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TÂNIA ROSSI,
é natural de Porto Alegre/RS. Filha de Walter Rossi e Ieda Lautert Rossi. Llicenciada em Letras pela Faculdade Porto Alegrense de Educação, Ciências e Letras, de Porto Alegre/RS. Participa de várias antologias e coletâneas nacionais e internacionais. Foi Secretária Geral da Casa do Poeta Riograndense (1998-2001); Secretária Nacional da Sociedade de Cultura Latina no Brasil (2001-2003); Membro Efetivo do Conselho Consultivo Deliberativo da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves (2003), Cadeira 27, Patronesse Cecília Meireles; Jurada dos Concursos da Associação Artística e Literária “A Palavra do Século XXI” – ALPAS XXI, de 1999 a 2003; 1ª Secretária do Instituto Cultural Português, de Porto Alegre/RS (2005-2008); 1ª Secretária da AJEB - Associação de Jornalistas e Escritores do Brasil (2005-2009). É Vice-Presidente da AJEB – Associação de Jornalistas e Escritores do Brasil (2008-2009); Diretora Social da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves, de Porto Alegre/RS (2008-2012); Membro Efetivo da Academia Literária Feminina – ALF/RS; e da Sociedade Partenon Literário. Tem dois livros publicados de contos, crônicas e poesias. Em 2003, lançou “Luzes Interiores”, na 49ª Feira do Livro de Porto Alegre/RS; 2008, “As Portas Largas da Fronteira”; e, 2012, “Hóspedes do Tempo”. Pertenceu ao grupo de autores da Revista Caosótica, editada por António Soares, Edições. Caravelas.
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Círculos de doçura
Tania Rossi
Entre as tuas cicatrizes
e eu, com meus lamentos,
silenciosos e insones,
silenciosos e insones,
vejo crescer em tuas mãos
folhas de algas
folhas de algas
que submergiram,
na escuridão da noite,
nos corredores escuros,
nos corredores escuros,
por onde as ondas, impetuosas,
estalam seus medos
estalam seus medos
colados em tua alma caída,
sem sonhos e sem medida,
como fonte de água pura
como fonte de água pura
que cai, sem cessar,
como matérias fundidas
nos fornos do meu silêncio.
Gente de campo e mar
Tania Rossi
E esta onda que levanta
que é lamento e que também canta,
vem de um mar sofrido
vem de um mar sofrido
há muito tempo conhecido
pela gente que rema
pela gente que rema
pela gente que lavra
pela gente que faz poema...
gente morena
gente morena
de sol e de lua,
gente morena
de campo e mar; e eu, parada,
não encontrando mais nada,
fico lembrando
fico lembrando
e mesmo cantando, me ponho a chorar.
VERTENTES DE FOGO
Tania Rossi
Floresces em meu caminho
como planta que se oculta
nestas campinas
como planta que se oculta
nestas campinas
onde, à noite,
refletem estrelas...
Por isso te amo,
porque ocultas
no fundo desta terra ~>;
em que pisam meusepassos,
o brilho do topázio
o brilho do topázio
onde se fundem aromas
que emergem das profundezas... Amo teus olhos,
única luz que possuo;
amo tua pele,
onde percorrem meus braços,
como caminhos em que a chuva se espraia... E, entre a sombra e a alma,
teu coração se aquece neste fogo, e clama pela corrente pura
que verte da neve.
DE MAR E DE AREIA
Tânia Rossi
Solto meu canto
bem alto,
enquanto os pés, descalços,
pisam na areia,
estalam conchas...
e o soluço, vindo da alma,
põe as estrelas
em sobressalto...
e a lua, surpresa,
acorda a noite
que reina sobranceira
além, muito além,
e nesse encontro,
entre o céu e o mar,
entre a lua e as estrelas,
deixo que o olhar, tristonho,
percorra como um sonho,
as velhas lembranças
das cantigas de ninar!
Adorei, Tãnia. Beijos.
ResponderExcluirTânia, gostei muito de ter conhecido a senhora aqui em Maceió, espero que volte mais vezes parabéns pelo trabalho. Ruana Camilla
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