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Daniel Alves dos Santos
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Daniel Alves dos Santos, casado e pai de dois filhos, pernambucano de Recife, amante das letras (principalmente da poesia), desde os 18 anos risca e rabisca seus textos, formado em letra e inglês, possui curso de conversação da língua inglês, pós-graduado em literatura brasileira, tem texto editado pela All Print e está concluindo (sem ter lançado nenhum solo ainda) seu décimo terceiro livro.
Pernambuco
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AS MULHERES DO MUNDO
As espanholas são belas
E têm peitos grandes
Têm olhos verdes e agateados
Vivem num país apaixonado
Cheio de cultura mil
Mas as melhores mulheres
Estão aqui no Brasil.
Já as americanas são lindas
Têm as bundas chatas
Têm cabelos lindos e louros
Os homens que são poucos
Gostam dos olhos azul-anil
Mas os melhores olhos
Estão nas mulheres do Brasil.
Na África há cinqüenta e um países
E uma grande miserabilidade
Porém as negras são rabudas
E os homens de mentes sujas
Pra elas só pensa coisa vil
Que é degustar aquela zona
Que igual só tem aqui no Brasil.
No oriente é bem imoral
As mulheres são muito brancas
Além de tudo são bem baixas
Mesmo assim o homem se encaixa
Ali na região do quadril
Só que as mais belas ancas
Possuem as mulheres do Brasil.
As italianas são deliciosas
Lindas de nariz, de boca, de cabelo
Mas são muitos leptosômicas
Caso bebam muita água tônica
Seus vestidos serão um barril
Então somente assim ficarão
Desejáveis tais as mulheres do Brasil.
Às margens do rio sena
Há belíssimas coisas pra se ver
Aquelas mulheres belas e finas
Em qualquer rua ou esquinas
Que pra não engravidar usa o DIU
Mesmo cheia de perfume
Não são semelhantes as do Brasil.
No oriente médio vi as árabes
São mulheres místicas e ocultas
De corpo e rostos bem cobertos
Na gíria, quase um peto-peco
Que o corpo dela homem jamais viu
Que o mesmo acontece
Ou não como as mulheres do Brasil.
Na Alemanha há o código nazista
Eta! Quanta mulher deusa
Dotadas de uma beleza ímpar
Parece ter sido feita com pinta
Feito a sobrinha cuidada pelo tio
Só que não há mais virgem
E nem mais pura como no Brasil.
Já pra as mulheres mexicanas
Viventes naquele calor atroz
São alvos de desejo do homem
Que a elogia e também a consome
E a canta quando está no cio
Sobretudo as melhores cantadas
Recebem as mulheres do Brasil.
Na história de Tróia há amor
Helena como quase todas as Helenas
Causou a celeuma pelo seu elã
Que retumbou e ele não foi vã
Porque foi um somatório com as do Rio
Estado da região sudeste
Que está dentro do país que é o Brasil.
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AS FLORES
Dotada de um nome belo
Assim são as sensíveis flores
Que têm seu lado arredio
Mas denotam todos os amores.
Flores por flores viva a ti
Senhoras das casas e das dores
Mereces ternuras sem fim
Por seres o símbolo dos amores.
Dores por dores viva a mim
Que sou composto das ruas e ardores
Sou cavaleiro errante que acerto
Quando vos vejo minhas belas flores.
Há algumas de vós brancas
Há outras de vós vermelhas
Há aquelas mais populares
Há onde pousam as abelhas.
Há algumas também amarelas
Há outras que emprestam o pólen
Há umas exóticas como a violeta
Há as dignas que os homens bolem.
Flores podem ser insípidas
Mas têm nome, formas e olores
Mas sempre com formato lindo
Com: pequeno, médio e altos valores.
Flores também são odorizadas
Com cores e odores exóticos
Nascidas nas planícies ou no lodo
Quiçá oriundas dos trópicos.
Nelas, porém se ver o lado ofensivo
Que é seu lado de defesa
Como tudo e todos no mundo
É o espinho dotado de beleza.
Para sanar os desmande da vida
E conter o mal e os dissabores
Entre homens e mulheres tristes
Colocam-se entre eles as flores.
Caso haja homem branco
Mulher preta e outras cores
Porque outra cor se infiltrou
Corte-a com algumas flores.
Fitei fortemente e firme
Forjando fontes ferozes
Fundo fui fulgorizando
Filete, frésia, fonde e nozes.
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NO MEU CORPO
As pálpebras estão pesadas
O vento frio envolve meu corpo
Acho que é o cansaço e o sono
Levar-me-á a condição de pré-morto.
O que exatamente está acontecendo?
Minha pele está toda arrepiada
Por trás do canil há um real matagal
Que é cheio de bicho e folha molhada.
E eu por aqui escrevendo
Por vez o trem das onze me assedia
Tento escrever, mas seu poder subjuga-me
E a água cai e pára, pra nossa alegria.
Será que dormirei bem ao deitar?
Porque meu corpo fica no segundo plano
Quase sempre é bom assim, meu leitor!
Com cansaço, sem sono, somente engano.
Meu corpo, por hoje, já trabalhou
Minha mente está exausta demais
A manhã toda eu trabalhei duramente
Há tempos insisto e o verso não sai!
Por agora, de fato, meu corpo
Que sempre foi poupado por mim
Jamais suplício, por menor possível
Viveu por momento, tal coisa ruim.
Escrever este texto no barulho/silêncio
Silêncio da madrugada
De quem grita após comer arsênio.
Não nasci pra trabalhar à noite
Nela o ideal é amar ou a balada
Caso outra coisa nela se faça
É capinar o maracanã com enxada.
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