sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Membro: José Luiz da Luz

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José Luiz da Luz
Membro efetivo da União Brasileira dos Escritores – UBE -  (São Paulo/SP);Membro correspondente da União Literária Anapolina. – ULA (Anápolis – Goiás);Membro de diversas comunidades literárias da internet.
Livros publicados:
Lira Romântica –  Publicado pela Br Letras.  Também publicado pela Emooby Portugal e distribuído ebook por toda Europa e Estados Unidos.; A Luz da Poesia – Publicado pela Br Letras. Também publicado ebook no site Luz Espírita e disponibilizado gratuitamente para download.
http://www.luzespirita.org.br/leitura/L107.html; O Poeta e o Profeta – Romance publicado pela Emooby Portugal e distribuído por toda Europa e Estados Unidos.; Pena Dourada - Livro infanto-juvenil, publicado ebook:
joseluizdaluz@yahoo.com.br.
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Anima Mea
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“Eu sou”             
Neste vaso, que a terra há de quebrar,
do mundo do viver e do atuar;
No berço do morrer e renascer.
Anima Mea: eu sou o ascender.
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“Eu sou”, 
etéreo fogo no mundo amarrado.
Meu vaso de sangue é um nó apertado,
que tempera minha alma renascida,
e faz da pedra uma joia polida.
Minha alma, natural da imensidade, 
imortal nesta morredoura vida.  
joia lapidada no pó da lida,              
que após a morte volta a eternidade.
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Neste peito exausto, põe-se a sonhar:
 minha alma atada tentando escapar.
Anima Mea, presa a sete espadas,
todas, para o coração apontadas.
“Eu sou”. Anima Mea, eu sou.
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Explode alegria na eternidade...
Brilhar! Brilhar!.. Em todos os lugares.
 Anima Mea, após a liberdade,
retornará para os suaves ares.
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Desabafo
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Já vivi a dor por medo de viver o amor;
mas também por viver o amor, já vivi a dor.    
Eu já fui sincero, outras vezes eu menti;
algumas vezes não, outras, eu me arrependi.
Muitas vezes eu chorei em ombros amigos,   
minhas mágoas, por vezes precisaram de ouvidos.   
Já magoei pessoas caras que me amavam,              
já fui ferido pelas mãos que me acalentavam.         
Passei noites em claro pelos dias escuros,       
e vi estrelas de dia, clareando os céus impuros.  
Desejei amar para sempre um Amor perfeito,           
mas o amor perfeito é amar o Amor imperfeito.      
Já sorri na tristeza, já chorei na alegria,
vivi representando, pois na vida eu mentia.                         
Já me olhei no espelho querendo saber quem sou,     
só vi miragens em nuvens que o tempo formou.      
Cri em mentiras, e de verdades duvidei.                   
Fui feliz e não sabia, vivi e não sonhei.                    
Já errei convictamente pensando que eu sabia;         
disse o que queria, calei quando não devia.                 
Já chorei num caixão, por levar, quem eu amava.   
Já chamei a mãe, quando um bicho à noite assombrava.    
Chamei de “meu amigo” quem nunca mereceu,                  
outros são irmãos queridos que a vida me deu.                          
 Já caí muitas vezes pensando que aprendi,                        
mas cada vez foi mais fácil, quando me reergui.         
Sempre estou diferente, porque na eternidade,                
todos nós seremos distintos pela igualdade.
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Que celeste rosa
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Que celeste rosa, que estranha ternura!  
Que delícia teu nome em minha voz rouca,
onde eu grito, e minha alma já quase louca,     
respira o perfume de tua doçura...                    
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Lembro ainda aquela mão!   
Melíflua a aquentar a minha,
dando a ela o que ela não tinha,
e fogo ao meu coração.              
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Que júbilo te olhar, que alva criatura!   
Que lábios amantes de beijos fervidos,
a jorrar caudais de néctar aos sentidos.  
E a sussurrar melodias de ventura. 
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Vem a noite em véus risonhos.
E pelo amor eu me esvoaço,
e no afã a ti me abraço,   
pelas viagens dos meus sonhos. 
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Tenho o coração dos anjos imortais.
Sinto na terra o amor de um paraíso,
que transcende meu corpo, puro e preciso.
Esquecer-te? Nunca! Nunca! Nunca mais!...
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E o olhar... Quanta polidez!   
Do mistério do oceano,
que jamais pudera humano,   
sondar sua profundez    
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Rosa rainha, a mística dos florais.   
Minha alma levaria este doce afã,  
tomada de amor, se eu morresse amanhã...
Esquecer-te? Nunca! Nunca! Nunca mais.

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