quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

MEMBRO: JORGE ROCHA

JORGE ROCHA
Representante da Associação Internacional Poetas del Mundo em Mesquita- RJ
 MESQUITA  - RJ
 .
Jorge Dias Rocha, nasceu em Maceió em 18/07/38 e em 1949 veio para o Rio de Janeiro  e escolheu Mesquita para morar e  até hoje vive neste município.
Jorge serviu a Marinha durante 30 anos, onde teve a oportunidade de realizar os seguintes cursos: Eletrotécnica, Combate à Incêndios e controle de Avarias, chegando ao posto de Sargento. Ainda na juventude descobriu seus dotes artísticos.
“Depois de vencedor do programa de calouros “À Hora do Pato”, realizado pela Rádio Nacional, foi convidado a cantar no programa” À Hora do Recreio na Rádio Solimões em 1960. Fez ainda teatro amador com um grupo de estudantes.
Suas primeiras poesias foram feitas quando tinha 12 anos de idade. Mas só três anos depois de participar de um show declamando poesias de sua autoria, foi aconselhado pelo escritor e poeta Noélio Duarte (o qual havia assistido a declamar) a por no papel todo seu talento e idéias.
Jorge Dias é membro da Academia de Letras e Arte s de Mesquita – ALAM – RJ
30.11.2012 – Lançamento o seu primeiro  livro de poesias "O Rádio das Minhas Saudades”.

O Menino e o Circo (Carequinha)
Era sempre assim:
Um tempo bom pra mim.
Da diversão e magia.
E eu lá na arquibancada,
No meio da garotada,
Era sorrisos e alegria.

Todo menino gosta de circo, seja pobre, ou seja, rico.
No Brasil ou no Japão, África, Portugal,
Rússia, América Central,
Ou território Alemão.
Circo é a arte mais antiga.
Qualquer historiador que o diga,
se assim quiser pesquisar.
Tudo nasceu no picadeiro
e se espalhou no mundo inteiro,
para o próprio mundo alegrar.

A destreza do malabarista,
do acrobata trapezista,
a coragem do domador.
O mágico que nos encanta,
a plateia aplaude, se levanta,
dando ao artista seu valor!

Há um ditado tedioso,
mentiroso e demagogo:
Dizer que alegria de palhaço,
no seu trabalho e cansaço,
é ver o circo pegar fogo.
Mentira!
Palhaço, sua maior alegria.
Quer seja um carequinha ou Arrelia,
É na tarde de um lindo dia.
Olhar do picadeiro a plateia,
repleta, tarde de estreia,
 e ver crianças sorrindo.

O mundo é um grande circo.
Dentro dele me identifico.
Como um artista no labutar.
Trabalhando, me equilibrando,
com tristezas, com alegrias
e às vezes fazendo magia.
para meu salário esticar.


E se na  vida  você caiu.
Alguém se aproveitou e sorriu,
dizendo: “é um palhaço!”.
 Pobre infeliz, quem sorri de um sofrimento.
Somos palhaços nesse momento.
Para o sorriso dos imbecis.

Pela manhã você desperta...
Olha pela janela aberta.
É hora de trabalhar.
Avante! Bravos meninos!
Ser um artista é seu destino.
No viver, no lutar.
O mundo é um circo lá fora.
Então, entra no picadeiro agora.
O espetáculo vai começar.


O Anjo e o Palhaço. (Homenagem Póstuma ao Palhaço carequinha).
- Senhoras e senhores! O grande circo Sarazane,
Tem o prazer de apresentar na tarde de hoje
 A dupla maravilhosa da gargalhada
Carequinha e Fred.
Era sempre assim, um tempo bom pra mim.
Vendo a arte e a magia.
E eu lá, na arquibancada, no meio da garotada...
Era só riso e alegria.
É, mas o Carequinha morreu dormindo,
Com sua alma sorrindo,
Sorrindo para não sofrer.
Que com suas palhaçadas encantou a garotada.
E fez do riso o seu viver.
Com piadas, saltos mortais e canções.
Conquistando gerações;
Ensinando a virar cambalhotas.
Quando o locutor anunciava: Carequinha!
A garotada vibrava...
Lá vinha o humor e a chicotada.
Eu imaginava o Carequinha no céu.
Nuvens se abrindo em um véu,
E um anjo a lhe aparecer.
Carequinha seja bem vindo!
E pode continuar sorrindo.
Aqui, é o seu novo viver.
É daqui que emana a alegria.
Pois não noite nem dia,
E a luz vem do criador.
O tempo é coisa da terra,
Onde há lutas e guerras
E tudo por falta de amor.
Observe aqueles anjinhos,
O recebendo com carinho,
Com a canção do eterno Natal.
Eram crianças que visitavas,
Quando em hospitais as alegravas,
Doentes em fase terminal.
E você ia embora triste,
pois na terra o mal existe.
E existe para destruir.

