sábado, 7 de abril de 2012

MEMBRO: Mardilê Friedrich Fabre

Mardilê Friedrich Fabre
Mardilê Friedrich Fabre, vive em São Leopoldo (RS). Bacharel e licenciada em Letras Neolatinas e especialista em Lógica e Metodologia Científica e Métodos e Técnicas de Ensino, lecionou em instituições de ensino das redes pública e particular. Faz parte da equipe de correção de redações do vestibular da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. É revisora de textos, dedica-se ao voluntariado e organiza antologias. É consulesa da Associação Internacional dos Poetas del Mundo em São Leopoldo, membro do Grupo A.G.U.I.A. e do Portal do Poeta Brasileiro. Foi agraciada com vários méritos culturais, entre eles a Homenagem Lions Educação, pelo Lions Imigrante de São Leopoldo e o troféu Destaque Rua Grande 2011 em Cultura (Literatura), prêmio outorgado todos os anos pela Revista Rua Grande de São Leopoldo a pessoas e empresas que se destacaram em várias áreas. Exerce a função de tesoureira de três associações. Participa de várias coletâneas. Escreveu os livros Literatura Gaúcha em Síntese, Poesia em gotas: haicais, tancas, fibhaikus e poetrix e Rumos da Poética no Século XXI e o audiolivro Segredos... (CD de poesias recitadas e ilustradas).


Nossa Melodia 
Os dedos correm velozes
Nas teclas do negro piano.
Notas musicais algozes
Reavivem-me o desengano.

Dós de mim não se penalizam,
Lás nos separam sem ,
Os sóis em si poetizam,
Fás e rés se enredam em .

De longe, é quadro divino
Movimentos na melodia,
Mente no som cristalino
Que ecoa na melancolia.

Doce Tristeza 
Invade-me doce tristeza,
Saudade do céu luminoso
Dos dias de encanto e beleza.
Invade-me doce tristeza.
Lembro os momentos de pureza
Do nosso encontro carinhoso.
Invade-me doce tristeza,
Saudade do céu luminoso.

Toma-me a solidão com crueza.
É sina um futuro brumoso.
A noite envolve-me com frieza.
Toma-me a solidão com crueza.
No escuro da mente, a incerteza
De sentimento poderoso.
Toma-me a solidão com crueza.
É sina um futuro brumoso.

O poeta e a poesia 
Olhar errando no vazio,
Mão inerte no ar,
Pensamento nos caminhos palmilhados,
Alguns deles esquecidos;
Outros ainda vivos,
Alimentados pela esperança
De não serem mais fantasias
E se transformarem em poesia,
Salienta-se na penumbra a sombra do poeta,
Que, desfocado,
Absorto e retraído,
Pela mente entorpecida,
Perde a imaginação,
Que se detém retida,
Controlada, sufocada...
Seus ais ressoam até a lua,
Que, penalizada com seu sofrimento, para,
Acompanha-o na sua dilacerante solidão,
Enviando-lhe seus raios argênteos,
Para que ele liberte em poesia
As emoções acorrentadas em seu âmago.
Assim iluminado nos frisos de prata,
O poeta estremece
E move-se em câmara lenta
Como se um anjo lhe murmurasse
O poema que a mão despertada
Passa a desenhar ainda combalida,
Receosa e lânguida,
Desnudando-lhe a alma inquieta.
Seu pensamento, então, flui brandamente,
Eternizando-se em versos,
Que ultrapassarão a imensidade do tempo.

Mardilê Friedrich Fabre

São Leopoldo - RS - BrasiL - mardile@terra.com.br

2 comentários:

  1. Parabens Mardilê!
    Desejo sucesso. Que poder contar com novas poesias de qualidade, de um novo membro.
    J.Hilton
    http://www.poetasdelmundo.com:80/verInfo.asp?ID=5170

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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