quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Na Corda Bamba - cronica de Nelson Vieira

.
NA CORDA BAMBA
 
Nelson Vieira
Fica o homem com deficiência em se comunicar no seu dia a dia. A comunicação é fundamental para os homens a contar do momento em que é feita a luz.
O Abelardo Barbosa mais conhecido pela alcunha de “Chacrinha”, já dizia que: “Quem não se comunica, se trumbica!”. Palavras simples, porém sábias, uma verdade.
É uma necessidade para nos manter “em pé”, pois que a lei não socorre quem dorme, não é? Aliás, desde que passamos a ter necessidades, e tal, temos de nos fazer entender para conseguir o quê pretendemos, seja, por exemplo, para saciar a fome ou para obtenção de algo que desejamos.
As maneiras são diversas e depende do momento, de habilidades e recursos disponíveis, que podem favorecer os contatos, com ganho de tempo e presteza.
A considerar que falar demais ou de menos e ter dificuldades em se expressar, são defeitos, e depende da ocasião. Tem oportunidades que é melhor chegar de boca fechada e sair calado, isto é, saber ouvir é uma virtude. Mas falar quando preciso é importante, quando na defesa dos direitos ameaçados de esbulho ou espoliação.
 Outra situação é estar ocupando cargo, função (principalmente se for servidor público) que implica ao detentor prestar esclarecimentos constantes para a sociedade em gera, aí inclusa a mídia, é aconselhável ter pessoa especializada para atender as solicitações, neste caso, um assessor de imprensa pode suprir a carência.
O viver isolado dificulta os relacionamentos, mas há os que assim querem e, buscam a reclusão por desejo próprio, independente de lugar, mesmo estando próximo de quase tudo, com varias opções à frente, ao alcance das mãos.
O homem, ser político e social por natureza, mesmo aqueles truculentos, mais ásperos tem precisão de contatar, de se comunicar. Exceção a regra é o isolamento, por enes motivos que, forçam a incomunicabilidade, que podem ser transitórios ou definitivos.
Para os políticos a comunicação tem peso que extrapola a capacidade da “balança”, é saber dar o recado na medida certa, é estar de bem com o povo, transparente nas ações. Nada de querer erguer castelos de areia, de subestimar a população.
Na comunicação a mentira muito repetida pode gerar clima de verdade, com prejuízos incalculáveis, ao longo dos anos que, só o tempo pode esclarecer o real, o verdadeiro, por isso todo cuidado é pouco.
Em tempo de campanha política muita coisa é dita e ouvida (a comunicação se faz presente de todo jeito possível), o povo escolhe seu (s) candidato (s), pelo convencimento, pela retórica imediatista. Poucos são os que vão mais além no processo de escolha. E o resultado quase sempre é desanimador.
Então gente, cautela e caldo de galinha não fazem mal algum. Não se deixem enganar. Os ferimentos estão amostra, tem acrobatas na corda bamba, num balouço danado, que pode ocasionar queda, na ocorrência de rompimento e falta de apoio para sustentá-los.   
A corda arrebenta sempre na parte mais frágil.
Membro da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul.

Nenhum comentário:

Postar um comentário