sábado, 13 de outubro de 2012

Membro: DELMA GONÇALVES

 
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DELMA GONÇALVES
é Graduada em LETRAS, pela Universidade Luterana do Brasil – ULBRA; Pós-Graduada em Língua e Literatura - Abordagem Textual - Ensino Fundamental e Médio, pela Faculdades Porto-Alegrense – FAPA; Funcionária Pública há 22 anos; Compositora e Poetisa. Suas poesias estão em várias coletâneas. Compõe músicas desde a década de 70, a maioria em parceria com Bedeu (1946-1999), músico precursor do Swing e Samba Rock no Rio Grande do Sul. Em fevereiro de 2010, homenageou o Jubileu de Ouro da Escola de Samba Acadêmicos da Orgia - Cinco Décadas de Samba no Bairro Santana - com o Conto “Perfil de Uma Campeã” e “Um Lindo Caso de Amor, Nossa Verdadeira História” Ed. Cidadela. Atualmente, faz parte do “BANDO HOBURAKO”, nos "Encontros Literários" de Diego Petrarca, no Centro Cultural CEEE “Erico Verissimo”. E-mail: delmacompositora@yahoo.com.br
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A VIA EM LABIRINTO
Delma Gonçalves
 
Os caminhos sinuosos  levavam a estrada solitária a um único percurso
que os aldeões apressados desejavam tanto chegar.
Em sua solidão a estrada não reclamava de nada…
Deixava-se pisar…  Sem rumo doída, cansada…
Numa mesmice indefectível.
Ela sabia que no fim de tudo as respostas estariam por lá…
Entre os bosques  de estreitos caminhos…
Entre os descaminhos e sobressaltos..
Entre as flores e espinhos..Entre os vãos do lamaçal…
No mapa do chão deixava seu sinal:
um silêncio sepulcral
E o povoado envolto entre névoas e véus…
Enclausurados…
E a velha via com mil indagações
 a zigue zaguear
Sem vestígios, suscetível  esparramava-se
num esverdeado – choro - amarelar
Afinal, não era à toa que as ervas daninhas
Se apropriavam do seu tapete natural…
Para deixarem seu fel…
No coração do matagal!
 

MÁGOA

Delma Gonçalves
 
Poema incompreendido
Puts! Sem rima fiquei fudido!

 

LÍNGUA

Delma Gonçalves
 
A língua solta das palavras
Saltam em faíscas
Farpas sonoras
No céu da boca do livro.
 

RECEITA PRA DOR

Delma Gonçalves
 
Pra curar as dores da gripe:
Uma colher de mel,
Dois punhado de puejo,
Um analgésico, cama
E três folhinhas de cidró.
Pra curar as dores do amor:
Um par  de braços , pele e cheiro
Dois dedos de cafuné,
Duas bocas,  pingos de beijos
Fungadas carícias… chamego
Uma cabana…  doce xodó!
 
 

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