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JULIAN DOS SANTOS SILVA
nasceu em 19 de setembro de 1990, em Restinga Sêca/RS. Filho de Aparecida Eliane dos Santos Silva e José Solon da Silva.É compositor e músico. Cursa a Faculdade de Letras: Português-Espanhol e Literaturas, na Universidade Federal de Pelotas/RS - UFPEL; e tem Habilitação em Radialismo - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, pelo SENAC; Membro Fundador e Presidente do Conselho Deliberativo da Academia Regional Infanto-Juvenil de Artes e Letras Machado de Assis, de Restinga Sêca/RS, Cadeira nº 6, Patrono João Simões Lopes Neto. Em 2011, trabalhou como repórter na empresa jornalística “Jornal Tribuna”, de Restinga Sêca/RS; e, em 2012, passou a atuar como Professor de Língua Espanhola na Rede Pública Estadual do Rio Grande do Sul, em Agudo/RS, na Escola Estadual de Educação Básica Profº Willy Roos. Como compositor e músico, detém vários prêmios, dentre eles: 1º, 2º e 3º Lugares na 21ª edição do Festival Gaúcho Estudantil - FEGAES, Cachoeira do Sul/RS, com as composições “Um Amargo Acenar”, “A Razão de Ser Poema” e “Teus Olhos”; 3º e 4º Lugares na 22ª edição do Festival Gaúcho Estudantil – FEGAES, Cachoeira do Sul/RS, com as composições “Nuanças” e “Rancho e Querência”; Troféu de Música Mais Popular na 7ª edição da Penca da Canção Nativa - Santana do Livramento/RS, com a composição “Tempo de Crise”. Em 2011, lançou seu primeiro disco: “Um Canto a Terra”, temática regional, composições próprias e em parceria (Gênero: Gaúcho/Nativista). E-mail: julianssilva@yahoo.com.br
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A RAZÃO DE SER POEMA
Julian dos Santos Silva
Habitam vagas nesta alma de poeta
Coisas incertas que me fazem repensar
Tudo que digo da paixão nestes meus versos
Que andam dispersos procurando se inspirar
Rimas que aguçam os mais puros sentidos
Versos movidos pela força da paixão
Por não saberem por quem são enamorados
Vivem guardados nos confins do coração
Talvez um dia redescubra sentimentos
Em um momento de mais pura inspiração
E da vida faça nova poesia
‘Verseando’ o dia que viver minha canção
Trago alegrias ou relato minhas dores
Falo de amores, de seus risos, suas penas
Se eu não vivo o que escrevo no papel
Busco ao léu a razão de ser poema
Choro nos versos se a vida se faz pequena
E o meu tema troca o tom e se abranda
Quando minh’alma tem a face cristalina
Campeando rimas nas ideias onde anda
DE RIO E GUITARRA
Julian dos Santos Silva
Estirei cordas no bojo do meu rio
E a lua nova tresnoitada fez dueto
N’algum pesqueiro que ponteie covo vazio
Cevando mágoas no poço fundo do peito
Com esta guitarra tarrafeio meu cantar
Numa milonga com ares de feiticeira
Alma e braço feitos de tronco de ingá
E um ponteio ao tranco das corredeiras
Este meu rio vai ao compasso de seis leitos
Corre no peito e deságua no coração
Faço remanso de minh’alma que é profunda
Quando inunda de milonga meu violão
Cordas de espera que no tempo se arrebentam
Quando as tarraxas beliscando pedem linha
Turvam milongas correndo em águas barrentas
Ressoando por estas tranqueiras minhas
Num dedilhado o enseio de uma lagoa
Nas dissonantes um balanço de maromba
Vai trastejando pelas águas a canoa
Melodiando a grumatã que salta e tomba
NUANÇAS
Julian dos Santos Silva
A noite veio bater na quincha
Nesse momento não estava mais solito
Tinha um mate e um violão por parceiros
E acordado, tinha o sonho mais bonito
Tive ganas de gritar pra o breu da noite
Que seu açoite não me torna mais insone
Eu sou tapera que floresce no escuro
Porque o mais puro sentimento me consome
O que era escuro se tornou alvo e claro
E as estrelas que a janela retrata
Junto da lua trouxeram num gesto raro
O véu da noite e suas nuanças de prata
Senti que a lua entrou no rancho
E meu candeeiro já não se fez mais preciso
A solidão que outrora me rondava
Foi se esvaindo a “lo largo” num sorriso
Meu violão rompeu a noite e trouxe o dia
E a calmaria amanheceu pelo campo
E a lua terna terminando seu afã
Trouxe a manhã toda plena de acalantos
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