quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Noites de papel - Aida Machado

Noites de Papel
Os dias eram rasgados como folhas de papel, para a noite adentrar e quando isso acontecia eles não queriam dormir para continuar  o encanto daquela noite sem fim.
 Encantados desprovidos de qualquer interesse o único desejo ficar juntos risos fácil permeado de lágrimas de emoção, talvez pelo adiantado do tempo que os contemplava com aquele encontro a muito desejado por ela.
  Foram quatro dias mais longos que mil anos, tanta descoberta e a quase certeza que isso jamais se repetiria.
  Ela foi fundo abandonou até os pensamentos para ficar inteira naquela quase simbiose armada pelo destino ou quem sabe o desejo de viver algo sem precedente.
  Não sentia fome nem sono, durante todo esse tempo sua vontade era olhar aqueles olhos verdes ouvir aquela vós maravilhosa que entrava por todos os seus poros, alimentando até sua vontade de viver.
  Quanto mais pensava que era impossível dar continuidade mais intensa era a emoção sentida, em alguns momentos até duvidava da sua capacidade em suportar um depois um caminhar sozinha, cravou-lhe uma certeza, ninguém vive só como também não se vive junto a verdade de cada um é algo impenetrável.
   Então restava a ela juntar seus pertences tornar-se novamente um ser comum seguir seus passos guardando na alma a certeza que nada acontece por acaso tudo o que viveram estava escrito e não cabe ao homem mudar o seu destino, porém cabe a todos buscar sua felicidade.

   Aida Machado 07-08   23.35
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário