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Pedro Gomes da Silva Neto
Mirandópolis-SPConhecido como: Silva Neto
Pseudônimo: Lugar-tenente
Formação: Letras Português/Literatura
Reside em Campo Grande - MS
E-mail: pegosine@hotmail.com
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Soneto ao AMOR impuro
Se num campo revivesse do amor o tal rizoma
Nascesse após a chuva do querer tão evasiva
Chegasse ao coração por ler d'amor a missiva
Que a amada, do amado recebeste após o coma
Se fôra à guerra, a ferida pela volta por ventura
É de amor por certo, se impoluto os olhos venusto
Cerrar-se ao bailar da consciência do acinte justo
De quem ama, pelo brilho puro à tênue comissura
À casa a cama ocupada dum amor vil inesperado
As juras rolaram co'as lágrimas da espera em perjúrio
Se vivo, o heroi pelo país é sempre mais um soldado
Se morto, o amor carmim ocupa a tua cama em mercúrio
E a glória aos olhos do errante combatente maculado
Pela amante fria, como os campos gélidos do amor espúrio.
Se num campo revivesse do amor o tal rizoma
Nascesse após a chuva do querer tão evasiva
Chegasse ao coração por ler d'amor a missiva
Que a amada, do amado recebeste após o coma
Se fôra à guerra, a ferida pela volta por ventura
É de amor por certo, se impoluto os olhos venusto
Cerrar-se ao bailar da consciência do acinte justo
De quem ama, pelo brilho puro à tênue comissura
À casa a cama ocupada dum amor vil inesperado
As juras rolaram co'as lágrimas da espera em perjúrio
Se vivo, o heroi pelo país é sempre mais um soldado
Se morto, o amor carmim ocupa a tua cama em mercúrio
E a glória aos olhos do errante combatente maculado
Pela amante fria, como os campos gélidos do amor espúrio.
VASO CAÍDO
Um vaso caiu e aos cacos ficou a alma
do anjo que também por si não havera
Se cair foste u'a perdição por quimera
Aos nacos ficam, ao chão nem palma
Por louvor ou maldizer todo escárnio
O som da queda à escansão tardia
Do anjo por vontade em si perfidia
Do vaso quae fora non reler Paio*
Voltas... [motes] alheio à morte
dos quais entregue à vil sorte
um no Céu outro da própria terra
Quem cai já vive da vida tenra
e aura e barro desfiguram de porte
esvaem-se vazios ao que te erra
*Paio soares de taveirós (Cantiga)
Trovadorismo Português
LIVRO INSISÍVEL
Era manhã e meu corpo elétrico, trôpego - doía
talvez de mim aproximara o cutelo da incerta morte
por certo o que fora não soube, era de baixo porte
um vulto um suspiro, o que fôra, partira - corroía
Instantes os sonos se vão e pr'alma latente o amargo
dos insanos tiranos que abatem ao fio de cruel navalha
gargantas inocentes, almas impuras, corpo e tudo o valha
rindo de lábios gastados pelo charuto e tanto outros tragos
e o pudor apodrece com a alma que vai a qualquer custo
não sabe se me leva, se me abate que talvez fosse o justo
o meu sono seria eterno e meu espírito impoluto imprevisível
no mundo, um poeta a menos e no céu uma estrela perdida
porque quem nasce espera sua data indesejada de partida
as cores, as nuvens nítidas refletem de um livro invisível...
AO LÉU
Se os anos alvam o intrépido tempo
pelo caminho tortuoso e cruel
tentando o acerto certeiro infiel
da luta perdida do espaço lento
Que se faz d'alma à brancura
a vida profana à morte ligeira
o súdito corpo à guerra pioneira
de vidas carmim ao leito de cura
O presságio d'amor o invólucro do ódio
a face das dores o grito de morte
o perdão incerto do tempo num pódio
sem louros, aliança, à prova de sorte
o nada ao nada do enxofre ao sódio
pedinte-pagão sem sul, sem norte.
A escritora Cornélia Franco Caixeta, interpreta “Jesus, Alegria dos Homens”, de Johann Sebastian Bach.
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=nrHHlGmM7Ig
A escritora Cornélia Franco Caixeta, declama seu poema “FINAL FELIZ” (escrito em abril de 1989)
https://www.youtube.com/watch?v=Rl_9eN5n72A
Cornélia Franco Caixeta nasceu na Fazenda Serra Negra, em Machado, sul de Minas, em 1933. Cresceu em Campinas-SP. Aos 14 anos teve seu primeiro contato com as Letras quando fazia um Curso de Declamação (Interpretação).
Retornou para Machado em 1953. Lançou 6 livros sobre poemas e estórias de vida:
“Assim me Contaram”, publicado novamente, porém com o título “Palavras Semeadas”; “Janela da Esperança”, “Atitude que Transformam”, “Éramos 13”, “Quadros da Vida” e “Manaaim, uma grande Estória de Esperança”.
A autora é casada com Isaltino P. Caixeta. Tem 5 filhos – Ivan, Jarbas, Márcio, Isaltino, Lídia e 10 netos.
Em entrevista cedida ao Fanzine Episódio Cultural, no dia 25 de maio de 2010, Cornélia disse que tem em andamento um livro de história infantil.
https://www.youtube.com/watch?v=Rl_9eN5n72A