunidades;
    De vida e de pleno desenvolvimento
    E quando em golpe baixo
    Roubam barbaramente a merenda escolar
    Fazendo ceifar, o futuro, o estômago e a mente.

    São responsáveis pela morte:
    Das classes menos favorecidas
    Os desassistidos do básico; medicamentos
    Hospitais, moradias, transportes, escolas
    E principalmente pela morte da dignidade.

    São caracteres cruelmente irresponsáveis,
    E em seus egos inflados de vaidade,
    Cobiça, depravação e desumanidade,
    Tentam dar caráter institucional a sua prática
    E não conseguem esboçar nenhum remorso!

    Lufague

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