Gregório de Matos
Gregório de Matos Guerra (Salvador, 23 de dezembro de 16362 –Recife, 26 de novembro de 1696), alcunhado de Boca do Inferno ouBoca de Brasa, foi um advogado e poeta do Brasil colônia. É considerado um dos maiores poetas do barroco no Brasil e o mais importante poeta satírico da literatura em língua portuguesa, no período colonial.
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Nasce o Sol, e não dura mais que um dia
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Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
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Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
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Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
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Gregório de Matos Guerra (Salvador, 23 de dezembro de 16362 –Recife, 26 de novembro de 1696), alcunhado de Boca do Inferno ouBoca de Brasa, foi um advogado e poeta do Brasil colônia. É considerado um dos maiores poetas do barroco no Brasil e o mais importante poeta satírico da literatura em língua portuguesa, no período colonial.
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Nasce o Sol, e não dura mais que um dia
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Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
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Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
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Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
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