segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Membro: CLEANA EROTILDE CORREA BRUM


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CLEANA EROTILDE CORREA BRUM
 nasceu em São Sepé/SP, em 24 de abril de 1955.  Primogênita de Antônio Cléo Medeiros Corrêa e Joana Brum Corrêa. Aprendeu as primeiras letras no Grupo Escolar Pedro Américo, em Lavras do Sul/RS, onde residiu dos seis aos onze anos. Concluiu os estudos primários no Grupo Escolar Mario Deluy, em São Sepé/SP. Após, cursou o ginásio, no Ginásio Estadual Tiaraju e a Escola Normal Madre Júlia, também em São Sepé/SP. Por longo tempo, afastada dos estudos, retornou em 1991, frequentando o curso de Filosofia, por dois anos e, posteriormente, Letras na Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras “Imaculada Conceição”, atual UNIFRA, em Santa Maria/RS, destacando-se por sua vocação literária, época em que participou com destaque do concurso “Os mais belos escritos de amor”, promovido pela Secretaria de Educação de Farroupilha/RS.   Possui Pós-Graduação em Educação Ambiental pela Universidade Federal de Santa Maria/RS. Atua no magistério público municipal, em São Sepé/RS, e é sócia fundadora da extinta Revista Literária Fogo de Chão, de São Sepé/RS, onde tem publicações. E-mail: ccleana@yahoo.com.br
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MENTIRAS
Vou dizer
Que não te quero mais!
Vou dizer
que não vacilo
ao te encontrar.
Vou dizer
que não quero te ouvir.
Vou dizer
que não estremeço
quando te aproximas.
Quem vai ouvir,
Ou acreditar?
Se a tua proximidade
me ensurdece,
se a tua distância
me consome!
GERAÇÃO TRAÍDA
Somos e não somos.
Somos os gritos que sufocamos,
não somos o nada.
O nada é o alçapão
que armamos para abater-nos.
O abate é o constrangimento
diante da nossa impotência.
Os gritos que sufocamos
nos ensurdecem.
A surdez nos aliena,
a alienação nos trai.
A traição cala e recalca
mais gritos.
Prenhes de gritos
caminhamos para o nada,
como se o nada
fosse o último ponto.          
   
              
FUGA
No espaço em que te moves,
Me estagno.
E com a lentidão de quem
anda no escuro, procuro
cuidadosamente,
em cada pedaço de chão,
as marcas dos teus passos,
com frenética necessidade
de te reencontrar.
Teus passos  fogem,
Medrosamente,
mas me perseguem.

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