Mas esqueça o que houve outrora,
Pode sorrir agora,
Já não há lágrimas aqui.
Você foi o palhaço pintado.
Porem jamais foi malvado.
O acrobata que sabia cantar.
E cantando encantava...
Quando uma criança ensinava,
 O pai e a mãe respeitar.
Cante e salte Carequinha.
Sua alma não está sozinha,
Voe em cambalhotas ao léu.
Esqueça a vida da terra.
Sempre há perdão pra quem erra.
Seja bem vindo no Céu.
Os anjos estão te aguardando.
É por isto que estão cantando.
E eu pergunto: - Ta certo ou não tá?
É todo seu  este espaço, bem vindo querido palhaço,
O espetáculo não pode parar.


O Rádio das minhas saudades.

Meu neto ouvia o rádio...
Parecia compenetrado, embalado pela canção.
A voz, eu bem conhecia, era cheia de melodia.
Que nos toca o coração.
De repente me perguntou: Quem está cantando vovô,
Com esta voz que é tão bonita?
E ao meu neto respondi: - Ah! Este cantor eu conheci...
Eu e a vovó Anita.
Orlando Silva quando cantava,
Um coração se apaixonava,
Pela beleza das canções.
È Orlando Silva querido, por todos conhecido,
O Cantor das Multidões.
Esta canção chama-se Rosas,
 Disse ele todo prosa
com o meu conhecimento.
 E pra confidenciar aproveitei o lugar,
Na paz daquele momento:
- Sabe, quando tinha a sua idade,
Lembro-me com muita saudade,
Que o rádio sempre ouvia.
Nem se passa em televisão.
O rádio era só emoção.
Que a todos envolvia.
Mamãe gostava de novela...
Fosse essa ou fosse aquela.
Na Tupi ou Nacional.
Que tinha um radialista galã.
Do qual o Brasil era fã.
Famoso Roberto Faissal.
Que trabalhou no cinema,
que declamava poemas.
Era sensacional!
A Tupi tinha Paulo Porto,
Que se ouvia no conforto,
Do sofá junto à lareira.
Voz bonita ao microfone.
Trabalhou com Amélia Simone,
Zezé Fonseca e Abel Pêra.
Ainda me lembro das cônicas,
Lidas por Cesar Ladeira!
Papai gostava de orquestra.
Que dentro do rádio era festa.
Acompanhando os cantores:
A do Cipó, Marajoara, Radamés ou Tabajara.
Em canções falando de amores.
Tinha a regional do Canhoto,
Tico – Tico, Waldir Azevedo.
Cavaquinho não tinha segredo para o Waldir Solar.
Elizete Cardoso, “A Divina”
Que cantando nos ensina a beleza do cantar.
Dalva de Oliveira “A Rainha”
Ângela Maria, Emilinha.
Programa Cezar de Alencar.
Francisco Alves, voz potente.
Sílvio Caldas diferente,
Do famoso “Rei da Voz”.
Carlos Galhardo, Gilberto Alves, Vicente Celestino,
Manoel Barcelos anunciava:
Jorge Goulart, Nelson Gonçalves,
Trouxeram alegria para nós.
Dick Farney, que voz macia.
Em seu piano em harmonia.
Cantava canções de Amor.
Assim era o radio.
O rádio era o amigo certo.
Com notícias de longe e de perto.
E programas de muito humor.
Hoje virou toca-fitas...
De vez em quando reedita, músicas e variedades.
Mas dentro de mim ficou.
Dentro de mim restou.
O rádio das minhas saudades.
 

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